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Fiocruz investiga suspeita de cólera em Porto Velho
4 de abril de 2014 |
Com o agravamento da enchente em Porto Velho as autoridades de saúde estão em alerta para o surgimento de doenças transmitidas pela contaminação das águas. Há muito lixo e animais mortos, diz a Defesa Civil.
A Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, está analisando uma bactéria, que pode transmitir a cólera, encontrada numa comunidade ribeirinha do Distrito de Jaci-Paraná, a 100 quilômetros da capital de Rondônia. Os poços artesianos do local foram lacrados, disse a prefeitura.
Conforme dados das secretarias municipal e estadual de Saúde de Rondônia, de janeiro a março foram registrados 6.500 casos de diarreia no Estado, sendo 1.509 no município de Porto Velho.
Na capital, que está sob decreto de calamidade pública, na última semana foram notificados 128 casos da doença. Não há registros de óbitos no Estado.
O estudo da Fiocruz pode determinar que tipo de diarreia atinge a população. Equipes da fundação, da Força Nacional de Saúde e da Marinha estão em Rondônia apoiando o Plano de Contingência para evitar a proliferação de doenças transmitidas por veiculação hídrica (por meio da água).
Segundo a médica epidemiologista Arlete Baldez, coordenadora da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), a Fiocruz analisa se a bactéria encontrada é dos tipos que provoca a cólera. “Existem várias bactérias que causam diarreia aguda, mas a cólera é por conta dos vibrios 01 e 0139. Estamos aguardando a análise e torcendo para não ser (positivo)”, afirmou.
A cólera é uma diarreia aguda causada por uma bactéria denominada vibrião colérico (Vibrio cholerae), que pode matar. É transmitida pela ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes ou vômitos de doentes. Os sintomas são vômitos, cólicas, diminuição da frequência cardíaca, choque e insuficiência renal.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, desde 2001 não há registros de morte por infecção de cólera no Brasil. O ápice do número de infectados pela doença aconteceu em 1994 quando foram registrados 51.324 casos. Em 1993, quase 700 pessoas morreram em virtude da doença.
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