Ilegalidade, violência e crime são palavras que, infelizmente, andam de mãos dadas com a exploração de madeira na amazônia paraense. Desde sexta-feira, forças tarefas já identificaram 33 pessoas na região envolvidas em crimes que vão de estelionato a falsidade ideológica, com o intuito de fraudar sistemas estaduais e federais de controle de madeira.
Apesar dos louváveis esforços das polícias Civil e Federal e do MPF, fraudes envolvendo os sistemas de controle são perigosamente comuns. Estima-se que cerca de 80% da madeira comercializada pelo Pará seja ilegal. Sem uma mudança profunda, fraudes continuarão ocorrendo e a floresta continuará a cair.
Segundo a polícia, um dos criminosos contratados obteve o certificado digital do superintendente do Ibama do Pará, Hugo Américo, com a própria empresa de segurança digital, fazendo-se passar pelo mesmo, com um documento falso.
Ao todo, 23 empresas foram desbloqueadas no esquema, ficando livres para movimentar mais de 28 mil metros cúbicos de madeira ilegal, o equivalente a R$ 10,736 milhões. Entre as madeireiras envolvidas estão a Líder, desbloqueada em 9 de fevereiro, a Angelim, liberada em 12 de fevereiro, e a Newcastle, que, segundo a polícia, sequer existe.
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Entre os servidores públicos federais com prisão decretada estão integrantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) – incluindo o superintendente da autarquia em Santarém, Luiz Bacelar Guerreiro Júnior – e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além de servidores estaduais do Pará.
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