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3 de nov. de 2013

SERRA PELADA E SEUS PROBLEMAS PERMANENTES

A "velha Serra Pelada de sempre"! Produzindo mais problemas sociais do que ouro!!!


Edição do dia 31/10/2013
31/10/2013 21h24 - Atualizado em 31/10/2013 21h24

MP investiga desvio de R$ 50 milhões em 


cooperativa de Serra Pelada

De acordo com as investigações, mais de R$ 50 milhões de reais que deveriam ter sido distribuídos para garimpeiros ficaram nas mãos de ex-dirigentes da cooperativa.

O Ministério Público descobriu irregularidades na cooperativa de garimpeiros de Serra Pelada. De acordo com as investigações, mais de R$ 50 milhões de reais que deveriam ter sido distribuídos para os garimpeiros ficaram nas mãos de ex-dirigentes da cooperativa. O ouro de Serra Pelada para extração manual acabou, mas ainda há reservas subterrâneas.
Com autorização do Governo Federal, a cooperativa de garimpeiros é a única com direito de explorar Serra Pelada.
Há seis anos ela se juntou a uma grande empresa de mineração - a Colossus - para implantar a exploração mecanizada de ouro.
As obras estão em andamento e pelo contrato a Colossus repassa à cooperativa mais de R$ 350 mil por mês como uma espécie de adiantamento pela produção.
Ano que vem, quando a extração começar, os repasses serão bem maiores – 25% de todo o ouro extraído.
O dinheiro deveria ser distribuído entre os 40 mil cooperados. Mas, segundo o Ministério Público não é o que acontece.
As investigações começaram no ano passado, quando os promotores tiveram acesso a um relatório do COAF - o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, do Ministério da Fazenda.
Segundo o Ministério Público, o documento revelou que a Colossus mineração fazia os depósitos nas contas pessoais de ex-dirigentes da Coomigasp e também de laranjas. De acordo com o MP, R$ 54 milhões foram desviados da cooperativa.
“Nós percebemos que o dinheiro era canalizado primeiro para a conta de diretores e depois pulverizado para a conta de várias pessoas que não têm nenhuma conexão com a cooperativa: professores primários, camelôs, recebiam valores de R$ 800 a R$ 900 e R$ 1 milhão de reais na sua conta. Além de haver saques na boca do caixa de até RS 2 milhões de reais, o que é indicativo bem claro de lavagem de dinheiro”, explica o promotor Hélio Rubens.
“De tanto que a gente trabalhou pra arrumar alguma coisa na vida, a oferecer a família da gente e até essa data ninguém recebeu nada'', diz José Castro, garimpeiro.
Cinco pessoas foram denunciadas. O então presidente, afastado do cargo. E a cooperativa esta sendo administrada por um interventor nomeado pela Justiça.
Todas as cinco pessoas que o Ministério Público denunciou à Justiça foram afastadas da administração da cooperativa. A empresa Colossus afirma desconhecer a participação de colaboradores em desvios de dinheiro.
E alega que os depósitos nas contas pessoais dos diretores foram determinados pela cooperativa - que, na época do contrato, tinha as contas bloqueadas pela Justiça.

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