Uma Rondônia inteira (ou o equivalente ao território do Reino Unido) foram perdidos entre 2000 e 2013. Essa é a conclusão do novo estudo da Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (RAISG), lançado nesta segunda-feira (05). Ao longo desses 13 anos foram desmatados 222.249 km² nos nove países que integram a floresta Amazônica.
Apesar de alto, o ritmo do desmatamento está diminuindo. Até 2013, a floresta perdeu 13,3% da sua cobertura vegetal. A maior parte dessa perda ocorreu entre 1970 e 2000 (9,7%) enquanto que entre 2000 e 2013, foram desmatados 3,6% da cobertura total da floresta. O número parece pouco, mas esses 3,6% significam quase o tamanho do estado de Roraima inteiro desmatado.
A mudança no uso do solo na Amazônia começou durante a década de 70, impulsionada por políticas governamentais de modernização da infraestrutura e de promoção da expansão agrícola e da mineração.
Hoje, as principais ameaças ao bioma de toda a região são as atividades agropecuárias e as obras de infraestrutura, como estradas e hidrelétricas. Em menor grau, embora com impacto significativo, também se destacam a mineração ilegal, a exploração petroleira e os cultivos ilícitos como fatores de risco à integridade da floresta.
Os dados da publicação Deforestacíon en la Amazonía (1970-2013) foram obtidos pelos participantes da RAISG mediante a análise de imagens de satélite combinada com análises geográficas em sistemas georreferenciados.
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