O vídeo abaixo, reproduz resumidamente uma reportagem sobre a situação das abelhas no hemisfério norte
[Texto abaixo, reproduzido de www.planetasustentavel.abril.com.br]
Elas desaparecem também na Ásia e na África
O colapso de colônias de abelhas, antes limitado à Europa e América do Norte, está sendo também observado na África e na Ásia. Este misterioso declínio está se tornando um fenômeno global, dizem cientistas trabalhando para a ONU.
Os declínios, que tiveram um aumento na Europa e EUA na última década, têm sido relatados na China e no Japão, e agora há os primeiros sinais de queda nas colônias africanas do Egito, diz relatório do Programa Ambiental da ONU (UNEP).
Os autores, que incluem alguns dos mais importantes especialistas mundiais em abelhas, fizeram um alerta sobre o desaparecimento das abelhas, que são cada mais vez importantes como polinizadores de colheitas. Sem uma mudança profunda na maneira como seres humanos administram o planeta, eles dizem, o declínio de polinizadores necessários para alimentar uma população global crescente deverá continuar.
Os cientistas advertem que vários fatores podem se somar ao fenômeno em todo o mundo, como a queda no número de plantas com flores, o uso de inseticidas perigosos, a disseminação global de pestes e a poluição do ar. Eles pedem que sejam dados incentivos a agricultores para que eles restaurem habitats favoráveis à polinização. Colméias manejadas podem ser movidas para longe de regiões de risco, mas as populações selvagens (ou polinizadoras) "são completamente vulneráveis".
"A maneira como a humanidade administra estes bens naturais será parte de nosso futuro coletivo no século 21", afirma Achim Steiner, sub-secretário-geral da ONU e diretor executivo da UNEP. "O fato é que, de 100 tipos de colheitas que alimentam a humanidade, 70 são polinizadas por abelhas. Os seres humanos fabricaram a ilusão de que no século 21 terão o domínio tecnológico para serem independentes da natureza", disse ele, de acordo com o
. "As abelhas enfatizam o fato de que estamos mais, e não menos dependentes dos serviços naturais em um mundo de quase sete bilhões de pessoas".
Os declínios de colônias de abelhas datam de meados dos anos 1960 na Europa, mas se aceleraram desde 1998, enquanto na América do Norte as perdas de colônias desde 2004 deixaram o continente com o menor número de polinizadores manejados dos últimos 50 anos. E há relatos de agricultores na China tendo de polinizar pomares com as mãos, por falta dos insetos. No Japão, as perdas começaram recente e subitamente, e na região do rio Nilo a situação é de "colapso".
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