Após percorrer um longo caminho de volta para casa e conseguir se reproduzir em cativeiro, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) está mais perto da tão aguardada liberdade: o Ministério do Meio Ambiente anunciou nesta terça-feira (12) a construção de um Centro de Reintrodução e Reprodução da Ararinha-Azul na Bahia. A ave endêmica da caatinga é considerada extinta na natureza desde 2000.
O centro demandará um investimento de 5 milhões de reais e será erguido na Fazenda Concórdia, município de Curaçá, na Bahia, região onde viviam os últimos da espécie em vida livre. A área de 2.380 hectares pertence a uma das cinco instituições parceiras do projeto, a Lubara Breending Cener – Al Wabra (AWWP), do Catar. O projeto também conta com o apoio da Associação para Conservação de Papagaios em Extinção (ACTP), da Alemanha; Parrots International (PI), dos Estados Unidos; criadouro Fazenda Cachoeira, do Brasil; e Jurong Bird Park, de Singapura.
Atualmente existem 120 animais, distribuídos em instituições particulares do Catar, Alemanha e Brasil.
“A dedicação de tantas pessoas, de diferentes origens, para chegarmos até aqui, simboliza a compreensão de nossa responsabilidade comum”, afirmou o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho. “A Caatinga, lar das ararinhas-azuis, e o Cerrado, savana mais biodiversa do mundo, precisam urgentemente desse reconhecimento, para reverter o processo de devastação de que têm sido objeto”.
Além da construção do centro, a criação de uma unidade de conservação no município, proposta já anunciada em 2014, segue nos planos do governo. A área, de 40 mil hectares, será utilizada como campo de soltura da ave na natureza.
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