Ver no site abaixo, importante artigo sobre uma realidade que, talvez, poucos conheçam: o papel das unidades de conservação na economia ambiental brasileira.
http://www.unep.org.br/admin/publicacoes/texto/UCsBrasil_MMA_WCMC.pdf
Algumas Instituições envolvidas na publicação:
UNEP United Nations Environment Programme
WCMC World Conservation Monitoring Center
MMA Ministério do Meio Ambiente
... e outras.
Vale a pena a leitura, principalmente para aqueles que ainda pensam que a maior função de uma área de preservação é a de "santuário ecológico".
BG.
Contribuindo para entendermos a Natureza, respeitá-la e continuarmos vivendo!
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20 de jun. de 2011
9 de jun. de 2011
ALEMANHA: OPÇÃO ENERGÉTICA REAL E NÃO FICÇÃO CIENTÍFICA
[BILINGUE ─ Reproduzido do site do WRI - World Resources Institute http://www.wri.org/]
A chanceler da Alemanha Angela Merkel dá exemplo para o mundo de que fontes renováveis de energia, eólica, solar etc. não são apenas “formas complementares” de energia. São alternativas factíveis.
INGLÊS: Chancellor Merkel’s announcement last week that her conservative government planned to accelerate the phase-out of nuclear power seemed to catch many around the world by surprise and create a fair amount of skepticism. Some painted it as a “panicked overreaction” and a “knee-jerk reaction” to the nuclear meltdown in Japan.
PORTUGUÊS: O anúncio da chanceler Merkel na semana passada, de que seu governo conservador planeja acelerar o encerramento gradual da energia nuclear, pareceu surpreender muitos no mundo e criar uma considerável quantidade de ceticismo. Alguns viram isso como uma “reação muito emotiva” e uma “reação previsível” após derretimento da usina nuclear no Japão.
INGL.: With the focus on the nuclear phase-out, there has been less attention paid to the fact that Germany’s new energy plan is also an accelerated phase-in of renewable energy and energy efficiency. It is wise to take a closer look at the decision to understand how the world’s fourth largest economy plans to succeed with this new energy plan while at the same time sticking to its ambitious climate change goals and laws.
PORT.: Com o foco na redução nuclear gradativa, tem se prestado menor atenção ao fato de que o novo plano energético da Alemanha é também uma fase acelerada para a energia renovável e eficiência energética. É aconselhável dar uma olhada na decisão para se entender como a quarta maior economia do mundo planeja obter sucesso com este novo plano energético, enquanto ao mesmo tempo, adere aos seus ambiciosos objetivos de mudança climática e leis.
INGL.: The Roots of Germany’s Energy Transition
PORT.: As raízes da transição de energia da Alemanha
INGL.: The German decision should be viewed in the context of an energy transition that began two decades ago. Over the last two decades, there has been significant study and discussion in Germany about how to achieve such a transition and just how achievable its ambitious energy transition goals are.
PORT.: A decisão alemã deve ser vista no contexto de uma transição de energia que começou há duas décadas. Ao longo dessas duas últimas décadas, tem ocorrido estudo e discussão na Alemanha acerca de como atingir tal transição e quão viáveis são seus objetivos de transição de energia.
INGL.: Smart Energy Policy, Smart Economic Policy
PORT.: Política de Energia Inteligente, Política Econômica Inteligente
INGL.: This has also been an economic success story: In the last five years, investments in Germany’s clean energy sector grew by over 75 percent, creating a dynamic industry that supports 367,000 jobs. In 2009, Germany was third in installed renewable energy capacity and has invested more in future capacity than any other country.
PORT.: Esta também tem sido uma história de sucesso em economia: nos últimos cinco anos, os investimentos na Alemanha no setor de energia limpa cresceu mais de 75%, criando uma estrutura dinâmica que sustenta 367.000 empregos. Em 2009 a Alemanha foi o terceiro [país] em capacidade de energia renovável instalada [OBS.: China e Estados Unidos são os dois primeiros] e tem investido mais em sua capacidade futura do que qualquer outro país.
INGL.: A recent IPCC report finds that by 2050, nearly 80 percent of the world’s energy could come from renewable sources. This is not science fiction, but smart energy and climate policy that also creates jobs, exports and economic growth.
PORT.: Um relatório recente do IPCC [Intergovernmental Panel on Climate Change = Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática] revela que até 2050, aproximadamente 80% da energia do mundo poderia vir de fontes renováveis. Isto não é ficção científica, mas sim energia inteligente e política de clima que também gera empregos, exportações e crescimento econômico.
INGL.: A Global Shift Towards Clean Energy
PORT.: Uma Mudança Global em Direção à Energia Limpa
INGL.: Germany is not the only country making these kinds of decisions. The government of Japan, still reeling from the tsunami and nuclear disasters, has signaled that it plans to increase its share of renewable energy. The United Kingdom recently announced a 50% GHG reduction target by 2025.
PORT.: A Alemanha não é o único país tomando tais tipos de decisão. O governo do Japão, que ainda se recupera dos desastres nuclear e do tsunami, já sinalizou que planeja aumentar sua quota de energia renovável. O Reino Unido recentemente anunciou uma meta de redução de 50% de GHG [=Green House Gases; em português GEE-Gases do Efeito Estufa].
INGL.: China as well has been developing impressive renewable energy and efficiency targets and policies. The decisions to shift to clean energy in these cases emerges in part from a desire to move from what is understood by society to be more risky energy sources, be they nuclear, coal, or oil, towards new possibilities in renewable energy instead.
PORT.: A China também vem desenvolvendo impressionantes objetivos e políticas eficientes de energia. As decisões de mudanças para energia limpa nesses casos emergem em parte, de um desejo de mobilizar-se do que é entendido pela sociedade como fontes de energia de risco, seja nuclear, carvão mineral ou petróleo, para novas possibilidades, em termos de energia renovável.
INGL.: Countries that are either skeptical of the effectiveness of renewable energy and efficiency to meet energy needs – and thus are doing little to move in this direction – or are planning large-scale investments in new energy sources may learn from these examples.
PORT.: Países que são céticos quanto à eficácia das energias renováveis e eficiência para atender as necessidades de energia ─ e portanto, estão fazendo pouco nessa direção ─ ou estão planejando investimentos em larga escala em novas fontes de energia, podem aprender a partir desse exemplo.
A chanceler da Alemanha Angela Merkel dá exemplo para o mundo de que fontes renováveis de energia, eólica, solar etc. não são apenas “formas complementares” de energia. São alternativas factíveis.
INGLÊS: Chancellor Merkel’s announcement last week that her conservative government planned to accelerate the phase-out of nuclear power seemed to catch many around the world by surprise and create a fair amount of skepticism. Some painted it as a “panicked overreaction” and a “knee-jerk reaction” to the nuclear meltdown in Japan.
PORTUGUÊS: O anúncio da chanceler Merkel na semana passada, de que seu governo conservador planeja acelerar o encerramento gradual da energia nuclear, pareceu surpreender muitos no mundo e criar uma considerável quantidade de ceticismo. Alguns viram isso como uma “reação muito emotiva” e uma “reação previsível” após derretimento da usina nuclear no Japão.
INGL.: With the focus on the nuclear phase-out, there has been less attention paid to the fact that Germany’s new energy plan is also an accelerated phase-in of renewable energy and energy efficiency. It is wise to take a closer look at the decision to understand how the world’s fourth largest economy plans to succeed with this new energy plan while at the same time sticking to its ambitious climate change goals and laws.
PORT.: Com o foco na redução nuclear gradativa, tem se prestado menor atenção ao fato de que o novo plano energético da Alemanha é também uma fase acelerada para a energia renovável e eficiência energética. É aconselhável dar uma olhada na decisão para se entender como a quarta maior economia do mundo planeja obter sucesso com este novo plano energético, enquanto ao mesmo tempo, adere aos seus ambiciosos objetivos de mudança climática e leis.
INGL.: The Roots of Germany’s Energy Transition
PORT.: As raízes da transição de energia da Alemanha
INGL.: The German decision should be viewed in the context of an energy transition that began two decades ago. Over the last two decades, there has been significant study and discussion in Germany about how to achieve such a transition and just how achievable its ambitious energy transition goals are.
PORT.: A decisão alemã deve ser vista no contexto de uma transição de energia que começou há duas décadas. Ao longo dessas duas últimas décadas, tem ocorrido estudo e discussão na Alemanha acerca de como atingir tal transição e quão viáveis são seus objetivos de transição de energia.
INGL.: Smart Energy Policy, Smart Economic Policy
PORT.: Política de Energia Inteligente, Política Econômica Inteligente
INGL.: This has also been an economic success story: In the last five years, investments in Germany’s clean energy sector grew by over 75 percent, creating a dynamic industry that supports 367,000 jobs. In 2009, Germany was third in installed renewable energy capacity and has invested more in future capacity than any other country.
PORT.: Esta também tem sido uma história de sucesso em economia: nos últimos cinco anos, os investimentos na Alemanha no setor de energia limpa cresceu mais de 75%, criando uma estrutura dinâmica que sustenta 367.000 empregos. Em 2009 a Alemanha foi o terceiro [país] em capacidade de energia renovável instalada [OBS.: China e Estados Unidos são os dois primeiros] e tem investido mais em sua capacidade futura do que qualquer outro país.
INGL.: A recent IPCC report finds that by 2050, nearly 80 percent of the world’s energy could come from renewable sources. This is not science fiction, but smart energy and climate policy that also creates jobs, exports and economic growth.
PORT.: Um relatório recente do IPCC [Intergovernmental Panel on Climate Change = Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática] revela que até 2050, aproximadamente 80% da energia do mundo poderia vir de fontes renováveis. Isto não é ficção científica, mas sim energia inteligente e política de clima que também gera empregos, exportações e crescimento econômico.
INGL.: A Global Shift Towards Clean Energy
PORT.: Uma Mudança Global em Direção à Energia Limpa
INGL.: Germany is not the only country making these kinds of decisions. The government of Japan, still reeling from the tsunami and nuclear disasters, has signaled that it plans to increase its share of renewable energy. The United Kingdom recently announced a 50% GHG reduction target by 2025.
PORT.: A Alemanha não é o único país tomando tais tipos de decisão. O governo do Japão, que ainda se recupera dos desastres nuclear e do tsunami, já sinalizou que planeja aumentar sua quota de energia renovável. O Reino Unido recentemente anunciou uma meta de redução de 50% de GHG [=Green House Gases; em português GEE-Gases do Efeito Estufa].
INGL.: China as well has been developing impressive renewable energy and efficiency targets and policies. The decisions to shift to clean energy in these cases emerges in part from a desire to move from what is understood by society to be more risky energy sources, be they nuclear, coal, or oil, towards new possibilities in renewable energy instead.
PORT.: A China também vem desenvolvendo impressionantes objetivos e políticas eficientes de energia. As decisões de mudanças para energia limpa nesses casos emergem em parte, de um desejo de mobilizar-se do que é entendido pela sociedade como fontes de energia de risco, seja nuclear, carvão mineral ou petróleo, para novas possibilidades, em termos de energia renovável.
INGL.: Countries that are either skeptical of the effectiveness of renewable energy and efficiency to meet energy needs – and thus are doing little to move in this direction – or are planning large-scale investments in new energy sources may learn from these examples.
PORT.: Países que são céticos quanto à eficácia das energias renováveis e eficiência para atender as necessidades de energia ─ e portanto, estão fazendo pouco nessa direção ─ ou estão planejando investimentos em larga escala em novas fontes de energia, podem aprender a partir desse exemplo.
1 de jun. de 2011
AMAZONIA: IBGE TEM OS DADOS (DO POTENCIAL E DA DEGRADAÇÃO)
Para aqueles que vêem e escutam as notícias do governo, quase sempre alardeando redução da devastação da floresta amazônica, é bom dar uma olhadinha nesta matéria divulgada no site www.ambientebrasil.com.br:
Carbono armazenado no solo da Amazônia é maior que na atmosfera, diz IBGE - 01/06/2011
Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br
Link: http://www.amazonia.org.br
O solo da Amazônia Legal tem, em média, um estoque de carbono de 55,7 toneladas por hectare, uma quantidade maior do que o que existe na atmosfera. A informação é parte do estudo "Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal", divulgado hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A publicação reúne informações sobre os recursos naturais da região - vegetação e cobertura da terra; relevo; solos; e rochas e recursos minerais. O estudo, entretanto, só analisa as décadas de 1970 e 1980, até dados mais recentes, datados de 2002.
Segundo o IBGE, é fundamental avaliar o estoque de carbono no solo para o balanço de gases de efeito estufa na atmosfera. Estima-se que, no Brasil, 75% das emissões de CO2 sejam oriundas de mudanças no uso da terra, seja pela erosão e a decomposição da matéria orgânica dos solos, seja pela conversão de florestas.
Em média, o solo da Amazônia Legal tem, na profundidade máxima de 50 cm, com espessura média de 30 cm, um estoque de carbono orgânico de 55,7 toneladas por hectare, sendo que essa concentração não é uniforme e varia entre 0,1 e 208,7 toneladas por hectare, com predomínio da classe de 40 a 60 t/ha.
Ao considerar a profundidade de até um metro de solo, o valor médio do estoque de carbono aumenta para 95,7 t/ha, podendo chegar ao máximo de 250,5 t/ha, com predomínio da classe de 80 a 100 t/ha.
Amazônia tem 45% da água subterrânea potável do país
O estudo também avaliou o potencial de produção de água subterrânea (potencial hídrico), analisando as rochas sedimentares da região. Essas rochas, originadas a partir da alteração, erosão, transporte e deposição de qualquer outro tipo de rocha, compõem 66,8% da área da Amazônia Legal. Elas propiciam a formação de aquíferos porosos, espécie de reservatórios subterrâneos, capazes de armazenar grandes volumes de água, em quantidade suficiente para ser utilizada como fonte de abastecimento.
Segundo estimativas do IBGE, 91% da água subterrânea do Brasil estaria em aquíferos porosos, dos quais 79,45% estariam na Amazônia Legal. Ou seja, a região responde por cerca de 45% de toda a água subterrânea do país.
As maiores áreas de aquíferos porosos encontram-se no Amazonas (1.344.201,7 km2), em Mato Grosso (677.135,1 km2) e no Pará (513.818,9 km2). O Acre e o Maranhão têm os maiores índices de participação, superiores a 90%, reflexo de um subsolo constituído quase que unicamente por rochas sedimentares. Roraima (33,8%) e Amapá (33,2%) apresentam os percentuais mais baixos, embora as extensões de aquíferos porosos em ambos os estados também sejam bastante significativas.
Petróleo
Segundo estudo, "por ser formado predominantemente por rochas sedimentares, o subsolo da Amazônia Legal também tem potencial para exploração de combustíveis fósseis, o que pode ser confirmado pelos campos de petróleo e gás de Urucu, no Amazonas. Há boas perspectivas de acumulação dessas substâncias nas rochas sedimentares das bacias costeiras do Maranhão, Pará e Amapá, além de reservas de gás natural no município de Capinzal do Norte (MA)".
Ainda nas áreas de rochas sedimentares, há também a possibilidade de serem encontradas jazidas de calcário, utilizáveis tanto na agricultura como para o fabrico de cimento; sal-gema e gipsita, fontes de gesso para a medicina e a construção civil; e anidrita, fonte de sulfato e cálcio. Apesar de possuírem menor potencial metálico, minerais desse tipo e pedras preciosas podem ser encontrados na região. Depósitos de ouro, cassiterita e diamante são comuns.
2,6 bilhões de árvores eliminadas
Sobre o tema vegetação e cobertura da terra, o IBGE constatou que quatro milhões de quilômetros quadrados da Amazônia brasileira eram originalmente recobertos por florestas e, até 2002, a área desmatada já era da ordem de 15,3% do total da vegetação. Esse número continua avançando, principalmente na região conhecida como Arco do Desmatamento.
Conforme relata o estudo, "até 2002, a região havia sofrido a eliminação de 2,6 bilhões de árvores, o que correspondia a aproximadamente 13% do total de árvores com diâmetro maior que 33 cm nas florestas. Em termos de volume, 4,7 bilhões de metros cúbicos de madeira foram eliminados pelo desmatamento nas formações florestais na Amazônia Legal até 2002".
Com o desmatamento, a floresta perdeu aproximadamente 23 bilhões de toneladas (12,7%) de biomassa, ou matéria orgânica de origem vegetal, e 6,6 bilhões de toneladas de carbono (12,7%) das formações florestais da Amazônia Legal até 2002.
Em 2002, o antropismo, ou a mudança na cobertura da terra por interferência humana, por meio de atividades de desmatamento e queimadas, atingia 15,3% da área de vegetação primária da Amazônia Legal. A pecuária se destaca como o principal uso que altera a cobertura da terra, representando 51,7% da vegetação antropizada na Amazônia Legal, enquanto a vegetação secundária (vegetação que surge naturalmente após o abandono de áreas antes usadas pelo homem) corresponde a 32,1%, e a agricultura, a 15,2%.
A íntegra do estudo "Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal" pode ser acessada pelo link: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/diagnosticos_levantamentos/default.shtm
Carbono armazenado no solo da Amazônia é maior que na atmosfera, diz IBGE - 01/06/2011
Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br
Link: http://www.amazonia.org.br
O solo da Amazônia Legal tem, em média, um estoque de carbono de 55,7 toneladas por hectare, uma quantidade maior do que o que existe na atmosfera. A informação é parte do estudo "Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal", divulgado hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A publicação reúne informações sobre os recursos naturais da região - vegetação e cobertura da terra; relevo; solos; e rochas e recursos minerais. O estudo, entretanto, só analisa as décadas de 1970 e 1980, até dados mais recentes, datados de 2002.
Segundo o IBGE, é fundamental avaliar o estoque de carbono no solo para o balanço de gases de efeito estufa na atmosfera. Estima-se que, no Brasil, 75% das emissões de CO2 sejam oriundas de mudanças no uso da terra, seja pela erosão e a decomposição da matéria orgânica dos solos, seja pela conversão de florestas.
Em média, o solo da Amazônia Legal tem, na profundidade máxima de 50 cm, com espessura média de 30 cm, um estoque de carbono orgânico de 55,7 toneladas por hectare, sendo que essa concentração não é uniforme e varia entre 0,1 e 208,7 toneladas por hectare, com predomínio da classe de 40 a 60 t/ha.
Ao considerar a profundidade de até um metro de solo, o valor médio do estoque de carbono aumenta para 95,7 t/ha, podendo chegar ao máximo de 250,5 t/ha, com predomínio da classe de 80 a 100 t/ha.
Amazônia tem 45% da água subterrânea potável do país
O estudo também avaliou o potencial de produção de água subterrânea (potencial hídrico), analisando as rochas sedimentares da região. Essas rochas, originadas a partir da alteração, erosão, transporte e deposição de qualquer outro tipo de rocha, compõem 66,8% da área da Amazônia Legal. Elas propiciam a formação de aquíferos porosos, espécie de reservatórios subterrâneos, capazes de armazenar grandes volumes de água, em quantidade suficiente para ser utilizada como fonte de abastecimento.
Segundo estimativas do IBGE, 91% da água subterrânea do Brasil estaria em aquíferos porosos, dos quais 79,45% estariam na Amazônia Legal. Ou seja, a região responde por cerca de 45% de toda a água subterrânea do país.
As maiores áreas de aquíferos porosos encontram-se no Amazonas (1.344.201,7 km2), em Mato Grosso (677.135,1 km2) e no Pará (513.818,9 km2). O Acre e o Maranhão têm os maiores índices de participação, superiores a 90%, reflexo de um subsolo constituído quase que unicamente por rochas sedimentares. Roraima (33,8%) e Amapá (33,2%) apresentam os percentuais mais baixos, embora as extensões de aquíferos porosos em ambos os estados também sejam bastante significativas.
Petróleo
Segundo estudo, "por ser formado predominantemente por rochas sedimentares, o subsolo da Amazônia Legal também tem potencial para exploração de combustíveis fósseis, o que pode ser confirmado pelos campos de petróleo e gás de Urucu, no Amazonas. Há boas perspectivas de acumulação dessas substâncias nas rochas sedimentares das bacias costeiras do Maranhão, Pará e Amapá, além de reservas de gás natural no município de Capinzal do Norte (MA)".
Ainda nas áreas de rochas sedimentares, há também a possibilidade de serem encontradas jazidas de calcário, utilizáveis tanto na agricultura como para o fabrico de cimento; sal-gema e gipsita, fontes de gesso para a medicina e a construção civil; e anidrita, fonte de sulfato e cálcio. Apesar de possuírem menor potencial metálico, minerais desse tipo e pedras preciosas podem ser encontrados na região. Depósitos de ouro, cassiterita e diamante são comuns.
2,6 bilhões de árvores eliminadas
Sobre o tema vegetação e cobertura da terra, o IBGE constatou que quatro milhões de quilômetros quadrados da Amazônia brasileira eram originalmente recobertos por florestas e, até 2002, a área desmatada já era da ordem de 15,3% do total da vegetação. Esse número continua avançando, principalmente na região conhecida como Arco do Desmatamento.
Conforme relata o estudo, "até 2002, a região havia sofrido a eliminação de 2,6 bilhões de árvores, o que correspondia a aproximadamente 13% do total de árvores com diâmetro maior que 33 cm nas florestas. Em termos de volume, 4,7 bilhões de metros cúbicos de madeira foram eliminados pelo desmatamento nas formações florestais na Amazônia Legal até 2002".
Com o desmatamento, a floresta perdeu aproximadamente 23 bilhões de toneladas (12,7%) de biomassa, ou matéria orgânica de origem vegetal, e 6,6 bilhões de toneladas de carbono (12,7%) das formações florestais da Amazônia Legal até 2002.
Em 2002, o antropismo, ou a mudança na cobertura da terra por interferência humana, por meio de atividades de desmatamento e queimadas, atingia 15,3% da área de vegetação primária da Amazônia Legal. A pecuária se destaca como o principal uso que altera a cobertura da terra, representando 51,7% da vegetação antropizada na Amazônia Legal, enquanto a vegetação secundária (vegetação que surge naturalmente após o abandono de áreas antes usadas pelo homem) corresponde a 32,1%, e a agricultura, a 15,2%.
A íntegra do estudo "Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal" pode ser acessada pelo link: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/diagnosticos_levantamentos/default.shtm
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