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30 de set. de 2022

FURACÕES, TUFÕES, CICLONES… O QUE SÃO. E COMO SERÃO?!

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63086712
De acordo com conceituções no GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA: CICLONE / FURACÃO / TUFÃO / TORNADO Um ciclone tropical é um distúrbio atmosférico violento, nos oceanos tropicais que ocorre entreas latitudes aproximadas de 5 e 30 graus, em ambos os hemisférios. No Atlântico e no Caribe os ciclones são denominados de furacões e no Pacífico são conhecidos como tufões. Um ciclone tropical tem pressão atmosférica muito baixa no seu calmo centro (o “olho”), circundado por uma estrutura de chuvas, nuvens e ventos muito fortes. Devido à rotação da Terra, gira no sentido dos ponteiros do relógio no hemisfério sul e no sentido contrário no hemisfério norte (de acordo com a força de Coriolis). Eles podem ter de 80 a 800 km de diâmetro e ventos acima de 180 km/h. Quanto aos danos que podem causar, estima-se que ventos de 74 a 93 km/h desfolha e arranca galhos de árvores; ventos de 111 a 130 km/h arrancam árvores com sistema radicular pouco profundo, derrubam paredes finas e destelham tetos frágeis. Os ventos podem exercer uma pressão de 400 kg/m2, fazendo objetos se tornarem verdadeiros “mísseis”. Estudos sugerem que os furacões estão ficando mais fortes. O Katrina foi considerado o “desastre natural” (ver CATÁSTROFE; e DESASTRE (“DESASTRE NATURAL” e “DESASTRE ECOLÓGICO”)) mais destrutivo que atingiu o sul dos Estados Unidos, no golfo do México, principalmente Nova Orleans, no estado da Louisiana, em 29/08/2005, forçando milhares de pessoas a abandonarem a cidade e matando mais de 1800 pessoas, além de causar prejuízos de cerca de 100 bilhões de dólares. A revista americana Science (em 2005) divulgou que o número de furacões das Categorias 4 e 5 tem quase que duplicado nos últimos 35 anos (18 por ano, a partir de 1990). O fato de que as tempestades tropicais retiram energia da água oceânica para ganhar força, tem levado os cientistas a hipotetisar que o aquecimento global e as águas mais quentes a ele associadas, poderiam levar a furacões mais fortes. Esta hipótese, noentanto, requer comprovações mais seguras uma vez que o número total de furacões e sua longevidade têm decrescido nos últimos 10 anos. O tornado refere-se a uma coluna de ar, em formato cônico, que gira de forma violenta, estando em contato com o solo e uma nuvem. Tem cerca de 45 m de altura, movimentando-se a uma velocidade entre 65 e 180 km/hora, podendo os mais violentos ter velocidades superiores a 480 km/h e 1500 m de altura, deslocando-se por cerca de 100 km. CATÁSTROFE Evento tão pouco frequente num ecossistema que as populações não guardam, geneticamente, registros de sua ocorrência. Uma erupção vulcânica que ocorra inesperada e fortuitamente pode ser chamada simplesmente de catástrofe; enquanto os acidentes de Bhopal, Chernobyl e o Dust Bowl, seriam melhor denominados de catástrofes antrópicas. Por que eventos perigosos que antes produziam desastres, agora produzem catástrofes? Algumas possibilidades estão no gráfico que se segue.

27 de set. de 2022

É PRECISO FICARMOS ATENTOS PORQUE AS PRESSÕES POR NOSSO AGRONEGÓCIO SEM DEVASTAÇÕES CONTINUARÃO EXISTINDO E PODERÃO DESEQUILIBRAR (E MUITO!) A BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA

Neste Dia da Árvore, a Amazônia não tem muito o que comemorar. O aumento da invasão de madeireiros nas terras indígenas da região tem ameaçado a vida de vários povos e causado prejuízos à biodiversidade da floresta. No Pará, a área com extração ilegal de madeira dentro dos territórios indígenas cresceu 11 vezes em um ano. O dado é de uma pesquisa da Rede Simex, integrada por quatro instituições ambientais: Imazon, Idesam, Imaflora e ICV. Segundo a publicação, a área com exploração madeireira nos territórios indígenas do estado passou de 158 hectares entre agosto de 2019 e julho de 2020 para 1.720 hectares entre agosto de 2020 e julho de 2021. Ou seja: a área afetada pela atividade ilegal dentro dessas áreas protegidas cresceu 1.000%. Outro problema identificado pelos pesquisadores foi o aumento no número de terras indígenas invadidas pela atividade ilegal. No estudo que envolveu 2019 e 2020, apenas o território Baú havia tido extração madeireira. Já na publicação mais recente, que leva em conta 2020 e 2021, essa terra e mais outras quatro haviam sofrido com a invasão para extração de madeira. O território mais impactado foi o Amanayé, que fica no município de Goianésia do Pará. Embora presente na base de dados de terras indígenas da Fundação Nacional de Índio (Funai), esse território ainda aguarda homologação, o que o coloca ainda mais em risco. No local, 1.255 hectares tiveram exploração de madeira entre agosto de 2020 e julho de 2021, o que corresponde a 73% da área com a atividade ilegal nas terras indígenas do Pará. A segunda área indígena mais afetada no período foi a Baú, com 205 hectares (12%); seguida da Sarauá, com 117 hectares (7%); da Cachoeira Seca, com 94 hectares (5%) e da Anambé, com 49 hectares (3%). Isso coloca em risco a vida e a cultura de pelo menos seis povos, sendo um deles de indígenas isolados: Amanayé, Isolados Pu´rô, Mebêngôkre Kayapó, Mebêngôkre Kayapó Mekrãgnoti, Arara e Anambé. Unidades de conservação também passam a ser alvo da atividade ilegal O estudo também identificou que houve exploração ilegal de madeira nas unidades de conservação, territórios onde a publicação anterior não havia encontrado registros da atividade irregular em áreas acima de 1 hectare — tamanho a partir do qual a Rede Simex mapeia a extração de madeira. Entre agosto de 2020 e julho de 2021, no entanto, foram encontrados 126 hectares com exploração madeireira não autorizada em unidades de conservação do Pará. A maior parte ocorreu na Floresta Nacional do Jamanxim, que fica nos municípios de Itaituba e Novo Progresso. No local, 56 hectares tiveram registros de exploração madeireira, o que corresponde a 45% da área afetada irregularmente nas unidades de conservação paraenses. Em segundo lugar ficou a Floresta Nacional de Altamira, com 44 hectares (35%), a Florestal Estadual de Iriri, com 18 hectares (15%) e o Parque Nacional do Jamanxim, com 7 hectares (6%). “O aumento da exploração de madeira dentro das terras indígenas e o registro nas unidades de conservação é extremamente preocupante, pois indica que esses territórios que por lei devem ser protegidos com prioridade não estão recebendo a atenção necessária para barrar novas invasões”, afirma o pesquisador do Imazon Dalton Cardoso. Exploração madeireira não autorizada representa 41% da atividade no estado Em todo o Pará, a publicação identificou 57.079 hectares com extração de madeira entre agosto de 2020 e julho de 2021, um aumento de 14% em relação ao período passado, quando foram registrados 50.139 hectares com a atividade. De toda a área explorada no estado, 23.390 hectares tiveram extração de madeira sem autorização dos órgãos ambientais, o que representa 41% do total. Já a área autorizada chegou aos 33.690 hectares, 59%. Em relação com o período passado, quando 27.595 hectares foram explorados sem permissão, a área com atividade irregular reduziu 15%. Por outro lado, a extração autorizada, que somava 22.544 hectares no estudo anterior, aumentou 49% entre agosto de 2020 e julho de 2021. “Essa redução na exploração madeireira não autorizada é positiva, mas ainda precisa melhorar muito. Não podemos ter dois hectares com irregularidades a cada cinco com extração de madeira na Amazônia”, afirma Cardoso.

26 de set. de 2022

LIBERAÇÃO DE CAÇA?! SÓ SE FOR RIGORASAMENTE RESTRITA A PREDADORES ALÓCTONES!

Do GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA (disponível neste "blog"): ALÓCTONE [ALÓCTONE = INVASOR] Organismo alóctone, também chamado de “invasor”, é aquele que se origina em outro local e é transportado para determinado ambiente na forma vegetativa ou de esporo. Animais que foram inadvertidamente introduzidos pelo ser humano em ambientes que lhes são estranhos, são também alcunhados de “invasores”. As “plantas invasoras” de cultivos, assim chamadas pelos ecólogos e conhecidas na linguagem agronômica como “ervas daninhas”, são em muitos casos, organismos alóctones.
Nove em cada dez brasileiros não aprovam a ideia de liberar a caça no país. A informação faz parte de uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha em todo país, a pedido da organização WWF-Brasil. Os números foram divulgados na última quarta-feira (21). Ao todo, foram entrevistadas 1.088 pessoas, a partir dos 16 anos, em todas as cinco regiões do país. Os entrevistados responderam a duas perguntas: “Você concorda com a ideia de autorizar a caça de animais no Brasil?” e “Votaria em quem apoia a caça no Brasil?”. Do total, 90% discordaram da ideia de autorizar a caça, 9% concordaram e 1% não soube responder. A rejeição é maior entre as mulheres (93%) e entre residentes das regiões metropolitanas (93%). Na pergunta sobre eleições, 88% dos entrevistados disse que não votaria em candidatos que apoiam a caça. Mais uma vez, a rejeição é maior entre o público feminino e entre moradores de regiões metropolitanas, com 91% para ambos. Apenas 10% dos entrevistados votariam em candidatos que apoiam esta pauta e 3% não soube responder. Atualmente, a caça é liberada no país apenas para espécies como o javali, considerado um invasor. Apesar disso, a quantidade de CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) aumentou exponencialmente no país de 2018 para cá. O número de armas em circulação também deu um salto: de 350,6 mil em 2018 para 1.006.725 em 2021. Na região amazônica, conhecida pelos conflitos fundiários, o aumento no número de armas foi de 700%. Os números são dos Institutos Igarapé e Sou da Paz.

20 de set. de 2022

POTÁSSIO NA AMAZÔNIA: SE DEVE SER EXPLORADO…TEM QUE SER FEITO COM RESPEITO AOS PRINCÍPIOS CONSERVACIONISTAS!!!

Está assentada no Lago do Soares e em Urucurituba, duas localidades dentro do município de Autazes (AM), uma imensa mina de cloreto de potássio de classe mundial. O potássio é matéria-prima para a produção de fertilizantes, elemento vital para o agronegócio. O presidente Jair Bolsonaro pressiona para que essa exploração comece o quanto antes. Sob sua gestão, órgãos públicos passaram a atuar em favor da empresa Potássio do Brasil, que compra terrenos para iniciar a mineração. O empenho do governo federal passa por cima da lei e dos direitos dos povos originários. A mina de Autazes fica sobre a autodemarcada Terra Indígena Soares/Urucurituba. Nela, vivem o povo Mura, que combateu na Cabanagem, a maior revolta popular da região Norte do país. Por Elaíze Farias e Bruno Kelly (fotos), da Amazônia Real compartilhe Autazes (AM) – Um poço de prospecção da mineradora Potássio do Brasil perfurado a alguns metros de sua casa-flutuante às margens do Lago da comunidade Soares, na bacia do rio Madeirinha, dilacera o coração de Milton Ribeiro de Menezes, do povo Mura. Ele não consegue conter a emoção quando lembra do episódio ocorrido “seis ou sete anos atrás” que causou constrangimento à sua família durante vários meses. “Na primeira vez, chegaram oferecendo 900 reais para furarem a minha terra. Insistiram dizendo que era muito dinheiro. Não autorizei, vi que não era coisa boa. Mas depois acabaram furando em outro lugar, sem meu consentimento. Depois, quiseram comprar meu terreno. Falaram que eu poderia até ser expulso se não vendesse. Não aceitei”, lembra Menezes, com voz embargada tomada de angústia. O rio Madeirinha banha o município de Autazes (e faz parte da bacia do rio Madeira, no Estado do Amazonas. Soares (ou Lago do Soares) é uma comunidade fundada no século 19 por João Gabriel de Arcângelo Barbosa, um indígena Mura que combateu na Cabanagem. Nos livros de história, a revolta, ocorrida entre 1835 e 1840, é descrita como a primeira sublevação popular do Brasil. Os cabanos, em sua maioria, eram indígenas, pobres livres e negros que lutavam contra a situação de miséria que viviam na então província do Grão-Pará, formado hoje pelos Estados do Pará e do Amazonas. Os descendentes dos que lutaram na Cabanagem contam com orgulho como seus antepassados resistiram a massacres, capturas e contaminação de doenças trazidas pelos colonizadores. A maioria dos descendentes de João Gabriel de Arcângelo Barbosa permanece na comunidade, incluindo um de seus bisnetos, Jair dos Santos Ezogue, de 83 anos. Ezogue, por desconhecimento e pressão, foi um dos moradores que vendeu seu terreno para a Potássio do Brasil. “Um homem veio aqui várias vezes e insistiu muito. Disse que eu poderia perder minha terra. Acabei vendendo. Eu tinha casas de farinha, plantações e gado. Me arrependi de ter vendido. Demais mesmo. Conheço outras pessoas que venderam e tenho certeza que não vivem bem”, conta o indígena, à Amazônia Real. Não é nenhuma novidade a estratégia utilizada pela Potássio do Brasil para avançar sobre áreas de seu interesse. A mineradora é controlada pelo banco canadense Forbes & Manhattan, que também é dona da mineradora Belo Sun, na área de Volta Grande do Xingu, na região da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Abrir o cofre tem sido a saída. A empresa assediou a comunidade para que os terrenos fossem vendidos e conseguiu convencer muitos deles. Milton Ribeiro de Menezes, de 47 anos, é um dos poucos moradores que vivem nas cabeceiras de Soares que não cederam à pressão da empresa para fins de mineração. Para um morador e sua família que sobrevive de pesca, roçado e criação de animais a futura mina de potássio representa uma ameaça concreta e iminente. “Estou cercado por todos os lados pela empresa. Me sinto amedrontado porque estou na ilha. Meus vizinhos acabaram vendendo e eu fiquei. Fico com medo porque não quero ir embora. É muito bom viver aqui. Tenho minhas criações, minhas plantações. Minha esposa nasceu e se criou aqui. Meus filhos gostam daqui. Aqui tem tudo. Tem plantação, água ao redor. É um paraíso”, afirma o indígena. Reportagem completa em: https://amazoniareal.com.br/especiais/projeto-autazes/

17 de set. de 2022

PAUSA!

KEW GARDENS COM BRASILEIRO NA DIREÇÃO!

Giacomo Vicenzo (de Ecoa, em São Paulo, SP - 17/09/2022) O Royal Botanical Gardens, Kew, na Inglaterra, é um dos mais antigos jardins do mundo, com mais de 260 anos, tem como patrona direta a recentemente falecida Rainha Elizabeth 2ª e é considerado pela Unesco como patrimônio da humanidade, reunindo um extenso catálogo de plantas e fungos em escala mundial, que ultrapassa a marca de milhões de espécies. À frente desse verdadeiro 'reino vegetal' está um brasileiro: Alexandre Antonelli é diretor de ciência do Royal Botanical Gardens, assumiu o cargo em 2019 e coordena pesquisas e estudos com as mais variadas espécies de vegetais presentes no local. Natural de Campinas (SP), antes de assumir o cargo de direção do Kew, Antonelli passou anos como professor na Universidade de Gotemburgo (Suécia), onde lecionava sobre biodiversidade. "Trabalhei com plantas e biodiversidade ao longo de toda a minha profissão, Kew é um lugar onde temos a maior coleção delas". As sementes, fungos e vegetais presentes no local servem como uma espécie de termômetro que aponta para que lado vai o planeta em termos de mudanças climáticas e preservação do meio ambiente, além de integrar uma biblioteca de conhecimento mundial sobre o jardim e a vida nele. Para muito além da beleza das folhagens e flores, o Jardim Botânico Real investe no estudo de suas espécies a fim de compreender problemas que assolam o planeta. Isso é feito ao comparar e observar o desenvolvimento de plantas e fungos ao longo do tempo. "O Royal Botanical Gardens, Kew é uma organização científica global que pesquisa soluções para alguns dos maiores desafios que as sociedades enfrentam. Nosso trabalho contribui para encontrar soluções baseadas na ciência para a perda de biodiversidade, mudanças climáticas e segurança alimentar", explica Antonelli. - Veja mais em https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2022/09/17/brasileiro-comanda-maior-jardim-do-mundo-que-foi-de-rainha-elizabeth.htm?cmpid=copiaecola

14 de set. de 2022

QUANTO MAIS ESTRADAS NA AMAZÔNIA…

Mapeamento inédito realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostrou que as estradas já cortam ou estão a menos de 10 km de 41% da área florestal amazônica no Brasil. No total, o estudo identificou 3,46 milhões de km de vias na Amazônia Legal, o equivalente a 10 vezes a distância da Terra até a Lua. O estudo foi divulgado na última segunda-feira (29). Realizado com auxílio de inteligência artificial, o trabalho mostra que, apesar de a maior parte das estradas estar localizada dentro de propriedades privadas ou assentamentos (67%), um terço fica sobre diferentes categorias de terras públicas (33%). Dentro destas áreas, a maior parte das estradas está sobre terras ainda “não destinadas” (854 mil km). Ou seja, porções de floresta que ainda esperam destinação do poder público, podendo se tornar unidade de conservação, terra indígena ou outra categoria fundiária. Segundo o documento do Imazon, as terras não destinadas possuem um quarto das vias mapeadas em toda a Amazônia (25%), o que provavelmente indica que tais áreas estão sendo pressionadas por crimes ambientais como extração ilegal de madeira, garimpo e grilagem.
A maior densidade de estradas está localizada, segundo os pesquisadores, no chamado “arco do desmatamento”, que abrange porções dos estados de Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão, além de parte do Pará. Densidade é a quantidade de estradas (em km) por km². Dos estados da Amazônia Legal, Tocantins e Maranhão foram os que apresentaram a maior densidade de vias. Segundo os pesquisadores do Imazon, ao comparar os resultados encontrados agora com o trabalho de mapeamento realizado em 2016 – este ainda feito de forma manual – foi possível identificar que, atualmente, há mais vias nas regiões chamadas de “novas fronteiras do desmatamento” – sul do Amazonas, oeste do Pará e Terra do Meio, também em solo paraense. Em relação à quilometragem total, o Mato Grosso aparece em primeiro lugar, com 1,29 milhões de km de estradas, seguido pelo Pará (715 mil km), Tocantins (490 mil km), Maranhão (412 km), Rondônia (310 mil km), Roraima (80 mil km), Amazonas (79 mil km), Acre (53 mil km) e Amapá (25 mil km). Por Cristiane Prizibisczki

12 de set. de 2022

PERIGO DE MORTE PARA QUEM ATRAPALHAR O PODER DAS “COMMODITIES” !!!

Reproduzido de https://www.bbc.com/portuguese/geral-62824145
O ativista Keith Davis desapareceu no mar a milhares de quilômetros de casa. Seu corpo nunca foi encontrado. Agora, o mistério de sua morte chama atenção para um setor que normalmente passa desapercebido da maioria das pessoas: o setor pesqueiro. Em um mercadinho local do Texas, nos EUA, é possível comprar uma lata de atum por menos de US$1 (cerca de R$ 5,20). Mas, como muitas coisas que parecem baratas, esses preços baixos só são possíveis por causa do trabalho perigoso e em grande parte invisível de pessoas em locais distantes. Davis, um tocador de ukulele idealista e aventureiro do Arizona, trabalhou para tornar visível o mundo da pesca comercial de atum. E ele pode ter pago um preço por isso. "Ele era muito impulsivo, muito romântico, agia no calor do momento", diz Anik Clemens, seu amigo e colega. "Ele era muito apaixonado pelo que fazia. Queria proteger os oceanos, queria proteger os pescadores e sua indústria." Em 2015, no meio de uma viagem aparentemente rotineira no navio Victoria 168, parte de uma frota de navios pesqueiros de propriedade de um conglomerado de Taiwan, o homem de 41 anos desapareceu a centenas de quilômetros da costa do Equador.

8 de set. de 2022

BANDIDAGEM… DOS CENTROS URBANOS ÀS FLORESTAS E CAMPOS…

https://amazoniareal.com.br/guardiao-da-floresta-assassinado/
Porto Velho (RO) – O guardião da Terra Indígena (TI) Arariboia Janildo Oliveira Guajajara foi assassinado com tiros nas costas na madrugada de sábado (3). O crime, no município de Amarante do Maranhão (MA), é o sexto assassinato desde o início das atividades do grupo Guardiões da Floresta. Até a noite desta segunda-feira (5), a polícia não divulgou se tem pistas da autoria dos disparos ou ainda quais teriam sido os motivos dos crimes. Janilson estava acompanhado de um sobrinho, de 14 anos, que também foi baleado e internado em um hospital de Amarante. Lideranças indígenas levantaram a suspeita de que a morte de Jael Carlos Miranda Guajajara, de 34 anos, vítima de um atropelamento na mesma madrugada, no município de Arame, tenha sido intencional e não um acidente. Janildo atuava como Guardião da Floresta desde 2018, na região do Barreiro, em uma aldeia nas proximidades de uma estrada aberta por madeireiros. Por ser ilegal, os guardiões fecharam a via, o que iniciou o ciclo de ameaças aos Guajarara. “Por todos esses anos fizemos e continuaremos a fazer a proteção territorial mesmo sendo ameaçados e mortos. Somos contrários a violência que mata e destrói, por isso lutamos pela vida”, informou, em nota, a Associação Ka’a Iwar dos Guardiões da Floresta da Terra Indígena Arariboia. Já o Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos do Maranhão, em informe, afirmou que não tem maiores informações sobre o estado de saúde do sobrinho de 14 anos. Na tarde de terça-feira, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA) informou que o jovem, que estaria de garupa de Janildo, recebeu alta hospitalar. De acordo com a SSP-MA, a Polícia Federal deve investigar o caso a partir de agora. Para a coordenação do programa, o autor dos disparos seria um “conhecido da família”, que mora próximo da casa onde Janildo e sua mulher estavam hospedados em Amarante. Em nota, o Conselho Missionário Indigenista do Maranhão (Cimi) denuncia as mortes dos Guajajaras e destaca o contexto de vulnerabilidade dos indígenas. “O povo Guajajara teme pela sua vida, pois a insegurança é constante e as ameaças seguem dia após dia”, afirma. Dados do Cimi apontam que entre 2006 e 2022, 26 indígenas foram assassinados na TI Arariboia. “Reforçamos a necessidade de mais segurança nos Territórios Indígenas e mais ações do poder público que venham cobrir o derramamento de sangue nas comunidades indígenas.” Criado em 2012 pelos próprios indígenas, o Guardiões da Floresta faz a proteção e a vigilância das TIs, tentando conter e combater o desmatamento, os incêndios criminosos e os invasores. Essa função caberia ao Estado brasileiro, definida na Constituição Federal. Mas diante da insegurança em que vivem, os indígenas decidiram patrulhar as áreas demarcadas por conta própria. Por esse motivo, eles se tornaram alvo de represálias dos invasores. Na mesma TI Arariboia, o guardião da floresta e liderança Paulo Paulino Guajajara, de 26 anos, foi assassinado em novembro de 2019. Em uma emboscada de madeireiros ilegais, ele levou um tiro no pescoço. Naquele mês e no seguinte, outros três indígenas Guajajara foram assassinados, inclusive dois caciques: Firmino Prexede Guajajara, de 45 anos, da aldeia Silvino (TI Cana Brava), e Raimundo Benício Guajajara, 38, da aldeia Descendência Severino (TI Lagoa Comprida). […continua no link no topo desta postagem]