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22 de nov. de 2016

POR QUÊ "MAIS CEREAIS E MENOS CARNE" NA ALIMENTAÇÃO HUMANA.? E QUESTÕES DE CUNHOS ECOLÓGICO E ÉTICO NA UTILIZAÇÃO DE ANIMAIS COMO ALIMENTO E NA "CULTURA DO DIVERTIMENTO"!!!


MAIS CEREAIS E MENOS MORTES. A Natureza, no processo evolutivo, estruturou sua permanência viva, num sistema conhecido cientificamente como cadeia alimentar, em ambos os grandes ecossistemas terrestre e aquático. Em resumo: os vegetais produzem e os animais consomem. O homem é um consumidors no topo dessa cadeia. Os herbívoros, comedores de vegetais, são devorados pelos carnívoros. Se estes não existissem, em princípio, os herbívoros dizimariam os vegetais da face do planeta! Esse é o chamado "equilíbrio dinâmico" da Natureza.
Depois que o homem começou a dominar a Natureza, introduzindo o cultivo de plantas e domesticando animais para sua alimentação, há uns 10 mil anos atrás, deu-se início a mudanças na estruturaçào e funcionamento dos componentes da Natureza. Os recursos não vivos ou abióticos da biosfera terrestre, passaram a sofrer pressões; e tais recursos, antes aparentemente inesgotáveis, como a ÁGUA, começam agora a escassear, com agravantes que comprometem sua disponibilidade, como a poluição e o mau uso ou desperdício.
E com respeito a esse domínio da Natureza, eis a mensagem que nos deixou Albert Schweitzer, filósofo, teólogo e médico alemão:

"Vivemos em uma época perigosa. O homem domina a Natureza antes que tenha aprendido a dominar a si mesmo".

 Vejamos por exemplo, quanta água é gasta em diversos tipos de cultivos e na criação de animais diversos (quadro abaixo).

Há outros custos ambientais, hoje reconhecidos numa boa prática do desenvolvimento sustentável como fundamentais na área da economia ambiental e tidos por ela como cruciais ao bom planejamento na explotação (exploração de recursos renováveis) da Natureza. Em termos energéticos, que é o ponto mais importante quando se trata de alimentos, a geração de proteína animal demanda diferentes quantidades de alimento básico (de origem vegetal) para se tornarem disponíveis para os seres humanos. Vejam o quadro que se segue. Vamos tomar como exemplo carne de carneiro (no topo) que demanda muito mais calorias (grãos e forragem) para produzir proteína (em sua carne) do que a carne de frango (em baixo no quadro) que demanda bem menos calorias para produzir a mesma quantidade de proteína.

ÉTICA. Começo este questionamento destacando o que nos alertou Albert Schweitzer:

"O erro da ética até o momento tem sido a crença de que só se deva aplicá-la em relação aos homens".


A utilização de animais para a manutenção da sociedade humana, seja como alimento ou para gerar ou testar medicamentos, têm, aqui no Brasil, legislações apropriadas, onde são respeitados princîpios éticos. A tecnologia vem propoorcionando métodos humanitários que reduzem o sofrimento animal a um mínimo possível, nos abatedouros e laboratórios de produção de medicamentos. Na fabricação de cosméticos os animais estão sendo substituídos por testes em células cultivadas. E muitas técnicas aliviadoras do sofrimento animal ainda surgirão nessas áreas de produção.
Mas, quando se trata de se utilizar animais para o divertimento ou prazer humano, as várias sociedades humanas de nosso planeta,  conscientes em abolí-las do repertório "cultural", encontram muita resistência. Considerar atrocidades com animais como manifestação cultural, não condiz com o mundo civilizado.

Sei que muitas discussões sobre utilização de animais sempre virão. Alimentar-se de carne animal é uma opção pessoal, orientada por fatos (dados científicos que mostram os prós e os contras desse alimento) ou por questões filosóficas e também, de cunho religioso. Vegetarianos abolem 
carne de sua alimentação. Veganos abolem qualquer alimento de origem
animal. Eu, particularmente, abolí carne de mamíferos; consumo principalmente peixes e um pouco de carne de frango. Seres estes com menor desenvolvimento cerebral na escala evolutiva animal.

O filósofo em epígrafe também nos deixou esta importante mensagem:

 

“Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a unica.”

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