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31 de mar. de 2020

A EXATA DISTINÇÃO ENTRE O LEGAL E O ILEGAL É O PONTO CHAVE PARA O SISTEMA

DESTAQUE
A solução encontrada foi criar uma plataforma eletrônica que vai usar tecnologia geoespacial para monitorar se a área desmatada ilegalmente está mesmo isolada, e se regenerando. Se a resposta for sim, o frigorífico poderá comprar. A empresa que vai fazer este monitoramento será contratada pela Acripará, e cada produtor que aderir terá de pagar pelo serviço. “Acho que todas as medidas que foram tomadas até hoje foram para excluir o produtor. É positiva uma medida para inclusão. Quem quer se regularizar tem que ter essa oportunidade”, afirma Fraga Filho, que ainda não tem previsão de quando o sistema vai começar a funcionar.

Reproduzido de:
https://www.oeco.org.br/reportagens/pecuaristas-poderao-regularizar-areas-desmatadas-para-vender-bois-no-para/

14 de mar. de 2020

CORONAVÍRUS: RESULTADO DE UMA “TEORIA DA CONSPIRAÇÃO”?

Trechos extraídos de duas publicações:  do “The Scientist” e de “Nature”.



Civeta: um dos principais suspeitos da transmissão.



Pangolins são frequentemente contrabandeados para a China, onde há demanda para a carne e “escamas” (utilizadas medicinalmente).

A teoria da fuga do coronavírus de um laboratório, estava circulando nas redes sociais e em vários blogs há semanas, mas ganhou visibilidade considerável em um artigo do New York Post no final de fevereiro. Nele, Steven Mosher, cientista social e presidente do Instituto de Pesquisa Populacional em Front Royal, Virgínia, resume por que ele acredita que o SARS-CoV-2 pode ter sido acidentalmente espalhado pelo Laboratório Nacional de Biossegurança da China no Instituto Wuhan de Virologia, onde os pesquisadores estudaram coronavírus de morcegos.

O SARS-CoV, por exemplo, foi transmitido de morcegos para civetas e destes para humanos, enquanto os camelos eram um hospedeiro intermediário no MERS. A versão civeta do SARS-CoV era 99,8% semelhante à encontrada em humanos — muito mais intimamente relacionada do que o morcego e as variedades humanas do SARS-CoV-2 — então os pesquisadores acreditam que o novo coronavírus também infectou outro tipo de animal em seu caminho de morcegos para humanos. Mas eles não encontraram um candidato até agora, de acordo com a Nature.

Não há sinais de engenharia genética no genoma SARS-CoV-2.
Os vírus RNA, que incluem coronavírus, "acumulam mutações a uma taxa um milhão de vezes mais rápida do que o DNA humano... Isso lhes dá a capacidade de sobreviver contra uma resposta imune", diz Paraskevis. Embora o novo coronavírus tenha algumas diferenças genéticas em relação a outros vírus conhecidos devido a mutações, "não há evidências de que este seja o resultado de um experimento humano", diz ele, acrescentando que se o vírus fosse projetado, os cientistas esperariam ver mais material genético em seu genoma. Por exemplo, uma pré-impressão bioRxiv inicial no SARS-CoV-2 encontrou sequências genéticas semelhantes ao HIV, mas comentaristas online apontaram que "os achados foram no máximo uma coincidência" e que a pesquisa foi desde então suprimida.

[OBS.:”Dimitrios Paraskevis, é um epidemiologista do National and Kapodistrian University of Athens, na Grécia. Este epidemiologista enfatiza sobre os rigorosos procedimentos em laboratórios que manipulam micro-organismos. E eu, autor deste blog, acredito que é do maior interesse dos pesquisadores na China, que tais regras sejam seguidas com muito rigor, evitando possíveis desastres para os próprios manipuladores; o “tiro pela culatra”!]

Essa capacidade de se mover entre diferentes hospedeiros animais é uma característica dos coronavírus, de acordo com Paul McCray, pneumologista da University of Iowa Carver College of Medicine, cujo laboratório estuda coronavírus.  “É exatamente o que aprendemos em estudos de SARS em 2002 e 2003, e MERS em 2012. . . . Então, o conceito de que isso está acontecendo de novo não deve ser surpresa", diz ele. "Para as pessoas que trabalham com esses vírus, isso não é surpreendente. Não precisamos chegar a teorias absurdas quando as seqüências do genoma e as características desses vírus suportam o que estamos vendo."
Os pesquisadores disseram ter encontrado um coronavírus em pangolins contrabandeados, que tinha um genoma  99% igual ao dos coronavírus que circulava nas pessoas.
Mas o resultado não se prende unicamente a todo o genoma. Na verdade, é importante considerar  um local específico conhecido como domínio de ligação de receptores (em inglês RBD, Receptor-Binding Domain), dizem os autores do estudo.

Conclusões (do autor deste blog):
1. Ainda serão necessárias evidências, de cunho genético, que comprovem com grande chance de acerto, o animal (ou animais) que possa (ou possam) ser considerado(s) como a fonte principal do coronavírus transmitido aos seres humanos.
2. O caminho ou trajeto percorrido ou transmitido pelo vírus até os seres humanos requer esclarecimentos. Estes, poderão ser muito úteis para futuras ocorrências similares.
3. Animais silvestres surgiram na Natureza porque o processo evolutivo lhes proporcionou suas existências, nos habitats naturais, muito tempo antes do aparecimento do Homo sapiens; que conseguiu domesticar e trazer para seu convívio e sua própria sobrevivência, apenas pouquíssimos de tais animais; e assim mesmo, muito recentemente!
4. A ciência, atividade ainda imatura na história do ser humano sapiens não gerou conhecimento profundo e seguro da complexa biologia e bioquímica do imenso mundo biodiverso de animais e plantas da Terra; e de suas inter-relações e interdependências!
5. A pergunta que muitos fazem: se, por longo tempo, chineses e outros povos asiáticos têm se utilizado de animais silvestres e tantos outros de seu convívio urbano, como alimento, por quê somente agora atribui-se essa proliferação do coronavírus a partir da China? Talvez esta não seja uma resposta plausível: dentre uma enorme quantidade de vírus que certamente habita um certo animal, como por exemplo um pangolim ou um civeta, a oportunidade que um coronavírus desses animais penetre num corpo humano e nele passe a habitar com sucesso, dependerá do contato desse vírus com um RBD [ver acima, último parágrafo antes das Conclusões]. Fundamental para a conquista desse seu novo habitat. E as condições para o surgimento desse RBD talvez esteja nas características  fisiológicas, imunológicas... dos organismos das pessoas mais suscetíveis (idosos, hipertensos, diabéticos...).
6. Qualquer iniciativa perversa, egoísta,  de hegemonia  que um país ou povo, queira exercer como domínio econômico, geopolítico etc sobre os demais neste frágil planeta, utilizando-se de guerra biológica, manipulação gênica com finalidades vis, inimagináveis... certamente ele próprio não ficará imune às imprevisíveis contrarreações da Natureza. Produzir doenças e vender antibióticos? Só se se tivesse garantia absoluta de que jamais aparecessem bactérias resistentes a antibióticos! (A literatura científica vem comprovando que esse risco continua prevalecendo).  Citando a China, ora em evidência nesta histórica ocorrência do coronavírus, que alguns supõem poder aquele país auferir vantagens  política e econômica, não é fora de propósito parodiar:
“Parasita que mata o hospedeiro, é parasita burro”!