Dorothy Stang, dez anos de impunidade na Amazônia
14 de janeiro de 2015 |
Reproduzido de http://amazonia.org.br/2015/01/dorothy-stang-dez-anos-de-impunidade-na-amaz%C3%B4nia/
No dia 12 de fevereiro de 2015 completa dez anos do brutal assassinato da missionária Dorothy Mae Stang, aos 73 anos de idade. Ela foi morta com seis tiros à queima roupa, um deles na cabeça, sem a mínima chance de defesa, na zona rural do município de Anapu, no oeste do Estado do Pará. Dos cinco homens julgados e condenados pela morte, apenas um cumpre prisão em regime fechado, mas por outro crime, outros três respondem a sentença no semiaberto (dormem na cadeia) e um ainda não cumpriu a pena.
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Educadora, a freira ensinou inúmeras gerações de agricultores a ler e escrever e a estudar, com o intuito de torná-los futuramente técnicos agrícolas e poder garantir sua subsistência.
Integrante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Igreja Católica, em Anapu, Dorothy Stang liderava o primeiro projeto de desenvolvimento sustentável, o PDS Esperança, de agricultura familiar. Ela lutava pela regularização da terra para famílias de trabalhadores rurais e combatia a violência das invasões ao projeto por grileiros, madeireiros e fazendeiros.
O fazendeiro, comerciante e agiota Regivaldo Pereira Galvão, o “Taradão” foi acusado pela investigação da Polícia Civil do Pará como principal mandante do assassinato de Dorothy Stang.
Em 2010, ele foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado pelo Tribunal de Justiça do Pará. Ficou preso por apenas 1 ano e 4 meses. Ele ganhou a liberdade por um recurso concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2012.
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