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3 de ago. de 2022

ENQUANTO O TELESCÓPIO JAMES WEBB FOTOGRAFA AGLOMERADO DE GALÁXIAS A 4,6 BILHÕES DE ANOS-LUZ, SÓ AGORA INDÍGENAS ISOLADOS NA AMAZÔNIA SÃO DESCOBERTOS!!!

Situação para auxiliar os Marubo, que notaram os isolados e estão com receio dessa súbita aproximação. Imagem mostra a base da Funai na confluência dos rios Ituí e Itacoaí. (Foto cedida por Rosita Watkins) O aparecimento de indígenas isolados em áreas próximas de aldeias de indígenas contatados na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, mobiliza indigenistas e agentes de saúde. Os primeiros relatos informam que há receio nessa aproximação, uma vez que “eles estão gritando e muito agitados”. A presença dos indígenas isolados foi notada na manhã desta segunda-feira (01) na margem do médio rio Ituí em frente à aldeia São Joaquim, do povo Marubo. Equipes tentam chegar a tempo na aldeia, onde os isolados foram avistados nos últimos dias. “Se eles atravessarem do lado da comunidade, o caso é muito preocupante, é gravíssimo. Pode ocorrer confito”, alertou Clóvis Marubo à Amazônia Real. O líder indígena disse que as mulheres Marubo estavam na roça colhendo banana, quando ouviram os indígenas isolados imitando sons de animais. Com medo e por precaução, elas atravessaram para o outro lado do rio para escapar do grupo, depois seguiram uma trilha e retornaram à aldeia. A aldeia São Joaquim fica a quatro dias de viagem até a cidade de Atalaia do Norte, no oeste do Amazonas, subindo pelo rio Itacoaí. De helicóptero, o percurso seria encurtado para 1 hora e meia. Um esforço entre indigenistas da Frente de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari (FPEVJ) e agentes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) está sendo articulado desde a tarde de segunda-feira para conseguir esse transporte aéreo. Os dois órgãos federais são ligados à Fundação Nacional do Índio (Funai) e ao Ministério da Saúde, respectivamente. Mas até esta manhã (2), a chegada do helicóptero era incerta. A reportagem apurou que os indígenas isolados podem ser associados aos registros de povos nos igarapés São Salvador e Pedro Lopes, que vivem na TI Vale do Javari. Na terra indígena há registros de 19 povos com língua e costumes desconhecidos da Funai. O grupo seria de 30 a 40 pessoas. Para Clóvis Marubo, esse grupo ocupa os rios Novo e Negro, afuentes do rio Ituí. “Eles estão no território de ocupação deles. Eles sempre viveram ali”, disse. Já um indigenista, que preferiu não citar o nome, pois a Funai proíbe que servidores falem com a imprensa, relatou que não esperavam por esse contato. “Estamos surpresos porque eles só aparecem assim em busca de algum apoio com saúde ou alguma catástrofe que possa ter atingido o grupo. Os Marubo não compreendem a língua deles, então é uma situação de emergência”, disse. Em uma nota de esclarecimento, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) disse que uma técnica de enfermagem de nome Ana Maria confirmou o avistamento dos isolados. “Os mesmo estão gritando e muito agitados, e isso está causando receio para os moradores da aldeia São Joaquim”, diz a nota, destacando que indígenas Marubo da aldeia Rio Novo estão descendo o rio para apoiar São Joaquim.

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