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29 de dez. de 2022

BRASIL, CATAR, ALEMANHA: ENFIM… DE VOLTA À CAATINGA NA BAHIA!!!

https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/ararinhas-azuis/
Cerca de um terço dos 35 mil habitantes de Curaçá, na divisa da Bahia com Pernambuco, não tinha nascido ou era jovem demais para se lembrar da época em que o município tinha a bela e estridente companhia das ararinhas-azuis. Em 11 de junho deste ano, oito exemplares do psitacídeo foram soltos no céu da cidade baiana - um enorme avanço para uma espécie que respirava por aparelhos, extinta na natureza havia mais de 20 anos. Foi uma grande vitória também para todas as partes envolvidas, entidades públicas e privadas, comunidades locais e entusiastas da causa do outro lado do mundo. "Projeto de conservação não é de um ou dois anos, ele precisa de 20, 30 anos, para colhermos bons frutos", diz a médica veterinária e analista ambiental Camile Lugarini, coordenadora do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-Azul, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). É uma história que começou em 1990, quando o Ibama criou um comitê para a preservação da espécie, após descobrir que havia somente três indivíduos selvagens restantes. A destruição das matas de galeria às margens do rio São Francisco e o comércio ilegal dizimaram a espécie. A iniciativa não foi suficiente, e dez anos depois a ararinha-azul foi decretada extinta na natureza. Desde 2007, o ICMBio coordena o esforço para tentar reintroduzir a ave - apesar de ter desaparecido da natureza, ela ainda existia em cativeiro.
Um xeque das araras. É aí que entra a Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), ONG alemã que, como o nome diz, luta para preservar papagaios, periquitos e afins ameaçados de extinção em diversas partes do globo. A ONG se tornou parceira essencial do ICMBio, porque, em dado momento, 90% de todas as ararinhas-azuis do mundo, ave exclusiva desse pedaço da caatinga, entre os município de Petrolina (PE) e Curaçá (BA), viviam em um zoológico privado no norte da Alemanha. A ACTP, segundo uma reportagem do jornal britânico "The Guardian", está envolvida em uma lista de controvérsias que inclui tentativas de venda de animais importados pela ONG. Mas, sem a cooperação dela, seria difícil conseguir alguma coisa. "Para que esses colecionadores contribuíssem, era preciso uma sensibilização", diz Lugarini. "Estar ligado a um projeto de conservação é status também. É o caso do xeque Saud bin Muhammed Al Thani, que era um apaixonado por animais. Ele realmente contribuiu, fez as melhores instalações, tinha os melhores profissionais." Morto em 2014, o xeque qatari (pessoa que nasce no Qatar) foi um dos responsáveis pela preservação da ararinha-azul, ao investir na criação de cativeiro. Quando ele morreu, a ACTP adquiriu as ararinhas e os profissionais envolvidos no projeto. Assim, uma ave única, natural do único bioma exclusivamente brasileiro, se mudou de Doha para Berlim. Não que fossem os únicos espécimes. Há colecionadores em outros lugares, como na Suíça, mas eles não quiseram participar. "Tudo depende muito dessa articulação com empreendedores", enfatiza Lugarini. Carga viva. Em março de 2020, 50 exemplares vieram direto da Alemanha para Petrolina (PE), cujo aeroporto jamais havia recebido carga viva. Infraero e Receita Federal se envolveram, e as aves passaram um período de quarentena na unidade de conservação criada em Curaçá no ano anterior especificamente para as ararinhas. Infelizmente, todo o resto do mundo também entrou em quarentena naquele mês, com o início da pandemia, o que acabou atrasando o projeto.

22 de dez. de 2022

QUANTOS SERES HUMANOS JÁ VIVERAM NO NOSSO PLANETA?

... E QUANTOS AINDA VIVERÃO?!
MAIS DE 600 BILHÕES de seres humanos, estima-se que já viveram e morreram no planeta Terra! Quanto vale a vida humana? Quantas pessoas, dentre as que atualmente vivem, estão preocupadas e empenhadas em priorizar a preservação da vida?! Tentei fazer um levantamento sobre os conhecidos genocídios praticados pelas civilizações. Concentrando a atenção nos genocídios mais recentes, por ter maior probabilidade de obter dados mais precisos; tais como os acontecimentos decorrentes do nazismo, do stalinismo, de Uganda, Ruanda, Etiópia, Bósnia (Srebrenica), Camboja, Filipinas, Indonésia... Acrescentem-se aos extermínios de etnias, os praticados por ditaduras extremistas e conflitos regionais! E não se devem esquecer as mortes evitáveis, pela fome, subnutrição, e as recentes tragédias migratórias! As mortes de crianças são estarrecedoras!!! “24.000 pessoas morrem de fome por dia ou seja, aproximadamente 9 milhões por ano"! A ONU relata: “8 milhões só de crianças morrem de fome"! E até agosto de 2022 na estúpida guerra na Ucrânia, decretada pelo ditador Putin, da Rússia: “Pelo menos 972 crianças e adolescentes na Ucrânia foram mortos ou feridos pela violência desde a escalada da guerra há quase seis meses, uma média de mais de cinco meninas e meninos mortos ou feridos a cada dia. E esses são apenas os números que a ONU conseguiu verificar. Desisti desse levantamento; deprimente! Muito difícil aceitar que tudo isso seja "preço a se pagar, por existir"! E que na Natureza continuará sendo normal a existência da lei do mais forte. Ou dos mais aptos! E que os seres humanos estão em evolução! "Nosso planeta tem capacidade para prover o necessário para satisfazer a necessidade de todos os seres humanos. Mas não sua gula" (Mahatma Gandhi). Feliz Natal. Ano novo...diferente (?!).

21 de dez. de 2022

ANTES DE ADQUIRIR NOVO “SMARTPHONE” NESTA ÉPOCA DE COMPRAS E MAIS COMPRAS…RELEIAM E PENSEM!!!

DESTAQUES: Coltan é uma mistura de dois minerais: columbita e tantalita. Em português, essa mistura recebe o nome columbita-tantalita. Da columbita se extrai o nióbio e da tantalita, o tântalo. Esse último é um minério de alta resistência térmica, eletro-magnética e corrosiva e por tais capacidades é muito utilizado na fabricação de pequenos condensadores utilizados na maioria dos aparelhos eletrônicos portáteis (celulares, notebooks, computadores automotivos de bordo). O nióbio é semelhante ao tântalo além de ter potencial como supercondutor. Ambos metais foram e continuam sendo fundamentais para toda a tecnologia relacionada a equipamentos eletrônicos. A mineração de columbita-tantalita provoca grandes impactos no meio-ambiente tropical do Congo, uma vez que não são tomadas as devidas medidas de mitigação ambiental (fato óbvio no meio de uma região em guerra) além de as minas se encontrarem próximas ou mesmo algumas dentro de parques nacionais. A obtenção desses materiais a partir de componentes eletrônicos é complexa e cara. Ambos metais são extremamente caros e raros na natureza.

16 de dez. de 2022

ICLF-INTEGRATED CROP LIVESTOCK FOREST: PRODUCTIVITY WITH CONSERVATION

Para estrangeiros radicados no Brasil (em inglês e português). Integração LAVOURA PECUÁRIA FLORESTA: PRODUTIVIDADE COM CONSERVAÇÃO https://youtu.be/dPk8tFXe9_I

CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA (RIO BRANCO, ACRE): EXEMPLO DA AGRICULTURA FAMILIAR

ISTO AQUI NÃO PODE SER DEIXADO DE LADO! Não pode ser um caso isolado! É uma das soluções para a região amazônica, no binômio "usufruir para produzir, sem degradar"!!! https://youtu.be/OMls76L_YWk Vamos começar conceituando CONSERVAÇÃO - Glossário de Ecologia, disponível em: https://1drv.ms/b/s!AlSvfvbpbplfsUPmZoKE1PoXVMtY CONSERVAÇÃO Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza ("IUCN − INTERNATIONAL UNION FOR THE CONSERVATION OF NATURE”), “conservação é o manejo dos recursos do ambiente, com o propósito de obter-se a mais alta qualidade sustentável de vida humana”. Nesta conceituação, em que pese a forte conotação “antropocêntrica” com o uso da expressão “vida humana”, entende-se que o ser humano para alcançar “a mais alta qualidade sustentável de vida”, necessite preservar todos os componentes ambientais. A vida humana depende de sua interação com os componentes estruturais da Natureza, respeitando suas funções. Como a conservação é uma interação homem-Natureza, ela implica em atitudes inteligentes na utilização dos ecossistemas terrestres e aquáticos e também de melhoria das condições ambientais sem que esses ambientes percam sua originalidade.
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13 de dez. de 2022

RESTAURAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA: BOA INICIATIVA DO BRASIL, ARGENTINA E PARAGUAI

COP 15 mata atlântica onu política internacional restauração A ONU reconheceu o Pacto Trinacional da Mata Atlântica, entre Brasil, Argentina e Paraguai, como uma das dez melhores iniciativas de restauração de ecossistema em larga escala e longo prazo no mundo. O anúncio foi feito nesta terça-feira (13), durante a COP15 sobre Diversidade Biológica, sob a bandeira da Década das Nações Unidades da Restauração de Ecossistemas (2021-2030). Além do reconhecimento como Referência da Restauração Mundial, as iniciativas ficam elegíveis para receber promoção, suporte técnico ou financiamento com o apoio da ONU. A candidatura foi liderada pelo Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, articulação entre mais de 300 entidades no Brasil, e a Rede Trinacional de Restauração da Mata Atlântica, com mais de 60 organizações entre os três países sul-americanos. A meta do pacto é restaurar 15 milhões de hectares do bioma até 2050. “Em todo o mundo, nossas florestas estão sitiadas” afirma a diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Inger Andersen. “A restauração da Mata Atlântica através do envolvimento das comunidades locais é um poderoso lembrete de que a natureza pode curar quando se dá meia chance e proporcionar enormes benefícios no processo”, completa. As outras iniciativas reconhecidas foram: restauração marinha nos Emirados Árabes Unidos; a Grande Muralha Verde no continente africano; a restauração do Rio Ganges, na Índia; a iniciativa multi-países de recuperar regiões montanhosas na Sérvia, Quirguistão, Uganda e Ruanda; a restauração em ambientes insulares nos países Vanuatu, Santa Lúcia e Comores; a Iniciativa de Conservação Altyn Dala, nas estepes da Ásia Central; o Corredor Seco da América Central, que abrange Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá; restauração de manguezais na Indonésia; e a iniciativa Shan-Shui, na China, para restaurar ecossistemas, de montanhas a estuários costeiros De acordo com o anúncio da ONU, juntas, as 10 iniciativas visam restaurar mais de 68 milhões de hectares — uma área maior que Mianmar, França ou Somália — e criar quase 15 milhões de empregos. “Transformar nossa relação com a natureza é a chave para reverter a tríplice crise planetária da mudança climática, da perda da natureza e da biodiversidade, da poluição e do desperdício. Estas 10 iniciativas inaugurais da Restauração Mundial mostram que com vontade política, ciência e colaboração além-fronteiras, podemos alcançar os objetivos da Década de Restauração de Ecossistemas da ONU e forjar um futuro mais sustentável não apenas para o planeta, mas também para aqueles de nós que o chamam de lar”, conclui a diretora executiva do PNUMA.

5 de dez. de 2022

RELEMBRANDO ALFRED RUSSELL WALLACE E SEUS QUESTIONAMENTOS SOBRE A EVOLUÇÃO DO SER HUMANO, SEGUNDO CHARLES DARWIN

ALFRED RUSSELL WALLACE: O ESQUECIDO CO-AUTOR DA TEORIA DA EVOLUÇÃO Esse foi o título de uma postagem aqui no ecologiaemfoco (http://ecologiaemfoco.blogspot.com/search?q=Alfred+Russell+Wallace) que aqui ora relembro, destacando alguns trechos do pensamento desse cientista britânico, no momento em que vi o vídeo que aqui anexo, de uma criança de quem provavelmente algumas pessoas poderão afirmar: “só pode ser reencarnação de um virtuose da música”!
https://youtu.be/k1yqw90D1Yw Diversas conquistas evolutivas (cérebro, com destaque altamente relevante para a visão, a fala, raciocínio, inteligência criativa...) fizeram aquele cientista “irritar”  Charles Darwin em suas avaliações sobre o darwinismo. Darwin ao tomar conhecimento da divulgação desse pensamento de Alfred Wallace, chegou até a comentar: “Espero que você não tenha matado completamente a sua própria e minha criança”. Não se poderia explicar exclusivamente que atributos de raciocínio abstrato, habilidade matemática, bom senso, amor à música e aptidão musical, apreciação à arte e talento artístico e senso moral como necessários à sobrevivência num estado de natureza pura através da qual (pelo princípio do próprio Darwin) a seleção natural devesse operar. Portanto, alguma outra causa ou ação precisa ser invocada.  Essa causa de ação, Wallace chamou de ‘inteligência soberana.’” O astrofísico norte-americano Michio Kaku fez a seguinte observação: “Einstein escreveu uma vez que acreditava no Deus de Espinoza (Baruch Espinoza, filósofo holandês, 1632-77) que se revela a Si próprio na harmonia daquilo que existe, não num Deus que se preocupa com o destino e as ações dos homens”. E o próprio Michio Kaku nos chamou a atenção para a complexidade desse componente grandioso da Natureza: “O cérebro humano pesa somente 1.360 gramas, embora seja o mais complexo objeto no sistema solar”!!! FELIZ NATAL!!!

27 de out. de 2022

MINERAÇÃO! PROJETOS QUE ASSUSTAM. AMAPÁ DE VOLTA AO PROGRESSO!

Esse tema já foi abordado neste blog. Há preocupações para evitar resultados do tipo "tiro pela culatra"!!! http://ecologiaemfoco.blogspot.com/2021/02/e-uma-situacao-antiga-talvez-tenha-se.html

23 de out. de 2022

LÍTIO: JÁ PRESENTE “NO FUTURO”. EM CARROS ELÉTRICOS…

UTILIDADES E OCORRÊNCIAS Quase mil e uma utilidades: O uso das baterias de íons de lítio mostra o porquê do nome petróleo branco, uma vez que essa tecnologia alimenta dos smartphones mais simples aos carros elétricos. Embora o uso varie por região, a média mundial indica que 46% do lítio seja consumido pelos fabricantes de baterias. O uso crescente nesse tipo de aplicação, aliás, puxou o incremento de produção de 13% em 2017. A segunda maior demanda, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), é na indústria de cerâmica e de vidro (27%). As graxas lubrificantes ficam com 7% do total, seguidas pelos produtores de polímeros, que consomem 5% do lítio mundial. A demanda inclui ainda a moldagem em fundição (4%), tratamento de ar (2) e outros usos (9%). Neste último percentual, ele também é utilizado como medicamento vindo a ser indicado nos casos de depressão. Hoje, o carbonato de lítio é um dos medicamentos que compõem o tratamento e o controle do transtorno afetivo bipolar (TAB).... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/01/05/litio-traz-equilibrio-no-transtorno-bipolar-e-exige-controle-continuo.htm?cmpid=copiaecola
Historicamente, a partir dos minerais descobertos por José Bonifácio Andrada e Silva, foi possível descobrir o Lítio em 1818 pelo cientista sueco Johan August Arfwedson (1792-1841), quando trabalhava no laboratório de Jacob Berzelius (1779-1848), na Suécia. Inicialmente, Arfwedson realizou as análises com a petalita e posteriormente com o espodumênio e lepidolita.

21 de out. de 2022

COLÔMBIA: AUMENTO DA ÁREA DE CULTIVO DA PLANTA QUE GERA COCAÍNA

Reproduzido de BBC News
A Colômbia aumentou seu cultivo de plantas de coca - o principal ingrediente da droga ilegal de cocaína - em 43%, diz um novo relatório da ONU. No ano passado, a área de cultivo de coca se expandiu para uma vasta gama de 204.000 hectares. A Colômbia já é o maior produtor mundial de cocaína. O presidente colombiano Gustavo Petro chamou a guerra contra as drogas de fracasso. Em vez disso, o recém-eleito líder de esquerda quer regular a indústria e expandir programas para substituir culturas ilegais, relata Katy Watson, correspondente da BBC na América do Sul. A maior parte da cocaína da Colômbia vai para a Europa e os Estados Unidos, que são o maior consumidor de drogas do mundo. Durante anos, a Colômbia tem lutado para que os agricultores se afastassem da produção de coca, mas as promessas de fornecer incentivos e subsídios não se materializaram, diz nosso correspondente. [...] Ameaça à biodiversidade. O UNODC diz que o cultivo de coca continua a ameaçar a biodiversidade da Colômbia, contribuindo para o desmatamento. Cerca de metade das plantações de coca estão em zonas especiais de gerenciamento de terras, incluindo reservas florestais. Obs.: UNODC (Convenções das Nações Unidas sobre Drogas; sigla em inglês). [...] A pulverização aérea para se livrar das culturas foi suspensa em 2015 depois que um tribunal decidiu que o herbicida usado - glifosato - poderia causar câncer e poluir a terra. […] Minha conclusão: o cultivo da planta, segundo o novo governo, será melhor regulamentado. Uma vez que o herbicida usado para destruir os plantios teve que ser proibido e não se pensa em outra forma para destruir essa planta produtora de droga que também mata pessoas, a melhor forma que se fala que o novo governo vair aplicar é a regulamentação dessa "commodity"!

17 de out. de 2022

ERA SÓ O QUE FALTAVA! PRODUÇÃO DE ALIMENTO PROTEICO (LEITE E CARNE) VAI SER TAXADA POR CONTRIBUIR PARA O AQUECIMENTO GLOBAL!!!

A geração de gases do aquecimento global continua elevada, pela queima de combustíveis fósseis (petróleo e carvão mineral), mas o gado bovino que fornece leite e carne imprescindíveis para a sobrevivência dos seres humanos, é co-responsabilizado por gerar gás metano, como subproduto de seu processo de ruminação!E sua criação vai gerar taxação pelo acréscimo desse gás do aquecimento global à atmosfera de nosso planeta! E vamos adiando uma medida de alto significado e importância, que infelizmente ainda se arrasta na Amazônia: o projeto de integração LPF - Lavoura, Pecuária, Floresta. Pode ser visto, conforme mostrado no presente "blog": Acesso: http://ecologiaemfoco.blogspot.com/search?q=Lavoura+pecu%C3%A1ria+floresta Na internet são descritas inúmeras maneiras de se estimar tal contribuição dos ruminantes na produção do gás metano:

15 de out. de 2022

MUDANÇAS CLIMÁTICAS: SE PROVENIENTES DA HISTÓRIA DO PLANETA...AÇÕES ANTRÓPICAS AGRAVAM ACELERANDO-AS!

Reproduzido de DW (Deutsch Welle): https://youtu.be/nVD6g40rrJ4
Acima: rio Danúbio.
Acima: rio Po.
Acima: ponte medieval, apareceu após dezenas de anos, na Espanha.
Acima: rio Tille.

12 de out. de 2022

PANTANAL: PRESENTE GIGANTESCO DA NATUREZA NO BRASIL

https://ecoa.org.br/crise-climatica-e-acao-humana-estao-levando-o-pantanal-ao-desequilibrio/
Por José Tadeu Arantes, Agência Fapesp Com 150 mil quilômetros quadrados, o Pantanal ocupa área equivalente a 1,8% do território nacional, estendendo-se pelos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Misto de campos abertos, cerrados e florestas, a macrorregião abriga a maior planície inundável do planeta e compõe, juntamente com a região do Chaco, situada mais ao sul, um complexo de áreas úmidas com grande biodiversidade, que fornece serviços ecossistêmicos e culturais para o Brasil, a Bolívia e o Paraguai. Mas, assim como a Floresta Amazônica e o Cerrado, o Pantanal vem sendo fortemente pressionado pela expansão da agropecuária. E, nos últimos anos, foi palco de um número sem precedentes de incêndios – a maioria deles provocada pela ação humana, com o objetivo de aumentar as áreas agriculturáveis e as pastagens. Um novo estudo, que procura dar conta da complexidade dos processos naturais que ocorrem no Pantanal e que se tornaram mais complexos ainda nos anos recentes devido à crise climática global e à ação antrópica, foi publicado no Journal of South American Earth Sciences por dois veteranos na investigação científica da região: Ivan Bergier e Mario Luis Assine. Bergier, pesquisador da Embrapa Pantanal, em Corumbá (MS), estuda a região há 15 anos, e Assine, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro, há mais de 30 anos. “Neste novo estudo, dividimos o Pantanal em seções, que chamamos de compartimentos funcionais, para mostrar como essas áreas se comportam diferentemente em função da hidrologia: áreas que secam mais depressa, áreas que só recebem água da chuva, áreas que combinam águas da chuva e dos rios. E como esse processo natural e recorrente está sendo fortemente afetado agora pelo aquecimento global e pela ação humana nos entornos e no interior do próprio Pantanal”, conta Assine à Agência FAPESP. Conforme o artigo, a intensidade das chuvas no verão e o número de dias secos no outono-inverno têm aumentado consistentemente, possibilitando prever uma ampliação da descarga fluvial e da carga de sedimentos nas estações chuvosas e a ocorrência de déficits hídricos nas estações secas. “Tal cenário indica ciclos de seca extremos em todas as formas de relevo funcionais autoafins, particularmente em lobos [pronuncia-se ‘lóbos’] deposicionais abandonados que dependem exclusivamente da água da chuva, enquanto extremos de intensidade de chuva nas cabeceiras dos rios podem amplificar os riscos de avulsões em grande escala em lobos ativos dos megaleques fluviais”, sintetiza o texto. [Ler toda a reportagem no link disponibilizado no topo desta postagem]

9 de out. de 2022

TECNOLOGIAS DO APRENDIZADO COM A NATUREZA

Estrutura e fisiologia de um plasmodium (organismo protista, unicelular), estrutura altamente resistente de uma teia de aranha...e outros tantos "segredos" da Natureza, aguardando que a privilegiada inteligência humana utilize a ciência para usufruir dessas espetaculares evoluções (e "artimanhas" naturais) em prol da preservação e boa qualidade de vida de todos os seres habitantes de nosso planeta. Sobre esse plasmodium, sugiro assistir esse interessante vídeo da BBC News- Brasil: https://youtu.be/4P7D-nYOBY4 Sobre a teia de aranha, apenas mais um exemplo que a Natureza nos dá: Um fio de teia de aranha é mais forte do que um cabo de aço com as mesmas dimensões. O motivo dessa resistência foi agora desvendado por uma equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Estados Unidos, que simulou em computador a interação entre os componentes de uma proteína da teia. O segredo parece estar na conformação espacial assumida por segmentos da proteína chamados folhas beta. Com a forma de um fole de sanfona, as folhas beta são mantidas por ligações químicas conhecidas como pontes de hidrogênio. Em geral consideradas fracas, as pontes de hidrogênio se unem firmemente quando confinadas num espaço ínfimo (Nature Materials). Além disso, elas existem em grande quantidade na proteína da teia. Quando uma ligação se rompe, outras mantêm intacta a estrutura da fibra, que se recompõe sozinha. Não é à toa que a seda de aranhas e bichos-da-seda seja usada na confecção de produtos que podem separar a vida da morte, como os fios de suturas cirúrgicas e de tecidos de paraquedas. Sobre a estrutura da pele de tubarões: https://medium.com/@cristianogunther/como-as-escamas-dos-tubar%C3%B5es-est%C3%A3o-inspirando-inova%C3%A7%C3%B5es-tecnol%C3%B3gicas-713419cfb308 Essas cristas tem apenas poucos micrômetros de altura e estão alinhadas na direção do fluxo do fluido, formando valas em forma de “V” que ajudam a reduzir o arrasto (a força que faz resistência ao movimento de um corpo sólido através de um fluido), permitindo que o tubarão nade mais rápido usando a mesma quantidade de energia.

8 de out. de 2022

COMO É DIFÍCIL NO BRASIL, DEFENDER ESTE OU AQUELE LÍDER POLÍTICO COM RELAÇÃO À DEVASTAÇÃO NA AMAZÔNIA!

O levantamento divulgado nesta sexta-feira contém dados bienais a partir de 2010. De acordo com o relatório, em 2010, o Brasil tinha 5,534 milhões de km² de cobertura natural, somando florestas e vegetação campestre. Dois anos depois, a área preservada havia reduzido para 5,466 milhões de km². Ou seja, uma redução de 67.726 km². Lula ocupou a Presidência até 2010, sendo sucedido por Dilma, que ficou no poder até 2016, quando sofreu um impeachment. Entre 2010 e 2016, a média de desmatamento anual no Brasil foi de 25 mil km², maior do que a área do estado de Sergipe, que tem 21 mil km ². Em 2018, a área coberta por vegetação era de 5,367 milhões de km². Em 2020, a redução registrada foi de 23 mil km². Ou seja, dentro do período, que atingiu o governo do presidente Jair Bolsonaro, o desmatamento anual ficou em média de 12 mil km².

6 de out. de 2022

OS TRÊS Rs QUE PARECEM ESQUECIDOS: DE FRUSTRAÇÕES A DESÂNIMO!!!

Com a aproximação de mais uma data estipulada para o aumento do consumo, o agora famigerado "black friday", importado, sem tradução, dos "desenvolvidos" para os "em desenvolvimento", seria o momento certo para um quarto R: REPENSAR! Mesmo respeitando a importância do reaquecimento da economia pós-pandemia, é muito importante que se repense e se distinga entre o que precisamos comprar e o que ficamos tentados a comprar, por ser novidade ou estar na moda, mais bonito ou outro adjetivo que nos atraia e nos convença em adquirir. Em resumo, conforme descrito no GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA: POLÍTICA DOS TRÊS Rs Reduzir, Reutilizar, Reciclar. Em educação ambiental, princípio em que se procura sensibilizar e conscientizar os cidadãos visando poupar, aproveitar e reaproveitar os recursos naturais disponíveis. “Repensar” talvez devesse ser um quarto “R” inicial dessa sequência, antecedendo o processo sensibilizar/conscientizar. Procura-se hoje aplicar este princípio a uma gama muito grande de materiais utilizados no dia-a-dia das mais diferentes sociedades humanas. PLÁSTICOS: apenas um, dentre os grandes vilões! https://youtu.be/O2OoJO85VuE
Mas... há exageros na compra de bens, que bem poderiam ser mais duráveis, por suas características inatas e no entanto, a "oneomania" (nome dado ao comportamento vicioso de pessoas que convivem com o consumo compulsivo e exagerado, não conseguindo controlar a vontade de comprar mais e mais), bloqueia o bom senso! Menciono aqui em destaque, os eletrônicos, como os celulares sofisticados "smartphones" e os "notebooks"! Sobre as tragédias na mineração de alguns de seus componentes eletrônicos, já abordei neste "blog": http://ecologiaemfoco.blogspot.com/2020/10/maior-producao-de-celulares.html

3 de out. de 2022

"Theobroma cacao". A bebida dos deuses!

Curiosidades sobre o cacau e o chocolate! O maior produtor de cacau do mundo! é um país africano com nome ortograficamente muito variado em várias línguas (em alemão, uma tragédia!): Costa do Marfim (português). Côte d'Ivoire (francês). Ivory Coast (inglês). Costa de Marfil (espanhol). Costa d'Avorio (italiano). Elfenbeinküste (alemão). O Brasil, no tempo que trabalhei (1973-76) no Centro de Pesquisas do Cacau (Ilhéus, BA) era o 1º maior produtor mundial. Hoje é o 7º (265 mil toneladas/ano). Costa do Marfim produz 2,2 milhões ton./ano (42% da produção mundial). A Bahia não é mais o estado maior produtor! Vejam porquê: https://youtu.be/DSlk1BWh2yo Agora é o Pará. CONCLUINDO! Semente de cacau está lotada de antioxidantes, como os flavonóides, epicatequinas (como a vitamina C) e Resveratrol, um potentíssimo antioxidante que ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares”. Observação adicional: no Centro de Pesquisas do Cacau, fui provador de chocolate (teste sensorial). Nem precisaria dizer que "tornei-me viciado!).

30 de set. de 2022

FURACÕES, TUFÕES, CICLONES… O QUE SÃO. E COMO SERÃO?!

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63086712
De acordo com conceituções no GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA: CICLONE / FURACÃO / TUFÃO / TORNADO Um ciclone tropical é um distúrbio atmosférico violento, nos oceanos tropicais que ocorre entreas latitudes aproximadas de 5 e 30 graus, em ambos os hemisférios. No Atlântico e no Caribe os ciclones são denominados de furacões e no Pacífico são conhecidos como tufões. Um ciclone tropical tem pressão atmosférica muito baixa no seu calmo centro (o “olho”), circundado por uma estrutura de chuvas, nuvens e ventos muito fortes. Devido à rotação da Terra, gira no sentido dos ponteiros do relógio no hemisfério sul e no sentido contrário no hemisfério norte (de acordo com a força de Coriolis). Eles podem ter de 80 a 800 km de diâmetro e ventos acima de 180 km/h. Quanto aos danos que podem causar, estima-se que ventos de 74 a 93 km/h desfolha e arranca galhos de árvores; ventos de 111 a 130 km/h arrancam árvores com sistema radicular pouco profundo, derrubam paredes finas e destelham tetos frágeis. Os ventos podem exercer uma pressão de 400 kg/m2, fazendo objetos se tornarem verdadeiros “mísseis”. Estudos sugerem que os furacões estão ficando mais fortes. O Katrina foi considerado o “desastre natural” (ver CATÁSTROFE; e DESASTRE (“DESASTRE NATURAL” e “DESASTRE ECOLÓGICO”)) mais destrutivo que atingiu o sul dos Estados Unidos, no golfo do México, principalmente Nova Orleans, no estado da Louisiana, em 29/08/2005, forçando milhares de pessoas a abandonarem a cidade e matando mais de 1800 pessoas, além de causar prejuízos de cerca de 100 bilhões de dólares. A revista americana Science (em 2005) divulgou que o número de furacões das Categorias 4 e 5 tem quase que duplicado nos últimos 35 anos (18 por ano, a partir de 1990). O fato de que as tempestades tropicais retiram energia da água oceânica para ganhar força, tem levado os cientistas a hipotetisar que o aquecimento global e as águas mais quentes a ele associadas, poderiam levar a furacões mais fortes. Esta hipótese, noentanto, requer comprovações mais seguras uma vez que o número total de furacões e sua longevidade têm decrescido nos últimos 10 anos. O tornado refere-se a uma coluna de ar, em formato cônico, que gira de forma violenta, estando em contato com o solo e uma nuvem. Tem cerca de 45 m de altura, movimentando-se a uma velocidade entre 65 e 180 km/hora, podendo os mais violentos ter velocidades superiores a 480 km/h e 1500 m de altura, deslocando-se por cerca de 100 km. CATÁSTROFE Evento tão pouco frequente num ecossistema que as populações não guardam, geneticamente, registros de sua ocorrência. Uma erupção vulcânica que ocorra inesperada e fortuitamente pode ser chamada simplesmente de catástrofe; enquanto os acidentes de Bhopal, Chernobyl e o Dust Bowl, seriam melhor denominados de catástrofes antrópicas. Por que eventos perigosos que antes produziam desastres, agora produzem catástrofes? Algumas possibilidades estão no gráfico que se segue.

27 de set. de 2022

É PRECISO FICARMOS ATENTOS PORQUE AS PRESSÕES POR NOSSO AGRONEGÓCIO SEM DEVASTAÇÕES CONTINUARÃO EXISTINDO E PODERÃO DESEQUILIBRAR (E MUITO!) A BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA

Neste Dia da Árvore, a Amazônia não tem muito o que comemorar. O aumento da invasão de madeireiros nas terras indígenas da região tem ameaçado a vida de vários povos e causado prejuízos à biodiversidade da floresta. No Pará, a área com extração ilegal de madeira dentro dos territórios indígenas cresceu 11 vezes em um ano. O dado é de uma pesquisa da Rede Simex, integrada por quatro instituições ambientais: Imazon, Idesam, Imaflora e ICV. Segundo a publicação, a área com exploração madeireira nos territórios indígenas do estado passou de 158 hectares entre agosto de 2019 e julho de 2020 para 1.720 hectares entre agosto de 2020 e julho de 2021. Ou seja: a área afetada pela atividade ilegal dentro dessas áreas protegidas cresceu 1.000%. Outro problema identificado pelos pesquisadores foi o aumento no número de terras indígenas invadidas pela atividade ilegal. No estudo que envolveu 2019 e 2020, apenas o território Baú havia tido extração madeireira. Já na publicação mais recente, que leva em conta 2020 e 2021, essa terra e mais outras quatro haviam sofrido com a invasão para extração de madeira. O território mais impactado foi o Amanayé, que fica no município de Goianésia do Pará. Embora presente na base de dados de terras indígenas da Fundação Nacional de Índio (Funai), esse território ainda aguarda homologação, o que o coloca ainda mais em risco. No local, 1.255 hectares tiveram exploração de madeira entre agosto de 2020 e julho de 2021, o que corresponde a 73% da área com a atividade ilegal nas terras indígenas do Pará. A segunda área indígena mais afetada no período foi a Baú, com 205 hectares (12%); seguida da Sarauá, com 117 hectares (7%); da Cachoeira Seca, com 94 hectares (5%) e da Anambé, com 49 hectares (3%). Isso coloca em risco a vida e a cultura de pelo menos seis povos, sendo um deles de indígenas isolados: Amanayé, Isolados Pu´rô, Mebêngôkre Kayapó, Mebêngôkre Kayapó Mekrãgnoti, Arara e Anambé. Unidades de conservação também passam a ser alvo da atividade ilegal O estudo também identificou que houve exploração ilegal de madeira nas unidades de conservação, territórios onde a publicação anterior não havia encontrado registros da atividade irregular em áreas acima de 1 hectare — tamanho a partir do qual a Rede Simex mapeia a extração de madeira. Entre agosto de 2020 e julho de 2021, no entanto, foram encontrados 126 hectares com exploração madeireira não autorizada em unidades de conservação do Pará. A maior parte ocorreu na Floresta Nacional do Jamanxim, que fica nos municípios de Itaituba e Novo Progresso. No local, 56 hectares tiveram registros de exploração madeireira, o que corresponde a 45% da área afetada irregularmente nas unidades de conservação paraenses. Em segundo lugar ficou a Floresta Nacional de Altamira, com 44 hectares (35%), a Florestal Estadual de Iriri, com 18 hectares (15%) e o Parque Nacional do Jamanxim, com 7 hectares (6%). “O aumento da exploração de madeira dentro das terras indígenas e o registro nas unidades de conservação é extremamente preocupante, pois indica que esses territórios que por lei devem ser protegidos com prioridade não estão recebendo a atenção necessária para barrar novas invasões”, afirma o pesquisador do Imazon Dalton Cardoso. Exploração madeireira não autorizada representa 41% da atividade no estado Em todo o Pará, a publicação identificou 57.079 hectares com extração de madeira entre agosto de 2020 e julho de 2021, um aumento de 14% em relação ao período passado, quando foram registrados 50.139 hectares com a atividade. De toda a área explorada no estado, 23.390 hectares tiveram extração de madeira sem autorização dos órgãos ambientais, o que representa 41% do total. Já a área autorizada chegou aos 33.690 hectares, 59%. Em relação com o período passado, quando 27.595 hectares foram explorados sem permissão, a área com atividade irregular reduziu 15%. Por outro lado, a extração autorizada, que somava 22.544 hectares no estudo anterior, aumentou 49% entre agosto de 2020 e julho de 2021. “Essa redução na exploração madeireira não autorizada é positiva, mas ainda precisa melhorar muito. Não podemos ter dois hectares com irregularidades a cada cinco com extração de madeira na Amazônia”, afirma Cardoso.

26 de set. de 2022

LIBERAÇÃO DE CAÇA?! SÓ SE FOR RIGORASAMENTE RESTRITA A PREDADORES ALÓCTONES!

Do GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA (disponível neste "blog"): ALÓCTONE [ALÓCTONE = INVASOR] Organismo alóctone, também chamado de “invasor”, é aquele que se origina em outro local e é transportado para determinado ambiente na forma vegetativa ou de esporo. Animais que foram inadvertidamente introduzidos pelo ser humano em ambientes que lhes são estranhos, são também alcunhados de “invasores”. As “plantas invasoras” de cultivos, assim chamadas pelos ecólogos e conhecidas na linguagem agronômica como “ervas daninhas”, são em muitos casos, organismos alóctones.
Nove em cada dez brasileiros não aprovam a ideia de liberar a caça no país. A informação faz parte de uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha em todo país, a pedido da organização WWF-Brasil. Os números foram divulgados na última quarta-feira (21). Ao todo, foram entrevistadas 1.088 pessoas, a partir dos 16 anos, em todas as cinco regiões do país. Os entrevistados responderam a duas perguntas: “Você concorda com a ideia de autorizar a caça de animais no Brasil?” e “Votaria em quem apoia a caça no Brasil?”. Do total, 90% discordaram da ideia de autorizar a caça, 9% concordaram e 1% não soube responder. A rejeição é maior entre as mulheres (93%) e entre residentes das regiões metropolitanas (93%). Na pergunta sobre eleições, 88% dos entrevistados disse que não votaria em candidatos que apoiam a caça. Mais uma vez, a rejeição é maior entre o público feminino e entre moradores de regiões metropolitanas, com 91% para ambos. Apenas 10% dos entrevistados votariam em candidatos que apoiam esta pauta e 3% não soube responder. Atualmente, a caça é liberada no país apenas para espécies como o javali, considerado um invasor. Apesar disso, a quantidade de CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) aumentou exponencialmente no país de 2018 para cá. O número de armas em circulação também deu um salto: de 350,6 mil em 2018 para 1.006.725 em 2021. Na região amazônica, conhecida pelos conflitos fundiários, o aumento no número de armas foi de 700%. Os números são dos Institutos Igarapé e Sou da Paz.

20 de set. de 2022

POTÁSSIO NA AMAZÔNIA: SE DEVE SER EXPLORADO…TEM QUE SER FEITO COM RESPEITO AOS PRINCÍPIOS CONSERVACIONISTAS!!!

Está assentada no Lago do Soares e em Urucurituba, duas localidades dentro do município de Autazes (AM), uma imensa mina de cloreto de potássio de classe mundial. O potássio é matéria-prima para a produção de fertilizantes, elemento vital para o agronegócio. O presidente Jair Bolsonaro pressiona para que essa exploração comece o quanto antes. Sob sua gestão, órgãos públicos passaram a atuar em favor da empresa Potássio do Brasil, que compra terrenos para iniciar a mineração. O empenho do governo federal passa por cima da lei e dos direitos dos povos originários. A mina de Autazes fica sobre a autodemarcada Terra Indígena Soares/Urucurituba. Nela, vivem o povo Mura, que combateu na Cabanagem, a maior revolta popular da região Norte do país. Por Elaíze Farias e Bruno Kelly (fotos), da Amazônia Real compartilhe Autazes (AM) – Um poço de prospecção da mineradora Potássio do Brasil perfurado a alguns metros de sua casa-flutuante às margens do Lago da comunidade Soares, na bacia do rio Madeirinha, dilacera o coração de Milton Ribeiro de Menezes, do povo Mura. Ele não consegue conter a emoção quando lembra do episódio ocorrido “seis ou sete anos atrás” que causou constrangimento à sua família durante vários meses. “Na primeira vez, chegaram oferecendo 900 reais para furarem a minha terra. Insistiram dizendo que era muito dinheiro. Não autorizei, vi que não era coisa boa. Mas depois acabaram furando em outro lugar, sem meu consentimento. Depois, quiseram comprar meu terreno. Falaram que eu poderia até ser expulso se não vendesse. Não aceitei”, lembra Menezes, com voz embargada tomada de angústia. O rio Madeirinha banha o município de Autazes (e faz parte da bacia do rio Madeira, no Estado do Amazonas. Soares (ou Lago do Soares) é uma comunidade fundada no século 19 por João Gabriel de Arcângelo Barbosa, um indígena Mura que combateu na Cabanagem. Nos livros de história, a revolta, ocorrida entre 1835 e 1840, é descrita como a primeira sublevação popular do Brasil. Os cabanos, em sua maioria, eram indígenas, pobres livres e negros que lutavam contra a situação de miséria que viviam na então província do Grão-Pará, formado hoje pelos Estados do Pará e do Amazonas. Os descendentes dos que lutaram na Cabanagem contam com orgulho como seus antepassados resistiram a massacres, capturas e contaminação de doenças trazidas pelos colonizadores. A maioria dos descendentes de João Gabriel de Arcângelo Barbosa permanece na comunidade, incluindo um de seus bisnetos, Jair dos Santos Ezogue, de 83 anos. Ezogue, por desconhecimento e pressão, foi um dos moradores que vendeu seu terreno para a Potássio do Brasil. “Um homem veio aqui várias vezes e insistiu muito. Disse que eu poderia perder minha terra. Acabei vendendo. Eu tinha casas de farinha, plantações e gado. Me arrependi de ter vendido. Demais mesmo. Conheço outras pessoas que venderam e tenho certeza que não vivem bem”, conta o indígena, à Amazônia Real. Não é nenhuma novidade a estratégia utilizada pela Potássio do Brasil para avançar sobre áreas de seu interesse. A mineradora é controlada pelo banco canadense Forbes & Manhattan, que também é dona da mineradora Belo Sun, na área de Volta Grande do Xingu, na região da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Abrir o cofre tem sido a saída. A empresa assediou a comunidade para que os terrenos fossem vendidos e conseguiu convencer muitos deles. Milton Ribeiro de Menezes, de 47 anos, é um dos poucos moradores que vivem nas cabeceiras de Soares que não cederam à pressão da empresa para fins de mineração. Para um morador e sua família que sobrevive de pesca, roçado e criação de animais a futura mina de potássio representa uma ameaça concreta e iminente. “Estou cercado por todos os lados pela empresa. Me sinto amedrontado porque estou na ilha. Meus vizinhos acabaram vendendo e eu fiquei. Fico com medo porque não quero ir embora. É muito bom viver aqui. Tenho minhas criações, minhas plantações. Minha esposa nasceu e se criou aqui. Meus filhos gostam daqui. Aqui tem tudo. Tem plantação, água ao redor. É um paraíso”, afirma o indígena. Reportagem completa em: https://amazoniareal.com.br/especiais/projeto-autazes/