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24 de jul. de 2016
TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO: ÁGUA COM ESGOTO (POR ENQUANTO!?)
19 de jul. de 2016
MINISTÉRIO ANUNCIA CONSTRUÇÃO DE CENTRO DE REPRODUÇÃO DA ARARINHA-AZUL.
Após percorrer um longo caminho de volta para casa e conseguir se reproduzir em cativeiro, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) está mais perto da tão aguardada liberdade: o Ministério do Meio Ambiente anunciou nesta terça-feira (12) a construção de um Centro de Reintrodução e Reprodução da Ararinha-Azul na Bahia. A ave endêmica da caatinga é considerada extinta na natureza desde 2000.
O centro demandará um investimento de 5 milhões de reais e será erguido na Fazenda Concórdia, município de Curaçá, na Bahia, região onde viviam os últimos da espécie em vida livre. A área de 2.380 hectares pertence a uma das cinco instituições parceiras do projeto, a Lubara Breending Cener – Al Wabra (AWWP), do Catar. O projeto também conta com o apoio da Associação para Conservação de Papagaios em Extinção (ACTP), da Alemanha; Parrots International (PI), dos Estados Unidos; criadouro Fazenda Cachoeira, do Brasil; e Jurong Bird Park, de Singapura.
Atualmente existem 120 animais, distribuídos em instituições particulares do Catar, Alemanha e Brasil.
“A dedicação de tantas pessoas, de diferentes origens, para chegarmos até aqui, simboliza a compreensão de nossa responsabilidade comum”, afirmou o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho. “A Caatinga, lar das ararinhas-azuis, e o Cerrado, savana mais biodiversa do mundo, precisam urgentemente desse reconhecimento, para reverter o processo de devastação de que têm sido objeto”.
Além da construção do centro, a criação de uma unidade de conservação no município, proposta já anunciada em 2014, segue nos planos do governo. A área, de 40 mil hectares, será utilizada como campo de soltura da ave na natureza.
14 de jul. de 2016
EXTRAÇÃO DE MADEIRA ILEGAL É USADA PARA BANCAR PISTOLAGEM
13 de jul. de 2016
REVITALIZAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO. ATÉ 2014 R$2,5 BILHÕES; ATÉ 2026 MAIS R$6,7 BILHÕES. SE NÃO HOUVER RESULTADOS POSITIVOS FALTARÁ ÁGUA PARA ENERGIA E O POUCO RESTANTE ESTARÁ POLUÍDO
12 de jul. de 2016
APOIO IMPORTANTE PARA PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Quais são as tecnologias apoiadas pelo Projeto?
As tecnologias apoiadas pelo Projeto são: a) Sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Florestas – iLPF, incluindo Sistemas Agroflorestais - SAF; b) Plantio de florestas comerciais; c) Manejo florestal sustentável de nativas; d) Recuperação de áreas degradadas com florestas ou pastagens.
No início mês de junho foi aberta a 2ª chamada de propostas de unidades demonstrativas para o Projeto Rural Sustentável. Trata-se de uma cooperação técnica (CT) financiada pelo Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund – ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), que tem como beneficiário o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Brasil (MAPA) e o BID como o responsável pela execução e gestão financeira da referida CT.
Um dos principais objetivos do projeto é facilitar o acesso dos pequenos(as) e médios(as) produtores(as) rurais ao Crédito Rural, destinados a investimentos em tecnologias agrossilvipastoris de baixa emissão de carbono e conservadoras do meio ambiente. Adicionalmente, outro objetivo é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal utilizadas por estes produtores nos biomas Amazônia e Mata Atlântica para promover o desenvolvimento rural sustentável, reduzir a pobreza, incentivar a conservação da biodiversidade e promover a proteção do clima. Os beneficiários são pequenos(as) e médios(as) produtores(as) rurais e agentes de ATER.
5 de jul. de 2016
QUEIMADAS NA AMAZÔNIA PODERÃO AUMENTAR: EL NIÑO É O PRINCIPAL FATOR CAUSADOR E O SER HUMANO O FACILITADOR
Amazônia deve ter recorde de queimadas
30/06/2016 Reproduzido de http://www.observatoriodoclima.eco.br/amazonia-deve-ter-recorde-de-queimadas/Previsão divulgada pela Nasa e pela Universidade da Califórnia aponta que solo da floresta está mais seco em 2016 do que nos anos de seca extrema de 2005 e 2010; El Niño é principal culpado.
Análises feitas com auxílio de satélites mostram que a quantidade de água no solo na floresta este ano é a mais baixa desde o início das medições, com 2016 superando 2005 e 2010, anos em que a Amazônia viveu duas de suas piores secas de todos os tempos.
A temporada de queimadas da Amazônia geralmente começa no inverno – o período seco, chamado de “verão” amazônico. O pico de focos de calor ocorre em setembro, com um declínio a partir de novembro, quando começa a estação de chuvas (o “inverno” amazônico).
Em 2016, porém, mesmo os meses de “inverno” já registraram queimadas acima da média. No Amazonas, foram 3.469 focos de calor registrados por satélites em fevereiro, um dos meses mais chuvosos do ano. O recorde para o mês na série histórica foi 250, em 2004. Mesmo em 2015, o ano mais quente da história até aqui, o número de queimadas no Amazonas em fevereiro foi apenas 130.
Em Mato Grosso, foram 2.576 focos em fevereiro de 2016, contra 2.286 do recorde anterior, do ano passado. No Pará, onde fevereiro de 2015 também havia batido recorde para o mês (1.425 focos), em 2016 registrou-se mais do que o dobro disso (3.601). Para as dez regiões avaliadas, a soma do número de focos de calor em fevereiro era mais do que o dobro do recorde anterior, de 2015 (12.974 contra 5.268). Veja todos os dados aqui.
“Nossa expectativa é de que este ano vá bater o recorde”, disse ao OC Douglas Morton, pesquisador do Centro Goddard de Voo Espacial, da Nasa, e um dos responsáveis pela previsão.
O culpado pelo risco neste ano é o El Niño, o aquecimento cíclico das águas do Oceano Pacífico que eleva as temperaturas no mundo inteiro e deixa a Amazônia e o Nordeste mais secos do que o normal. O fenômeno começou em 2015 e ajudou a secar o solo da floresta, enfraquecendo a temporada de chuvas. Seu impacto deverá ser plenamente sentido neste ano.
“Em Santarém, por exemplo, a temporada de queimadas termina em novembro. Mas a do ano passado continuou em 2016 por causa do El Niño”, afirmou o americano, que faz pesquisas no Brasil desde o início da década passada.
Segundo Morton, o padrão de seca observado em 2015-2016, a chamada “anomalia de precipitação”, é muito semelhante ao visto em 1998 (veja imagem abaixo). Naquele ano, um mega-El Niño causou incêndios catastróficos em Roraima e botou as relações entre clima, fogo e floresta no radar dos cientistas.
Comparação entre secura na Amazônia entre 1998 (esq.) e 2016; quanto mais vermelho, mais seco
A suscetibilidade da região a incêndios varia em função da temperatura do oceano – e, neste ano, tanto o Pacífico quanto o Atlântico estão muito quentes. Um Atlântico mais quente desloca o cinturão de chuvas da região equatorial (a chamada Zona de Convergência Intertropical) para o norte, secando a Amazônia e turbinando os furacões na América do Norte.
Morton pondera que ainda existe a possibilidade de que uma mudança brusca na superfície do Atlântico ocorra no segundo semestre e produza chuvas, interrompendo a tendência. Isso aconteceu em 2013.
O modelo de previsão usado pela Nasa e pela Universidade da Califórnia em Irvine não é perfeito, seus criadores esclarecem. Afinal, ele só considera a base física das queimadas. A correspondência entre o modelo e as observações depende, claro, de outro fator: os produtores rurais e madeireiros da Amazônia e a tendência do desmatamento num dado ano.
“A exploração de madeira descontrolada deixa a floresta mais seca e com troncos e folhas mortas, que são altamente inflamáveis. O uso do fogo para limpar as áreas agrícolas e incêndios acidentais em pastos secos chegam às florestas degradadas e se espalham rapidamente. Nos anos mais secos, o fogo se espalha ainda mais, pois as políticas de combate ao desmatamento são insuficientes para lidar com os incêndios”, diz Paulo Barreto, pesquisador do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).
Hoje não é possível separar essas duas grandes variáveis e atribuir peso a cada uma. Não dá para saber ainda o quanto a agropecuária e a grilagem de terras vão influenciar na taxa final de queimadas. Mas a situação de Mato Grosso, por exemplo, acendeu uma luz amarela nos pesquisadores. “Em 2003, quando Mato Grosso teve sua maior taxa de desmatamento, as queimadas começaram mais cedo”, disse Morton.
“As metas frouxas do Brasil para combate ao desmatamento, o corte de recursos para a área ambiental e fiscalização, associado aos planos do PMDB e aliados para o país – retrocessos na legislação e ameaças de flexibilização ainda maior do Código Florestal – podem pôr ainda mais gasolina nessa fogueira”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima.