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29 de set. de 2010
PONTA DO CABO BRANCO - I - PECULIARIDADES DA FALÉSIA
Ao longo de mais de duas décadas venho fotografando a falésia da ponta do Cabo Branco, na tentativa de entender as consequências do tratamento que nós paraibanos temos dado a esse importante marco geográfico nacional.
Não tenho nenhuma pretensão de apontar a causa principal da degradação da falésia, mas tão somente alertar para o fato de que, tanto as ações do mar "por baixo" na falésia, como as ações antrópicas "por cima" constituem-se em fatores que vem contribuindo, talvez com igual intensidade, para sua degradação.
Comento brevemente sobre as peculiaridades deste importante marco geográfico nacional, em duas postagens sucessivas: a primeira "PONTA DO CABO BRANCO - I - PECULIARIDADES DA FALÉSIA"; e a segunda postagem "PONTA DO CABO BRANCO - II - A FALÁCIA: O MAR COMO ÚNICO INIMIGO DA FALÉSIA".
A falésia do Cabo Branco é de origem sedimentar, da Formação Barreiras, originária do período Quaternário. Estende-se do Amapá ao Rio de Janeiro. Seus principais componentes são arenitos de cores variadas (vermelha, amarela, branca) intercalados por siltitos e folhelhos. São por isso friáveis, desagregando-se com certa facilidade pela ação de chuvas e ventos. A presença de vegetação é importante para sua sustentação.
Vejamos as fotos aqui anexadas, sendo as legendas numeradas na sequência das mesmas
1. Vê-se ao fundo o pontal dos Seixas, o verdadeiro marco do "ponto extremo oriental das américas".
2.Na zona entremarés do Cabo Branco formam-se as poças de marés,uma grande diversidade de habitats para animais marinhos, muitos deles ainda em fase de larvas.
3. Esponjas (alaranjadas) e ascídias (pretas)alojadas em poça de maré.
4. Proeminência do Cabo Branco, que apesar de ser o ponto mais avançado no mar, encontra-se bem preservado, com vegetação sobre a falésia e rochas na base.
5. As rochas areno-ferruginosas vistas nesta foto, constituem-se em local de amortecimento de impactos das ondas do mar.
6. Nesta foto vê-se a camada superficial de vegetação no topo da falésia. Embora a camada orgânica pareça ser somente de superfície (cerca de 1m de espessura), está assinalada nesta foto que a penetração das raízes deixa marcas na falésia em profundidade um pouco maior.
[CONTINUA NA POSTAGEM SUBSEQUENTE]
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