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30 de out. de 2020

EXPERIMENTO PARA ESTIMAR O PONTO DE COMPENSAÇÃO FÓTICO DE UMA PLANTA

 SOLUÇÃO DE KAUKO E EXPERIMENTO PARA ESTIMAR O PONTO DE COMPENSAÇÃO FÓTICO DE UMA PLANTA



Solução de Kauko:

Para 1 Litro de solução, em água destilada:

10 mg de vermelho de cresol

8 mg de NaHCO3

7,46 g de KCl

Manter em recipiente hermeticamente fechado.

Importante: algumas horas (umas 3 horas) antes de realizar o experimento (ou

medições), deixar o recipiente com a solução, aberto, para equilibrar o teor de CO2 da

solução com o ar atmosférico ambiente.

Teste para observar a mudança de cor da solução de acordo com o teor de CO2 nela

dissolvido:

A solução em contato com o ar atmosférico ambiente apresentará uma cor rósea (ou

quase púrpura). Se você, por exemplo, soprar dentro de um tubo de ensaio contendo a

solução, esta se tornará amarela.

Experimento para estimar o ponto de compensação de luz de uma planta:

Como realizar o experimento para estimar o ponto de compensação de luz de uma

planta (ou ponto de compensação fótico).

Conceito de ponto de compensação (de acordo com o GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA, de Breno M. Grisi, disponível no blog ecologiaemfoco):

“PONTO DE COMPENSAÇÃO (DE LUZ ou FÓTICO)

Refere-se à luminosidade na qual o O2 produzido na fotossíntese compensa o O2

consumido na respiração. Em ecologia aquática, a profundidade de compensação é

aquela, na coluna de água, onde a produtividade primária e o consumo pela respiração

se igualam, não ocorrendo produtividade líquida”.

Continuando: colocam-se alguns mL da solução de Kauko num tubo de ensaio grande.

Coleta-se uma folha da planta (ou pedaço dela, se esta for muito grande) e coloca-se no

tubo de ensaio, sem que ela toque na solução (ela pode se sustentar nas paredes do

próprio tubo de ensaio; ou pode-se colocar uma tela acima do nível da solução, que

assim evitará que a folha toque na solução).

O tubo de ensaio deve ser bem fechado (para evitar troca gasosa da solução com o ar

externo).

Preparar outros tubos de ensaio, com folha, da mesma maneira acima descrita.

Cada tubo deve ser colocado a diferente distância de uma fonte de luz (incandescente).

A quantidade de luz incidente pode ser medida com um luxímetro (medidor de

intensidade luminosa) ou mesmo com um fotômetro.

No tubo em que a folha estiver fotossintetizando, a solução de Kauko apresentará uma

cor rósea (ou púrpura). Isto significa que a folha retirou CO2 da solução. No tubo (ou

tubos) mais distante da fonte luminosa e no qual a folha não estiver fotossintetizando, a cor da solução tenderá à cor amarela. Isto significa que a folha não estando

fotossintizando, estará ela respirando, ou seja, emanando CO2, que será absorvido pela

solução.

Num tubo de ensaio contendo a solução de Kauko e uma folha, e que for colocado no

escuro, a solução tomará a cor amarela, pois a folha estará apenas respirando.

29 de out. de 2020

CONTRIBUIÇÃO DA ECOLOGIA NA ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO DE ESTRADA

 Certamente há diferentes formas de como deva ser estudada a cobertura vegetal de um local por onde se deseje abrir uma estrada, ao longo de ecossistema florestal, principalmente nos trópicos.

No módulo Proteção do Meio Ambiente, no curso de Engenharia de Segurança do Trabalho, no UNIPÊ, Centro Universitário de João Pessoa, apresentei esse esboço sobre “ como um ecólogo pensa que poderia ser mais  seguro para se abrir uma estrada próxima a um morro”.

A prospecção geológica do local, deve certamente anteceder qualquer modificação que seja necessária ser feita para se abrir uma estrada nessas condições aqui simuladas.

Estimulei os alunos a que observassem os seguintes pontos:
1. A existência de trecho com solo raso; ou seja, com rochas do subsolo próximas à superfície.
2. Em tal trecho o solo não tem como sustentar plantas com sistema radicular profundo, como ocorre no declive, onde, durante chuva intensa, o solo fica muito encharcado; e facilmente ocorre deslizamento, com o solo e a cobertura vegetal “escorregando morro abaixo”. Por isso a cobertura vegetal deve ser ali, do tipo herbáceo!
3. No altiplano (topo do morro), a cobertura vegetal pode ser do tipo arbóreo-arbustivo, a depender da profundidade do solo. 
4. Na parte baixa, plana, já se aproximando da margem da rodovia e na dependência da profundidade do solo e do espaço disponível, deve-se introduzir cobertura arbórea densa, cujas árvores devam ter sistema radicular profundo; que atuariam como sustentação de possível deslizamento do solo do declive. Protegendo assim, a rodovia.


21 de out. de 2020

MAIOR PRODUÇÃO DE CELULARES, ELETRÔNICOS...MAIOR PREDAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES!!!

 Que relação exdrúxula é essa?!

É o que vem acontecendo no país africano, a República Democrática do Congo, onde a mineração desenfreada desses minérios combinados, força os trabalhadores a consumirem animais silvestres, para saciarem a fome!

O grande depósito de coltan está localizado no coração da guerra mais mortífera do planeta. Por isso é considerado a estrela dos minerais de sangue. Também o são o estanho, o tungstênio e o ouro, todos eles presentes no interior da tecnologia “inteligente”; todos eles escondidos nos circuitos dos telefones celulares. Todos presentes no leste do Congo.


Coltan é uma mistura de dois minerais: columbita e tantalita. Em português, essa mistura recebe o nome columbita-tantalita. Da columbita se extrai o nióbio e da tantalita, o tântalo. Esse último é um minério de alta resistência térmica, eletro-magnética e corrosiva e por tais capacidades é muito utilizado na fabricação de pequenos condensadores utilizados na maioria dos aparelhos eletrônicos portáteis (celulares, notebooks, computadores automotivos de bordo). O nióbio é semelhante ao tântalo além de ter potencial como supercondutor. Ambos metais foram e continuam sendo fundamentais para toda a tecnologia relacionada a equipamentos eletrônicos.

As maiores reservas de tantalita (na forma "coltan", ou seja, junto com a columbita) estão na República Democrática do Congo, onde se trava uma guerra civil há anos em torno da posse das minas, entre outras complicações étnicas, territoriais e políticas. A ONU apresenta  estimativas desconcertantes como a de que já morreram mais de 4 milhões de pessoas na disputa pelo "ouro azul", além do impressionante faturamento de mais de US$250 milhões que teve o exército de Ruanda no comércio do caro mineral, sendo que não há mineração de "coltan" nesse país vizinho do Congo. A mineração de columbita-tantalita provoca grandes impactos no meio-ambiente tropical do Congo, uma vez que não são tomadas as devidas medidas de mitigação ambiental (fato óbvio no meio de uma região em guerra) além de as minas se encontrarem próximas ou mesmo algumas dentro de parques nacionais. A obtenção desses materiais a partir de componentes eletrônicos é complexa e cara. Ambos metais são extremamente caros e raros na natureza. 

No Brasil as maiores reservas de tantalita encontram-se nos estados de Roraima (com predominância no sul do estado) e no Amapá.

P.S. Uma boa oportunidade para assistir este breve e didático vídeo, que utilizei na introdução de minhas aulas em Educação Ambiental:

https://youtu.be/xEgPp1VGWsM


5 de out. de 2020

ATÉ OS ANOS ANTERIORES AO INÍCIO DA DÉCADA DE 1980, POLUIR E DEGRADAR ERAM SINÔNIMOS DE PROGRESSO!!!

 Crescimento econômico prevalecia a desenvolvimento socioeconômico! Economia ambiental...se alguém falasse, seria algo ininteligível!!! Quanto mais se gastar...maior é o incentivo ao aumento da produção! Era como se pensava que deveria ser.

Longe estavam as sociedades urbanas de conhecerem a “política dos 3 Rs: reduzir, reaproveitar, reciclar”. Educação Ambiental, confundia-se facilmente com Educação Conservacionista!

Portanto, não é de estranhar que hoje surjam análises do tipo abaixo reportadas!



E também esta

“Turn to pollute”: poluição atmosférica e modelo de desenvolvimento no “milagre” brasileiro (1967-1973)
Referência:
DOI: 10.1590/TEM-1980-542X2015v213710

A defesa de uma estratégia
Em janeiro de 1972, o ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso concedeu uma entrevista coletiva no Rio de Janeiro, realizando balanços e expondo estratégias futuras para o desenvolvimento do país.
O ministro assumiu uma postura tecnocrática, mostrando gráficos e tabelas com profunda seriedade. O único sorriso esboçado por ele ocorreu no momento em que mencionou a atração do capital japonês. No Japão — como em outras nações ricas —, o controle crescente dos impactos ambientais impunha limi- tações às atividades industriais. Mas os empresários encontrariam outra tendência no Brasil. Reis Velloso afirmou sem rodeios: “Nós ainda temos muita área para poluir” (O retrato..., 1972, p. 56-57).
A disposição alardeada pelo Brasil de tornar-se um verdadeiro “importador de poluição” teve grande e negativa repercussão em certos setores internacionais. Editorial do The New York Times intitulado “Turn to pollute” (algo como “Recorrendo à poluição”) comparou-a a declaração de Reis Velloso à expressão do comodoro Vanderbilt, “the public be damned” (“o público que se dane”), em uma atitude de zombaria em relação à Conference on the Human Environment, prevista para 5 a 12 de junho daquele ano, em Estocolmo (Turn..., 1972, p. 40; Novitski, 1971, p. 18).