BR-101, uma ameaça ao refúgio dos animais da mata
Desde a década de 40, muitos anos antes da BR-101 ser implantada, a área foi destinada à conservação da biodiversidade, com a criação das duas Unidades de Conservação mais antigas do Espírito Santo e do Brasil: a Reserva Florestal Estadual de Barra Seca e o Parque de Refúgio de Animais Silvestres Sooretama. Em 1981, as duas unidades foram unidas na Reserva Biológica de Sooretama. Outras reservas importantes também foram estabelecidas na área, como a Reserva Natural Vale, a RPPN Mutum-Preto e a RPPN Recanto das Antas.
Hoje, a área possui aproximadamente 50 mil hectares de floresta protegida, entretanto, cortada por um intruso trecho de 25 km da BR-101, que diariamente mata dezenas de animais por atropelamento e fragmenta as populações silvestres. A presença da BR-101 em um dos últimos remanescentes de Floresta Atlântica de Tabuleiros, legalmente protegido, é um grave conflito na conservação da biodiversidade. Esta situação será agravada devido ao processo de ampliação e duplicação desse trecho, dentro do contrato de concessão da rodovia para a administração privada, até 2025. No momento, a ampliação está em fase de estudo de impacto ambiental.
O complexo florestal de Sooretama é uma área de extrema prioridade para a conservação da Mata Atlântica, tombada como patrimônio natural da humanidade pela UNESCO e é o último refúgio, no Estado, para a onça-pintada e também para o tatu-canastra. A anta, o maior mamífero terrestre brasileiro, também encontra na região um de seus últimos refúgios.
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