DESASTRE (“DESASTRE NATURAL” e “DESASTRE ECOLÓGICO”)
Transcrito do GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (3ª.ed., revisada em fevereiro de 2010).
Bastante discutível o uso das expressões “desastre natural” e “desastre ecológico”. Geralmente não temos dúvida quando nos referimos à palavra “desastre” como sinônimo de “calamidade, infortúnio, algo ruinoso (acarretando ruína, perda ou destruição) e que causa sofrimento e prejuízo material”. O termo “desastre natural”, quando utilizado para definir eventos naturais com conseqüências de grande impacto sobre o ambiente onde o ser humano habita, embora de uso corrente, gera entre muitos ecólogos, uma inaceitação. A maioria dos fenômenos da Natureza (terremotos, vendavais, tufões, ciclones, erupções vulcânicas...) são reações que sempre ocorreram e provavelmente ocorrerão. O fato de que boa parte das conseqüências sofridas pelos seres humanos seja catastrófica, advém mais da maneira como vivemos; como por exemplo, com adensamento populacional em habitações inapropriadas para conviver com tais eventos naturais, grande proximidade de habitações e atividades humanas ao alcance das ações do mar, dos vulcões etc. Algumas de tais conseqüências são catastróficas graças (provavelmente) à contribuição humana, como por exemplo, os tufões e ciclones ganham mais força à medida que vão encontrando águas oceânicas mais quentes devido ao aquecimento global.
O termo “desastre ecológico”, por sua vez, também gera controvérsia, principalmente quando aplicado, por exemplo, a eventos que acontecem com freqüência em alguns ecossistemas, como o fogo no cerrado e a seca na caatinga. Tais eventos podem exercer pressão seletiva, sendo registrado no processo evolutivo. E talvez por isso não devesse ser chamado de “desastre”. Alguns acidentes, por suas repercussões negativas, são classificados simplesmente como “desastres”, como alguns referenciados neste glossário, como os de Bhopal, Chernobyl e o “Dust Bowl”, todos provenientes de atividades humanas inconseqüentes ou irresponsáveis. Talvez fosse melhor denominá-los de catástrofes antrópicas. Da mesma maneira, quando o ser humano constrói suas habitações em locais suscetíveis a deslizamentos/escorregamentos, o termo mais apropriado quando da ocorrência desse evento seria “catástrofe antrópica”.
(Ver CATÁSTROFE; DISTÚRBIO; ESTRESSE; e GENOCÍDIO versus CATACLISMOS)
Transcrito do GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (3ª.ed., revisada em fevereiro de 2010).
Bastante discutível o uso das expressões “desastre natural” e “desastre ecológico”. Geralmente não temos dúvida quando nos referimos à palavra “desastre” como sinônimo de “calamidade, infortúnio, algo ruinoso (acarretando ruína, perda ou destruição) e que causa sofrimento e prejuízo material”. O termo “desastre natural”, quando utilizado para definir eventos naturais com conseqüências de grande impacto sobre o ambiente onde o ser humano habita, embora de uso corrente, gera entre muitos ecólogos, uma inaceitação. A maioria dos fenômenos da Natureza (terremotos, vendavais, tufões, ciclones, erupções vulcânicas...) são reações que sempre ocorreram e provavelmente ocorrerão. O fato de que boa parte das conseqüências sofridas pelos seres humanos seja catastrófica, advém mais da maneira como vivemos; como por exemplo, com adensamento populacional em habitações inapropriadas para conviver com tais eventos naturais, grande proximidade de habitações e atividades humanas ao alcance das ações do mar, dos vulcões etc. Algumas de tais conseqüências são catastróficas graças (provavelmente) à contribuição humana, como por exemplo, os tufões e ciclones ganham mais força à medida que vão encontrando águas oceânicas mais quentes devido ao aquecimento global.
O termo “desastre ecológico”, por sua vez, também gera controvérsia, principalmente quando aplicado, por exemplo, a eventos que acontecem com freqüência em alguns ecossistemas, como o fogo no cerrado e a seca na caatinga. Tais eventos podem exercer pressão seletiva, sendo registrado no processo evolutivo. E talvez por isso não devesse ser chamado de “desastre”. Alguns acidentes, por suas repercussões negativas, são classificados simplesmente como “desastres”, como alguns referenciados neste glossário, como os de Bhopal, Chernobyl e o “Dust Bowl”, todos provenientes de atividades humanas inconseqüentes ou irresponsáveis. Talvez fosse melhor denominá-los de catástrofes antrópicas. Da mesma maneira, quando o ser humano constrói suas habitações em locais suscetíveis a deslizamentos/escorregamentos, o termo mais apropriado quando da ocorrência desse evento seria “catástrofe antrópica”.
(Ver CATÁSTROFE; DISTÚRBIO; ESTRESSE; e GENOCÍDIO versus CATACLISMOS)