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22 de mar. de 2023

DIA MUNDIAL DA ÁGUA. 22 DE MARÇO

https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2023/03/por-que-o-dia-mundial-da-agua-e-comemorado-em-22-de-marco/amp
DESTAQUE Usando uma antiga fábula do povo quéchua do Peru, na qual um beija-flor carrega gotas de água para extinguir um grande incêndio, a campanha incentiva as pessoas a estarem presentes para ajudar a resolver a crise da água e do saneamento.

21 de mar. de 2023

EMISSÕES DE GASES DO EFEITO ESTUFA PRECISAM DIMINUIR SIGNIFICATIVAMENTE ATÉ 2030

Reproduzido do OBSERVATÓRIO DO CLIMA: https://www.oc.eco.br/uma-questao-de-sobrevivencia/
Uma questão de sobrevivência IPCC divulga relatório-síntese sobre mudanças climáticas; emissões de gases de efeito estufa precisam diminuir 43% até 2030; decisões políticas seguem investindo mais na causa do que na solução do problema 20.03.2023 - Atualizado 20.03.2023 às 13:11 | DO OC – Não se trata mais de um alerta da comunidade científica para evitar uma possível tragédia – trata-se do princípio mais básico, comum a qualquer ser vivo: sobrevivência. Ou mudamos a rota agora, ou nos restará a catástrofe. A emergência climática deu lugar a uma situação de emergência humanitária. O alerta – mais um, só que ainda mais enfático – está no relatório síntese do IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, da ONU), publicado na manhã desta segunda-feira, após uma semana de intensa negociação entre governos e cientistas. Os dois “polos” debatem para garantir que o texto tenha força científica e relevância governamental. Duas cientistas brasileiras – a vice-presidente do IPCC Thelma Krug, e a revisora Mercedes Bustamante – participaram do grupo que redigiu o relatório síntese, que tem 93 autores. O documento foi finalizado na tarde de ontem em Interlaken, na Suíça, frustrando a expectativa de que ficasse pronto na última sexta-feira. O teor das 37 páginas não chega a ser inédito, já que se trata de um apanhado dos últimos seis relatórios publicados pelo IPCC, mas funciona como a mensagem final dos cientistas nesta década crítica, visto que o próximo ciclo de análise só deve começar a ter resultados por volta de 2028. Para quem achava que a mudança climática era uma fantasia, o texto mostra que a realidade bateu à porta: em 2019, a concentração atmosférica de CO2 (410 partes por milhão) foi a maior em pelo menos 2 milhões de anos, e as de metano (1.866 partes por bilhão) e óxido nitroso (332 partes por bilhão), as maiores em 800 mil anos. Setenta e nove por cento das emissões globais de gases de efeito estufa vieram dos setores de energia, indústria e transporte e 22% da agricultura, silvicultura e de outras formas de uso da terra. O IPCC vem estudando desde 2018 o aumento da temperatura mundial até 1,5 ºC. Quase todos os cenários apontam que esse limite será ultrapassado entre 2030 e 2035, ainda que temporariamente (no momento já são 1,1ºC acima da era pré-industrial). Os cientistas projetaram diversos cenários para o futuro, e apenas naqueles em que há ações mais ambiciosas de redução de gases de efeito estufa (GEE), o mundo consegue voltar à temperatura abaixo desse limiar antes do fim do século. Quanto maior a magnitude e maior a duração do overshoot (quando a temperatura da Terra ultrapassa um determinado limite por algum tempo e depois retorna), mais exposto estará o planeta, aumentando os riscos para sistemas naturais e humanos. Apesar de temporário, o dano causado será permanente e irreversível em alguns ecossistemas de resiliência baixa, como os polos, as montanhas e as costas impactadas por degelo ou por aumento do nível do mar – e claro, lembrando que o aumento de 1,5ºC em si já é um péssimo cenário. Alerta para o Brasil Segundo Stela Herschmann, especialista em política climática do Observatório do Clima, 1,5ºC é uma meta de sobrevivência necessária para garantir um futuro climático mais seguro para todos nós. “A mensagem que fica, por parte dos cientistas, é de que precisamos garantir que não haja overshoot ou que ele seja o menor possível, pelo menor tempo possível. Cada fração de um grau de aquecimento importa. Não estamos preparados para a devastação climática que significa ultrapassar 1,5ºC. Vai nos custar mais vidas, tanto humanas quanto de inúmeras outras espécies.” Hoje, de 3,3 a 3,6 bilhões de pessoas – quase metade da população da Terra, sobretudo do hemisfério sul – já vivem em condição de vulnerabilidade devido às mudanças do clima. Essas pessoas têm 15 vezes mais chances de serem mortas num desastre climático. Para evitar ou atenuar o overshoot, o documento toma como parâmetro as emissões de GEE projetadas de 2019 e traça metas bem específicas para os próximos anos. A primeira delas: reduzir a emissão em 43 [34-60]% até 2030. Em seguida: Redução de 60 [49-77]% até 2035; 69 [58-90]% até 2040; 84 [73-98]% até 2050. Isso significa agir desde já. Significa também que a indústria fóssil poderá ter “ativos encalhados”, ou seja, investimentos que não chegarão ao mercado, como já foi mencionado no relatório anterior do IPCC, publicado em 2022. O texto apontava que para haver uma estabilização do aumento da temperatura global em 1,5ºC, o uso de carvão mineral precisa cair 95%, o de petróleo 60% e o de gás natural 45% até 2050. Isso é um alerta para o Brasil, que ampliou investimentos no pré-sal e sancionou uma lei permitindo a construção de novas termelétricas a carvão até 2040. É preciso promover uma mudança radical no setor de energia. Para atingir as emissões líquidas zero de CO2 e GEE, será necessária a transição de combustíveis fósseis sem captura e armazenamento de carbono (CCS) para fontes de energia de muito baixo ou zero carbono, como as renováveis. Fontes solar e eólica são de longe as opções de menor custo com o maior potencial para reduzir as emissões até 2030. O preço da energia renovável tem caído. Entre 2010 e 2019, houve uma queda de 85% no preço da energia solar e 55% na energia eólica. Também houve uma queda de 85% no preço das baterias de lítio, usadas em carros elétricos. [Texto completo no "link" destacado no topo desta postagem]

DRONES: TECNOLOGIA EM IMPORTANTE APOIO À PRESERVAÇÃO DA NOSSA FAUNA

Reproduzido de: https://oeco.org.br/
Cada vez mais o aparelho, munido de câmera termal e colorida, tem ajudado pesquisadores a fazerem registros de animais em áreas de difícil acesso DUDA MENEGASSI 20 de março de 2023 No dossel verde que se estende sob o sol, uma sombra se move acima das árvores, acompanhada de um zunido constante. Nos galhos escondidos debaixo da folhagem, movimentos indistinguíveis balançam as copas. A poucos quilômetros de distância, um pesquisador vê a paisagem numa pequena tela dividida: de um lado, uma imagem em preto e branco, do outro, a mesma cena colorida. É na tela acinzentada, entretanto, onde estão fixados os olhos de Marcello Nery, diretor do Muriqui Instituto de Biodiversidade (MIB). A partir dessa imagem, captada por um sensor termal, ele consegue finalmente identificar a silhueta do corpanzil do maior primata das Américas. Um, dois, três… dez muriquis-do-norte, visíveis como pontos brancos na tela termal, ainda que permanecessem praticamente invisíveis na tela colorida. O registro do grupo de muriquis-do-norte (Brachyteles hypoxanthus) foi feito em novembro do ano passado no município mineiro de Peçanha, durante a Expedição Rede Muriqui, realizada pelo MIB. Com o objetivo de encontrar muriquis isolados e monitorar grupos em fragmentos de floresta, a iniciativa tem contado com ciência cidadã e um aliado dos céus: o drone. Equipado com um sensor termal e colorido, o aparelho identifica focos de calor e, com isso, ajuda os pesquisadores na muitas vezes árdua missão de achar os bichos na mata. "Nós estamos fazendo estudos comparativos que estão apontando que nós estamos otimizando de três a cinco vezes os voos para detecção de animais com a câmera termal, em relação a um drone só com a câmera colorida. Então você quintuplica a sua chance de achar os bichos”, destaca o primatólogo Fabiano Melo, pesquisador do MIB e professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Com os avanços tecnológicos e a gradual popularização dessas ferramentas, os drones têm sido equipamentos cada vez mais utilizados para apoiar levantamentos de fauna nos mais diferentes ambientes. Das copas das árvores em florestas tropicais aos campos abertos e até mesmo em alto-mar. Controlados remotamente – no caso dos drones multirotores – ou em rotas de voo pré-programadas – no caso dos de asa fixa – estes veículos aéreos não-tripulados, equipados com sensores de diversos tipos, têm ampliado a fronteira do monitoramento da biodiversidade no mundo.