Como valorar a biodiversidade - A biodiversidade é o resultado de 3 bilhões (ou mais) de anos de evolução, e aplicar uma simples aproximação de mercado a ela, é uma visão extremamente reducionista de seu valor real, ecológico. Por outro lado, a avaliação energética considera contribuições da Natureza não identificadas pelo sistema econômico (RODRIGUES, G.S. (2001) Impacto das Atividades Agrícolas sobre a Biodiversidade: Causas e Conseqüências. In: GARAY, I. & DIAS. B. Conservação da Biodiversidade em Ecossistemas Florestais. Petrópolis, Edit. vozes, pp 128-139). O conhecido ecólogo norte-americano H.T. Odum (1996, Environmental Accountability. Emergy and Environmental Decision Making. New York, John Wiley & Sons, 370p), sugeriu o termo “eMergia” solar, para valorar a biodiversidade. Esta “eMergia” (palavra que esse autor obteve de “energy memory”) equivalendo à energia solar utilizada direta ou indiretamente para ser gerado na Natureza um serviço ou produto (conhecidos hoje no seu conjunto como “serviços ambientais”; ver postagem mais antiga neste blog), utiliza como unidade o “solar emjoule” (ou “sej”, em inglês). H.T. Odum atribuiu um valor monetário macroeconômico (ou valor monetário energético) que denominou de EM$ (“eMergy dollar”), em inglês e estabeleceu os seguintes pressupostos:
a) A energia solar incidente total no planeta é estimada em 9,44 E 24 sej/ano [Obs.: a letra E significa “exponencial”, ou elevado à potência...]
b) O resultado final desse processo (desenvolvido ao longo de 3 bilhões de anos) [ou 3,0 E 9] é estimado em 5 milhões de espécies geradas pela Natureza [ou 5,0 E 6] [este número é apenas uma estimativa das espécies até hoje identificadas]
c) Para a conversão de valor de energia em valor monetário energético usa-se a equivalência: EM$ 1 = 1,5 E 12 sej, donde então 1 sej = 6,7 E−13 EM$.
A energia incidente total que é acumulada na biodiversidade atual é [vamos checando com os valores acima já obtidos]:
9,44 E 24 sej/ano multiplicado pelo total de anos de evolução 3,0 E 9 anos = 2,83 E 34 sej, energia esta acumulada em toda a biodiversidade atual. E o valor energético acumulado em cada espécie é: 2,83 E 34 sej divididos pelas 5,0 E 6 espécies do nosso planeta, resultando então: 5,7 E 27 sej.
Vamos calcular agora o valor monetário energético por espécie:
6,7 E−13 EM$ por cada sej, multiplicados pelo valor de cada espécie em sej: 5,7 E 27 resultarão no valor monetário energético seguinte: 3,8 E 15 EM$ por espécie.
E como há na biodiversidade total 5 milhões de espécies, o valor monetário energético da biodiversidade total será finalmente:
3,8 E 15 EM$/espécie multiplicados pelo total de espécies que é 5,0 E 6 resultando em 1,9 E 22 EM$.
Em sua análise conclusiva, H.T.Odum comparou este valor da biodiversidade atual (EM$ 1,9 E 22) com o valor da infra-estrutura mundial criada pelo homem (pontes, estradas, cidades etc.) que ele estimou em EM$ 6,3 E 14 e com o valor da informação cultural e tecnológica da humanidade que é de EM$ 6,3 E 16, cujos tempos de reposição seriam respectivamente de 100 anos e 4.000 anos, frente aos 3 bilhões de anos de criação da biodiversidade!
E após tantos números e cálculos, vamos dar uma olhada nas fotos acima, que ilustram a diversidade de ambientes (habitats) do bioma da Amazônia, gerando a MEGADIVERSIDADE, cujo potencial será visto (em parte) no próximo capítulo...
a) A energia solar incidente total no planeta é estimada em 9,44 E 24 sej/ano [Obs.: a letra E significa “exponencial”, ou elevado à potência...]
b) O resultado final desse processo (desenvolvido ao longo de 3 bilhões de anos) [ou 3,0 E 9] é estimado em 5 milhões de espécies geradas pela Natureza [ou 5,0 E 6] [este número é apenas uma estimativa das espécies até hoje identificadas]
c) Para a conversão de valor de energia em valor monetário energético usa-se a equivalência: EM$ 1 = 1,5 E 12 sej, donde então 1 sej = 6,7 E−13 EM$.
A energia incidente total que é acumulada na biodiversidade atual é [vamos checando com os valores acima já obtidos]:
9,44 E 24 sej/ano multiplicado pelo total de anos de evolução 3,0 E 9 anos = 2,83 E 34 sej, energia esta acumulada em toda a biodiversidade atual. E o valor energético acumulado em cada espécie é: 2,83 E 34 sej divididos pelas 5,0 E 6 espécies do nosso planeta, resultando então: 5,7 E 27 sej.
Vamos calcular agora o valor monetário energético por espécie:
6,7 E−13 EM$ por cada sej, multiplicados pelo valor de cada espécie em sej: 5,7 E 27 resultarão no valor monetário energético seguinte: 3,8 E 15 EM$ por espécie.
E como há na biodiversidade total 5 milhões de espécies, o valor monetário energético da biodiversidade total será finalmente:
3,8 E 15 EM$/espécie multiplicados pelo total de espécies que é 5,0 E 6 resultando em 1,9 E 22 EM$.
Em sua análise conclusiva, H.T.Odum comparou este valor da biodiversidade atual (EM$ 1,9 E 22) com o valor da infra-estrutura mundial criada pelo homem (pontes, estradas, cidades etc.) que ele estimou em EM$ 6,3 E 14 e com o valor da informação cultural e tecnológica da humanidade que é de EM$ 6,3 E 16, cujos tempos de reposição seriam respectivamente de 100 anos e 4.000 anos, frente aos 3 bilhões de anos de criação da biodiversidade!
E após tantos números e cálculos, vamos dar uma olhada nas fotos acima, que ilustram a diversidade de ambientes (habitats) do bioma da Amazônia, gerando a MEGADIVERSIDADE, cujo potencial será visto (em parte) no próximo capítulo...
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