Contribuindo para entendermos a Natureza, respeitá-la e continuarmos vivendo!
Total de visualizações de página
30 de set. de 2014
CÚPULA DO CLIMA, DA ONU: REDUZIR EMISSÃO DE GASES PELA METADE (ATÉ 2020) E A ZERO (ATÉ 2030)
29 de set. de 2014
HIDROELÉTRICAS: O PERMANENTE TEMA DE PRÁTICA COMPLICADA, POR FALTA DE POLÍTICA ENERGÉTICA PLAUSÍVEL
[Reproduzido de www.amazonia.org]
Estudo questiona viabilidade econômica de usinas do Tapajós
23 de setembro de 2014 | Filled under Destaques, Newsletter, Notícias |
A viabilidade econômica do complexo hidrelétrico do Tapajós, maior aposta energética do governo para os próximos dez anos, é colocada em xeque por um estudo “paralelo” dos seus impactos socioambientais. Recém-concluído, o diagnóstico leva a chancela de 20 pesquisadores e surge em um momento crucial do licenciamento da usina de São Luiz do Tapajós – primeiro e mais importante projeto do complexo.
Mesmo no cenário “mais otimista” projetado pelo estudo, as hidrelétricas teriam grande dificuldade para se viabilizar financeiramente e seus empreendedores podem arcar com um prejuízo próximo de US$ 1,5 bilhão. Para os pesquisadores, a simulação “mais realista” indica uma extrapolação de custos e um potencial de déficit bem mais preocupante, que alcançaria quase US$ 10 bilhões. A diferença entre as duas projeções está no tempo das obras (cinco ou sete anos), no preço do megawatt-hora fixado para o leilão e no volume de energia negociado no mercado livre.
“A análise apontou a inviabilidade do empreendimento em ambos os cenários”, diz um trecho do estudo, organizado pelo professor do departamento de recursos hídricos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) Wilson Cabral de Sousa Júnior.
O time que assina o relatório “Tapajós – Hidrelétricas, Infraestrutura e Caos” reúne especialistas como Célio Bermann, professor do Instituto de Energia e Meio Ambiente da USP, Paulo Barreto, pesquisador-sênior do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), e Telma Monteiro, diretora da Associação Terra Laranjeiras.
Além dos custos normalmente associados à construção de hidrelétricas, o estudo leva em conta também “externalidades socioambientais”, que não foram contempladas no EIA-Rima apresentado ao Ibama. A análise contempla, por exemplo, a necessidade de expansão da infraestrutura local para abrigar até 45 mil trabalhadores durante as obras.
Um dos custos associados à chegada desse contingente de operários é a construção de esgotamento sanitário na região. Outros cálculos englobam o comprometimento de atividades pesqueiras. Hoje, os pescadores capturam mais de 3.000 toneladas de peixes por ano. Também são estimadas as perdas de potencial exploração sustentável da floresta.
O estudo foi concluído pouco antes da entrega do EIA-Rima, que aumentou de 6.133 para 8.040 megawatts a capacidade instalada de São Luiz do Tapajós, além de ter elevado a previsão de investimento, de R$ 18,1 bilhões para R$ 30,6 bilhões.
Apesar de todas as incertezas, o Ministério de Minas e Energia chegou a anunciar o leilão da usina para o dia 15 de dezembro, apenas 150 dias após o governo ter requerido ao Ibama a licença ambiental prévia do empreendimento. Na semana passada, apenas quatro dias depois de ter feito o anúncio, teve que voltar atrás.
De fato, quando se analisa o tempo consumido no licenciamento dos demais grandes projetos hidrelétricos da Amazônia, o prazo da licitação da primeira usina do Tapajós parecia irreal.
Levantamento feito pelo Valor aponta que o tempo médio entre o pedido e a concessão da licença nas últimas quatro grandes usinas na região – Santo Antônio, Jirau, Belo Monte e Teles Pires – foi de 364 dias. Uma das partes mais importantes do EIA-Rima, o componente indígena – que mede o impacto do empreendimento sobre as comunidades atingidas – não foi incluído na documentação original, o que acabou inviabilizando a realização do leilão na data inicialmente planejada.
Como a Funai tem até 90 dias para avaliar o componente indígena, havia a possibilidade de o órgão só dar seu aval sobre o empreendimento às vésperas do leilão. Diante do calendário apertado, o ministério decidiu adiar o certame e não definiu nova data.
No relatório elaborado pelos pesquisadores, há contestações ao conceito de usina-plataforma, que o governo pretende testar pela primeira vez na hidrelétrica do Tapajós. Apresentado como revolução nas obras de grandes empreendimentos amazônicos, esse modelo – assim chamado em referência às plataformas marítimas de petróleo – envolve o deslocamento de materiais e de pessoal por via aérea e fluvial, diminuindo o impacto sobre o ecossistema da região. Para os pesquisadores, a falta de detalhamento do modelo pode transformá-lo em “mera peça de propaganda” e acarretar “completo descrédito” sobre suas intenções.
O relatório dos pesquisadores trabalha com as informações do inventário elaborado pela Eletronorte, que previa originalmente a construção de cinco usinas hidrelétricas e investimentos de US$ 19,8 bilhões. Três delas, que constavam do planejamento inicial, foram abandonadas por questões ambientais e substituídas por projetos no rio Juruena (divisa entre Mato Grosso e Amazonas). Para os autores, isso não compromete os cálculos feitos.
23 de set. de 2014
RIO SÃO FRANCISCO: OU SE RETÉM ÁGUA PARA GERAR ENERGIA NAS HIDROELÉTRICAS...OU SE LIBERA ÁGUA PARA IRRIGAÇÃO
Nascente do Rio São Francisco secou, diz funcionário do Parque Nacional da Serra da Canastra
Trecho de 40 km do rio pode secar se não chover até o fim de outubro, diz Comitê
SÃO PAULO - A nascente do Rio São Francisco – que fica dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, em Minas Gerais – secou. Segundo Vicente Faria, analista ambiental do parque, o curso d'água até a primeira queda d'água, a Cachoeira Casca D'Anta, só não secou totalmente porque outros tributários ainda têm alguma água. Na avaliação do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), se não chover até o fim de outubro um trecho de 40 quilômetros do rio, entre a Usina Hidrelétrica de Três Marias e o primeiro afluente, o Rio Abaeté, poderá secar.Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/nascente-do-rio-sao-francisco-secou-diz-funcionario-do-parque-nacional-da-serra-da-canastra-14022926#ixzz3EBdEODJN
Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/nascente-do-rio-sao-francisco-secou-diz-funcionario-do-parque-nacional-da-serra-da-canastra-14022926#ixzz3EBcsZy3G
Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/nascente-do-rio-sao-francisco-secou-diz-funcionario-do-parque-nacional-da-serra-da-canastra-14022926#ixzz3EBbA1afr
22 de set. de 2014
PROJETO DE PRESERVAÇÃO DA ONÇA-PINTADA NO MATO GROSSO DO SUL
Projeto "A união faz a força", para preservação da onça-pintada, no pantanal do rio Negro, Mato Grosso do Sul (abaixo, trechos do texto de Marina Schweizer e Lucas Leuzinger)
http://www.oeco.org.br/rastro-de-onca/28653-projeto-oncas-do-rio-negro-a-uniao-faz-a-forca
20 de set. de 2014
A INEXISTÊNCIA DE UMA POLÍTICA ENERGÉTICA E A INSISTÊNCIA EM DISSEMINAR HIDROELÉTRICAS GERAM ENERGIA E MAIS PROBLEMAS
MP quer suspender 3 hidrelétricas no Mato Grosso do Sul
Reproduzido de ((o))eco* - 18/09/14
O Ministério Público Federal recomendou ao órgão licenciador do governo do Mato Grosso do Sul a suspensão do processo de licenciamento ambiental de três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), planejadas para serem construídas na bacia do Rio Amambai, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Os empreendimentos afetarão aldeias e sítios arqueológicos existentes no local.
Nos Estudos de Impacto Ambiental não constam consultas aos índios que serão afetados pela obra, nem a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Para dar o parecer, o Iphan é obrigado a realizar estudos sobre o potencial de dano aos sítios arqueológicos existentes nas áreas impactadas pelas PCHs Foz do Saiju, Barra do Jaguari e Bela Vista, todas no Rio Amambai.
Já a Funai só poderá se manifestar após realizar consultas prévias às comunidades indígenas afetadas. De acordo com o MP, podem ser potencialmente afetadas, direta e indiretamente, as Terras Indígenas Amambai, Guaimbé, Jaguari, Jarara e Rancho Jacaré, todas homologadas e demarcadas pelo governo federal.
O órgão responsável pelo licenciamento em Mato Grosso do Sul, o Imasul, não levou em conta o que determina a Constituição Federal, sobre a obrigatoriedade de consultar os indígenas sobre obras que impactam suas comunidades. Além disso, os Estudos de Impacto Ambiental apresentados estão incompletos, não abrangendo o trabalho de recuperação de áreas degradadas ao longo do rio, nem medidas compensadoras de eventual supressão e deslocamento de áreas de preservação permanente e reserva legal das propriedades atingidas pelos empreendimentos.
O Imasul e Iphan terão 30 dias de prazo, a partir do recebimento, para responder se acatam ou não a Recomendação do MPF. “A ausência de resposta poderá levar ao ajuizamento das ações cabíveis”, diz a nota.
Empreendimentos
De acordo com os Relatórios de Impacto Ambiental, a PCH Foz do Saiju abrange os municípios de Amambai, Juti, Caarapó e Laguna Carapã. O empreendimento terá a capacidade instalada total de 20 megawatts e a estimativa do custo é de R$ 80 milhões de reais.
Já a PCH Barra do Jaguari localiza-se entre os municípios de Amambai e Laguna Carapã, com capacidade para gerar até 29,7 megawatts. Estima-se o custo de R$ 118,8 milhões. Os dois projetos são da empresa Sigma Energia.
Há, ainda, a previsão de instalação da PCH Bela Vista na mesma bacia hidrográfica, com capacidade para gerar 21,9 MW. O custo total do projeto está estimado em 87,6 milhões de reais.
SERINGAL: AINDA COM HISTÓRIA DOS TEMPOS DE CHICO MENDES
Reproduzido da Folha de S. Paulo
Na tarde em que a reportagem da Folha visitou o seringal, o único adulto era Erismar Ribeiro da Silva, 29. Os outros haviam ido participar de uma reunião convocada pela escola rural do seringal, a uma hora de caminhada.
Pai de duas crianças, ele explicou que, por causa do preço baixo da borracha, abandonou a seringa há três anos. A sua principal renda é o Bolsa Família de R$ 160, que ele retira a cada dois meses por causa do alto custo do transporte --ir a Brasileia, a cerca de 60 km, custa R$ 40.
De extrativismo, Silva diz que, atualmente, apenas a castanha, coletada no começo do ano, vale a pena. Mas o dinheiro, explica, "dura dois meses, esticando três".
A alguns quilômetros dali, o líder comunitário do seringal Porvir, Severino da Silva Brito, 58, diz que muitos desmatam para pastagens além do limite legal, de 30 hectares por colocação (área ocupada cada família), mas "negocia a multa e não é expulso. Tem cabra pego com madeira e não é expulso".
"Eu me sinto muito minoria [contra o desmate]. A gente fica como um grão de areia no meio de 1 milhão de hectares. Do jeito que vai, máximo que dou [para a reserva] é 30 anos. E olhe, olhe." de S. Paulo]
Com uma úlcera aberta no lado direito do rosto, Aimê da Silva, 2 anos, é a terceira criança da família de seringueiros a contrair leishmaniose somente neste ano.
Distante cinco horas --incluindo três horas a pé-- de Brasileia, a cidade mais próxima, a família optou por tratar a doença, que pode ser fatal, com pó de casca de mangueira e de caju.
A menina mora com os pais, quatro irmãos, dois primos e dois tios no seringal Cristovão, a cerca de 20 km adentro da reserva extrativista federal Chico Mendes, uma área de quase 1 milhão de hectares, o equivalente a seis vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
Homologada em 1990, dois anos após o assassinato do líder seringueiro, a reserva abriga cerca de 2.000 famílias. Atualmente, a maioria abandonou a borracha e vive com um pouco de agricultura, da coleta de castanha e do Bolsa Família.
Outras famílias, principalmente as mais próximas do asfalto, recorrem à pecuária, à venda clandestina de terras públicas e à extração ilegal de madeira.A estimativa oficial é que cerca de 8% da cobertura florestal original tenha sido derrubada, contra 0,6% na época em que a reserva foi criada, 24 anos atrás.
A maior parte da devastação ocorreu em áreas próximas às rodovias que passam pela região. No levantamento mais recente sobre pecuária, de 2009, havia pouco mais de 21 mil cabeças.
A família de Aimê está no primeiro caso, com um estilo de vida parecido ao da época em que a candidata Marina Silva crescia em um seringal do Estado. As três casas, de madeira, não têm energia elétrica e estão cercadas por um roçado --não há gado. A única comunicação com o exterior é por meio de um rádio de pilha.
Os moradores dos seringais continuam padecendo das mesmas doenças contraídas por Marina nas décadas de 1960 e início dos anos 1970, como a leishmaniose.
A rede pública oferece tratamento, mas a cura é demorada. Por causa dos efeitos colaterais --foi o medicamento contra a leishmaniose que contaminou a candidata presidencial com metais pesados--, o paciente precisa fazer o tratamento na cidade durante 20 a 30 dias, um enorme problema para quem não tem parentes no asfalto.
Por falta de meios de transporte, a produção agrícola da família é muitas vezes trocada por outros produtos ou horas de trabalho com vizinhos. A carne vem da criação de galinha ou da caça e pesca, permitidas aos moradores da reserva desde que seja para consumo próprio. Na tarde em que a reportagem da Folha visitou o seringal, o único adulto era Erismar Ribeiro da Silva, 29. Os outros haviam ido participar de uma reunião convocada pela escola rural do seringal, a uma hora de caminhada.
Pai de duas crianças, ele explicou que, por causa do preço baixo da borracha, abandonou a seringa há três anos. A sua principal renda é o Bolsa Família de R$ 160, que ele retira a cada dois meses por causa do alto custo do transporte --ir a Brasileia, a cerca de 60 km, custa R$ 40.
De extrativismo, Silva diz que, atualmente, apenas a castanha, coletada no começo do ano, vale a pena. Mas o dinheiro, explica, "dura dois meses, esticando três".
A alguns quilômetros dali, o líder comunitário do seringal Porvir, Severino da Silva Brito, 58, diz que muitos desmatam para pastagens além do limite legal, de 30 hectares por colocação (área ocupada cada família), mas "negocia a multa e não é expulso. Tem cabra pego com madeira e não é expulso".
"Eu me sinto muito minoria [contra o desmate]. A gente fica como um grão de areia no meio de 1 milhão de hectares. Do jeito que vai, máximo que dou [para a reserva] é 30 anos. E olhe, olhe."
15 de set. de 2014
CHEGA DE PERDER TEMPO!!! GREENPEACE ALERTA ELEITORES BRASILEIROS.
CAMPANHA DO GREENPEACE
A plataforma Pressione Verde do Greenpeace é uma ferramenta para ampliar a pressão da sociedade civil sobre candidatos nessas eleições. Apresentando demandas concretas e estratégicas, tem como objetivo levar candidatos a se comprometerem com a construção de um Brasil verdadeiramente sustentável, permitindo que cidadãos unam suas vozes à do Greenpeace e pressionem pela construção de propostas e planos de governo que correspondam às reais necessidades do país e do planeta. Só assim conseguiremos acabar de vez com a ladainha que se repete eleição após eleição.
ACESSAR:
<script src="http://banners.greenpeace.com.br/js/pressioneverde/120x600.js"></script>
7 de set. de 2014
LEI DE RESÍDUOS SÓLIDOS NÃO FOI CUMPRIDA!!! PORTANTO...
E agora? O que fazer?
Diante desse quadro de cores fortes e perturbadoras, as opções que estão sendo colocadas de maneira mais incisiva vão da punição imediata até a extensão do prazo para o cumprimento da lei. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foi uma das primeiras a se manifestar em nome do governo federal, contra a prorrogação do prazo. No sentido contrário, uma emenda ao projeto de lei apresentado pelo deputado federal Manoel Junior (PMDB-PB) joga para mais 8 anos o cumprimento da lei. Importante lembrar que em ano eleitoral pouca coisa irá mudar se tivermos que esperar ações do governo ou do Congresso Nacional.
Talvez, antes de definir os novos passos de implementação da lei e diante dessa nova realidade, melhor seja conhecer com mais detalhes o que se passou nesse período desde a aprovação da lei no Congresso Nacional em 2010. Será mesmo possível classificar todos esses milhares de prefeitos como irresponsáveis e pouco preocupados com a saúde e o futuro de suas populações?
Bem, não foi isso o que a senadora Vanessa Grazziotin do (PCdoB-AM) apresentou em seu relatório na Subcomissão Temporária de Resíduos Sólidos no Senado Federal. Após reunir informações de seis audiências públicas relacionadas ao tema, ela constatou que existem inúmeros fatores que levaram ao descumprimento dos prazos, entre os quais, ela cita o caso do seu estado. No Amazonas, afirma Grazziotin, todos os municípios apresentaram o planejamento para a desativação dos lixões, mas não puderam executar por falta de recursos e acesso a verba federal. Nessa situação seria possível dividir um pouco da responsabilidade entre o Governo Federal e os municípios.
A própria Confederação Nacional dos Municípios em diversos encontros, realizados nos últimos anos, revelava a preocupação de seus associados quanto às dificuldades que encontravam para elaborar seus planos e a falta de apoio tanto em pessoal técnico qualificado como em garantia de verbas para coloca-los em prática.