Total de visualizações de página

27 de ago. de 2022

AMAZÔNIA: QUANTO MAIS ESTRADAS...

https://imazon.org.br/imprensa/estradas-cortam-ou-se-aproximam-de-41-da-area-de-floresta-na-amazonia-mostra-mapeamento-inedito/
Nossa tradição de expansão de rodovias, seguindo nosso histórico de grande produção automobilística, deixou para trás as ferrovias! Estas, certamente limitariam os desmatamentos ao longo do seu percurso. Seriam mais facilmente vigiadas. Relacionadas com o avanço do desmatamento, as estradas já cortam ou estão a menos de 10 km de 41% da área florestal amazônica no Brasil. A conclusão foi de um mapeamento inédito realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) com auxílio de inteligência artificial, que identificou 3,46 milhões de km de vias na Amazônia Legal. Publicada recentemente na revista científica internacional Remote Sensing, a pesquisa também mostra em quais tipos de territórios estão as estradas mapeadas. Embora a maior parte fique em propriedades privadas e assentamentos (67%), um terço está sobre terras públicas (33%). E, entre as diferentes categorias de áreas públicas, as que têm o maior comprimento de estradas são as chamadas de “não destinadas”: 854 mil km. Elas concentram um quarto das vias mapeadas em toda a Amazônia (25%), o que provavelmente indica que estão sendo pressionadas por crimes ambientais como extração ilegal de madeira, garimpo e grilagem. Já nas áreas protegidas foram encontrados 280 mil km de estradas, 8% do total na Amazônia, sendo principalmente em unidades de conservação, 184 mil km (5%), e em terras indígenas, 91 mil km (3%). Números que os autores da pesquisa afirmam representar uma alta pressão de vias e, consequentemente, do desmatamento nesses territórios.

26 de ago. de 2022

APOLOGIA À DESTRUIÇÃO DO NOSSO MAIOR PATRIMÔNIO: A NATUREZA! COM AJUDA DA MÍDIA DE ACESSO PELO MUNDO INTEIRO!!!

Quando vejo multas aplicadas a esses importantes contraventores, eu pergunto: pagaram? Foi suficiente para evitar reincidências?!
Mais de 10 dias depois de ser condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDF), o YouTube mantém no ar vídeos de caças de animais da fauna silvestre brasileira. A ação civil pública contra o Google foi movida pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas). Na segunda-feira (22), a entidade protocolou uma petição informando ao juiz o descumprimento da ordem judicial. A petição, com mais de 10 mil assinaturas, foi enviada também à empresa Alphabet, proprietária do Google e YouTube. “Todos os vídeos que mostram a caça de animais silvestres e, não apenas os que denunciamos, devem ser retirados do YouTube, mas a plataforma não retirou e continua aceitando novos vídeos de caça”, disse à Amazônia Real Dener Giovanini, coordenador-geral da Renctas. No dia 12 de agosto, o juiz Carlos Frederico Maroja de Medeiros, da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, deu um prazo de 24 horas para que o YouTube removesse do seu site todos os conteúdos que contivessem imagens de caça de animais silvestres. No caso de descumprimento da medida, foi estabelecida uma multa diária de 10 mil reais. A reportagem fez uma rápida busca e encontrou centenas de vídeos mostrando caçadas no YouTube, mesmo com a proibição da atividade. Desde 1967, a caça de animais silvestres é proibida no Brasil, exceto a de javali, regulamentada em 2013. O javali, por ser uma espécie invasora e não nativa, é considerada uma ameaça a outras espécies de animais e aos humanos. Esses canais chegam a ter mais de 70 mil seguidores, e algumas caçadas no YouTube apresentam animais como cutia, paca e capivara, que acumulam dezenas de milhares de visualizações. Em sua maioria, os caçadores preferem não mostrar o rosto, mas mostram as armas que utilizam e filmam desde o início da caçada pelo animal até o abatimento. Um desses conteúdos conta com mais de 20 mil visualizações em cerca de um mês de exibição. Com duração de três minutos, é possível assistir ao abatimento de três animais. Em um segundo vídeo, de cinco minutos e com 15 mil visualizações, é possível ver o abatimento de uma capivara. Os dois animais fazem parte da fauna silvestre brasileira e têm a caça proibida no país. A sentença proibia ainda a plataforma de permitir que os usuários adicionassem novos vídeos com o mesmo tipo de conteúdo. A Renctas foi responsável pelo dossiê que serviu de base para o processo contra a venda de animais silvestres no Facebook. Em julho, a empresa do conglomerado Meta foi multada em 10 milhões de reais pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Na ação, a Renctas lembra que a prática esportiva deve ser permitida, licenciada e autorizada por uma autoridade competente, “sob pena de configurar crime conforme previsto no artigo 20, da Lei de Crimes Ambientais (9.605/98)”. Nos demais casos, os vídeos se configuram como apologia por mostrarem o abate de animais da fauna brasileiras, o que é um crime. Segundo Dener Giovanini, coordenador-geral da Renctas, o monitoramento de alguns canais de caçadas no Youtube durou cerca de seis meses. Nesse período, a organização chegou a buscar contato com a plataforma, além de fazer denúncias no próprio site. No entanto, não houve qualquer tipo de retorno por parte da gigante de tecnologia. Foram encontrados vídeos de animais como veado, cutia, anta, macacos, capivaras e aves. “É um marco histórico porque pela primeira vez a Justiça brasileira se manifestou oficialmente obrigando uma plataforma digital gigante como é o YouTube a retirar esses vídeos do ar. Isso é uma vitória incrível e que com certeza vai influenciar outras decisões judiciais que vierem daqui para frente no Brasil”, afirmou Dener. A Amazônia Real entrou em contato com a Assessoria de Imprensa do YouTube, para saber se iriam aceitar a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDF). Eles informaram que iriam apurar esse caso e enviar uma resposta, mas até o momento não retornaram. A caça de animais é um tema em disputa no Congresso e nos Estados. Diversos políticos defendem que animais silvestres da fauna brasileira possam ser caçados se a caça esportiva for liberada de forma indiscriminada. O Projeto de Lei 5544/20, da Câmara dos Deputados, regulamentaria a prática da caça esportiva de animais no Brasil, envolvendo atos de perseguição, captura e abate. No Mato Grosso, o Projeto de Lei (PL) 16/2022, de autoria do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), previa a liberação da caça no Estado. Mas acabou sendo retirado da pauta durante a reunião da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos no dia 16 de agosto. Dener, da Renctas, vê com preocupação essa movimentação parlamentar e a relaciona com as brechas encontradas por muitas pessoas para terem acesso a armas. “Qualquer tentativa de liberar a caça de animais silvestres no Brasil, seja ela a espécie que for, será um retrocesso. É uma maneira que algumas pessoas estão tentando implementar para aumentar a compra e a venda de armas.” De acordo com a segunda edição do boletim Descontrole no Alvo, publicado em outubro de 2021, do Instituto Igarapé, organização independente com foco em soluções baseadas em dado, entre janeiro e abril de 2021, foram feitos 115.590 registros de atividades de caça, tiro desportivo e colecionamento de armas, sendo uma média de 896 pedidos autorizados por dia. Segundo a publicação, em comparação com o mês de dezembro de 2018, o crescimento de certificado de registro ativos de atiradores foi de 161%, de caçadores, de 219%, e de colecionadores, de 228%. A Renctas acredita que qualquer exposição de caçadas no Youtube, sendo legal ou não, mostra um total desrespeito aos animais e que jamais deveriam ser utilizados como uma fonte de entretenimento como vem ocorrendo. “Isso vem acontecendo no Brasil e esperamos que com essas vitórias contra o YouTube, contra o Facebook nós tenhamos uma sociedade mais conscientizada para que não apoie retrocessos como esses que estão querendo fazer em nosso país”, finaliza Dener.

25 de ago. de 2022

FRANÇA ACUSA INGLATERRA DE DESPEJAR ESGOTO NOS RIOS E DESTES PARA O MAR, SEM TRATAMENTO!

Esgoto no mar! Reportagem completa, em inglês, acessar: https://www.bbc.co.uk/news/world-europe-62670623
O Reino Unido está ameaçando a saúde e a vida marinha na costa francesa, permitindo que o esgoto bruto seja despejado no Canal da Mancha e no Mar do Norte, dizem três eurodeputados. Avisos de poluição foram emitidos para quase 50 praias na Inglaterra e no País de Gales, depois que fortes chuvas fizeram com que o transbordamento de esgoto fosse desviado para os rios e o mar. Os eurodeputados franceses acusam o Reino Unido de negligenciar os compromissos ambientais e arriscar a vida marinha e a pesca. As empresas britânicas de água disseram que estão investindo na solução do problema. Desde a sua saída da União Europeia, o Reino Unido negligenciou seus compromissos ambientais, disseram os eurodeputados em uma carta pedindo ação legal ou política da Comissão Europeia.

21 de ago. de 2022

ÁGUA (NA VIDA URBANA): SUAS DISPONIBILIDADES, MÁ UTILIZAÇÃO PELA SOCIEDADE, OMISSÕES DAS AUTORIDADES COMPETENTES. COMO SERÁ NOSSO FUTURO?!

https://dgi.unifesp.br/ecounifesp/index.php?option=com_content&view=article&id=12&Itemid=16#:~:text=Uma%20bacia%20sanit%C3%A1ria%20com%20v%C3%A1lvula,assim%20que%20eles%20forem%20notados. DESTAQUE: A descarga gasta muita água. Uma bacia sanitária com válvula acionada durante 6 segundos gasta 10 litros de água. Quando a válvula está defeituosa, pode chegar a gastar até 30 litros. Mantenha a válvula da descarga sempre regulada e conserte os vazamentos assim que eles forem notados. SÃO PAULO (20/08/2022): obra no Sistema Cantareira pode deixar 5 milhões sem água. Cerca de 5 milhões de moradores das cidades de São Paulo, Guarulhos, Osasco, Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Cajamar e São Caetano do Sul podem enfrentar problemas de abastecimento de água neste final de semana, por causa de uma obra que será realizada no Sistema Cantareira. A informação é da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Enquanto isso, a Educação Ambiental se arrasta lentamente no nosso país. Engana-se quem pensar que certas companhias de fornecimento de água estão preocupadas em manter atividades em EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Quanto mais se consome água, mais se paga de esgoto e mais "grana" entra na "empresa". Muitas delas pagam altíssimos salários aos seus diretores!
Foto obtida em frente a um condomínio, em Ribeirão Preto (SP). Prática muito comum em várias cidades: lavar, semanalmente, calçadas e faixadas de edifícios. Até o piso das garagens é lavado com certa frequência! No que diz respeito à cidade de Ribeirão Preto, destaco a notícia a seguir: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/noticia/rp-estuda-alternativa-de-abastecimento-com-aguas-superficiais-em-complemento-ao-atual-sistema-de-pr1 ÁGUA NA AGRICULTURA E INDÚSTRIAS: um outro capítulo, especial, na história do uso necessário e desperdícios!

20 de ago. de 2022

A INTERAÇÃO SERES HUMANOS - ANIMAIS E A DISSEMINAÇÃO DE VÍRUS

É IMPORTANTE OBSERVAR O BREVE HISTÓRICO DESSA VIROSE, SUAS CONSEQUÊNCIAS E PREVENÇÕES: https://youtu.be/kk7N1LjFZTw
OBSERVAÇÃO: devemos destacar o fato de que por falta de denominação específica para essa virose e como sua detecção inicial foi feita em macacos (e apenas isso), essa doença passou a ser chamada de "varíola dos macacos". Expressão essa que deveria já ter sido substituída em benefício da preservação desses animais!

18 de ago. de 2022

RIOS NA EUROPA: REGISTROS DE QUE ANTIGAMENTE SOFRERAM COM A SECA! E AGORA VAI PIORANDO...

https://youtu.be/nVD6g40rrJ4 ...OBVIAMENTE, A DEMANDA TRADICIONAL POR SUAS ÁGUAS VEM AUMENTANDO (CONSUMO HUMANO) E NOVOS USOS (RESFRIAMENTO DE USINAS NUCLEARES, INDÚSTRIAS, AGROPECUÁRIA DE EXPORTAÇÃO)...
PEDRA À VISTA EM LEITO SECO DO RIO ELBA (1616):

17 de ago. de 2022

PISTAS CLANDESTINAS NA AMAZÔNIA: SITUAÇÃO ALÉM DE CONFUSA!

Levantamento do The New York Times identificou 1.269 pistas de pouso não registradas na Amazônia brasileira em 2021 Reportagem produzida pelo The New York Times e The Intercept aponta que na Amazônia Legal, há 362 pistas de pouso e decolagem clandestinas cercadas de desmatamento. O número triplica quando consideradas todas as pistas abertas sem autorização e registro na região: 1.269 vias para pouso e decolagem. O levantamento reuniu os dados a partir de imagens de satélite da Amazônia coletadas em 2021. O cruzamento das localizações das 1.269 pistas clandestinas com dados públicos do Deter, sistema de alertas de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), mostra que 72% das áreas desmatadas pelo garimpo são ilegais. Nos outros 28% em que a mineração poderia ser autorizada, em metade dos casos há irregularidades, com desmatamento fora do período autorizado pela Agência Nacional de Mineração. No estado do Pará, três municípios que concentram a maior parte das atividades garimpeiras, Itaituba, Jacareacanga e Novo Progresso, também reúnem a maior quantidade de pistas clandestinas relacionadas a desmatamento por mineração. Das 234 pistas existentes nessas três localidades, há rastro de desmatamento por mineração em um raio de 20 quilômetros de 224 delas. Ou seja, 95,7% do total. Segundo um levantamento da organização Mapbiomas, em 2020, Itaituba e Jacareacanga eram os líderes nacionais em desmatamento por mineradores, com 54.340 hectares de exploração de ouro, apenas 36 hectares se tratavam de mineração industrial. Considerando apenas os números de garimpo de ouro, as duas cidades paraenses somam mais de 50% da área desmatada em todo o país para essa finalidade. A reportagem mostra ainda que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável por regulamentar o setor no país, recebeu 49 denúncias sobre pistas clandestinas, operadores de aeronaves e pilotos na área da Amazônia Legal entre 2018 e 2021, e mais nove nos primeiros seis meses de 2022, mas só emitiu seis multas por construção de pistas irregulares em todo país entre 2016 e 2021, nenhuma delas na Amazônia Legal. A Anac registrou 213 pistas na Amazônia em 2021, maior número de permissões da última década, triplo do total de novas pistas permitidas em 2018, último ano do governo Temer, quando foram registradas 66 estruturas. Em dezembro de 2019, o artigo que exigia a autorização prévia da Anac para a construção de pistas de pouso foi revogado na medida provisória 1.089/2021 do governo Bolsonaro. A medida virou lei com a aprovação do Congresso, em maio, e a sanção presidencial no mês seguinte. Por conta da pandemia de covid-19, e para facilitar o atendimento de saúde de comunidades indígenas e ribeirinhas localizadas em regiões afastadas, as restrições de pouso e decolagem de vias sem registro na Anac foram revogadas. Agora, o governo tornou definitiva a liberação e a facilitação da utilização de pistas clandestinas na Amazônia. Fonte: Amazônia.org.br

14 de ago. de 2022

PANTANAL EM CHAMAS! NADA FÁCIL PREVENIR PARA EVITAR E MUITO MENOS DEBELAR QUANDO OCORRE! AGORA, ANUALMENTE!!!

https://www.sospantanal.org.br/alerta-seca-antecipada-aumenta-risco-de-incendios-no-pantanal-em-2022/
DESTAQUE Nos últimos anos, a partir do monitoramento climático, diversos pesquisadores constataram uma redução de pluviosidade no bioma [1]; ou seja, a quantidade de chuva dentro do Pantanal diminuiu. Este resultado, além de trazer um desequilíbrio nas interações ambientais, também aumenta a quantidade de vegetação seca no ambiente, o que pode tornar o ambiente muito mais propício aos incêndios.

11 de ago. de 2022

SERVIÇOS AMBIENTAIS E VALORAÇÃO AMBIENTAL. CONCEITOS

Extraído de: https://1drv.ms/b/s!AlSvfvbpbplfsUPmZoKE1PoXVMtY SERVIÇOS AMBIENTAIS Atividades ou funções executadas pela Natureza e que têm sido vistas como de benefícios imprescindíveis à vida e que podem ser submetidas a avaliações econômicas. Como sejam: o ar que todos respiram, a regulação hídrica (o ciclo da água), o ciclo de nutrientes, produção de alimentos, recursos genéticos (e recursos naturais em geral), regulação da temperatura atmosférica e das águas, absorção e degradação natural de poluentes gerados pela humanidade etc. Este é um dos importantes aspectos tratados em economia ambiental ou da Natureza. A valoração ou estimativa econômica desses “serviços” pode ser vista em ODUM, H.T. (1996) Environmental accounting. EMERGY and environmental decision making. New York, John Wiley & Sons, 370p.; tendo esse autor denominado esta área de estudo como contabilidade ambiental. Um exemplo da importância dos valores dos serviços prestados pela Natureza ao homem é dado por Balmford e colaboradores [citados por BEGON, M; TOWNSEND, C.R. & HARPER, J.L. (2006) Ecology: from individuals to ecosystems. 4th ed. Oxford, Blackwell Publishing, 738p]: a expansão de uma ampla rede de áreas protegidas custaria à humanidade cerca de U$4 bilhões por ano, representando assim uma “pechincha” se comparados aos U$38 trilhões atribuídos aos serviços prestados pela Natureza. Ver no quadro que se segue as categorias de serviços ambientais, de acordo com publicação da FAO (2007):
VALORAÇÃO AMBIENTAL Trata-se, em economia ambiental, da atribuição de um valor econômico a um recurso ambiental. Parte-se do princípio de que todo recurso natural tem um valor intrínseco que lhe é atribuído pelo ser humano, na expectativa de que tal recurso contribua para o bem estar social. Na verdade, segundo afirma ORTIZ [ORTIZ, R.A. (2003) Valoração econômica ambiental. In: May,P.H.;Lustosa,M.C. & Vinha,V. da (organiz.). Economia do meio ambiente. Teoria e prática. São Paulo, Edit. Elsevier, Edit. Campus e Eco−Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, pp81-99], esse “valor” atribuído a um recurso natural qualquer reflete as “preferências das pessoas”. Assim sendo, são também incluídos nessa valoração os valores morais e éticos.Entre os diversos valores econômicos de recursos ambientais, citam-se como exemplos: valor deuso direto: aquele que deriva da utilização ou consumo direto do recurso (ex.: recursos hídricos); valor deuso indireto: aquele advindo das funções ecológicas do recurso ambiental ou derivado de uso ex-situ ao ambiente do recurso em consideração (ex.: qualidade da água, ar puro, conservação do solo, preservação de água subterrânea...); valor de opção: refere-se à quantia queas pessoas numa sociedade estariam dispostas a pagar para manter o recurso ambiental para uso futuro (ex.: manutenção de água em aquífero); valor de existência ou de não uso: implica em manter certo recurso sem usá-lo, guardando-o para o futuro (ex.: reserva florestal).

10 de ago. de 2022

CRÉDITO DE CARBONO = FLORESTA “EM PÉ”

Poderia ser rotulado, conforme preferem alguns, de "bitcoin ou criptomoeda verde"! Fundamenta-se no princípio do... SEQUESTRO DE DIÓXIDO DE CARBONO Este termo vem sendo aplicado desde o Protocolo de Quioto [ver PROTOCOLO DE QUIOTO (ou KYOTO) no GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA, disponível neste "blog"] referindo-se às diversas formas de captação do carbono lançado na atmosfera pelas atividades do ser humano (indústrias, veículos, queima de matéria orgânica em geral). Segundo dados da “UNEP – United Nations Environment Programme”, estima-se que o máximo potential de sequestro de dióxido de carbono na área total do nosso planeta “que tem chances de realizar absorção de carbono”, ou seja, um total 930 milhões de hectares (ou 9.300.000 km2), é de cerca de 21,6 bilhões de toneladas (ou 21.600 Mt ou megatoneladas) de dióxido de carbono por ano. Tal estimativa admite que um plantio de 500 árvores por hectare possa realizar tal sequestro. Documento útil pode ser acessado neste vídeo: https://youtu.be/ij5_puuel7s

8 de ago. de 2022

SE FOSSE UMA ÚNICA VIA FÉRREA, PODERIA SER EVITADA UMA DEVASTAÇÃO! MAS UMA RODOVIA!!!

POR QUÊ UMA RODOVIA CAUSARÁ IMPACTOS MAIS DO QUE UMA FERROVIA? Porque certamente surgirão incontroláveis estradas vicinais ligando-as à rodovia BR 319. E uma ferrovia só receberá cargas para serem transportadas (como por exemplo, madeiras), na Estação Ferroviária! Muito fácil para ser fiscalizada! BR-319 é “nova fronteira da devastação”, diz pesquisador, em podcast do G1 Em novo episódio do podcast "O Assunto", a jornalista Renata Lo Prete conversa com o biólogo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Philip Fearnside. O pesquisador alerta para o efeito “catastrófico” que a obra da BR-139 terá sobre um dos últimos grandes maciços verdes da floresta. O projeto, abandonado por décadas por se mostrar inviável, tem recebido apoio do governo federal e agora recebeu a licença prévia do IBAMA para a pavimentação dos 400 km centrais do trajeto, que atravessam ou margeiam terras indígenas e áreas de conservação.

5 de ago. de 2022

INSTABILIDADE ECONÔMICA, INSEGURANÇA ALIMENTAR E ESTRESSE MENTAL: CONSEQUÊNCIAS TRÁGICAS DE DESASTRES CLIMÁTICOS, PRINCIPALMENTE PARA PESSOAS DO SEXO FEMININO!!!

Desastres climáticos agravados pela crise ambiental têm aumentado a violência sofrida por mulheres, meninas e minorias sexuais e de gênero, segundo um estudo divulgado na revista The Lancet Planetary Health nesta segunda-feira (13). Uma equipe de pesquisadoras da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, analisou a literatura científica atual e descobriu que, à medida que eventos extremos geram instabilidade econômica, insegurança alimentar e estresse mental, a desigualdade de gênero cresce em decorrência desses acontecimentos. Estudos mostraram que enchentes, secas e tempestades afetaram cerca de 4 bilhões de pessoas, tirando mais de 300 mil vidas entre os anos de 2000 e 2019. Essas tragédias acabam aumentando a violência baseada em gênero devido a instabilidade socioeconômica, desigualdades estruturais de poder, inacessibilidade de serviços de saúde, escassez de recursos e falhas na segurança e na aplicação da lei. Estudos de caso Cientistas analisaram 41 estudos em países de todos os continentes. Eventos como tempestades, inundações, secas, ondas de calor e incêndios florestais foram avaliados juntamente com casos de assédio sexual, violência física, emocional, casamentos precoces e feminicídio. De acordo com as evidências encontradas, as consequências dos desastres naturais — choque econômico, instabilidade social, ambientes propícios e estresse — tinham relação com o aumento da violência baseada em gênero. “Na raiz desse comportamento estão as estruturas sociais e patriarcais que possibilitam e normalizam os abusos. Esses papéis, combinados com desigualdades que levam a marginalização, discriminação e expropriação, tornam as mulheres, meninas e minorias sexuais e de gênero desproporcionalmente vulneráveis ​​aos impactos adversos de eventos extremos”, diz Kim van Daalen, pesquisadora do Departamento de Saúde Pública e Atenção Primária, em comunicado. Van Daalen destaca que esses eventos não causam a violência, mas agravam os fatores que a geram ou criam ambientes que permitem esse tipo de comportamento. De acordo com os estudos analisados, os perpetradores da violência variam de parceiros e familiares a líderes religiosos, trabalhadores humanitários e funcionários do governo. Um exemplo utilizado como estudo de caso pela equipe foi o do furacão Katrina que atingiu a costa dos Estados Unidos em agosto de 2005. A violência de gênero aumentou, particularmente a violência interpessoal ou violência por parceiro íntimo, segundo as pesquisas. Outro fator decorrente dessa situação foi a falta de auxílio para a comunidade LGBTQIA+, que impedida de receber ajuda da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências, além de sofrer ameaças em abrigos pós-desastre. Também foi encontrada uma ligação entre a incidência de inundações e casamentos precoces em Bangladesh, com picos de casamentos entre crianças e adultos coincidindo com as enchentes de 1998 e 2004. Desmascarando a violência Apesar dos problemas gerados pelos eventos climáticos extremos, em alguns casos, passar por essa situação pode fazer com que algumas vítimas sintam que não aguentam mais o abuso, ou se sintam menos inibidas em denunciar a violência do que antes do evento. Entretanto as vítimas muitas vezes são silenciadas. Van Daalen ressalta que a gestão de desastres precisa se concentrar na prevenção, mitigação e adaptação aos impulsionadores da violência baseada em gênero. E que a informação seja levada a todas as regiões onde mulheres, crianças e grupos minoritários são mais atingidos. Por esse motivo os cientistas pedem que haja abrigos pós-desastre e serviços de socorro projetados para serem acessados ​​exclusivamente por mulheres, meninas e minorias sexuais e de gênero ou fornecer equipes de resposta a emergências especificamente treinadas na prevenção da violência de gênero. Da mesma forma, deve haver iniciativas de empoderamento para que as vítimas se sintam seguras e tenham oportunidade de mudar o rumo de seu destino.

3 de ago. de 2022

ENQUANTO O TELESCÓPIO JAMES WEBB FOTOGRAFA AGLOMERADO DE GALÁXIAS A 4,6 BILHÕES DE ANOS-LUZ, SÓ AGORA INDÍGENAS ISOLADOS NA AMAZÔNIA SÃO DESCOBERTOS!!!

Situação para auxiliar os Marubo, que notaram os isolados e estão com receio dessa súbita aproximação. Imagem mostra a base da Funai na confluência dos rios Ituí e Itacoaí. (Foto cedida por Rosita Watkins) O aparecimento de indígenas isolados em áreas próximas de aldeias de indígenas contatados na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, mobiliza indigenistas e agentes de saúde. Os primeiros relatos informam que há receio nessa aproximação, uma vez que “eles estão gritando e muito agitados”. A presença dos indígenas isolados foi notada na manhã desta segunda-feira (01) na margem do médio rio Ituí em frente à aldeia São Joaquim, do povo Marubo. Equipes tentam chegar a tempo na aldeia, onde os isolados foram avistados nos últimos dias. “Se eles atravessarem do lado da comunidade, o caso é muito preocupante, é gravíssimo. Pode ocorrer confito”, alertou Clóvis Marubo à Amazônia Real. O líder indígena disse que as mulheres Marubo estavam na roça colhendo banana, quando ouviram os indígenas isolados imitando sons de animais. Com medo e por precaução, elas atravessaram para o outro lado do rio para escapar do grupo, depois seguiram uma trilha e retornaram à aldeia. A aldeia São Joaquim fica a quatro dias de viagem até a cidade de Atalaia do Norte, no oeste do Amazonas, subindo pelo rio Itacoaí. De helicóptero, o percurso seria encurtado para 1 hora e meia. Um esforço entre indigenistas da Frente de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari (FPEVJ) e agentes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) está sendo articulado desde a tarde de segunda-feira para conseguir esse transporte aéreo. Os dois órgãos federais são ligados à Fundação Nacional do Índio (Funai) e ao Ministério da Saúde, respectivamente. Mas até esta manhã (2), a chegada do helicóptero era incerta. A reportagem apurou que os indígenas isolados podem ser associados aos registros de povos nos igarapés São Salvador e Pedro Lopes, que vivem na TI Vale do Javari. Na terra indígena há registros de 19 povos com língua e costumes desconhecidos da Funai. O grupo seria de 30 a 40 pessoas. Para Clóvis Marubo, esse grupo ocupa os rios Novo e Negro, afuentes do rio Ituí. “Eles estão no território de ocupação deles. Eles sempre viveram ali”, disse. Já um indigenista, que preferiu não citar o nome, pois a Funai proíbe que servidores falem com a imprensa, relatou que não esperavam por esse contato. “Estamos surpresos porque eles só aparecem assim em busca de algum apoio com saúde ou alguma catástrofe que possa ter atingido o grupo. Os Marubo não compreendem a língua deles, então é uma situação de emergência”, disse. Em uma nota de esclarecimento, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) disse que uma técnica de enfermagem de nome Ana Maria confirmou o avistamento dos isolados. “Os mesmo estão gritando e muito agitados, e isso está causando receio para os moradores da aldeia São Joaquim”, diz a nota, destacando que indígenas Marubo da aldeia Rio Novo estão descendo o rio para apoiar São Joaquim.