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30 de ago. de 2013

AMAZONIA FANTÁSTICA!!! DESCOBERTAS DUAS NOVAS ESPÉCIES DE PEIXE ELÉTRICO

[Reproduzido de www.amazonia.org.br]

Descobertas duas novas espécies de peixe elétrico na Amazônia

Animais ocorrem sob vegetação aquática de rios como o Solimões. Os dois peixes são ‘eletricamente fracos’ e não representam riscos.
Fêmea da espécie de peixe-elétrico descoberta 'Brachyhypopomus bennetti' (Foto: Divulgação/Inpa/Zookeys)
Cientistas brasileiros e americanos descobriram duas novas espécies de peixes elétricos na região central da Amazônia. A descrição de ambas foi publicada na quarta-feira (28) pela publicação científica “Zookeys”.
Os animais, do gênero Brachyhypopomus, ocorrem em geral sob a vegetação flutuante nas águas da porção central da bacia Amazônica, principalmente ao longo das margens do rio Solimões e de afluentes, diz a pesquisa. Eles foram batizados com os nomes científicos de Brachyhypopomus walteri e Brachyhypopomus bennetti, diz o estudo.
Os peixes são classificados como “eletricamente fracos” e não representam riscos em comparação com um “parente”, o chamado peixe poraquê (Electrophorus electricus), que chega a ter três metros de comprimento e realiza fortes descargas elétricas para defender-se ou capturar presas, aponta a pesquisa.
Os animais recém-descobertos possivelmente utilizam descargas elétricas como forma de ajudar em sua movimentação noturna e na comunicação com outros espécimes, sugere o estudo.
Hábitos noturnos
Animais parecidos com as novas espécies em geral têm hábitos noturnos.
O Brachyhypopomus walteri possui corpo semi-translúcido e com coloração amarela em vida, além de ter dentes pequenos no pré-maxilar (característica compartilhada com o outro peixe recém-descoberto).
Já o Brachyhypopomus bennetti possui o órgão elétrico mais visível na lateral, em uma área semitransparente ocupando até 17% da altura do corpo, afirma a pesquisa. Ele também têm como característica a coloração amarela, às vezes em tom mais escuro que a outra espécie.
Os cientistas responsáveis pela descoberta são Jansen Zuanon, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa); Cristina Cox, do departamento de biologia da Universidade de Massachusetts; e John Sullivan, do Museu de Vertebrados da Universidade de Cornell – as duas últimas nos EUA.
“As maiores diferenças entre as duas espécies, que são muito parecidas, têm a ver com os órgãos elétricos e as descargas criadas por eles”, afirmou John Sullivan para o “Zookeys”.
“Se não fosse por essas características, pensaríamos que se trata de uma só espécie. O Brachyhypopomus bennetti possui um órgão elétrico achatado, que produz uma descarga elétrica monofásica; já o peixe da outra espécie tem um órgão elétrico longo e fino, mais comum de ser visto, e produz um pulso elétrico bifásico”, disse Sullivan para a publicação.
Os cientistas também criaram um subgênero para as espécies, o Odontohypopomus. De acordo com a pesquisa, o subgênero caracteriza-se pela dentição pequena no pré-maxilar, além de outras características.

26 de ago. de 2013

PROTESTOS CONTRA AGRESSÕES E CAMPANHA PARA REVOGAR RESOLUÇÃO QUE BENEFICIA O TRÁFICO DE ANIMAIS

Após agressão, ambientalistas fazem campanha contra a caça 

Reproduzido de:
((o))eco - 26/08/13

Ibama liberta animais apreendidos em ação contra o tráfico de animais no sertão paraibano. Foto: Francisco de Assis dos Anjos - Ibama/PB
O afrouxamento na legislação ambiental e dois ataques a ambientalistas foram o estopim para que entidades ambientalistas se reunissem contra a caça. Lançada na última sexta-feira (23), a campanha "Eu respeito os animais da natureza e digo não à caça", tem por objetivo conscientizar a sociedade da defesa dos animais nativos e cobrar ações das autoridades para coibir a caça, o aprisionamento e o tráfico.
Em agosto, duas notícias envolvendo ambientalistas saíram nas páginas policiais e não nas de meio ambiente: no começo do mês o casal Wigold Schaffer e Miriam Prochnow, foi atacado por um caçadorenquanto caminhavam pela mata que preservam. Poucos dias depois, o Brasil vira notícia internacional com o assassinato do espanhol Gonzalo Alonso Hernandez no Parque estadual Cunhambebe, em Rio Claro, no estado Rio de Janeiro.
O movimento é constituído de 4 Redes (Rede de ONGs da Mata Atlântica - RMA, Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o desenvolvimento - FBOMS, Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses - FEEC, Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres - Renctas) e 19 ONGs, entre elas a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), a CI-Brasil, o IDS, a SOS Mata Atlântica e a SPVS.
A campanha consiste em coletar assinaturas que acompanharão as reivindicações abaixo. Elas que serão levadas às autoridades para imediata implementação:
1 - Imediata revogação da Resolução nº 457, de 25 de junho de 2013, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), que facilita e estimula o tráfico de animais silvestres no país, cuja vigência está prevista para 25.12.2013, mas já estimula os infratores. Referida Resolução contraria a Constituição Federal e o art. 25 da Lei 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais) que determina a soltura dos animais ou a sua doação a Zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, bem como a apreensão dos instrumentos utilizados na prática do crime.
2 - Discussão Pública no CONAMA e nos Conselhos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente, de Resoluções para coibir o livre comércio em lojas agropecuárias e outros estabelecimentos comerciais, de armas de caça tais  como espingardas de ar comprimido (cujo poder de destruição e matança é comparável a armas de fogo), estilingues, gaiolas, apitos e quaisquer instrumentos de captura de animais silvestres, visto que o livre comércio de tais armas e instrumentos estimula a matança, o aprisionamento e tráfico da fauna silvestre, contribuindo diretamente para a extinção de espécies.
3 - Realização de ampla e integrada operação de fiscalização (blitz nacional) contra a caça ilegal, a captura, o aprisionamento e o tráfico de animais silvestres e pela apreensão de armas e instrumentos de captura e aprisionamento de animais da fauna silvestre.
4 - Realização de campanhas públicas mostrando a importância e beleza dos animais e estimulando a observação e fotografia como atividades sustentáveis e seguras. As campanhas também deverão ser contra a caça, aprisionamento e tráfico de animais nativos do Brasil, com ênfase também, nas zonas rurais, mostrando que matar animais  é crime e incompatível com nosso atual conhecimento científico e nível cultural. Deve-se também, divulgar telefones onde possam ser denunciados de forma anônima os contumazes caçadores de cada município ou região.
5 - Apuração rigorosa dos casos de violência contra os defensores da biodiversidade nativa do Brasil e aplicação das penalidades previstas em lei.
A campanha também conta com uma seção página Protesto Verde, onde as pessoas poderão postar denúncias de caça, aprisionamento e tráfico de animais, para o posterior encaminhamento às autoridades competentes pela fiscalização e controle.

24 de ago. de 2013

JAPONESES EXTERMINARAM O ATUM MUNDO AFORA! E AGORA VIERAM PARA EXTERMINAR O NOSSO ATUM!!!

http://db.tt/EALvwABS

Assista ao vídeo acima e veja como é fácil se degradar nossos recursos naturais, com a participação de empresários brasileiros (neste caso, o empresário paraibano Gabriel Calzavara de Araújo) e a conivência das autoridades brasileiras. O que diria disso o Ministro Marcelo Crivella? Como ele não entende de recursos naturais, talvez com a ajuda da Ministra do Meio Ambiente, ele consiga avaliar esta situação. E tomar uma atitude!!!

Os japoneses, devoradores de peixes (em iguarias como "sushi, sashimi, nigiri"...) exterminaram os atuns oceanos afora e agora vieram esgotar o nosso!!!

Símbolo da era de ouro do atum, o mercado de Tsukiji, em Tóquio, é uma espécie de Sotheby's  [leilão das obras de arte] das peixarias, leiloando carcaças congeladas que alcançam preços de obras de arte. No início de 2012, um espécime de 269 kg foi arrematado por uma rede de sushis de Tóquio por US$ 736 mil, ou R$ 1,5 milhão.
Pelo menos o atum-azul (Thunnus thynnus) está ameaçado de extinção. Segundo a oceanógrafa Sylvia Earle, da National Geographic Society, maior referência mundial em oceanografia, 95% da população global já virou sushi. As demais espécies correm o risco de sobrepesca (quando a captura supera a capacidade de reposição). Ambientalistas, oceanógrafos, vegetarianos e até sushimen já começam a se agitar: "Salvem o atum!


Navios atuneiros, de bandeira japonesa, pescando atum
 em águas brasileiras

Com 8.500 km de costa, o Brasil controla uma faixa oceânica de 3,5 milhões de km2 conhecida no direito internacional como Zona Econômica Exclusiva (ZEE), que corresponde às famosas 200 milhas náuticas (370 km). É bem ali, numa tripa de oceano de 15 km por 200 km (3.000 km2, ou 0,09% do total da ZEE), que se trava a "guerra do sushi" entre brasileiros e japoneses. Todos atrás do atum.

O Gera 8 e o Kinei Maru 108 [navios pesqueiros japoneses, destacados no vídeo acima] se encontraram numa rica zona pesqueira, no cruzamento de correntes marítimas que vêm da lagoa dos Patos, no litoral gaúcho, e do arquipélago das Malvinas. Entre maio e agosto, surge ali um oásis de plânctons (microrganismos aquáticos) que atrai os cardumes de atum, peixe migratório de longas jornadas.

ARARINHA-AZUL: O SONHO DE SEU RETORNO À CAATINGA. QUE TENHA SUCESSO!!!

[Reproduzido de várias fontes:
www.projetoararaazul.org.br
www.icmbio.gov.br]


O Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul – PAN Ararinha-azul, aprovado pela Portaria 17/2012, tem como objetivo o aumento da população manejada em cativeiro e a recuperação e conservação de hábitat de ocorrência histórica da espécie, até 2017, visando o início de reintrodução até 2021.
O PAN é composto por um objetivo geral, 6 (seis) objetivos específicos e 41 (quarenta e uma) ações, cujo coordenação caberá ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres - CEMAVE, com supervisão da Coordenação Geral de Manejo para Conservação.

Cativeiro, na Alemanha, da "Association for the Conservation of Threatened Parrots". Na foto:, da esq. para a dir.: Felicitas, Frieda, Paula e Paul (muito "trabalho"  para um único macho!)
Este grupo (60 indivíduos)  vive em cativeiro no Qatar: Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP)


Curaça, no estado da Bahia, tem matas de caatinga nas margens
 do rio São Francisco, onde a ararinha-azul pode
ser reintroduzida



Nome popular
: Ararinha azul Nome científicoCyanopsitta spixii.Comprimento: 55 a 57 cm.Peso: 296 a 400 g.Coloração: inteiramente azul, sendo que na cabeça o tom é um pouco mais pálido e nas asas o tom é mais escuro.
Distribuição Geográfica
: Curaçá, cidade ao norte da Bahia.
Habitat
: Mata de galeria da caatinga onde predomina a caraíba (Tabebuia caraíba).
Alimentação
: Sementes de Jatropha sp, Cnidoscolus sp; e frutos de Ziziphus sp e Maytennus sp.
Status
: Considerada EXTINTA na natureza (CITES I). O último exemplar desapareceu em 2000, restando pouco mais de 60 indivíduos criados em cativeiro, sendo a maioria fora do Brasil. Existe um grupo de estudo com esforços internacionais para recuperação da espécie, coordenado pelo IBAMA. Os efeitos positivos do real envolvimento da população local, promovido pelo Projeto Ararinha Azul em Curaça na Bahia (www.ararinha-azul.vila.bol.com.br) ainda são efetivos e ao mesmo tempo que se busca o aumento da população em cativeiro, se conserva o habitat específico, visando futuras reintroduções.

23 de ago. de 2013

ÁRVORE DA AMAZÔNIA, A VIROLA, EXPLORADA DE MANEIRA "INSUSTENTÁVEL"

Museu Goeldi alerta para a extinção da árvore Virola
[Reproduzido de((o))eco - 22/08/13]


A Virola (Virola surinamensis), espécie madeireira de alto valor no mercado, está praticamente extinta nas áreas de várzea do estuário Amazônico no estado do Pará. A extinção iminente da árvore foi tema de um estudo do Museu Paraense Emilio Goeldi, em Belém, feito pelo biólogo Leandro V. Ferreira. Ele constatou que a exploração ilegal reduziu a níveis preocupantes os estoques da espécie nas florestas de várzea da Amazônia.
O biólogo realizou as observações na Floresta Nacional de Caxiuanã, no Pará. O estudo foi dividido em três áreas específicas: áreas já exploradas, em exploração e áreas não exploradas.
As reduções de indivíduos jovens da espécie e de “árvores fêmeas” são os principais alertas do estudo. Assim como os animais, as árvores tem sexo diferenciado, existindo “árvores-machos” e “árvores-fêmeas”, estas responsáveis pela produção de frutos e sementes. As fêmeas de Virola têm  maior diâmetro, o que explica o seu desaparecimento: quanto maior o diâmetro, maior valor comercial a madeira possui. Ao darem preferências às árvores maiores, os madeireiros acabam prejudicando o próprio empreendimento no futuro, já que a ausência de árvores fêmeas torna o repovoamento das áreas exploradas ainda mais difícil, pois não há mais sementes para promover esse repovoamento.
Os dados da pesquisa revelam que há uma grande redução no número de indivíduos com valor comercial, que são às árvores com diâmetro maior que 30 centímetros. Ela está praticamente ausente nas áreas já exploradas e em exploração se comparadas às não exploradas, lócus de realização da pesquisa.
A Virola é muito usada na fabricação de compensados, embalagens, artigos esportivos, brinquedos, lápis, palitos, bobinas e carretéis, entre outros utensílios [ex.: forros internos de móveis]. Esta versatilidade também é fator de valorização no mercado, que torna a árvore ainda mais atrativa.
Segundo a pesquisa, desde 1980, a produção de madeira nas florestas de várzea correspondia a 75% do total da madeira comercializada na Amazônia. A Virola representava 50% de todo o volume de madeira extraída.
A exploração ilegal é a principal ameaça à sua extinção, com consequências socioeconômicas para as comunidades ribeirinhas e de habitantes de cidades de pequeno e médio porte, que tem na madeira fonte de moradia e outros bens materiais.
Presente nas listas de espécies da flora ameaçada de extinção em níveis federal e estadual, a Virola está classificada como prioritária no Programa de Conservação de Recursos Genéticos de Valor Econômico do Brasil.
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A importância do uso sustentável
Os maiores estoques de Virola estão na Floresta Nacional de Caxiuanã, uma unidade de conservação de uso sustentável, o que demonstra importância na manutenção dos recursos naturais. Essa espécie está sendo estudada em parcelas permanentes de monitoramento da dinâmica florestal no âmbito doProjeto Peld-Caxiuanã, onde recentemente foi concluída uma dissertação de mestrado sobre essa espécie.
A exploração madeireira nas florestas de várzea paraenses é regida pela Instrução Normativa nº 40 da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA/PA), que estabelece normas para atividade de manejo florestal. A norma limita o corte seletivo de espécies madeireiras nas florestas de várzea em 50 centímetros.
Embora reconheça que esse limite fixado seja adequado, o estudo recomenda que a secretaria inclua na instrução normativa a exigência de se preservar indivíduos machos e fêmeas de Virola, para que se garanta a sobrevivência de matrizes reprodutivas dessa espécie, fundamentais para o repovoamento das florestas de várzea.
Frutos e sementes de Virola (foto: Leandro V. Ferreira)

20 de ago. de 2013

ALERTA VERMELHO: RECURSOS DA NATUREZA PARA O ANO 2013 JÁ ESGOTADOS EM AGOSTO

[Reproduzido de  www.wwf.org.br]

Alerta vermelho: Em 20 de agosto, humanidade excedeu orçamento da Terra para 2013

Em 20 de agosto, chegamos ao Dia da Sobrecarga da Terra

20 Agosto 2013
© GFN
Nesta terça-feira (20) o planeta acendeu um alerta vermelho. Nesse dia, a humanidade esgotou o orçamento da natureza para o ano e  começamos a operar no vermelho. Os dados são da Global Footprint Network – GFN (Rede Global da Pegada Ecológica), instituição internacional parceira da rede WWF, que gera conhecimento sobre sustentabilidade e tem escritórios na Califórnia (EUA), Europa e Japão.

O Overshoot Day (Dia da Sobrecarga da Terra) é a data aproximada em que a demanda anual da humanidade sobre a Natureza ultrapassa a capacidade de renovação possível. Para chegar a essa data, a GFN faz o rastreamento do que a humanidade demanda em termos de recursos naturais (tal como alimentos, matérias primas e absorção de gás carbônico) - ou seja, a Pegada Ecológica - e compara com a capacidade de reposição desses recursos pela natureza e de absorção de resíduos.

Os dados demonstram que, em menos de oito meses, utilizamos tudo o que a natureza consegue regenerar durante um ano. O restante ficou descoberto em nossa conta. À medida que aumenta nosso consumo, cresce o débito ecológico, traduzido na redução de florestas, perda da biodiversidade, colapso dos recursos pesqueiros, escassez de alimentos, diminuição da produtividade do solo e acúmulo de gás carbônico na atmosfera. Tudo isso não apenas sobrecarrega a capacidade de recuperação e manutenção do meio ambiente, como também debilita nossa própria economia.

As mudanças climáticas -- decorrentes da emissão de gases de efeito estufa em ritmo mais rápido do que sua absorção pelas florestas e oceanos – são o maior impacto desse consumo excessivo.

"O enfrentamento de tais restrições impacta diretamente as pessoas. As populações de baixa renda têm dificuldade em competir por recursos com o restante do mundo," afirma Mathis Wackernagel, presidente da Global Footprint Network e co-criador da Pegada Ecológica, uma medida para contabilizar o uso de recursos naturais. 

[O restante pode ser lido no  link  acima especificado]

Conceito de Pegada Ecológica, reproduzido do Glossário de Ecologia:

PEGADA ECOLÓGICA (“ECOLOGICAL FOOTPRINT”)  Expressão introduzida por M.Wackernagel e W.R.Rees, em 1996, referindo-se aos recursos naturais e condições ambientais em geral, necessárias para manter uma população humana de maneira sustentável, tal que disponha de áreas naturais para manter o consumo dessa população e para manejo dos resíduos por ela gerados. Como exemplo é bastante útil e elucidativo o estudo de G.F. Dias sobre a pegada ecológica (PE) de Taguatinga, cidade satélite do Distrito Federal. A PE (somatória de vários itens, como população, uso de combustíveis fósseis, água, energia elétrica, madeira, papel, alimentos, resíduos sólidos) = 2,24 ha / pessoa. Multiplicando-se este resultado pela população local, que é de 738.578 habitantes, resulta numa PE = 1.654.414,7 ha de áreas naturais necessárias para suprir as demandas (consumo e absorção de resíduos). Como a TED (terras ecoprodutivas disponíves) = 13.637 ha, o déficit ecológico (DE) = 13.637 / 738.578 = 0,02-2,24 = -2,22. Este cálculo pode ser representado por: DE = TED – PE. Segundo G.F.Dias alguns países apresentam os seguintes déficits ecológicos: Brasil (DE = 6,73,16 = 3,5); EUA (DE = 6,7-10,3 = -3,6); Japão (DE = 0,9-4,3 = -3,4); Canadá (DE = 9,6-7,7 = 1,9); India (DE = 0,5-0,8 = -0,35); Austrália (DE = 14,0-9,0 = 5,0); Peru (DE = 7,7-1,6 = 6,1); Argentina (DE = 4,63,9 = 0,7).

18 de ago. de 2013

"OLINGUITO": BEM-VINDO AO CONHECIMENTO DA CIÊNCIA!!!

Identidade revelada: este é o olinguito
Vandré Fonseca - 16/08/13

[Reproduzido de  www.oeco.org.br]
Uma expedição confirmou que os olinguitos vivem em florestas nas encostas ocidentais dos Andes. Foto: Mark Gurney
Com grandes olhos, pelagem marrom alaranjada e dois quilos de peso, o olinguito (Bassaricyon neblina) é um parente dos quatis que já era encontrado há quase 100 anos em museus e chegou a ser exibido em zoológicos, mas era ignorado pela ciência. Só agora este notável habitante dos Andes recebeu um nome oficial e foi reconhecido com espécie nova. A descrição do primeiro carnívoro no Ocidente nos últimos 35 anos foi publicada na edição de 15 de agosto da Zookeys, revista científica de acesso aberto.
"A descoberta do olinguito nos mostra que o mundo ainda não está completamente explorado, seus segredos mais básicos ainda não foram revelados", afirmou o curador de Mamíferos do Museu Nacional de História Natural e líder da equipe do Smithsonian responsável pela novidade, Kristofer Helgen. "Se novos carnívoros ainda podem ser encontrados, que outras surpresas não nos aguardam? Muitas das espécies do mundo ainda não são conhecidas pela ciência. Documentá-las é o primeiro passo para a compreensão de toda a riqueza e diversidade da vida na Terra", disse.
Após encontrar o bicho em museus, durante um levantamento para saber quantas espécies de olingo existem e como elas estão distribuídas, a equipe fez uma grande jornada. Ela os levou dos museus de Chicago às montanhas sul-americanas e aos laboratórios de genética em Washington D.C. até confirmarem a descoberta. O nome científico B. neblina é uma referência à paisagem onde o bicho vive, florestas das montanhas equatorianas e colombianas, que com frequência são cobertas por névoa.
Locais onde a existência do olinguito foi confirmada. Crédito: Divulgação
A primeira pista veio dos dentes e do crânio de espécimes mantidas em museus. Elas eram menores do que outros olingos e vinham de uma região da Cordilheira dos Andes, entre 1,5 e 2,7 mil metros de altitude, onde não eram conhecidas outras espécies de olingo. Eram amostras coletadas no início do século 20 que haviam sido negligenciadas. Ainda era preciso descobrir se o olinguito continuava a existir na natureza.
A confirmação veio em um vídeo com imagens granuladas, com apenas alguns segundos de duração, obtido pelo zoólogo equatoriano Miguel Pinto. Uma expedição de três semanas de duração foi organizada para procurar o animal. A equipe formada pelos americanos e pelo equatoriano encontrou olinguitos em uma floresta nas encostas ocidentais dos Andes. Os pesquisadores passaram dias coletando informações sobre o bicho. Eles descobriram que o olinguito é mais ativo à noite e come principalmente frutas. Ele raramente sai das árvores e tem um filhote de cada vez.
A floresta onde ele foi encontrado sofre uma forte pressão devido a atividades humanas. A equipe estima que 42% do habitat original do olinguito já foram convertidos pela agricultura ou urbanização. "As florestas da Cordilheira dos Andes são um mundo à parte, repleto de espécies que não são encontradas em nenhum outro lugar, muitas delas ameaçadas ou em perigo", afirma Helgen. "Esperamos que o olinguito possa servir como uma espécie de embaixador das altas florestas do Equador e da Colômbia, para chamar a atenção do mundo para estes habitats críticos".
Artigo
Helgen KM, Pinto CM, Kays R, Helgen LE, Tsuchiya MTN, Quinn A, Wilson DE, Maldonado JE (2013) Taxonomic revision of the olingos (Bassaricyon), with description of a new species, the Olinguito. ZooKeys 324: 1. doi:10.3897/zookeys.324.5827

16 de ago. de 2013

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS NO MUNDO: ESTIMATIVAS MOSTRADAS EM MAPAS

Algumas semanas atrás o blog  www.oeco.org.br mostrou que uma boa parte das terras cultiváveis de nosso planeta é usada para produzir ração para animais. Esse referido blog volta hoje ao assunto, desta vez para mostrar como as terras dedicadas a cultivar comida para seres humanos estão sendo aproveitadas.
Os mapas abaixo mostram que nosso planeta tem a capacidade de produzir muito mais comida do que é produzido atualmente. Esse conjunto de dados, fornecido pela University of Minnesota (EUA) mostra as produções atuais e potenciais para três das principais culturas de alimentos, milho, trigo e arroz, medida em toneladas por hectare. O potencial de rendimento para uma determinada área é determinado usando a produtividade de uma outra região com condições ambientais análogas como referência, assumindo que o uso da água e de fertilizantes estiver otimizado. Em ambos os mapas, as áreas mais escuras mostram rendimentos menores, enquanto que as áreas rosas indicam rendimentos mais elevados.
O mapa em amarelo destaca a diferença entre os rendimentos atuais e potenciais. Enquanto algumas regiões podem ter um rendimento potencial muito alto, ele já pode ser quase igual à produção atual, como é o caso do Meio-Oeste dos EUA onde a produção está muito perto de seu pleno potencial. Regiões com maior espaço para melhorias, no entanto, se destacam em amarelo brilhante no mapa. Os pontos brilhantes na Ásia, na África Ocidental, Europa Oriental e América Central, por exemplo, indicam locais onde mais alimentos podem ser produzidos.
Fizemos também um recorte dos mapas, destacando o Brasil.


14 de ago. de 2013

AMAZÔNIA: BRASILEIROS FILMADOS PELA PRIMEIRA VEZ

[Reproduzido de www.amazonia.org.br]

Funai filma pela primeira vez tribo de índios que vive isolada na Amazônia


O vídeo do Jornal Hoje, da Rede Globo, pode ser assistido em


Uma das últimas tribos do mundo que continuam a viver isoladas foram filmadas por uma equipe da Funai (Fundação Nacional do Índio) no interior da floresta amazônica.
Nove índios da tribo kawahiva andavam nus pela mata em Colniza, cidade do Mato Grosso que fica próxima ao Amazonas, quando foram filmados pelo sertanista Jair Candor. Os homens levavam arcos e flechas, indicando que são os guerreiros do grupo, enquanto as mulheres carregavam alguns objetos e as crianças. Foi uma das duas crianças que eram levadas pela última mulher, aliás, quem percebeu a presença do “homem branco” e deu o alerta ao grupo.
Um dos guerreiros voltou ao local, criando uma forte tensão, mas não atacou os sertanistas. O homem ficou escondido atrás da vegetação e apenas observou os intrusos no seu território. Quando percebeu que não havia perigo, desapareceu com os outros índios no meio da floresta.
Para entender que o grupo disse, a reportagem do Jornal Hoje, da rede Globo, consultou Ana Suely Arruda Cabral, professora da UnB (Universidade de Brasília) e especialista em línguas indígenas. Segundo ela, os índios procuravam algum lugar para repousar e falavam sobre armadilhas para pegar caças à noite. Ana Suely afirmou, ainda, que a criança que avistou os funcionários da Funai gritou “Tapuim”, termo que significa “tem inimigo” em Tupi-Kawahiva – o idioma é comum a várias tribos.
De acordo com a Funai, os kawahiva são nômades e vivem de caças e comida da floresta, já que não cultivam agricultura. Quando as presas acabam, eles mudam de acampamento. Eles dormem em uma esteira feita de folhas e palhas e produzem poucos artefatos
.

13 de ago. de 2013

CONDOR ANDINO TAMBÉM É VÍTIMA DE PESTICIDAS

13/08/2013 11h53 - Atualizado em 13/08/2013 11h53No Chile, condores andinos sofrem envenenamento por pesticidas

Problema afetou pelo menos vinte aves, que foram tratadas por veterinários.
Espécie é uma das maiores aves voadoras de todo o mundo.

Da AP
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Um dos condores andinos afetados pelo envenenamento é atendido em clínica veterinária no Chile. (Foto: Reuters/Ivan Alvarado )Um dos condores andinos afetados pelo envenenamento é atendido em clínica veterinária no Chile. (Foto: Reuters/Ivan Alvarado )
Um envenenamento ocasionado aparentemente por pesticidas afetou pelo menos vinte condores andinos. A maioria deixou de voar, enquanto outros passaram a voar muito próximos a linhas de alta tensão ou chocar-se contra os carros na região montanhosa de Los Quilos, onde duas aves e duas raposas apareceram mortas nesta segunda-feira (12).
Dois condores andinos e duas raposas foram encontrados mortos. (Foto: Reuters/Ivan Alvarado)

Os condores andinos estão entre as maiores aves voadoras do mundo. As primeiras 17 aves doentes foram vistas no domingo. Agentes do Serviço de Agricultura e Pecuária e da polícia foram chamados. As aves estavam tão fracas que não foi difícil capturá-las. Todas foram conduzidas a uma clínica veterinária na cidade de Los Andes, a 77 km de Santiago.
“Encontramos ontem 17, que chegaram doentes. Conseguimos salvar todos. Hoje chegou mais um que está em tratamento e até este momento temos dois condores e duas raposas mortas”, disse à AP o veterinário Eric Savard.
O especialista disse que “a hipótese é envenenamento por produtos agrícolas do tipo organofosforado. É um produto agrícola que se usa para pragas ou como inseticida”. As aves estão sendo tratadas com um antídoto contra o veneno, chamado atropina, e um antibiótico, além de soro. As aves ficarão em observação pelos próximos 10 dias.

CONDOR ANDINO [Reproduzido de http://www.infoescola.com/aves/condor/]
condor, ou condor-dos-andes (Vultur gyphus), é uma ave da família dos catartídeos, é o parente andino do urubu. É encontrado normalmente em altitudes acima de 3000 m, mas também frequenta as terras baixas do litoral. Formam bandos de até vinte indivíduos, exceto na época do acasalamento, quando vive aos pares.
Condor-dos-andes
Condor-dos-andes
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Família: Cathartidae
Gênero: Vultur
Espécie: V. gryphus
Esta espécie é a maior ave voadora do mundo, pesando até 12 kg, apresentando a terceira maior envergadura do mundo, chegando a 3 m (perdendo apenas para o Marabu, que possui envergadura que chega a 3,5 m e para o Albatroz-errante, que chega a 4 m). Suas asas, longas e largas, permitem ao condor planar, aproveitando as correntes de ar, sendo que é deste modo que muitas vezes ele percorre os céus. Isso faz com que ele gaste menos energia que num vôo ativo, em que necessita bater as asas.
Possui excelente visão, possuindo a capacidade de localizar a presa a quilômetros de distância. Alimenta-se de carniça e ataca qualquer animal fraco ou doente. No litoral, come cadáveres de grandes mamíferos marinhos lançados à praia pelas ondas. É comum brigarem entre si, a fim de decidir quem primeiro deve fazer sua “refeição”.
A fêmea do condor procura fazer seu ninho no local mais alto das montanhas. Neste local ela põe um ovo por ano, dificilmente dois, que é incubado por 58 dias. O filhote nasce com penugem branca. Caso haja dois filhotes, estes lutam até que um caia do ninho; a mãe não interfere nessa luta.
Ele é o símbolo nacional da Colômbia, Equador, Bolívia e Chile, integrando os brasões oficiais desses países. Possuem também um papel de destaque nos mitos e folclore das regiões andinas da América do Sul. São considerados ameaçados de extinção, sendo, por esse motivo, criados programas de reprodução em cativeiro dessa espécie.
Existe uma espécie considerada “prima” do condor-dos-andes, que é o condor-da-califórnia.

APP - ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE: CONCEITUAÇÃO E IMPORTÂNCIA

Nesta postagem, uma visão geral sobre APP - Área de Preservação Permanente.
[Reproduzido de  www.oeco.org.br]
Segundo o atual Código Florestal, Lei nº12.651/12:
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
(...)
II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;
Áreas de preservação permanente (APP), assim como as Unidades de Conservação (link), visam atender ao direito fundamental de todo brasileiro a um "meio ambiente ecologicamente equilibrado", conforme assegurado no art. 225 da Constituição. No entanto, seus enfoques são diversos: enquanto as UCs estabelecem o uso sustentável ou indireto de áreas preservadas, as APPs são áreas naturais intocáveis, com rígidos limites de exploração, ou seja, não é permitida a exploração econômica direta.
As atividades humanas, o crescimento demográfico e o crescimento econômico causam pressões ao meio ambiente, degradando-o. Desta forma, visando salvaguardar o meio ambiente e os recursos naturais existentes nas propriedades, o legislador instituiu no ordenamento jurídico, entre outros, uma área especialmente protegida, onde é proibido construir, plantar ou explorar atividade econômica, ainda que seja para assentar famílias assistidas por programas de colonização e reforma agrária.
Somente órgãos ambientais podem abrir exceção à restrição e autorizar o uso e até o desmatamento de área de preservação permanente rural ou urbana mas, para fazê-lo, devem comprovar as hipóteses de utilidade pública, interesse social do empreendimento ou baixo impacto ambiental (art. 8º da Lei 12.651/12).
As APPs se destinam a proteger solos e, principalmente, as matas ciliares. Este tipo de vegetação cumpre a função de proteger os rios e reservatórios de assoreamentos, evitar transformações negativas nos leitos, garantir o abastecimento dos lençóis freáticos e a preservação da vida aquática.
O Código Florestal atual, no seu art. 4º, estabelece como áreas de preservação permanente:
I - as faixas marginais de qualquer curso d'água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d'água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d'água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
III - as áreas no entorno dos reservatórios d'água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d'água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento;
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d'água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII - os manguezais, em toda a sua extensão;
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d'água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação;
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.
Como visto acima, os limites das APPs às margens dos cursos d'água variam entre 30 metros e 500 metros, dependendo da largura de cada um. Entre as mudanças introduzidas pelo Código atual esta é das mais controversas: embora mantenha as mesmas distâncias do Código revogado, ele inicia a medida a partir da calha regular (isto é, o canal por onde correm regularmente as águas do curso d'água durante o ano) dos rios e não mais a partir do leito maior (a largura do rio ao considerar o seu nível mais alto, isto é, o nível alcançado por ocasião da cheia sazonal). Isto significou uma a efetiva redução dos limites das APPs às margens de cursos d'água, uma vez que a nova medida ignora as épocas de cheias dos rios. Dado que o regime fluvial varia ao longo do ano, a calha será menor nos meses secos que nos meses chuvosos.
Além das áreas descritas acima, ainda podem ser consideradas nesta categoria, quando assim declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas à contenção da erosão do solo e mitigação dos riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha; à proteção as restingas ou veredas; à proteção de várzeas; ao abrigo de exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção; proteção de sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico; formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; assegurar condições de bem-estar público; auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares; proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional (art 6º).