Estiagem mais severa dos últimos 100 anos seca o Rio São Francisco
O link abaixo refere-se a um vídeo sobre grave problema dos recursos hídricos do Nordeste, em divulgação da Rede Globo de Televisão.
Minha única pergunta, que ora dirijo a todos que por tal tragédia possa se interessar: diante desta situação atual, diante dos números que reproduzo a seguir...como é que se utiliza por tantos anos seguidos esse preciosíssimo patrimônio natural, sem protegê-lo, sem revitalizá-lo? Há décadas que o projeto de sua revitalização deveria ter sido implantado e praticado.
Estou de acordo com o que disse João Suassuna (da Fundação Joaquim Nabuco, e que reproduzi neste blog em postagem de
01/06/2013 SECA NO NORDESTE: O SÃO FRANCISCO NÃO É O SANTO MILAGROSO): "o São Francisco não vai solucionar os problemas de quem mais precisa: as populações difusas do Nordeste; para problemas difusos, são necessárias soluções difusas".
Vejamos agora alguns dados (reproduzidos de: velhochico.net):
A Região Nordeste que possui apenas 3% da disponibilidade de água e 28% da população brasileiras, apresenta internamente uma grande irregularidade na distribuição dos seus recursos hídricos, uma vez que o rio São Francisco representa 70% de toda a oferta regional.
Esta irregularidade na distribuição interna dos recursos hídricos, associada a uma discrepância nas densidades demográficas (cerca de 10 hab/km2 na maior parte da bacia do rio São Francisco e aproximadamente 50 hab/km2 no Nordeste Setentrional) faz com que, do ponto de vista da sua oferta hídrica, o Semi-árido Brasileiro seja dividido em dois: o Semi-árido da Bacia do São Francisco, com 2.000 a 10.000 m3/hab/ano de água disponível em rio permanente, e o Semi-árido do Nordeste Setentrional, compreendendo parte do estado de Pernambuco e os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, com pouco mais de 400m3/hab/ano disponibilizados através de açudes construídos em rios intermitentes e em aqüíferos com limitações quanto à qualidade e/ou quanto à quantidade de suas águas.
A situação atual, volto eu a comentar, está longe de atender a disponibilidade hídrica de 1500 m3/hab/ano, estabelecida pela ONU como sendo a mínima necessária para garantir a uma sociedade o suprimento de água para os seus diversos usos.
É desanimador ver a permanente sucessão dessa tragédia, que com o passar do tempo se agrava.
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