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27 de set. de 2021

OS DOIS LADOS DA MESMA MOEDA: SOLOS ANTES COBERTOS POR DENSA VEGETAÇÃO E AGORA COM ALTERNÂNCIAS “COBERTOS E DESNUDOS”

 Na região de Ribeirão Preto plantações de café predominaram nos anos de 1870. Café é cultura de longo ciclo vegetativo. Permite colheitas sucessivas sem necessidade de novo plantio; ou seja, há sempre cobertura vegetal protegendo o solo.

Segue-se breve texto reproduzido de: https://www.ribeiraopretoconvention.org.br/nossa-historia/

Capital do Café 

A história de Ribeirão Preto conta sobre a produção do café: A produção de café  foi a primeira atividade agrícola intensiva de Ribeirão Preto, introduzida por famílias de fazendeiros que vieram de outras regiões. Ribeirão Preto era uma nova e potencial frente agrícola com terra de qualidade e clima apropriado. As lavouras começaram a ser plantadas em 1870. Em  1900, o café produzido no município era conhecido principalmente na Europa. A espécie predominante por aqui foi o bourbon.

A cafeicultura foi responsável pelo grande desenvolvimento experimentado pela cidade que tornou-se a Capital Mundial do Café. A demanda por mão de obra fez de Ribeirão Preto o destino de imigrantes italianos, japoneses, alemães, entre tantos. Também motivou a vinda da Estação Companhia Mogiana de Estrada de Ferro, em 1883, para o transporte de imigrantes desde o litoral e, na volta, escoar a produção agrícola.

O café impulsionou o progresso econômico da cidade que viveu anos de glória. Mas a crise econômica mundial de 1929 encerrou a fase próspera do café na região. Outro ciclo econômico surgiu. As terras foram ocupadas com culturas, como o algodão e frutas. E, aos poucos, a cana-de-açúcar foi reintroduzida.

Capital do Açúcar e Álcool

O declínio do café permitiu o plantio de outras culturas, em especial da cana-de-açúcar, que retomava o seu posto de líder na agricultura nacional. Na região de Ribeirão Preto, os imigrantes compravam as terras do café e tornavam-se os novos grandes proprietários. Na década de 40, essa já era a principal cultura em alguns municípios da região, como Sertãozinho. Após 1960, a região era um “mar de cana” e transformada na maior produtora mundial de cana-de-açúcar.

Mudanças nos relacionamentos comerciais entre vários países beneficiaram o Brasil que passou a incentivar o setor visando o mercado externo. Foi criado o Pró Álcool – Programa Nacional do Álcool (que durou de 1975 a 1989) que incentivou o uso do álcool anidro como aditivo à gasolina. Surgiram destilarias e usinas para o beneficiamento da cana, e o setor se capitalizou. Atualmente, existem 58 usinas produtoras de açúcar e álcool na região, que vendem para o mercado interno e externo.

Novo  cultivo! Novo ambiente!

A cana-de-açúcar, como a maioria de outras gramíneas, durante sua fase de crescimento constitui-se numa densa cobertura vegetal protegendo o solo da erosão, lixiviação de nutrientes e da insolação intensa típicos de nosso clima tropical. 

Mas nos interstícios da colheita-replantio, a prática de proteger o solo com a palha deixada após a colheita (esta, realizada entre abril e setembro) se muito prolongada por falta de chuva, como tem ocorrido neste ano de 2021 em toda região sudeste do Brasil, expõe o solo à incidência da radiação solar intensa e por vezes devastadora dos ventos! Elevando-se ao ar enorme quantidade de poeira. Conforme mostra a foto abaixo, registrada em 26 de setembro de 2021. 




24 de set. de 2021

SEM ÁGUA… SEM ENERGIA!!! NUNCA É DEMAIS LEMBRAR OS “RIOS VOADORES”

 


https://youtu.be/GHNM7kAa4G8

Destaque: cada árvore lança para a atmosfera cerca de 300 litros de vapor de água por dia!!!

23 de set. de 2021

…E CONTINUAM INVASÕES E EXPLORAÇÕES ONDE JAMAIS DEVERIAM OCORRER!!!

Reproduzido de

 As áreas protegidas da Amazônia — como terras indígenas, territórios quilombolas e unidades de conservação —, viram as ameaças e pressões de desmatamento aumentarem em um ano. Entre agosto de 2020 e julho de 2021, foram mais de 10 mil ocorrências de devastação da floresta dentro ou a até 10 km desses territórios, 13% a mais do que no período anterior, entre agosto de 2019 e julho de 2020.

Os dados são do levantamento “Ameaça e Pressão de Desmatamento em Áreas Protegidas”, publicado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O estudo identifica e contabiliza todas as ocorrências detectadas pelo Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon (SAD) em áreas de 100 km² na Amazônia Legal e as classifica como ameaça, se estiverem a até 10 km das áreas protegidas, ou pressão, se estiverem dentro desses territórios.

Entre agosto de 2020 e julho de 2021, 7.005 ocorrências (66%) foram classificadas como ameaça e 3.565 (34%) como pressão. Isso indica que, em geral, houve mais casos de desmatamento ao redor das áreas protegidas do que dentro delas, o que serve de alerta para a necessidade de ações que impeçam ainda mais o avanço da destruição.

Em um momento em que a Amazônia vive o pior ritmo de desmatamento dos últimos 10 anos, esse olhar específico para as áreas protegidas é um importante subsídio para que políticas públicas sejam direcionadas para esses territórios. Conforme Antônio Fonseca, pesquisador do Imazon, o aumento de 13% nas ocorrências de desmatamento mostra que os órgãos públicos precisam intensificar as ações de fiscalização, identificação e punição dos responsáveis pela destruição da floresta nas áreas protegidas, pois esses territórios deveriam estar sendo priorizados.

Território Yanomami é o mais pressionado entre os indígenas

Entre as terras indígenas, a Yanomami, localizada no Amazonas e em Roraima, foi a que teve o maior número de ocorrências dentro de seu território, ou seja, a mais pressionada entre agosto de 2020 e julho de 2021. Neste ano, a área foi alvo de ataques de garimpeiros, o que motivou ações judiciais de proteção.

Dos outros nove territórios indígenas mais pressionados pelo desmatamento, sete ficam no Pará. São, respectivamente, as TIs: Apyterewa, Munduruku, Cachoeira Seca do Iriri, Trincheira/Bacajá, Andirá-Marau (cujo território também fica no Amazonas), Kayapó e Alto Rio Guamá.

Já entre as áreas indígenas mais ameaçadas, a TI Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia, ocupou o topo do ranking. E, assim como nos casos de pressão, o Pará foi o estado com maior número de terras indígenas ameaçadas, com seis das 10 TIs com maior número de ocorrências. Respectivamente, são: Trincheira/Bacajá, Parakanã, Baú, Cachoeira Seca do Iriri, Kayapó e Arara.

APA do Tapajós é a área mais pressionada em toda a Amazônia

De todas as áreas protegidas da Amazônia Legal, a APA do Tapajós, unidade de conservação federal localizada no Pará, foi a mais pressionada. Em segundo lugar ficou APA Triunfo do Xingu, unidade de conservação estadual paraense, e a Resex Chico Mendes, unidade de conservação federal localizada no Acre.

A Resex, inclusive, também ocupou o topo do ranking de todas as áreas protegidas mais ameaçadas da Amazônia. Ela foi seguida do Parna Mapinguari, unidade de conservação federal que fica no Amazonas e em Rondônia, e da APA do Lago de Tucuruí, unidade de conservação estadual paraense.

Em relação aos estados, o Pará também figurou como o que mais teve territórios pressionados e ameaçados pelo desmatamento na Amazônia. No ranking de pressão, sete das 10 áreas listadas ficam em solo paraense. Já na lista de ameaça, são cinco

10 de set. de 2021

MAIOR MÁQUINA DO MUNDO CAPTURANDO GÁS CARBÔNICO DO AR, EM FUNCIONAMENTO NA ISLÂNDIA

De início, uma observação extraída do GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA (de Breno Grisi, responsável por este blog):

GEOENGENHARIA
Geoengenharia significa, resumidamente, alteração do ambiente da Terra em ampla escala para 
que satisfaça as necessidades humanas e mantenha as condições para sua habitação. Nas últimas décadas, 
alguns cientistas criaram formas grandes e futuristas de lutar contra o aquecimento global, como por 
exemplo: construir guarda-sóis na órbita para esfriar o planeta, alterar as nuvens para fazê-las refletir mais 
luz de volta ao espaço, tratar os oceanos para que absorva mais gases de efeito estufa, resfriamento global 
injetando enxofre na estratosfera... e outras propostas grandiosas e (ainda) futuristas. Defensores da 
geoengenharia afirmam que: uma vez que o ser humano já está conseguindo alterar de maneira global as 
características de nosso planeta, está na hora de fazê-lo de maneira inteligente e adotando procedimentos 
científicos aplicando os avanços da tecnologia. Seus críticos, no entanto preferem que sejam adotados 
procedimentos inteligentes para evitar o aquecimento global do que correr riscos com megaprojetos.

Texto abaixo reproduzido de: https://www.theguardian.com/environment/2021/sep/09/worlds-biggest-plant-to-turn-carbon-dioxide-into-rock-opens-in-iceland-orca?CMP=Share_iOSApp_Other

A maior planta do mundo projetada para sugar dióxido de carbono do ar e transformá-lo em rocha começou a funcionar, disseram as empresas por trás do projeto. O CO2 atmosférico é captado e injetado no subsolo profundo para aí ser mineralizado.

A planta, chamada Orca em homenagem à palavra islandesa "orka" que significa "energia", consiste em quatro unidades, cada uma composta por duas caixas de metal que parecem contêineres de transporte.

Construída pela Suíça Climeworks e pela Islândia Carbfix, quando opera em capacidade, a usina retirará 4.000 toneladas de dióxido de carbono do ar todos os anos, de acordo com as empresas.

De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, isso equivale às emissões de cerca de 870 carros. A planta custou entre US$ 10 e 15 milhões para ser construída, informação da Bloomberg.

Para coletar o dióxido de carbono, a planta usa ventiladores para atrair ar para um coletor, que tem um material de filtro dentro. Uma vez que o material do filtro é preenchido com CO2, o coletor é fechado e a temperatura é elevada para liberar o CO2 do material, após o qual o gás altamente concentrado pode ser coletado. O CO2 é então misturado com a água antes de ser injetado a uma profundidade de 1.000 metros na rocha de basalto próxima, onde é mineralizada.

Os defensores da chamada captura e armazenamento de carbono acreditam que essas tecnologias podem se tornar uma ferramenta importante na luta contra as mudanças climáticas.

Críticos, no entanto, argumentam que a tecnologia ainda é proibitivamente cara e pode levar décadas para operar em escala.

7 de set. de 2021

UMA CONTÍNUA E ALARMANTE EXPLORAÇÃO DE MADEIRA! ASSIM FICA DIFÍCIL PROMETER PARTICIPAÇÃO NA REDUÇÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL!!!

 Diante de tão acentuada derrubada de árvores e a prolongada seca que aflige a região sudeste (São Paulo principalmente) lembro-me do papel das florestas do norte no fenômeno dos RIOS VOADORES!

Reproduzido de https://imazon.org.br/imprensa/exploracao-madeireira-na-amazonia-chegou-a-464-mil-hectares-em-12-meses-aponta-levantamento-inedito/




Uma área quase três vezes maior do que a cidade de São Paulo teve exploração madeireira na Amazônia entre agosto de 2019 e julho de 2020. E a falta de acesso aos dados sobre as autorizações para o manejo florestal impede a checagem da legalidade dessa exploração na maioria dos estados —  só é possível em Mato Grosso e no Pará.

Os dados são de um levantamento inédito realizado pela Rede Simex, integrada por quatro organizações de pesquisa ambiental: Imazon, Idesam, Imaflora e ICV. O mapeamento, baseado em imagens de satélite, identificou 464 mil hectares de exploração madeireira no período, sendo mais da metade apenas em Mato Grosso.

O estado concentrou 236 mil hectares com exploração de madeira, o que corresponde a 50,8% do total mapeado pelos pesquisadores. A segunda maior área explorada foi no Amazonas, de 71 mil hectares (15,3%), e a terceira, em Rondônia, de 69 mil hectares (15%).

“A criação da Rede Simex foi fundamental para expandir o mapeamento, que se concentrava apenas no Pará e Mato Grosso. A rede também conduziu a capacitação de técnicos dos órgãos ambientais estaduais e transferiu a tecnologia de mapeamento para que os estados tenham autonomia. Essas informações vão permitir um diagnóstico mais preciso dos distúrbios na floresta, que vão além do desmatamento, e contribuir para a transparência do setor florestal”, afirma Carlos Souza Jr., pesquisador do Imazon e coordenador-geral da Rede Simex.

Em relação às categorias fundiárias, os pesquisadores identificaram que a maior parte da área explorada foi em imóveis rurais cadastrados, que concentraram 362 mil hectares (78%). Já nos assentamentos rurais foram explorados 19 mil hectares (4%), nos vazios fundiários, 17 mil hectares (4%), e nas terras não destinadas, 12 mil hectares (3%).

“As terras não destinadas são áreas públicas que ainda não tiveram seu uso decretado. Por isso, não têm autorização para serem exploradas e ficam suscetíveis a ações de ilegalidade. Precisamos de políticas públicas que contemplem essa questão”, explica Tayane Carvalho, pesquisadora do Idesam.


Nas áreas protegidas, a exploração madeireira somou mais de 52 mil hectares, o que corresponde a 11% do total mapeado. Especificamente nas unidades de conservação, onde a atividade pode ser autorizada dependendo de sua categoria, foram explorados 28 mil hectares (6%). O Parna dos Campos Amazônicos (AM), unidade de conservação de proteção integral, onde a exploração é proibida, foi a que teve a maior área mapeada, de 9 mil hectares.

Já nas terras indígenas, foram mapeados 24 mil hectares (5%). Os territórios com as maiores áreas exploradas foram Tenharim Marmelos (AM), com 6 mil hectares, Batelão (MT), com 5 mil hectares, e Aripuanã (MT), com 3 mil hectares.

“A alta ocorrência de exploração madeireira no Parna dos Campos Amazônicos e na TI Tenharim Marmelos chama atenção pela sua localização, na tríplice divisa entre Amazonas, Mato Grosso e Rondônia. Uma região que vem sofrendo grande pressão por desmatamento nos últimos anos e, como esses dados mostram, também por exploração madeireira”, comenta Vinicius Silgueiro, coordenador de inteligência territorial do ICV.

Falta de acesso a dados impede análise da ilegalidade

O levantamento envolveu sete dos nove estados da Amazônia Legal: Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima, que concentram praticamente 100% da produção de madeira. Todos contarão com relatórios específicos em breve.

Devido aos diferentes níveis de disponibilidade de dados de autorizações de planos de manejo nos estados, os pesquisadores não puderam diferenciar a exploração madeireira autorizada da não autorizada para toda a região. Apenas Mato Grosso e Pará possuem processos de transparência que permitem essa análise, que será divulgada nos estudos detalhados para cada estado.


“A transparência é fundamental para qualificar o debate sobre o setor florestal na Amazônia e para combater a madeira ilegal. Enviamos pedidos de acesso aos dados via LAI, a Lei de Acesso à Informação, e temos dialogado com todos os órgãos estaduais de meio ambiente visando a construção de uma agenda positiva e o compartilhamento de conhecimento”, ressalta Leonardo Sobral, gerente florestal do Imaflora.

Após a publicação dos mapeamentos detalhados dos estados, a Rede Simex também lançará um relatório completo sobre a exploração madeireira na Amazônia.

Degradação – A exploração madeireira pode provocar a degradação florestal, que é um dano ambiental diferente do desmatamento. Na degradação, a floresta é continuamente empobrecida por distúrbios, como no caso da retirada de madeira sem planos de manejo. O empobrecimento da floresta ocorre com a redução da biomassa florestal, da biodiversidade e dos estoques de madeira comerciais. Já o desmatamento é quando ocorre o chamado “corte raso”, a remoção completa da vegetação, que pode ser feita com objetivo de converter a área em pastagem, lavoura ou garimpo, por exemplo.

Sobre a Rede Simex – Integrada por pesquisadores do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e do Instituto Centro de Vida (ICV), foi formada para que o Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), que já era realizado no Pará e Mato Grosso, pudesse ser ampliado para outros estados da Amazônia.


 

3 de set. de 2021

ALARMISTA??? É MELHOR PREVENIR TOMANDO MEDIDAS. PORQUE REMEDIAR NÃO SERÁ NADA FÁCIL!!!

Video da BBC Brasil apresentando resumo do provável agravamento de extremos climáticos (secas no Brasil em evidência):

 https://youtu.be/ZnW6jvedIXQ



Neste artigo são abordados 5 tópicos fundamentais para a compreensão dos debates na COP26:

  • A conferência não produzirá um novo acordo, mas buscará reorientar os esforços globais para confrontar a crise climática em um ambiente radicalmente modificado pela pandemia;
  • Os resultados alcançados pelos países signatários do Acordo de Paris deverão servir de incentivo para novas metas de emissões;
  • A regulamentação do Artigo 6 do Acordo de Paris, que determina o funcionamento do mercado regulado de carbono, é um dos principais temas abordados;
  • O debate sobre a definição de metodologias de aferição de redução de emissões também é um item de destaque da pauta do encontro;
  • A COP26 marca a volta dos Estados Unidos como protagonista no debate sobre as mudanças climáticas.
  • COP26: o que está em pauta e o que esperar do encontro

    Quase 30 anos após a Cúpula da Terra (Rio-92), que estabeleceu a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC), ou simplesmente a Convenção do Clima, o Reino Unido se prepara para sediar a 26a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU, a COP26.

    Originalmente planejada para novembro de 2020, a conferência foi adiada devido à pandemia de COVID-19 e acontecerá entre 31 de outubro e 12 de novembro de 2021, na cidade escocesa de Glasgow.

    Em um contexto de recuperação da recessão global e da continuidade do avanço dos impactos das mudanças climáticas, cada vez mais visíveis, as expectativas em torno dos resultados da COP26 são crescentes.

    A conferência não produzirá um novo acordo. Ainda assim, espera-se que a reunião se torne um marco histórico, com o reinício e uma reorientação dos esforços globais para confrontar a crise climática em um ambiente radicalmente modificado pela pandemia.

    Metas do Acordo de Paris

    A COP26 é vista hoje como sendo o passo seguinte necessário para a completa implementação das metas definidas no Acordo de Paris – o mais importante compromisso multilateral para o clima em anos recentes. Os resultados obtidos até o momento serão avaliados em novembro, e deverão servir de incentivo para que os países tornem suas metas de redução de emissões mais ambiciosas.

    Além disso, uma dos avanços mais esperados em relação à reunião de Glasgow é uma melhor definição de metodologias de aferição de redução de emissões. Com cada país estabelecendo seu próprio método, fica difícil não somente comparar os avanços entre países, mas também confiar que os números divulgados em alguns casos sejam reais.

    Outro ponto importante esperado é a regulamentação do chamado Artigo 6 do Acordo de Paris, que aborda dois dos principais mecanismos de mercado. No artigo 6.2, é proposto o comércio entre países de créditos gerados por projetos de redução/remoção de emissões. No artigo 6.4, é proposto um mecanismo descentralizado de transação entre entidades públicas e privadas, a partir de projetos certificados e validados por um organismo supervisor. 

    Acesso para leitura completa desse artigo:

    https://blog.waycarbon.com/2021/07/cop-26-o-que-esperar-do-encontro/

    Tópicos em destaque:

    EUA de volta ao debate sobre o clima

    A origem das COPs

    Metas internas de emissões

    EUA anunciam novas metas de emissões

    Brasil perde liderança na agenda climática