Como a Natureza está estruturada? Muito simples! Está organizada em dois “compartimentos”: muitos organismos produzem matéria orgânica, os vegetais sempre em enormes quantidades, constituindo a fitomassa e outros organismos consomem tal matéria, constituindo a zoomassa. No total formam a biomassa do nosso planeta. Mas para isso são necessários os componentes básicos, fundamentais: água, nutrientes, energia!
Num conceito resumido da tão falada sustentabilidade, os quatro componentes estruturais e funcionais de todo e qualquer ecossistema da nossa Terra, são: produção (vegetais; os únicos capazes de sintetizar matéria orgânica e a utilizar a energia solar), biogeociclagem (organismos morrem e os organismos decompositores liberam novos nutrientes para os vegetais), biodiversidade (a variabilidade dos organismos) e controle populacional (mecanismos naturais e os manipulados pelos seres humanos) mantendo o equilíbrio entre todos esses componentes da Natureza.
EQUILÍBRIO: VEGETAIS PRODUZEM E ANIMAIS CONSOMEM. Em resumo, os vegetais (componente número 1) são consumidos por animais, os herbívoros (número 2); e estes têm suas populações controladas pelos carnívoros (número 3). Portanto, esta chamada cadeia alimentar deve conter esses três componentes em equilíbrio. Para poder se perpetuarem na Natureza. A representação abaixo, mostra (no sentido horário) como ocorre o equilíbrio no compartimento da cadeia alimentar em que um organismo (por exemplo, um peixe herbívoro serve de presa para um peixe carnívoro). À medida que a população do predador vai aumentando devido a uma grande população da presa, esta tenderá a diminuir e assim a população do predador irá naturalmente diminuir; e só aumentará após a população da presa se reconstituir. Observação importante: nos oceanos, quando a presa migra para se refugiar do ser humano predador, que pesca, este desenvolveu instrumentos que lhe possibilitam encontrar a presa. Daí, a população da presa perde a oportunidade de se recompor. Um aspecto da famigerada pesca predatória!
VEGETARIANOS E VEGANOS. Meu respeito por uma dessas opções de vida, que eu chamo de “biofilosófila” (ou seria “biofilosófica”?!). Eu mesmo tenho a minha: priorizo na alimentação cereais integrais, vegetais e peixes (não me alimento com carnes de animais mamíferos); peixes têm menor desenvolvimento do cérebro. Embora também possam ser, animais sensientes!
A realidade da Natureza é que (vamos tomar como exemplo a curta cadeia alimentar: pastagem, bois, seres humanos): os seres humanos se alimentam da carne dos bois e assim, estes não esgotam as pastagens. Mas neste ponto entraria o quarto componente da sustentabilidade: o controle populacional do último elemento dessa curta cadeia, ou seja, seres humanos! Equilíbrio dinâmico (ou homeostase, em Ecologia) é a palavra-chave!
Cabem aqui, as seguintes reflexões:
PORQUÊ A ÊNFASE NA ALIMENTAÇÃO COM CEREAIS DEVERIA ESTAR ACIMA DO CONSUMO DE CARNES
Os dados abaixo mostram que a opção por carne de peixe representa melhor economia na base da cadeia alimentar.
No quadro abaixo, destaca-se, em termos de “economia ambiental” as vantagens de consumo de algumas proteínas de animais. Em resumo: menor “prejuízo” para o meio ambiente é consumir carnes de peru e de frango; com melhor rendimento das calorias contidas no vegetal (ração, por exemplo) resultando em proteína contida na carne dessas aves.
ALGUMAS PREOCUPAÇÕES POR ALIMENTOS PARECEM SE PERPETUAR