[Scientific American, 04/09/2008]
Os Estados Unidos produzem metade de sua eletricidade a partir da queima de carvão mineral, a qual emite para a atmosfera mais de 40% de todas as emissões de CO2 daquele país. Na Suécia, a companhia Vattenfall tem problema similar; embora a maioria da eletricidade daquele país provenha de hidrelétricas e usinas nucleares. Na antiga Alemanha Oriental essa mesma companhia sueca produz energia elétrica a partir de processos antigos de queima de carvão. Nesta usina é queimada uma das mais "sujas" formas de carvão mineral: a lignita.
Em assim sendo, a Vattenfall decidiu construir um projeto demonstrativo em que é queimado o "oxyfuel" (literalmente, oxicombustível). Trata-se da queima da lignita numa atmosfera rica em oxigênio puro e CO2, ao invés de ar normal. Estando o ambiente da queima de carvão completamente livre de nitrogênio e outros gases, produz-se nessa queima um CO2 quase puro e vapor d'água. O problema principal é que para livrar-se do nitrogênio (78% do ar que respiramos é nitrogênio) há necessidade de grande gasto da própria energia gerada. Esta tecnologia do oxicombustível já é utilizada nas indústrias do aço e alumínio, podendo ser economicamente viável para gerar energia elétrica, a depender da demanda, podendo atingir 1.000 MW produzidos pelas usinas convencionais.
O CO2, como subproduto da queima do carvão, é colocado em "containers" e bombeado para locais subterrâneos de onde há muito tempo se esteja extraindo gas metano, facilitando assim a saída do restante desse gas.
Ainda neste mes de setembro a usina, de U$100 milhões, estará entrando em operação demonstrativa. Resta saber no entanto, quão seguro será o processo de retenção do CO2 nos vazios subterrâneos.
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