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7 de ago. de 2018

INCÊNDIOS FLORESTAIS E A ENGENHARIA DE SEGURANÇA: INTIMAMENTE RELACIONADOS!


Aos estimados alunos/ex-alunos do curso de ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO.




Mesmo nos momentos de tragédias com os seres humanos, em que as questões ambientais estão envolvidas, o tema PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE (módulo sob minha responsabilidade, no curso supracitado, na UNIPÊ, por mais de 10 anos) ganha destaque e, infelizmente, comprova-se que as autoridades governamentais, mesmo as europeias, não 
contemplam como prioridade, esse tão relevante tema para qualquer sociedade no nosso majestoso e (por que não!?) perigoso planeta.

Sendo esse tema, incêndios florestais ("wildfire” em inglês) de maior interesse, atualmente, para europeus, postei no meu blog, em inglês www.ecologyintofocus.blogspot.com, duas reportagens de alcance internacional (do  "The Guardian”, Londres; e do “USGS-United States Geological Survey") sobre esses trágicos episódios ambientais que vêm ocorrendo com frequência quase regular, no continente europeu e na América do Norte, especialmente no sul da Califórnia.

USGS-  WILDLIFE IN SOUTHERN CALIFORNIA. DEALING WITH IT PERMANENTLY! (= INCÊNDIO FLORESTAL NO SUL DA CALIFÓRNIA. LIDANDO COM ELE PERMANENTEMENTE) 
Nesta reportagem o Serviço de Geologia dos Estados Unidos, apresenta um vídeo ilustrando a problemática de tais incêndios, a partir de projeto que contempla o manejo e conservação dos habitats naturais (ecossistemas), analisando tanto os fatores humanos como os naturais. Destaquei uma foto que obtive do vídeo, mostrando as diferentes origens da ignição que vem a se tornar o início da tragédia. 

THE GUARDIAN-  WILDFIRE: THE NEW REALITY (= INCÊNDIO FLORESTAL: A NOVA REALIDADE)
Nesta outra reportagem prevêsse que o "futuro do fogo extremo já chegou". Especialistas afirmam que "os crescentes incêndios não são uma aberração: eles são uma nova realidade".

Tudo isso e mais, um dos incêndios que assolou a região de Pedrógão Grande em Portugal, em 2017, matando mais de 60 pessoas (muitas delas dentro de seus carros), chamou em especial minha atenção para o tema Engenharia de Segurança; em especial visando a questão preventiva, relacionada principalmente à expansão de florestas (alienígenas, ou seja, não naturais). Fotos daquela região mostram que extensos trechos de tais florestas se aproximam por demasiado das bordas das rodovias e por longa extensão dessas rodovias. É preciso entender que em tais regiões sujeitas a incêndios, as rodovias são principalmente, rotas de fuga! Elas devem ter constante manutenção para permitir, a qualquer custo, que possam ser transitadas por veículos em velocidade segura e contínua! Em pontos estratégicos deve haver suporte para prover toda a facilidade possível para ação rápida dos Bombeiros. Esse recuo da cobertura vegetal de grande porte (árvores) com relação às margens das rodovias, é de crucial importância para permitir que as pessoas que vivem nesses locais sujeitos a incêndios, possam ter a oportunidade de fugir!
A situação dos incêndios no sul da Califórnia, também me chamou a atenção com relação às inúmeras construções de casas (algumas são mansões!) nas encostas de morros e elevações, com supostas rotas de fugas estreitas, atravessando florestas! Impossível fugir do fogo! Haverá helicópteros suficientes e rápidos para evacuar todos?
As medidas paliativas, tanto o combate ao fogo, nas bordas das áreas florestais incendiadas, realizado por Bombeiros e voluntários, assim como o despejo de toneladas de águas conduzidas por aviões e helicópteros, quase não surtem nenhum efeito, pois a maioria da água assim despejada, evapora antes de atingir as árvores em fogo (temperatura em torno dos 800 graus Celsius).

É óbvio que tanto a educação ambiental como a vigilância e a fiscalização, contribuem essencialmente para o processo preventivo. Detectar um foco de incêndio no seu verdadeiro início e agir para debelá-lo, é como detectar uma doença grave no seu início (como por exemplo, o câncer!). A vigilância tem que ser por via aérea (se os modernos drones estão servindo para aplicar agrotóxicos, deveriam também servir para vigiar as florestas). E neste caso, no início do incêndio, o combate por via aérea é efetivo!

Alguns dos aspectos aqui mencionados, principalmente os relacionados à vigilância, fiscalização e ações rápidas, são válidas para a prevenção de incêndios nos nossos biomas, como por exemplo o do Cerrado.

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