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30 de mar. de 2023
UMA QUESTÃO DE SEGURANÇA NACIONAL: CONTRABANDO DE AGROTÓXICOS
REPORTAGEM COMPLETA EM:
https://oeco.org.br/
DESTAQUES
Fronteiras entre países do Mercosul (Mercado Comum do Sul) têm uma vida econômica própria onde subsistem distintos personagens. Uma parte importante da força comercial é conectada ao tráfico de produtos por essas bordas nacionais, o que mantém uma grande indústria ilegal na região.
No centro da América do Sul, a tríplice fronteira entre as cidades de Foz do Iguaçu (Brasil), Puerto Iguazú (Argentina) e Ciudad del Este (Paraguai) é um "hotspot" para crimes de toda sorte. A cidade paraguaia de cerca de 250 mil habitantes é ligada ao Brasil pela “Ponte da Amizade”.
Diariamente cruzam por ela mais de 40 mil veículos e mais de 80 mil pedestres. Conectando Argentina e Brasil na mesma região, a “Ponte da Fraternidade” recebe 5 mil veículos diários. A fronteira Brasil-Uruguai se estende por toda a borda sul do estado brasileiro do Rio Grande do Sul.
As mercadorias chegam a Ciudad del Este de diferentes partes do mundo através da alfândega municipal ou da aduana do Aeroporto de Guarani, a 15 quilômetros por rodovias.
As 3.366 toneladas de agroquímicos que chegaram ao Paraguai por estes dois portos representam 27% de todas as importações do país em 2022, diz a Direção Nacional de Aduanas (DNA).
Ao mesmo tempo, as apreensões de agroquímicos (agrotóxicos, fertilizantes e outros itens usados em lavouras) dispararam nos últimos anos – 29 mil garrafas, caixas e sacos foram confiscados em 2022, no lado brasileiro. Tudo vinha do Paraguai.
Trata-se de um aumento de 549% sobre o total apreendido em 2021, em torno de 4.500 itens.
Cenário mafioso
Comandante do Batalhão de Fronteira da Polícia Militar no Brasil, André Dorecki não tem dúvidas de que o contrabando de agroquímicos se uniu ao crime organizado, que controla as rotas ilegais ao longo da borda Paraguai – Brasil.
A maioria dos crimes envolve maconha e cigarros e estão ligados ao narcotráfico em 139 cidades monitoradas pelo Batalhão, no estado brasileiro do Paraná. Na maioria das apreensões dos últimos anos havia agroquímicos.
Uma fonte policial paraguaia – não identificada para sua segurança –, diz que o valor dos agroquímicos despertou o interesse de quadrilhas. Na região do Alto Paraná, esses produtos são roubados até de fazendas. O mesmo ocorre no estado argentino de Misiones, limítrofe ao Brasil e ao Paraguai.
“Apenas um produtor perdeu quase US$ 50 mil (R$ 260 mil ou ₲$ 358 milhões de Guaranis) de agroquímicos”, diz Rubén Sanabria, engenheiro e diretor da Coordenadoria Agrícola do Paraguai (CAP), uma associação privada de produtores rurais.
Em fevereiro de 2020, autoridades paraguaias apreenderam quase 20 mil caixas de cigarros e 103 caixas de agroquímicos. A operação Reserva foi realizada por militares, agentes da DNA e do Ministério Público Federal do Paraguai.
Na ocasião, cinco armazéns na cidade de Salto del Guairá, também limítrofe do Brasil, foram invadidos. Até então, foi a maior operação anti-contrabando do governo Mario Abdo Benítez, empossado em agosto de 2018.
O tráfico de agroquímicos também pode manchar a imagem do setor agrícola. “Queremos acabar com a ideia de que os produtores [rurais] são culpados, que há muito contrabando disto e daquilo. Não são eles que trazem a mercadoria”, diz Sanabria, da Coordenadoria Agrícola Paraguaya (CAP).
“Os órgãos do Estado paraguaio têm que controlar [a criminalidade]. Nós produtores somos frequentemente subjugados pelas autoridades”, completa.
A poucos quilômetros de Ciudad del Este, um gigantesco armazém da Receita Federal do Brasil acumula mercadorias apreendidas. A grande maioria veio do Paraguai. Os itens ficam ali até serem leiloados ou destruídos – como no caso de agroquímicos.
Em 2021, oito toneladas desses produtos foram eliminadas. Em 2022, a quantidade saltou para 52 toneladas. O crescimento de quase 600% superou o de qualquer outro produto ilícito, incluindo a maconha.
27 de mar. de 2023
PLANTAS INVASORAS...TRAZEM BOAS E MÁS CONSEQUÊNCIAS!
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-03/mais-de-200-plantas-invasoras-ameacam-vegetacao-nativa-do-pais
DESTAQUES
1)Jaqueiras, amendoeiras-da-praia, casuarinas, jiboias, agaves. São plantas que fazem parte das paisagens brasileiras, mas nem sempre foi assim. Essas espécies não são nativas do Brasil e, trazidas de outros pontos do globo pelo homem, acabaram se espalhando sem controle pelo país.
O Banco de Dados Nacional de Espécies Exóticas Invasoras, mantido pela organização não governamental Instituto Hórus, elenca pelo menos 210 espécies vegetais não nativas que se espalharam por ecossistemas brasileiros, causando danos à flora local.
As amendoeiras-da-praia ou castanholas (Terminalia catappa), por exemplo, são presença constante nas praias e orlas de lagoas brasileiras. Proveniente da Ásia, provavelmente chegou por aqui de forma não intencional, através da água de lastro de embarcações portuguesas.
2)Nas caatingas da Paraíba, foram muitas as plantas "alóctones" (trazidas de outros agro e ecossistemas).
CONCEITUAÇÕES (DO GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA):
ALÓCTONE = INVASOR
Organismo alóctone, também chamado de “invasor”, é aquele que se origina em outro local e é
transportado para determinado ambiente na forma vegetativa ou de esporo. Animais que foram
inadvertidamente introduzidos pelo ser humano em ambientes que lhes são estranhos, são também
alcunhados de “invasores”.
As “plantas invasoras” de cultivos, assim chamadas pelos ecólogos e conhecidas na linguagem
agronômica como “ervas daninhas”, são em muitos casos, organismos alóctones.
AUTÓCTONE
AUTÓCTONE = INDÍGENO = ENDÊMICO
Organismo originado em determinado local e que em certo estádio de desenvolvimento da comunidade ele cresce, multiplica-se,contribuindo assim para o metabolismo da comunidade.
ESPÉCIE EXÓTICA
Utiliza-se geralmente esta expressão quando se deseja referir-se a um organismo que tenha sido introduzido intencionalmente num ambiente e que provenha de outro tipo de ambiente ou ecossistema;
embora não haja distinção precisa desta expressão com o termo alóctone. Muitas espécies vegetais e animais de interesse econômico foram introduzidas no Brasil; assim como diversas espécies e variedades de plantas exóticas ornamentais.
25 de mar. de 2023
SURTO DA COVID 19: NOVO ANIMAL RESPONSABILIZADO. MAS NUNCA OS SERES HUMANOS!!!
Na busca confusa pela origem do surto, onde o mercado fechou há muito tempo e quaisquer animais à venda foram mortos, ainda não temos provas definitivas. E o atraso de três anos no lançamento desses dados críticos foi descrito por alguns cientistas como "escândalo".
O nome científico do cão-guaxinim chinês é Nyctereutes procyonoides, que é diferente do cão-guaxinim japonês (Nyctereutes viverrinus).
São animais que têm o rosto semelhante ao de um guaxinim, com uma pigmentação nos pelos dos olhos que lembra uma máscara. Eles costumam ter 45 cm e 71 cm e pesar de entre 7 kg e 10 kg.
O Nyctereutes procyonoides é encontrado na porção leste da China, justamente onde fica a cidade de Wuhan.
DESTAQUES
1) As descobertas são publicadas em meio a sinais de que a teoria do vazamento de laboratório está ganhando terreno entre as autoridades dos EUA.
2) A BBC falou com alguns dos cientistas envolvidos na missão de três anos para investigar a origem do Covid. Eles acreditam que essa nova análise pode ser a mais próxima que chegaremos de entender como o surto começou, e que as divisões entre a China e o Ocidente estão dificultando o esforço científico para resolver esse mistério.
3) As sequências genéticas completas dessas amostras, cruciais do mercado, foram vistas pela Dra. Florence Debarre, pesquisadora sênior do Instituto de Ecologia e Ciências Ambientais de Paris. Ela disse ao programa Science in Action da BBC World Service que estava "obcecada" em encontrar esses dados desde que descobriu pela primeira vez que eles existiam.
4) Tendo encontrado e baixado os códigos em um banco de dados genético chamado GISAID, onde os cientistas compartilham esse tipo de informação, ela e seus colegas se concentraram para descobrir quais espécies correspondiam às amostras que foram encontradas nos mesmos locais que o vírus. "Vimos os resultados aparecerem em nossas telas, e foi: cão guaxinim, cão guaxinim, cão guaxinim, cão guaxinim", lembrou ela.
5) "Então encontramos animais e vírus [juntos]", explicou a Dra. Debarre. "Isso não prova que os animais foram infectados, mas essa é a interpretação mais plausível do que vimos."
OBSERVAÇÕES DO RESPONSÁVEL POR ESTE BLOG:
Sobre a origem dessa pandemia, muito ainda vai se falar. Politizar, conjeturar...
Vírus sempre existiram e existirão. Muitos deles em animais, com certas especificidades, mas que poderão passar pra outros; talvez inesperados.
Asiáticos, africanos, sul-americanos e outros povos...sempre se alimentaram de "tudo que se movesse", com patas, asas, nadadeiras ou sem membros locomotores (cobras, minhocas, vermes...). Daí surge a pergunta: por quê só agora acusam morcegos, cão-guaxinim...?
A China é apontada, sem contestações, como país de origem dessa pandemia. Se foi um erro na manipulação de material biológico e se este tinha propósito escuso ou não, a China não vai permitir que o mundo ocidental investigue até a resposta final, definitiva.
DESMATAMENTOS NA AMAZÔNIA: ATÉ QUANDO OS RECORDES DEIXARÃO DE SER “BATIDOS”?!
Por quê cenas como esta continuam acontecendo sem ações eficientes que as impeçam?!
DESTAQUES
1) Região teve o quinto recorde anual consecutivo na derrubada, que chegou aos 10.573 km² entre janeiro e dezembro do ano passado.
2) Desmatamento na Amazônia em 2023 pode passar dos 11 mil km² se seguir o ritmo atual, estima PrevisIA.
Os impactos cada vez mais evidentes das mudanças climáticas torna o combate ao desmatamento na Amazônia prioridade nacional e global. Em 2023, se o ritmo da derrubada não for interrompido, a floresta pode perder mais 11.805 km² de mata nativa, conforme estimativa da plataforma de inteligência artificial PrevisIA. Do tamanho de quase 10 cidades do Rio de Janeiro, a devastação prevista causará ainda mais emissões de gases do efeito estufa, que estão relacionados com a maior frequência e intensidade de fenômenos climáticos extremos. Entre eles estão chuvas fortes, ondas de frio e de calor e secas prolongadas.
Desenvolvida pelo Imazon em parceria com a Microsoft e o Fundo Vale, a ferramenta já mostrou uma assertividade de quase 80% na previsão de desmatamento em 2022, o que a consolida como uma tecnologia relevante para auxiliar nas ações de proteção à floresta. Para validar o quanto a PrevisIA acertou, os pesquisadores cruzaram as áreas que a plataforma previu estarem sob risco de derrubada entre agosto de 2021 e julho de 2022 com a devastação registrada pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon no mesmo período. E o resultado foi que 78,2% da destruição ocorreu em até 4 km do indicado pela plataforma.
Mais dados em
https://imazon.org.br/imprensa/desmatamento-na-amazonia-em-2023-pode-passar-dos-11-mil-km%C2%B2-se-seguir-o-ritmo-atual-estima-previsia/
22 de mar. de 2023
DIA MUNDIAL DA ÁGUA. 22 DE MARÇO
https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2023/03/por-que-o-dia-mundial-da-agua-e-comemorado-em-22-de-marco/amp
DESTAQUE
Usando uma antiga fábula do povo quéchua do Peru, na qual um beija-flor carrega gotas de água para extinguir um grande incêndio, a campanha incentiva as pessoas a estarem presentes para ajudar a resolver a crise da água e do saneamento.
21 de mar. de 2023
EMISSÕES DE GASES DO EFEITO ESTUFA PRECISAM DIMINUIR SIGNIFICATIVAMENTE ATÉ 2030
Reproduzido do OBSERVATÓRIO DO CLIMA:
https://www.oc.eco.br/uma-questao-de-sobrevivencia/
Uma questão de sobrevivência
IPCC divulga relatório-síntese sobre mudanças climáticas; emissões de gases de efeito estufa precisam diminuir 43% até 2030; decisões políticas seguem investindo mais na causa do que na solução do problema
20.03.2023 - Atualizado 20.03.2023 às 13:11 |
DO OC – Não se trata mais de um alerta da comunidade científica para evitar uma possível tragédia – trata-se do princípio mais básico, comum a qualquer ser vivo: sobrevivência. Ou mudamos a rota agora, ou nos restará a catástrofe. A emergência climática deu lugar a uma situação de emergência humanitária.
O alerta – mais um, só que ainda mais enfático – está no relatório síntese do IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, da ONU), publicado na manhã desta segunda-feira, após uma semana de intensa negociação entre governos e cientistas. Os dois “polos” debatem para garantir que o texto tenha força científica e relevância governamental. Duas cientistas brasileiras – a vice-presidente do IPCC Thelma Krug, e a revisora Mercedes Bustamante – participaram do grupo que redigiu o relatório síntese, que tem 93 autores. O documento foi finalizado na tarde de ontem em Interlaken, na Suíça, frustrando a expectativa de que ficasse pronto na última sexta-feira.
O teor das 37 páginas não chega a ser inédito, já que se trata de um apanhado dos últimos seis relatórios publicados pelo IPCC, mas funciona como a mensagem final dos cientistas nesta década crítica, visto que o próximo ciclo de análise só deve começar a ter resultados por volta de 2028.
Para quem achava que a mudança climática era uma fantasia, o texto mostra que a realidade bateu à porta: em 2019, a concentração atmosférica de CO2 (410 partes por milhão) foi a maior em pelo menos 2 milhões de anos, e as de metano (1.866 partes por bilhão) e óxido nitroso (332 partes por bilhão), as maiores em 800 mil anos. Setenta e nove por cento das emissões globais de gases de efeito estufa vieram dos setores de energia, indústria e transporte e 22% da agricultura, silvicultura e de outras formas de uso da terra.
O IPCC vem estudando desde 2018 o aumento da temperatura mundial até 1,5 ºC. Quase todos os cenários apontam que esse limite será ultrapassado entre 2030 e 2035, ainda que temporariamente (no momento já são 1,1ºC acima da era pré-industrial). Os cientistas projetaram diversos cenários para o futuro, e apenas naqueles em que há ações mais ambiciosas de redução de gases de efeito estufa (GEE), o mundo consegue voltar à temperatura abaixo desse limiar antes do fim do século.
Quanto maior a magnitude e maior a duração do overshoot (quando a temperatura da Terra ultrapassa um determinado limite por algum tempo e depois retorna), mais exposto estará o planeta, aumentando os riscos para sistemas naturais e humanos. Apesar de temporário, o dano causado será permanente e irreversível em alguns ecossistemas de resiliência baixa, como os polos, as montanhas e as costas impactadas por degelo ou por aumento do nível do mar – e claro, lembrando que o aumento de 1,5ºC em si já é um péssimo cenário.
Alerta para o Brasil
Segundo Stela Herschmann, especialista em política climática do Observatório do Clima, 1,5ºC é uma meta de sobrevivência necessária para garantir um futuro climático mais seguro para todos nós. “A mensagem que fica, por parte dos cientistas, é de que precisamos garantir que não haja overshoot ou que ele seja o menor possível, pelo menor tempo possível. Cada fração de um grau de aquecimento importa. Não estamos preparados para a devastação climática que significa ultrapassar 1,5ºC. Vai nos custar mais vidas, tanto humanas quanto de inúmeras outras espécies.”
Hoje, de 3,3 a 3,6 bilhões de pessoas – quase metade da população da Terra, sobretudo do hemisfério sul – já vivem em condição de vulnerabilidade devido às mudanças do clima. Essas pessoas têm 15 vezes mais chances de serem mortas num desastre climático.
Para evitar ou atenuar o overshoot, o documento toma como parâmetro as emissões de GEE projetadas de 2019 e traça metas bem específicas para os próximos anos. A primeira delas: reduzir a emissão em 43 [34-60]% até 2030. Em seguida:
Redução de 60 [49-77]% até 2035;
69 [58-90]% até 2040;
84 [73-98]% até 2050.
Isso significa agir desde já. Significa também que a indústria fóssil poderá ter “ativos encalhados”, ou seja, investimentos que não chegarão ao mercado, como já foi mencionado no relatório anterior do IPCC, publicado em 2022. O texto apontava que para haver uma estabilização do aumento da temperatura global em 1,5ºC, o uso de carvão mineral precisa cair 95%, o de petróleo 60% e o de gás natural 45% até 2050. Isso é um alerta para o Brasil, que ampliou investimentos no pré-sal e sancionou uma lei permitindo a construção de novas termelétricas a carvão até 2040.
É preciso promover uma mudança radical no setor de energia. Para atingir as emissões líquidas zero de CO2 e GEE, será necessária a transição de combustíveis fósseis sem captura e armazenamento de carbono (CCS) para fontes de energia de muito baixo ou zero carbono, como as renováveis. Fontes solar e eólica são de longe as opções de menor custo com o maior potencial para reduzir as emissões até 2030. O preço da energia renovável tem caído. Entre 2010 e 2019, houve uma queda de 85% no preço da energia solar e 55% na energia eólica. Também houve uma queda de 85% no preço das baterias de lítio, usadas em carros elétricos.
[Texto completo no "link" destacado no topo desta postagem]
DRONES: TECNOLOGIA EM IMPORTANTE APOIO À PRESERVAÇÃO DA NOSSA FAUNA
Reproduzido de:
https://oeco.org.br/
Cada vez mais o aparelho, munido de câmera termal e colorida, tem ajudado pesquisadores a fazerem registros de animais em áreas de difícil acesso
DUDA MENEGASSI
20 de março de 2023
No dossel verde que se estende sob o sol, uma sombra se move acima das árvores, acompanhada de um zunido constante. Nos galhos escondidos debaixo da folhagem, movimentos indistinguíveis balançam as copas. A poucos quilômetros de distância, um pesquisador vê a paisagem numa pequena tela dividida: de um lado, uma imagem em preto e branco, do outro, a mesma cena colorida. É na tela acinzentada, entretanto, onde estão fixados os olhos de Marcello Nery, diretor do Muriqui Instituto de Biodiversidade (MIB). A partir dessa imagem, captada por um sensor termal, ele consegue finalmente identificar a silhueta do corpanzil do maior primata das Américas. Um, dois, três… dez muriquis-do-norte, visíveis como pontos brancos na tela termal, ainda que permanecessem praticamente invisíveis na tela colorida.
O registro do grupo de muriquis-do-norte (Brachyteles hypoxanthus) foi feito em novembro do ano passado no município mineiro de Peçanha, durante a Expedição Rede Muriqui, realizada pelo MIB. Com o objetivo de encontrar muriquis isolados e monitorar grupos em fragmentos de floresta, a iniciativa tem contado com ciência cidadã e um aliado dos céus: o drone. Equipado com um sensor termal e colorido, o aparelho identifica focos de calor e, com isso, ajuda os pesquisadores na muitas vezes árdua missão de achar os bichos na mata.
"Nós estamos fazendo estudos comparativos que estão apontando que nós estamos otimizando de três a cinco vezes os voos para detecção de animais com a câmera termal, em relação a um drone só com a câmera colorida. Então você quintuplica a sua chance de achar os bichos”, destaca o primatólogo Fabiano Melo, pesquisador do MIB e professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Com os avanços tecnológicos e a gradual popularização dessas ferramentas, os drones têm sido equipamentos cada vez mais utilizados para apoiar levantamentos de fauna nos mais diferentes ambientes. Das copas das árvores em florestas tropicais aos campos abertos e até mesmo em alto-mar. Controlados remotamente – no caso dos drones multirotores – ou em rotas de voo pré-programadas – no caso dos de asa fixa – estes veículos aéreos não-tripulados, equipados com sensores de diversos tipos, têm ampliado a fronteira do monitoramento da biodiversidade no mundo.
19 de mar. de 2023
A ÁFRICA ESTÁ SE DIVIDINDO EM DUAS?! NOVO OCEANO ESTARÁ SE FORMANDO?! NÃO É BEM ASSIM!!!
Reproduzido e traduzido de:
https://www.theguardian.com/science/blog/2018/apr/06/africa-is-slowly-splitting-in-two-but-this-crack-in-kenya-rift-valley-has-little-to-do-with-it?CMP=Share_iOSApp_Other
Os meios de comunicação globais têm estado agitados recentemente sobre uma grande “quebra” que apareceu no Vale do Rift do Quênia. Muitas dessas notícias tentaram chegar ao fundo do que causou esse recurso, com muitos relatos concluindo que era evidência do continente africano se dividindo ativamente em dois. No entanto, muitos artigos citaram comentários limitados de especialistas, muitos dos quais foram retirados do contexto e foram baseados em evidências concretas mínimas. Outros artigos se alimentaram diretamente de relatórios anteriores, propagando rumores infundados e perdendo de vista as fontes originais.
A África está lentamente se dividindo em dois - mas essa 'quebra' no Quênia tem pouco a ver com isso!
Dada a aparência inicial da rachadura, os relatos de terremotos aparentemente ocorrendo ao mesmo tempo e sua localização ao longo de um limite de placa tectônica recém-formada, talvez seja natural pensar rapidamente que isso está relacionado ao rompimento, ou “rifting”, da África. Como o aparecimento súbito da rachadura pode, compreensivelmente, afetar a vida dos moradores locais que vivem e trabalham nas proximidades, é importante que analisemos todas as evidências disponíveis para descobrir o que a está causando e para evitar o pânico indevido.
Primeiro, olhando para as inúmeras imagens e vídeos do acontecimento, fica claro que ele não tem origem tectônica. Os dois lados da rachadura não têm o mesmo contorno e, assim como tentar encaixar duas peças de um quebra-cabeça juntas, elas não se juntam. Além disso, a rachadura não é totalmente contínua, com “pontes” do solo no meio. Também não há escarpas claras e a terra é plana em ambos os lados da rachadura. Essas linhas de evidência mostram que a rachadura foi formada por erosão súbita - não pela separação (extensão) ao longo de falhas geológicas ativas.
Em segundo lugar, os relatos de atividade sísmica não são fundamentados. Não houve relatos oficiais de terremotos das autoridades do Quênia, e podemos dizer com certeza que nenhum terremoto de tamanho moderado a grande ocorreu recentemente. Com a capital do Quênia, Nairóbi, a menos de 50 km de distância, até mesmo pequenos terremotos teriam sido amplamente sentidos. Mesmo assim, como toda a região está passando por uma extensão gradual, é normal que pequenos terremotos ocorram ocasionalmente em toda a região, de modo que as pessoas locais que sentem tremores não sugerem nenhuma anormalidade causal.
Eventos de "rifting" (rompimento ou fissuramento) discretos e a formação gradual de depressões já foram vistos antes na parte do Rift da África Oriental que continua para o norte através da Etiópia, causando fortes terremotos (magnitude 5+), detectados a milhares de quilômetros de distância. Esses eventos foram causados pelo movimento de rocha derretida quente nas profundezas da crosta, conhecidas como intrusões de dique magmática, formando uma crosta totalmente nova. As intrusões também foram capturadas usando medições de radar de satélite, que mostraram flambagem da crosta em amplas áreas de dezenas de quilômetros de largura ao redor da rachadura da superfície. Análise preliminar semelhante que tem investigado o movimento do solo na região da nova rachadura no Quênia nas últimas semanas não mostra nenhuma deformação em larga escala. Este resultado mostra que não houve nenhum movimento profundo de magma permitindo que a rachadura se formasse.
Dada a evidência disponível no momento, a melhor e mais simples explicação é que essa rachadura foi de fato formada pela erosão do solo sob a superfície devido às recentes fortes chuvas no Quênia. Um olhar mais aprofundado sobre imagens ópticas de satélite indica que características erosivas semelhantes podem ser vistas em outros lugares da região, sugerindo que esses eventos de inundação repentina já causaram erosão antes. Isso concorda com o que os geólogos locais disseram e estudos anteriores concluíram - a água da chuva lavou camadas profundas de cinzas vulcânicas soltas depositadas por erupções vulcânicas anteriores no vale da fenda. Características erosivas semelhantes foram observadas antes em regiões tectonicamente estáveis, como o Arizona. Dada essa conclusão, é apropriadamente menos dramático se referir a esse recurso como uma ravina ou vala.
14 de mar. de 2023
RISCOS DE DESMATAMENTOS NA AMAZÔNIA: TOMARA QUE NÃO SE CONCRETIZEM!
OBSERVAÇÃO:
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Microsoft e o Fundo Vale lançaram oficialmente a PrevisIA, uma plataforma que usará Inteligência Artificial (IA) para prever as áreas sob maior risco de desmatamento na Amazônia. E, com isso, fornecerá dados para que a destruição da floresta possa ser evitada.
Os impactos cada vez mais evidentes das mudanças climáticas torna o combate ao desmatamento na Amazônia prioridade nacional e global. Em 2023, se o ritmo da derrubada não for interrompido, a floresta pode perder mais 11.805 km² de mata nativa, conforme estimativa da plataforma de inteligência artificial PrevisIA. Do tamanho de quase 10 cidades do Rio de Janeiro, a devastação prevista causará ainda mais emissões de gases do efeito estufa, que estão relacionados com a maior frequência e intensidade de fenômenos climáticos extremos. Entre eles estão chuvas fortes, ondas de frio e de calor e secas prolongadas.
Desenvolvida pelo Imazon em parceria com a Microsoft e o Fundo Vale, a ferramenta já mostrou uma assertividade de quase 80% na previsão de desmatamento em 2022, o que a consolida como uma tecnologia relevante para auxiliar nas ações de proteção à floresta. Para validar o quanto a PrevisIA acertou, os pesquisadores cruzaram as áreas que a plataforma previu estarem sob risco de derrubada entre agosto de 2021 e julho de 2022 com a devastação registrada pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon no mesmo período. E o resultado foi que 78,2% da destruição ocorreu em até 4 km do indicado pela plataforma.
Ou seja: em 2023, ela pode ser usada para direcionar as ações de combate ao desmatamento para as áreas sob maior ameaça e ajudar a evitar que a previsão se concretize novamente.
“Desde o lançamento da PrevisIA, em 2021, nós estamos repetindo que queremos errar a previsão, porque nosso objetivo é que essa tecnologia seja usada para evitar que o risco de derrubada vire realidade. É para isso que trabalhamos a cada ano para aprimorar a ferramenta. Em uma região tão extensa como a Amazônia Legal, poder direcionar as ações de fiscalização para os pontos sob maior risco pode torná-las mais eficazes com menor gasto público”, afirma Carlos Souza Jr., pesquisador do Imazon.
Gráficos especificando locais de desmatamentos são mostrados em:
https://imazon.org.br/imprensa/desmatamento-na-amazonia-em-2023-pode-passar-dos-11-mil-km%C2%B2-se-seguir-o-ritmo-atual-estima-previsia/
9 de mar. de 2023
NOSSO DESTINO? PERMANENTE?! EM TODAS AS ÁREAS DAS ATIVIDADES HUMANAS
CORRUPÇÃO!!!
A última década na Amazônia tem sido marcada por uma sequência de crimes ambientais, sinalizados em ações de desmatamento ilegal, extração ilegal de ouro e da madeira, sonegação fiscal, e outros atos ilícitos de caráter financeiro. Diante desta realidade, a Plataforma CIPÓ - um Instituto de pesquisa independente dedicado a questões de clima, governança e relações internacionais - desenvolveu um estudo para tentar entender as origens desse tipo de crime e formular recomendações para intensificar o seu enfrentamento e torná-lo mais efetivo. No cerne do problema, as autoras identificaram dois motivos principais que facilitam muito as ações ilícitas: corrupção de servidores públicos.
Por meio de pesquisas e entrevistas com as autoridades envolvidas diretamente na apuração das denúncias realizadas ao longo de seis meses, Flávia e Luísa Falcão analisaram três operações da Policia Federal: a Arquimedes (AM), Madeira Limpa (PA) e Dilema de Midas (PA).
Elas buscaram entender como os crimes ambientais foram identificados pelos órgãos fiscalizadores - Ibama e Incra -, como foi feita a investigação dos casos pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, quais provas foram utilizadas para a condenação dos envolvidos e, como lição disso, o que pode ser considerado eficiente para evitar a ação de danos socioambientais por parte das empresas.
As operações foram iniciadas a partir de denúncias feitas pelos órgãos fiscalizadores. No caso da Arquimedes, de extração ilegal de madeira, a investigação teve início a partir de um alerta na Receita Federal que identificou um aumento incomum do trânsito de madeira pelo porto de Chibatão (AM).
Após perguntar para a administração do porto sobre essa movimentação, a Receita foi informada de que naquele local não era solicitado o Documento de Origem Florestal (DOF), que é obrigatório, de acordo com as regras do Ibama, para carregamentos de madeira. Por causa da ausência do DOF, foi descoberto o desmatamento ilegal de madeira naquela região.
Veja mais em
https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2023/03/09/corrupcao-e-tecnologia-defasada-os-viloes-do-combate-ao-crime-ambiental.htm?cmpid=copiaecola
7 de mar. de 2023
ATAQUES DE TUBARÕES NAS PRAIAS DE JABOATÃO DOS GUARARAPES E RECIFE
Os três ataques de tubarão que aconteceram no Grande Recife nas três últimas semanas, levantam o questionamento sobre por que os incidentes com esses animais são tão frequentes na costa de Pernambuco.
Diante do extenso litoral nordestino, por que os tubarões atacam com tanta frequência, principalmente no Grande Recife?
ALGUMAS EXPLICAÇÕES (COM FORTES INDÍCIOS DE AÇÕES ANTRÓPICAS)
1) "Os tubarões estão mais concentrados em Pernambuco devido a nossa geografia acidentada. Nós temos um canal (que os animais usam para se locomover e se alimenta) passando próximo à faixa de areia, que é a praia. Em alguns locais esses canais ficam tão próximos, que estão a apenas 50 metros de distância", esclarece o biólogo André Maia.
2) Opinião de Jader Marinho-Filho — professor titular Aposentado e pesquisador colaborador do Departamento de Zoologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB): "Esse trecho da costa tem estuários, que são pontos onde rios desaguam no oceano, e também onde muitas espécies de peixes se reproduzem. Assim há uma abundância de alimento que atrai os predadores", destaca o professor. "A configuração das rochas, os recifes — que inclusive dão nome à cidade — facilitam o direcionamento dos tubarões para as praias da cidade".
Para o professor, é muito debatido também como as obras do Porto de Suape, que teve configuração bastante alterada, pode ser um dos fatores que contribuem para o aumento dos "encontros" de tubarões e pessoas. A área era um habitat de vários tubarão-cabeça-chata — um dos mais comuns no Recife — e as transformações ambientais feitas para a criação do porto podem ter causado a migração dos tubarões para o Recife.
3) Mas também existem outros fatores que explicam o problema, como a elevação do número de surfistas e banhistas no mar, a crescente pesca de arrasto de camarão – com os barcos despejando restos da pesca. As principais espécies responsáveis pelos ataques são o tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier) e o cabeça-chata (Carcharhinus leucas). As duas espécies são conhecidas pela ferocidade de seus ataques e pelo grande apetite. Uma prova desse poder predatório é que já foram encontrados no estômago de tubarões capturados os mais variados objetos, como placas de carro, garrafas, sacos plásticos e mesmo latas de cerveja.
Leia mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-ocorrem-tantos-ataques-de-tubarao-em-recife/
5 de mar. de 2023
PARADIGMA. DAS TEORIAS DE THOMÁS KUHN, O FILÓSOFO DA CIÊNCIA DOS NOSSOS TEMPOS, PARA AS PRÁTICAS DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Thomas Samuel Kuhn (1922-1996) é um dos filósofos mais influentes da ciência do século XX, talvez o mais influente. Seu livro de 1962 The "Structure of Scientific Revolutions" é um dos livros acadêmicos mais citados de todos os tempos. A contribuição de Kuhn para a filosofia da ciência marcou não apenas uma ruptura com várias doutrinas positivistas importantes, mas também inaugurou um novo estilo de filosofia da ciência que a aproximou da história da ciência. Seu relato sobre o desenvolvimento da ciência sustentava que a ciência desfruta de períodos de crescimento estável pontuados por revoluções revisionárias. A esta tese, Kuhn acrescentou a controversa "tese de incomensurabilidade", que teorias de diferentes períodos sofrem de certos tipos profundos de falha de comparabilidade.[Breve apresentação extraída da STANFORD ENCYCLOPAEDIA OF FILOSOPHY].
Em termos da controversa "tese de incomensurabilidade" de Thomas Kuhn, avaliando-se nossas dificuldades nas práticas da sustentabilidade, onde poderiam estar as falhas da comparabilidade?
Surge neste ponto as questões introduzidas pela recente área da
ECONOMIA AMBIENTAL ou ECONOMIA DA SUSTENTABILIDADE [Trecho extraído de CAVALCANTI, C. (org.) (2009) Desenvolvimento e Natureza: estudos para uma sociedade sustentável.
São Paulo, Edit. Cortez e Recife, Fundação Joaquim Nabuco, 429p]
“A economia da sustentabilidade implica consideração do requisito de que os conceitos e métodos usados na ciência econômica devem levar em conta as restrições que a dimensão ambiental impõe à sociedade”. E ainda: “Do mesmo modo, a sociedade deve estar de tal modo organizada que sua troca de matéria e energia com a Natureza não viole certos postulados”. Outro ponto relacionado ao conceito de economia da sustentabilidade: “A moderna sociedade industrial se caracteriza, por sua vez, por fluxos de sentido único, em que matéria e energia de baixa entropia se convertem continuamente em matéria e energia de alta entropia, não integrados nos ciclos materiais da Natureza. Essa forma de sustentabilidade é questionável".
Tradicionalmente, antes da introdução dos conceitos de agroecologia, só se utilizava terras para a agropecuária, se toda a cobertura vegetal, natural, fosse removida. Facilitaria a introdução do que se desejasse cultivar ou criar, seria mais fácil cuidar e praticar manejos, assim como colher o que se plantou. Pensava-se também que seria mais fácil e eficaz, o manejo de pragas e combate a doenças.
Mas novas metodologias e técnicas foram surgindo e, aos poucos, novas terras conquistadas e até solos antes considerados imprestáveis para a agropecuária, começaram a ser tratados de maneira bastante diferentes.
Então, o que falta para que esse "novo mundo" da sustentabilidade deslanche?! E se torne de aplicação geral em todos nossos agrossistemas?
Cada eco e agrossistema com suas peculiaridades. Mas algo é comum a todos: conhecer, respeitar e saber tirar proveito do potencial natural de cada um. Daí, surgiram: o plantio direto, o cultivo sem eliminar totalmente a cobertura vegetal autóctone, a consorciação de lavoura-pecuária-floresta (LPF na Amazônia é bom exemplo), a mandala (forma de produção de alimentos, onde o plantio é feito de forma circular; na agricultura familiar, por exemplo)... e outras formas em que se pratique o real conceito de
CONSERVAÇÃO
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (“IUCN − INTERNATIONAL UNION FOR THE CONSERVATION OF NATURE”), “conservação é o manejo dos recursos do ambiente, com o propósito de obter-se a mais alta qualidade sustentável de vida humana”. Nesta conceituação, em que pese a forte conotação “antropocêntrica” com o uso da expressão “vida humana”, entende-se que o ser humano para alcançar “a mais alta qualidade sustentável de vida”, necessite preservar todos os componentes ambientais. A vida humana depende de sua interação com os componentes estruturais da Natureza, respeitando suas funções. Como a conservação é uma interação homem-Natureza, ela implica em atitudes inteligentes na utilização dos ecossistemas terrestres e aquáticos e também de melhoria das condições ambientais sem que esses ambientes percam sua originalidade.
CONCLUSÃO
Está nas mãos dos tradicionais "atores decisivos da sociedade" que obter recursos sustentáveis, ou seja, ao longo da existência de incontáveis gerações é saber explorar o que a Natureza nos oferece sem priorizar o lucro sem limites!
"A Natureza produz o suficiente para satisfazer todas as necessidades humanas. Mas não sua gula" (Mahatma Gandhi).
3 de mar. de 2023
"SEPARAR O JOIO DO TRIGO"! EM TERMOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ECOLÓGICO E SOCIOECONÔMICO) AINDA NÃO SABEMOS COMO FAZER!
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2023/03/02/mst-invade-areas-produtivas-e-agro-fala-em-estimulo-a-polarizacao-ideologica.amp.htm
OBSERVAÇÕES DO RESPONSÁVEL POR ESTE BLOG:
1) “Separar o joio do trigo” é uma expressão do Novo Testamento, de uma das Parábolas, quando Mateus, durante o Juízo Final anunciava que os anjos iriam separar os “filhos do maligno” (o joio) dos “filhos do reino” (o trigo).
2) Fica para os leitores tirar suas conclusões.
1 de mar. de 2023
POR VÁRIAS DÉCADAS ENTREGUES À PRÓPRIA SORTE…INDÍGENAS DA AMAZÔNIA AINDA EM SOFRIMENTO!!!
https://amazonia.org.br/2023/02/os-yanomami-continuam-morrendo-emergencia-completou-1-mes-longe-de-acabar/
DESTAQUES
Eles continuam morrendo”, disse à Agência Pública um servidor público do governo federal em Roraima (RR) empenhado na emergência sanitária na Terra Indígena Yanomami, que pediu para não ter o nome publicado. Declarada pelo Ministério da Saúde há pouco mais de um mês, em 20 de janeiro, como consequência dos crimes cometidos contra os Yanomami durante o governo de Jair Bolsonaro e com o agravamento da invasão de 20 mil garimpeiros, a ESPIN (Emergência Sanitária de Saúde Pública de Importância Nacional) está longe de ser resolvida.
“Continua, sim, tendo mortos. Hoje nós trouxemos quatro corpos de indígenas que morreram ontem [segunda-feira, dia 20] no Hospital Geral [em Boa Vista]. Fui auxiliar para dar a informação às comunidades. A crise não acabou, não. A saúde nem chegou ainda, não chegou assistência às comunidades. Estão impedidos [profissionais de saúde] de fazer missões porque tem muitos garimpeiros em muitas áreas ainda”, disse por telefone Junior Hekurari, presidente do Condisi (Conselho de Saúde Indígena), que estava ontem na comunidade de Surucucu participando do atendimento aos indígenas. Nos últimos três anos durante o governo Bolsonaro, ele fez inúmeras denúncias sobre o genocídio em curso na terra Yanomami.
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