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5 de out. de 2020

ATÉ OS ANOS ANTERIORES AO INÍCIO DA DÉCADA DE 1980, POLUIR E DEGRADAR ERAM SINÔNIMOS DE PROGRESSO!!!

 Crescimento econômico prevalecia a desenvolvimento socioeconômico! Economia ambiental...se alguém falasse, seria algo ininteligível!!! Quanto mais se gastar...maior é o incentivo ao aumento da produção! Era como se pensava que deveria ser.

Longe estavam as sociedades urbanas de conhecerem a “política dos 3 Rs: reduzir, reaproveitar, reciclar”. Educação Ambiental, confundia-se facilmente com Educação Conservacionista!

Portanto, não é de estranhar que hoje surjam análises do tipo abaixo reportadas!



E também esta

“Turn to pollute”: poluição atmosférica e modelo de desenvolvimento no “milagre” brasileiro (1967-1973)
Referência:
DOI: 10.1590/TEM-1980-542X2015v213710

A defesa de uma estratégia
Em janeiro de 1972, o ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso concedeu uma entrevista coletiva no Rio de Janeiro, realizando balanços e expondo estratégias futuras para o desenvolvimento do país.
O ministro assumiu uma postura tecnocrática, mostrando gráficos e tabelas com profunda seriedade. O único sorriso esboçado por ele ocorreu no momento em que mencionou a atração do capital japonês. No Japão — como em outras nações ricas —, o controle crescente dos impactos ambientais impunha limi- tações às atividades industriais. Mas os empresários encontrariam outra tendência no Brasil. Reis Velloso afirmou sem rodeios: “Nós ainda temos muita área para poluir” (O retrato..., 1972, p. 56-57).
A disposição alardeada pelo Brasil de tornar-se um verdadeiro “importador de poluição” teve grande e negativa repercussão em certos setores internacionais. Editorial do The New York Times intitulado “Turn to pollute” (algo como “Recorrendo à poluição”) comparou-a a declaração de Reis Velloso à expressão do comodoro Vanderbilt, “the public be damned” (“o público que se dane”), em uma atitude de zombaria em relação à Conference on the Human Environment, prevista para 5 a 12 de junho daquele ano, em Estocolmo (Turn..., 1972, p. 40; Novitski, 1971, p. 18).


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