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31 de jan. de 2023

UMA AVALIAÇÃO QUE PRECISA SER ESCUTADA, ANALISADA E SE TOMAR DECISÕES DE INTERESSE PARA O NOSSO PAÍS

ALDO REBELO: Foi deputado federal por São Paulo durante cinco mandatos pelo Partido Comunista do Brasil.

30 de jan. de 2023

TRIBO YANOMAMI E DE VÁRIAS OUTRAS ETNIAS SOFREM TRAGÉDIAS HÁ ANOS!

REPRODUZIDO DE: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-64384247 IMPORTANTE!!! Atenção: o texto a seguir contém relatos que podem ser perturbadores para alguns leitores!
DESTAQUES A falta de assistência aos povos indígenas é a forma mais eficaz de matar sem deixar vestígios. É o que destacava em 1967 o procurador Jader de Figueiredo Correia em um relatório que descrevia violências praticadas contra povos indígenas no Brasil por militares, integrantes do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), funcionários públicos, fazendeiros, garimpeiros, grileiros, madeireiros e empresários. "A falta de assistência, porém, é a mais eficiente maneira de praticar o assassinato. A fome, a peste e os maus tratos, estão abatendo povos valentes e fortes. A Comissão viu cenas de fome, de miséria, de subnutrição, de peste, de parasitoses externa e interna, quadros esses de revoltar o indivíduo mais insensível", revelava o relatório escrito há 56 anos, em plena ditadura militar, que ficou conhecido como Relatório Figueiredo. Ele mostrava o genocídio de comunidades inteiras, torturas, sevícias, roubo, violências e crueldades praticadas contra indígenas no Brasil nas décadas de 1940, 1950 e 1960. "O Serviço de Proteção ao Índio degenerou a ponto de persegui-los até ao extermínio", apontou o relatório, que ficou desaparecido por mais de 40 anos.

28 de jan. de 2023

POR QUÊ "MAIS CEREAIS E MENOS CARNE" NA ALIMENTAÇÃO HUMANA?!

Face às previsões de aumento de câncer colorretal, 2023-25 (Instituto Nacional do Câncer) acho muito importante re-publicar esta postagem, sugerindo sua divulgação.
MAIS CEREAIS E MENOS MORTES. A Natureza, no processo evolutivo, estruturou sua permanência viva, num sistema conhecido cientificamente como cadeia alimentar, em ambos os grandes ecossistemas, terrestre e aquático. Em resumo: os vegetais produzem e os animais consomem. O homem é um consumidor no topo dessa cadeia. Os herbívoros, comedores de vegetais, são devorados pelos carnívoros. Se estes não existissem, em princípio, os herbívoros dizimariam os vegetais da face do planeta! Esse é o chamado "equilíbrio dinâmico" da Natureza. Depois que o homem começou a dominar a Natureza, introduzindo o cultivo de plantas e domesticando animais para sua alimentação, há uns 10 mil anos, deu-se início a mudanças na estruturação e funcionamento dos componentes da Natureza. Os recursos não vivos ou abióticos da biosfera terrestre, passaram a sofrer pressões; e tais recursos, antes aparentemente inesgotáveis, como a ÁGUA, começam agora a escassear, com agravantes que comprometem sua disponibilidade, como a poluição e o mau uso ou desperdício. Ao mesmo tempo, recursos minerais do solo vão sendo direcionados intensiva e extensivamente para manter animais, de corte, para alimentação humana. E com respeito a esse domínio da Natureza, eis a mensagem que nos deixou Albert Schweitzer, filósofo, teólogo e médico alemão: "Vivemos em uma época perigosa. O homem domina a Natureza antes que tenha aprendido a dominar a si mesmo". Vejamos por exemplo, quanta água é gasta em diversos tipos de cultivos e na criação de animais diversos (quadro abaixo).
Há outros custos ambientais, hoje reconhecidos numa boa prática do desenvolvimento sustentável como fundamentais na área da economia ambiental e tidos por ela como cruciais ao bom planejamento na explotação (exploração de recursos renováveis) da Natureza. Em termos energéticos, que é o ponto mais importante quando se trata de alimentos, a geração de proteína animal demanda diferentes quantidades de alimento básico (de origem vegetal) para se tornarem disponíveis para os seres humanos. Vejam o quadro que se segue. Vamos tomar como exemplo carne de carneiro (no topo) que demanda muito mais calorias (grãos e forragem) para produzir proteína (em sua carne) do que a carne de frango (em baixo no quadro) que demanda bem menos calorias para produzir a mesma quantidade de proteína.
Sei que muitas discussões sobre utilização de animais na alimentação, sempre virão. Alimentar-se de carne animal é uma opção pessoal, orientada por fatos (dados científicos que mostram os prós e os contras desse alimento; na minha avaliação, pesam mais os contras, principalmente nos exageros de consumo de carne vermelha e no simples consumo das carnes processadas: os "embutidos"!) ou por questões filosóficas e também, de cunho religioso. Vegetarianos abolem carne de sua alimentação. Veganos abolem qualquer alimento de origem animal. Eu, particularmente, abolí carne de mamíferos; consumo principalmente peixes e pouca carne de frango. Seres estes com menor desenvolvimento cerebral na escala evolutiva animal. Minha "crença no princípio bio-filosófico"!

26 de jan. de 2023

BONS ALIMENTOS, QUALIDADE DE VIDA.

Para os "insaciáveis", pelo menos vale a advertência: evitar excessos! https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27597529/ RESUMO: O consumo de carne vermelha (vaca, vitela, porco, borrego e carneiro) contribui com vários nutrientes importantes para a dieta, por exemplo, aminoácidos essenciais, vitaminas (incluindo B12) e minerais (incluindo ferro e zinco). A carne vermelha processada (presunto, linguiça, bacon, salsicha, salame, etc.) passa por tratamento (cura, defumação, salga ou uso de conservantes e aditivos químicos) para melhorar sua vida útil e/ou sabor. Durante as últimas décadas, o consumo de carne vermelha tem aumentado globalmente, especialmente nos países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, há evidências crescentes de que o alto consumo de carne vermelha, especialmente de carne processada, pode estar associado a um risco aumentado de várias doenças crônicas importantes. Aqui, é fornecido um resumo abrangente das evidências acumuladas com base em estudos de coorte prospectivos sobre os potenciais efeitos adversos à saúde do consumo de carne vermelha nas principais doenças crônicas, como diabetes, doença cardíaca coronária, insuficiência cardíaca, derrame e câncer em vários locais e mortalidade. Estimativas de risco de análises combinadas e meta-análises são apresentadas juntamente com descobertas publicadas recentemente. Com base em pelo menos seis coortes, resultados resumidos para o consumo de carne vermelha não processada de 100 g por dia-1 variou de risco não significativo a aumento estatisticamente significativo (11% para acidente vascular cerebral e câncer de mama, 15% para mortalidade cardiovascular, 17% para colorretal e 19% para câncer de próstata avançado); para o consumo de 50 g dia -1carne processada, os riscos foram estatisticamente aumentados para a maioria das doenças estudadas (4% para câncer de próstata total, 8% para mortalidade por câncer, 9% para mama, 18% para câncer colorretal e 19% para câncer pancreático, 13% para acidente vascular cerebral, 22% para mortalidade total e 24% para mortalidade cardiovascular e 32% para diabetes). Os potenciais mecanismos biológicos subjacentes aos riscos observados e ao impacto ambiental da produção de carne vermelha também são discutidos. A mensagem integrada baseada em evidências é que é plausível concluir que o alto consumo de carne vermelha, e especialmente carne processada, está associado a um risco aumentado de várias doenças crônicas importantes e mortalidade prematura. A produção de carne vermelha envolve um ônus ambiental.
DESTAQUE: Adição de nitritos e nitratos, geram nitrosaminas (substância carcinogênica). OBSERVAÇÃO ADICIONAL:
DESTAQUE: Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indica o surgimento de 44 mil novos casos por ano de câncer de intestino, ou câncer colorretal, no Brasil, com 70% concentrados nas regiões Sudeste e Sul. “É uma doença muito prevalente. É a terceira. Ela vai perder para [câncer de] mama, vai perder para [câncer de] próstata. Em terceiro lugar, vem o câncer colorretal”, disse o cirurgião oncológico Rubens Kesley, coordenador do Grupo de Câncer Colorretal do Inca.

23 de jan. de 2023

NOSSOS ÍNDIOS: NOSSAS ORIGENS. PATAXÓS.

Entre os anos de 1973 e 1975, como pesquisador do CEPEC-Centro de Pesquisas do Cacau (CEPLAC, Ilhéus-Itabuna, BA), realizei trabalhos de pesquisa em ecologia de microbiota do solo, em reserva de Mata Atlântica na vila de Barrolândia, município de Santa Cruz de Cabrália, BA. Foi na estação experimental Gregório Bondar, mantida pela CEPLAC. A pesquisa objetivou comparar a atividade microbiana de solo sob floresta e solo em que a floresta fora submetida à derrubada e queima. Mas o objetivo principal desta postagem foi motivada pelas minhas observações naquela época, do povo que habitava naquela região. Muitos dos habitantes com evidente semelhança com os autóctones: os índios Pataxós (ou os Pataxó, como mencionado no texto que se segue). Assim, vejamos: Os Pataxó vivem em diversas aldeias no extremo sul do Estado da Bahia e norte de Minas Gerais. Há evidências de que a aldeia de Barra Velha existe há quase dois séculos e meio, desde 1767 (veja Histórico da ocupação). Em contato com os não índios desde o século XVI e muitas vezes obrigados a esconder seus costumes, os Pataxó hoje se esforçam para avivar sua língua Patxohã e rituais "dos antigos" como o Awê. Através do Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI)/FUNASA obtivemos dados concernentes ao conjunto da população Pataxó. O fato de não dispormos de informações sobre a metodologia utilizada pelo SIASI para a coleta desses dados dificulta a realização de uma análise detalhada do comportamento demográfico apresentado pelos Pataxó. No entanto, tratando-se de dados populacionais disponíveis não seria possível negligenciá-los, em face do que adotamos a estratégia de imputar-lhes uma certa confiabilidade, de modo a tomá-los como representativos do montante de Índios Pataxó que vivem na zona rural dos municípios de Itamaraju, Porto Seguro, Prado e Santa Cruz de Cabrália. Os dados do SIASI registram, para 2010, 11.436 habitantes (sendo 5.839 homens e 5.597 mulheres) distribuídos pelas aldeias Barra Velha, Aldeia Velha, Boca da Mata, Meio da Mata, Imbiriba, localizadas em Porto Seguro; Pé do Monte, Trevo do Parque, Guaxuma, Corumbauzinho e Aldeia Nova, estabelecidas em Itamaraju; Coroa Vermelha e Mata Medonha, em Santa Cruz de Cabrália; e, por fim, Águas Belas, Craveiro, Tauá, Tibá, Córrego do Ouro, Cahy e Alegria Nova no Prado, totalizando 19 aldeias. Se compararmos os dados totais da população rural destes quatro municípios que, segundo o Censo de 2010, perfaz aproximadamente 50.000 hab., chegamos à proporção de cerca de 1 Pataxó para cada 5 habitantes da zona Rural destes municípios, aproximadamente a mesma proporção de Índios/população rural do estado do Amazonas, que possui a maior população indígena rural dentre as unidades da Federação pesquisadas pelo Censo 2010. No estado de Minas Gerais, por outro lado, nos municípios de Carmésia, Itapecerica e Araçauaí viviam, segundo o SIASI, 349 pataxós (178 homens e 171 mulheres), que então representam 1,9% da população rural estabelecida nestes municípios. No Censo Demográfico 2010, os Pataxó compõem a tabela 1.14 - pessoas indígenas, por sexo, segundo o tronco linguístico, a família linguística e a etnia ou povo - com um total de 13.588 hab, sendo 6.982 homens e 6.606 mulheres. Já na tabela 3.1 - pessoas residentes em terras indígenas, por condição de indígena, segundo as unidades da federação e as terras indígenas - constam, na Bahia, apenas as aldeias Águas Belas (232 hab.), Aldeia Velha (928), Barra Velha (3.064), Coroa Vermelha (3.541), Imbiriba (397) e Mata Medonha (874). Em Minas Gerais, há referência apenas à Fazenda Guarani (246 hab.) (IBGE, 2012).

YANOMAMI: 30 ANOS DE LUTA E SOFRIMENTO

DATA DESTA REPORTAGEM: 30 DE MAIO DE 2022 https://g1.globo.com/google/amp/rr/roraima/noticia/2022/05/25/terra-yanomami-completa-30-anos-com-maior-devastacao-da-historia-causada-pelo-garimpo.ghtml
A Terra Indígena Yanomami, maior reserva indígena do Brasil, completa 30 anos de demarcação e homologação nesta quarta-feira (25). Mas, diante do aumento desenfreado de garimpos ilegais dentro do território onde vivem mais de 28 mil ianomâmi, da destruição ambiental, dos casos de doença e violência, a celebração destas três décadas ocorre em forma de luta e resistência em defesa da reserva. Com cerca de 10 milhões de hectares distribuídos no Amazonas e em Roraima, onde fica a maior parte, a Terra Yanomami tem 371 comunidades de difícil acesso espalhadas ao longo da densa floresta amazônica. O povo ianomâmi é considerado de recente contato com a população não-indígena. Além disso, na reserva há, ainda, indígenas isolados, sem contato ou influência externa. Embora as condições geográficas os tornem isolados, isso não impede o avanço acelerado do garimpo. Em um ano, a devastação ambiental cresceu 46%, percentual histórico desde a demarcação (leia mais abaixo). A situação em que vivem os ianomâmi é tão séria que foi considerada de "extrema gravidade e urgência", com risco de "danos irreparáveis aos seus direitos no Brasil", pela Comissão Interamericana da Direitos Humanos (CIDH). O órgão solicitou à Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) uma intervenção com medidas provisórias para proteger os direitos à vida do povo Yanomami.

22 de jan. de 2023

AINDA DÁ TEMPO (?!) DE EVITAR ESSE TIPO

Reproduzido, parcialmente, de: https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-57333671
No entanto, uma nova ameaça global capaz de destruir a vida na Terra — desconhecida para muitas pessoas — está se formando nas sombras da nossa vida cotidiana. Ela é movida pelo imenso desejo humano de consumo material. E, paradoxalmente, uma consequência da própria vida humana. Basta olhar em volta — você está inseparavelmente cercado por objetos materiais —, sejam eles necessários em sua vida ou não. Para cada objeto que usamos, existe uma crescente rede de ações globais que está lentamente destruindo a saúde emocional humana, esgotando os recursos da Terra e degradando os habitats do nosso planeta. Se não for controlado, existe o risco de o consumo humano acabar transformando a Terra em um mundo inabitável? Será que devemos parar antes que seja tarde demais? Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Ciências Weizmann, em Israel, publicou recentemente um estudo que comparou a massa produzida pelo homem — também conhecida como massa antropogênica — com toda a massa viva, ou biomassa, do planeta. Pela primeira vez na história da humanidade, o primeiro ou ultrapassou o segundo ou está perto de ultrapassar nos próximos anos. O estudo estima que, em média, cada pessoa no planeta produz agora mais massa antropogênica do que seu peso corporal por semana. "A descoberta de que a massa antropogênica — coisas feitas pelo homem — agora pesa tanto quanto todas as coisas vivas, e o fato de que continua a se acumular rapidamente, oferece outra perspectiva clara de como a humanidade é agora um ator importante na formação da face do planeta", diz o professor Ron Milo, do Instituto de Ciências Weizmann. "A vida na Terra é afetada de forma quantitativa importante pelas ações dos humanos." Esta revelação não é surpresa para muitos que consideram que os humanos já deram início a uma nova época geológica chamada Antropoceno — a era dos humanos, termo popularizado pelo químico ganhador do Prêmio Nobel Paul Crutzen. Embora o início exato desta era seja discutível, não há como negar que os humanos se tornaram uma força dominante neste planeta, alterando todas as outras formas de vida por meio de suas ações. A escala e o tamanho da massa antropogênica são alarmantes. Veja o caso do plástico — o surgimento da era dos plásticos modernos ocorreu apenas em 1907, mas hoje produzimos 300 milhões de toneladas de plástico todos os anos. Além disso, a percepção de que, depois da água, o concreto é a substância mais usada na Terra está além da compreensão. O gigantesco processo de geoengenharia iniciado pelos humanos teve um aumento acelerado quando materiais como concreto e agregados se tornaram amplamente disponíveis. Estes dois materiais constituem um dos principais componentes do crescimento da massa antropogênica. Até mesmo as relativamente recentes aventuras humanas de exploração espacial, que começaram há cerca de 60 anos, estão desencadeando um problema desastroso de lixo espacial. [Ler a matéria, em sua possível total realidade, no link mostrado no topo]

OBSERVANDO (E PENSANDO SOBRE) MUITO DISTANTE DE NOSSO PLANETA

Astrônomos divulgaram um novo levantamento sobre os objetos celestes que compõem a Via Láctea. Obtidos por meio do Plano Galáctico com a Câmera de Energia Escura (DECaPS2), os dados inéditos apresentam impressionantes 3,32 bilhões de formações que incluem estrelas, regiões cintilantes de formação estelar e enormes nuvens escuras de poeira e gás. A pesquisa DECaPS2 foi conduzida pelo Observatório Interamericano Cerro Tololo (CTIO) e levou dois anos para ser concluída. Localizado a uma altitude de 2.200 metros do nível do mar, no Vale de Elqui, no Chile, o CTIO permite uma visão incomparável do hemisfério celestial sul aos especialistas. Com mais de dez terabytes de dados recolhidos por comprimentos de onda ópticos e infravermelhos próximos de 21,4 mil exposições individuais, o programa criou o maior catálogo desse tipo já existente. Para isso, foi utilizada a ferramenta de Câmera de Energia Escura (DECam) no telescópio Víctor M. Blanco, que apresenta uma abertura de 4 metros. “Este é um feito bastante técnico. Imagine uma foto de grupo de mais de três bilhões de pessoas e cada indivíduo é reconhecível. Os astrônomos estarão debruçados sobre este retrato detalhado de mais de três bilhões de estrelas na Via Láctea nas próximas décadas”, explica Debra Fischer, uma das pesquisadoras do estudo, em nota à imprensa. Um primeiro levantamento do DECaPS já havia sido divulgado em 2017. Agora, com a adição do novo lançamento, estima-se que a pesquisa cobre cerca de 6,5% do céu noturno e abrange 130 graus em comprimento (o que equivale a 13 vezes a área angular da lua cheia). As imagens podem ser visualizadas por astrônomos e pelo público geral a partir do site do projeto. Desafios envolvidos no estudo No comunicado público, a equipe da Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia (AURA) explica que a maioria das estrelas e poeira na Via Láctea está localizada em seu disco, formando braços espirais. E, embora essa profusão de formações produza belas imagens, também torna o plano galáctico desafiador de se observar.
Por exemplo, os tentáculos escuros de poeira absorvem a luz das estrelas, apagando a visualização das mais fracas. Além disso, a luminosidade emitida pelas nebulosas difusas interfere na medição do brilho de objetos individuais. Outro desafio surge do grande número de estrelas, que podem se sobrepor na imagem e dificultar o processo de catalogação. Apesar das dificuldades do projeto, as novas tecnologias possibilitaram a mitigação desses eventos que poderiam prejudicar a análise dos dados. Assim, foi possível garantir que o catálogo final de dados processados fosse mais preciso. “Com esta nova pesquisa, podemos mapear a estrutura tridimensional das estrelas e poeira da Via Láctea com detalhes sem precedentes”, aponta Edward Schlafly, pesquisador do Instituto Científico de operações do Telescópio Espacial Hubble (STScI).

20 de jan. de 2023

CAATINGA: EM COMPLEMENTAÇÃO À APRECIAÇÃO, DA POSTAGEM ANTERIOR

Texto extraído do GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA: https://1drv.ms/b/s!AlSvfvbpbplfsUPmZoKE1PoXVMtY CAATINGA Ecossistema típico da região nordeste do Brasil, cobrindo uma área total em torno de 800 mil km2 nos estados de BA, CE, PI, PE, RN, PB, SE, AL, MA e MG. Tem uma representação significativa de cerca de 40.000 km2 dos 56.584,6 km2 do estado da Paraíba. Caracteriza-se pela adaptação das plantas ao clima semiárido (Bsh e Aw’, da classificação de Köppen), com espécies caducifólias, espinhosas, algumas suculentas (cactáceas) e áfilas (sem folhas). Quanto à fauna, répteis (97 espécies) e anfíbios (45 espécies) se destacam. As espécies de aves ultrapassam 340 (sendo 284 espécies residentes) e mamíferos, com baixo endemismo, com número pouco superior a 140; ver dados ecológicos sobre a caatinga, em LEAL et al. (2003).Clima e solo. O clima é do tipo Bsh e Aw’, da classificação de Köppen. A temperatura é em média muito elevada (30 °C ou mais, na estação seca e em certos locais). A precipitação pluvial é muito baixa, entre 250 e 500 mm. Cabaceiras, na Paraíba, apresenta os mais baixos índices de pluviosidade do Brasil (média anual de 217 mm). As chuvas são de inverno, embora em muitos locais haja irregularidade das precipitações. O solo na maioria é argiloso, vermelho, mas é comum encontrar-se solo arenoso e afloramentos de rocha cristalina. Na época seca, a pleno sol, a temperatura do solo chega a cerca de 58 °C. Os solos são em geral férteis, permeáveis. Em alguns locais há solos salinos. Fitofisionomia. Caracteriza-se pela adaptação das plantas ao clima semiárido, com espécies caducifólias, espinhosas, algumas suculentas (cactáceas) e áfilas (sem folhas). A fitofisionomia é bastante variada. Há caatinga arbórea, arbustiva e em ambos os casos, densa ou aberta. Alguns chamam de “carrasco” a caatinga arbustiva, densa, trançada, difícil de ser penetrada. Algumas, principalmente aquelas que ocorrem em afloramentos rochosos, são ricas em cactáceas e bromeliáceas. A composição florística varia nos tipos de caatinga mencionados por diversos autores (carrasco, agreste, sertão, carirí, seridó). Em nova avaliação o IBAMA elaborou o quadro que se segue, com os percentuais de caatinga em Unidades de Conservação (UC) e Terras Indígenas (TI) no nordeste brasileiro (e parte de Minas Gerais):
Flora e fauna. Quanto à flora, algumas espécies típicas são apresentadas na descrição dos tipos de caatinga da Paraíba, que se segue. Quanto à fauna, destacam-se, em estimativa não conclusiva: répteis (97 espécies) e anfíbios (45 espécies). As espécies de aves ultrapassam 340 (sendo 284 espécies residentes) e mamíferos, com baixo endemismo, com número pouco superior a 140; ver dados ecológicos sobre a caatinga, em LEAL et al. (2003). Entre os animais da caatinga que ainda sobrevivem à ação antrópica podem ser citados: o cágado (Phrynops geoffroanus); ema (Rhea americana), podendo ser encontrada em terras particulares nos carirís velhos da Paraíba; ribaçã ou avoante ou pomba-de-arribação (Zenaida auriculata noronha), que mesmo se constituindo em recurso alimentar, vem sendo predada impiedosamente; outra ave interessante ainda encontrada em algumas caatingas é o vistoso xexéu (Cacicus ceva); o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus); caititu(Tayassu tajacu), o caititu ou porco-do-mato; queixada ou tiririca (Tayassu pecari); o mocó (Kerodon rupestris), roedor típico das áreas rupestres da caatinga; e outras espécies de vertebrados. Tipos de caatinga da Paraíba: 1) Cariris e curimataú: ocorrem após o agreste, no sentido leste-oeste; são em geral tipos semelhantes, arbustivo-arbóreos, onde se destacam: mandacaru, Cereus jamacaru; xique-xique, Pilosocereus gounellei; macambira, Bromelia laciniosa; catingueira, Caesalpinia pyramidalis; jurema, Mimosa sp; e caroá, Neoglaziovia variegata. 2) Seridó: situada na região centro-norte da Paraíba, é uma caatinga pobre em elementos vegetais, destacando-se o estrato herbáceo formado pelo capim panasco, Aristida sp, aparecendo por vezes o xique￾xique, a catingueira e a jurema. 3) Sertão: ocupa a região oeste do Estado, sendo de clima menos árido do que as anteriores, é menos densa, arbustiva, destacando-se: faveleira, Cnidoscolus phyllacanthus; pereiro, Aspidosperma pyrifolium; jurema preta, Mimosa hostilis; angico monjolo, Piptadenia zehntueri. Nas margens dos rios ocorrem a oiticica, Licania rígida e a carnaúba, Copernica cerifera.

CAATINGA: UMA APRECIAÇÃO!

https://www.acaatinga.org.br/sobre-a-caatinga/
DESTAQUES: Bioma Caatinga O Brasil possui 6 regiões naturais distintas, chamadas de biomas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampas e Pantanal. Todos os biomas que ocorrem no Brasil estendem suas fronteiras para além do limite do país, com exceção da Caatinga, que é a região que se encontra exclusivamente no território brasileiro. O que é Caatinga? Caatinga é a vegetação que predomina no Nordeste do Brasil e está inserida no contexto do clima semiárido. Os índios, primeiros habitantes da região, a chamavam assim porque na estação seca, a maioria das plantas perde as folhas, prevalecendo na paisagem a aparência clara e esbranquiçada dos troncos das árvores. Daí o nome Caatinga (caa: mata e tinga: branca) que significa “mata ou floresta branca” no tupi. Porém, no período chuvoso a paisagem muda de esbranquiçada para variados tons de verdes. Única floresta 100% brasileira A área da Caatinga é de 844.453 Km² (IBGE, 2004) e a totalidade de seus limites encontra-se dentro do território brasileiro, ou seja, seu patrimônio biológico não é encontrado em nenhuma outra região do mundo. Abrange os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Maranhão e também a faixa norte de Minas Gerais. Faz limite com outros três biomas do país, a Amazônia, a Mata Atlântica e o Cerrado. De todos os estados em que ocorre a Caatinga, o Ceará é o que possui maior parte do seu território formado por esse bioma. [...continuar lendo no link mostrado no topo...]

14 de jan. de 2023

RUMO AO MAR: MAIS ALIMENTOS PARA MAIS DE OITO BILHÕES DE SERES HUMANOS!

https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/fazendas-marinhas-as-oportunidades-e-os-desafios-para-o-cultivo-de-alimentos-no-oceano/
Em Ilha Grande, Angra dos Reis (RJ), o empresário Carlos Kazuo lidera a Maricultura Costa Verde, empreendimento responsável pelos tanques onde o peixe bijupirá, nativo do Brasil, é produzido. Na mesma estrutura em que ele gerencia a Pousada Nautilus, especializada em turismo de mergulho, sete reservatórios de 1.200 metros cúbicos têm capacidade para produzir oito toneladas de peixe em cada um deles. No período de um ano e meio, a produção gira em torno de 50 toneladas de peixe. "Temos um enorme potencial para a maricultura, mas, em comparação com países como a China e o Chile, estamos atrasados. Ao mesmo tempo, existe uma necessidade global de aumento de produção de proteínas de qualidade", afirmou Kazuo. No Brasil, apesar dos quase 8.000 quilômetros de extensão de litoral, a maricultura - o cultivo de recursos marinhos no oceano, como peixes, moluscos e algas - está concentrada, majoritariamente, em Santa Catarina, que responde por 95% da produção nacional. O Nordeste se destaca pela carcinicultura, a produção de camarão: em 2020, o cultivo atingiu a marca de 63,2 mil toneladas criadas em cativeiro. Há um incipiente mercado de algas no país, com experiências no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina, além de iniciativas isoladas para a produção de peixe em tanques-rede no mar. Proteína, fertilizante e 'pulmão do planeta' Até 2050, a demanda pela "comida azul" deve dobrar. Segundo dados da agência da ONU para Alimentação e Agricultura, a FAO, o consumo global de alimentos aquáticos, com exceção das algas, aumentou a uma taxa média anual de 3% desde 1961, enquanto a taxa de crescimento populacional foi de 1,6%. Há um desafio iminente para as lideranças globais: alimentar as populações do presente e do futuro. Em 2022, o planeta alcançou a marca de 8 bilhões de habitantes - até 2050, a expectativa é que sejam quase 10 bilhões de pessoas na Terra. Em 2021, cerca de 828 milhões de pessoas passaram fome, um aumento de 46 milhões de indivíduos em comparação a 2020. Ao mesmo tempo, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), até 40% da área terrestre do planeta está degradada. De acordo com o Banco Mundial, será necessário produzir cerca de 70% a mais de alimentos até 2050 para alimentar mais de 9 bilhões de indivíduos. A maricultura é uma grande oportunidade econômica. Temos superalimentos no oceano, como as algas, que são a vedete do momento. Algumas espécies têm mais proteína do que carne animal. Paulo Horta, professor de Ecologia e Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) As algas entraram no radar do mercado brasileiro também por causa dos impactos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que evidenciou a dependência do abastecimento de fertilizantes para o setor agrícola - cerca de 85% dos fertilizantes usados no Brasil em 2021 foram importados. Pioneiro na introdução da alga Kappaphycus alvarezii no Brasil, o biólogo marinho e CEO da Seaweed Consulting, Miguel Sepúlveda, mantém uma área de cultivo de algas em Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Versáteis, as algas são usadas no setor de alimentos, em cosméticos e como biofertilizantes. "Por ser um país agrícola, o Brasil ainda não descobriu o potencial que tem no mar para as macroalgas. O grande interesse ainda vai ser despertado, da mesma maneira como já existe em outros países", afirmou. De acordo com a FAO, o cultivo de algas representa cerca de 30% da produção da aquacultura mundial. Na corrida contra o tempo para encontrar formas de remover CO2 da atmosfera, o cultivo de algas entrou na lista de atividades com potencial para o mercado de créditos de carbono. Estimativas indicam que os ecossistemas com plantas marinhas, como manguezais e macroalgas, podem capturar até 20 vezes mais carbono por hectare do que as florestas terrestres. O cenário é o pano de fundo para o chamado carbono azul, o mercado voltado especificamente para o desenvolvimento de oportunidades de sequestro de carbono em ecossistemas marinhos. O entusiasmo pode reverberar na criação de empregos. Em 2020, ao redor do mundo, 58,5 milhões de pessoas estavam empregadas no setor primário de pesca e aquicultura. Nos empregos diretos, aproximadamente 21% eram mulheres, taxa que chega a 50% quando se considera os empregos de tempo integral em toda a cadeia de valor aquático, incluindo atividades pós-colheita. Ao incluir os dependentes de cada família, estima-se que cerca de 600 milhões de pessoas dependem do setor pesqueiro e da aquacultura para sobreviver. Todavia, 35% dos estoques pesqueiros estão impactados pela sobrepesca, de acordo com dados da FAO. No caso do Brasil, o último boletim com dados sobre a pesca nacional foi publicado em 2011. Para o pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) Felipe Matarazzo Suplicy, a maricultura é uma forma de oferecer outras oportunidades de trabalho para os pescadores que não têm mais os mesmos ganhos com a pesca.

13 de jan. de 2023

BOM PARA O TURISMO! E PARA OS ECOSSISTEMAS FLUVIAIS…SE PREJUDICAR SERÁ INTERROMPIDO?!

Reproduzido de: https://www.theguardian.com/environment/2023/jan/13/india-worlds-longest-river-cruise-endangered-ganges-dolphin-aoe?CMP=Share_iOSApp_Other
O cruzeiro fluvial mais longo do mundo pode ameaçar o golfinho do Ganges ameaçado de extinção, alertam especialistas. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, lançou oficialmente o “cruzeiro fluvial mais longo do mundo” da cidade de Varanasi, em Uttar Pradesh. A viagem de luxo durará 51 dias, viajando 3.200 km via Dhaka em Bangladesh até Dibrugarh em Assam, atravessando 27 sistemas fluviais. O MV Ganga Vilas de três andares, com 18 suítes, é o mais recente empreendimento em uma tendência de turismo de cruzeiros na Índia sendo promovido pelo governo. Modi saudou a indústria de cruzeiros no Ganges como um “momento marcante”, que anunciará uma nova era de turismo na Índia. No entanto, ambientalistas e conservacionistas dizem que o aumento dos cruzeiros pode causar danos duradouros ao habitat do golfinho do rio Ganges (Platanista gangetica).
Platanista gangetica é uma das duas espécies de golfinhos de água doce no sul da Ásia, ao lado de Platanista menor ou do golfinho do rio Indo, encontrado no Paquistão e no rio Beas no norte da Índia. O golfinho do rio Ganges enfrenta uma série de ameaças, incluindo poluição da água, extração excessiva de água e caça furtiva. […]

12 de jan. de 2023

HIDRELÉTRICAS EM AMBIENTES ESPECIAIS

DESTAQUE: A necessidade de debater as atuais políticas públicas voltadas para as áreas de infraestrutura e energia, procurando distinguir os reais interesses da população. Até aqui as políticas visavam favorecer mais a grupos econômicos do que propriamente a interesses coletivos. Infraestrutura e energia Uma das prioridades da agenda de trabalho da Ecoa são os impactos de grandes obras de infraestrutura e o tema “energia”. Mas por que uma organização ambiental entende que estas áreas devem fazer parte de suas ações cotidianas? Abaixo apresentamos de maneira resumida algumas das razões: – O histórico de impactos ambientais e sociais dos grandes empreendimentos sobre regiões ecologicamente sensíveis como a Amazônia e o Pantanal. – No caso do Pantanal – uma área prioritária para a Ecoa – o megaprojeto da Hidrovia Paraná-Paraguai e as dezenas de represas na bacia que o contém são empreendimentos que tem o monitoramento permanente da organização desde a década de 1980. – A necessidade de debater as atuais políticas públicas voltadas para as áreas de infraestrutura e energia, procurando distinguir os reais interesses da população. Até aqui as políticas visavam favorecer mais a grupos econômicos do que propriamente a interesses coletivos. – A ‘lógica país’ na área de energia não aponta para a obrigatoriedade de se fazer represas no Pantanal e na Amazônia (Madeira, Belo Monte, Santo Antonio, Jirau, Tucuruí) e sim cuidar de que se desenvolva a eficiência energética – afinal, somos o país do desperdício – e a geração a partir de fontes renováveis como o vento e o sol para o aquecimento de água e a geração de energia elétrica. A Ecoa trabalha articuladamente com outras organizações na América do Sul, dos Estados Unidos e Europa para ampliar a capacidade de incidência da sociedade sobre os temas indicados neste texto. NA AMÉRICA DO SUL Continuar lendo em: https://ecoa.org.br/infraestrutura-e-energia-agenda/

8 de jan. de 2023

VERÃO NO INVERNO EUROPEU?! REPERCUSSÕES ECONÔMICAS!

Temperaturas recordes para o inverno vêm sendo registradas pela Europa desde o final de 2022. Mais ao sul do continente, muitos celebraram o réveillon de camiseta. Numa época normalmente de movimento intenso, estações de esqui europeias ficaram desertas. Enquanto ativistas exigem ações mais resolutas contra as mudanças climáticas, o relativo calor alivia pressão sobre os governos que se debatem com o aumento dos preços da energia. Em centenas de locais, da Suíça à Hungria, quebraram-se recordes invernais de temperatura. Em Budapeste, a noite de Natal foi a mais quente da história, e em 1º de janeiro registraram-se 18,9 ºC. Na França, a noite de 30 para 31 de dezembro foi a mais quente desde os primeiros registros. No sudoeste do país foram alcançados quase 25 ºC. Na Alemanha, termômetros chegaram a marcar 20 ºC na virada do ano. Segundo o serviço de meteorologia nacional, trata-se da temperatura mais alta para a época desde que começaram os registros, em 1881. A TV da República Tcheca mostrou árvores começando a florescer. O Departamento de Meteorologia e Climatologia da Suíça expediu um aviso para alérgicos, devido ao pólen das aveleiras que florescem precocemente. Na Espanha, registraram-se 25,1 ºC no aeroporto de Bilbao, com tempo ensolarado. Normalmente janeiro é muito chuvoso na cidade. Fase relativamente longa de tempo ameno Ainda não há análises científicas sobre o papel da mudança climática global na atual onda de calor invernal no continente. Entretanto, o perfil térmico deste início de janeiro se encaixa na tendência de longo prazo de temperaturas em alta, devido à ação humana sobre o clima. "Os invernos estão se tornando mais quentes na Europa em decorrência do aumento das temperaturas globais", afirma Freja Vamborg, climatóloga do Copernicus Climate Change Service da União Europeia. O ano de 2022 foi marcado por eventos meteorológicos extremos, como ondas de calor letais na Europa e na Índia, e enchentes no Paquistão, os quais cientistas concluíram estar diretamente relacionados ao aquecimento global. Segundo Friederike Otto, climatóloga do Imperial College London: "O calor recorde do Ano Novo por toda a Europa foi tornado mais provável devido à mudança climática causada pelo homem, a qual também torna cada onda de calor mais provável e mais quente." Os picos térmicos também têm feito certas plantas começarem a crescer mais cedo e atraído animais a deixarem a hibernação precocemente, assim tornando-os mais vulneráveis a serem mortos por posteriores quedas bruscas de temperatura. O diretor do Instituto Pierre-Simon Laplace, Robert Vautard, destaca que, embora as temperaturas máximas tenham sido registradas entre 30 de dezembro e 2 de janeiro, a presente fase amena já dura duas semanas e ainda não passou: "Na verdade, é um evento relativamente prolongado." Boa notícia para as contas de gás As temperaturas atipicamente amenas permitiram um breve alívio para os governos europeus pressionados a preservar suas escassas reservas de gás natural e conter a escalada dos preços, desde que a Rússia cortou o fornecimento do combustível para a Europa. Apesar das promessas de que a atual crise energética aceleraria a transição de combustíveis fósseis para a energia limpa, no curto prazo os países têm reagido à queda das reservas de gás russo apressando-se em adquirir mais gás de outras fontes. Porém a onda de tempo ameno fez cair a demanda de combustível para calefação, contribuindo para a redução dos preços. Na manhã desta quarta-feira (04/01), o preço-base do gás natural estava em 70,25 euros por megawatt/hora, o mais baixo desde o começo da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022. O Departamento de Energia da Itália prevê que as contas de gás devem baixar em janeiro, caso as temperaturas mais amenas persistam. Em nota, contudo, o serviço de notícias e análises Eurointelligence alertou que os países não devem se permitir autocomplacência no assunto. "Embora [a onda amena] vá proporcionar aos governos maior margem de flexibilidade fiscal na primeira parte deste ano, para resolver os problemas energéticos da Europa será necessária ação concertada ao logo de vários anos. Ninguém deve crer que a coisa já acabou", afirmou. av/lf (Reuters, ots)

2 de jan. de 2023

O QUE PRESIDENTES DIZEM FAZER PELOS INDÍGENAS E O QUE REALMENTE FAZEM…INDEPENDEM PROVIR DA ESQUERDA OU DIREITA

Conforme reportado em: https://amazonia.org.br/quem-e-raoni-cacique-que-subiu-rampa-com-lula-na-posse-presidencial/ A reportagem descreve quem é Raoni e como se tornou reconhecido mundialmente! […] CRÍTICAS A PRESIDENTES: Apesar de participar da posse de Lula, Raoni já teceu duras críticas ao petista no passado. O líder indígena também era um crítico ferrenho das ações do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista à BBC News Brasil em 2019, Raoni disse que a luta contra Bolsonaro era “a mesma que fizemos contra Lula e Dilma”. “Todos os presidentes anteriores nos apoiaram. A partir de Lula, todos geraram divisão entre o índio e o governo”, afirmou. Raoni diz que os anos Lula e Dilma marcaram uma inflexão na sua relação com o governo federal. Ele afirma que foi recebido por todos os presidentes que governaram entre a redemocratização e a posse de Lula: José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco e FHC. Todos eles, diz Raoni, “me apoiaram muito para que eu pudesse ajudar meu povo”. Com Lula, porém, a relação se deteriorou. “Ele começou a planejar essa ideia de levantar (a hidrelétrica de) Belo Monte. Nós conseguimos parar a obra, só que ela recomeçou com o governo Dilma. E Dilma autorizou Belo Monte.” Crítico ao empreendimento, Raoni deixou de ser recebido no Palácio do Planalto. “Nossa luta contra Bolsonaro é a mesma que fizemos contra Lula e Dilma. Todos eles — Lula, Dilma, Bolsonaro — geraram essa divisão entre o índio e o governo. Por isso que eu venho lutando para que não haja essa divisão.” Fonte: BBC News