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9 de jan. de 2022

NO BRASIL NÓS APRENDEMOS COM AS TRAGÉDIAS?!

 

Para Joana Sanches, professora de geologia da Universidade Federal de Goiás (UFGO) e doutora em mapeamento geológico, o local do acidente fica em uma área de risco e o turismo tinha que ter sido suspenso na região.

“A área deveria ter sido fechada para o turismo até que se fizesse uma intervenção de técnicos capacitados, além de uma análise mais precisa dos riscos no local. Já havia uma fratura prévia na rocha que se desprendeu. Essa fratura ia desde o topo até a base e são preenchidas pelo solo [terra]. Com a intensidade das chuvas, esse solo que fica entre as fraturas foi lavado e levado embora. Além disso, a água ajudou a fazer mais peso dentro da fratura. Como já estava previamente deslocado do paredão rochoso, com a intensidade dessas chuvas, o pedaço se deslocou por completo”, disse Joana.

A pesquisadora explicou que uma das intervenções primordiais seria a derrubada prévia do pedaço de rocha com a realização de um trabalho geotécnica para essa análise. “É preciso debater tais medidas dentro da lei em vigor, o que pode ou não pode se fazer na prática”, complementou.

Outra medida que devia ter sido adotada, segundo Ingrid Ferreira, PhD em geociências e consultora em Gestão de Riscos de Desastres, era o atirantamento das rochas, ou seja, utilizar cabos de aço para, grosso modo, prender as formações geológicas, a fim de evitar o deslizamento.

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