Problema afetou pelo menos vinte aves, que foram tratadas por veterinários.
Espécie é uma das maiores aves voadoras de todo o mundo.
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Um envenenamento ocasionado aparentemente por pesticidas afetou pelo menos vinte condores andinos. A maioria deixou de voar, enquanto outros passaram a voar muito próximos a linhas de alta tensão ou chocar-se contra os carros na região montanhosa de Los Quilos, onde duas aves e duas raposas apareceram mortas nesta segunda-feira (12).
Dois condores andinos e duas raposas foram encontrados mortos. (Foto: Reuters/Ivan Alvarado) |
Os condores andinos estão entre as maiores aves voadoras do mundo. As primeiras 17 aves doentes foram vistas no domingo. Agentes do Serviço de Agricultura e Pecuária e da polícia foram chamados. As aves estavam tão fracas que não foi difícil capturá-las. Todas foram conduzidas a uma clínica veterinária na cidade de Los Andes, a 77 km de Santiago.
“Encontramos ontem 17, que chegaram doentes. Conseguimos salvar todos. Hoje chegou mais um que está em tratamento e até este momento temos dois condores e duas raposas mortas”, disse à AP o veterinário Eric Savard.
O especialista disse que “a hipótese é envenenamento por produtos agrícolas do tipo organofosforado. É um produto agrícola que se usa para pragas ou como inseticida”. As aves estão sendo tratadas com um antídoto contra o veneno, chamado atropina, e um antibiótico, além de soro. As aves ficarão em observação pelos próximos 10 dias.
O condor, ou condor-dos-andes (Vultur gyphus), é uma ave da família dos catartídeos, é o parente andino do urubu. É encontrado normalmente em altitudes acima de 3000 m, mas também frequenta as terras baixas do litoral. Formam bandos de até vinte indivíduos, exceto na época do acasalamento, quando vive aos pares.
Condor-dos-andes
Esta espécie é a maior ave voadora do mundo, pesando até 12 kg, apresentando a terceira maior envergadura do mundo, chegando a 3 m (perdendo apenas para o Marabu, que possui envergadura que chega a 3,5 m e para o Albatroz-errante, que chega a 4 m). Suas asas, longas e largas, permitem ao condor planar, aproveitando as correntes de ar, sendo que é deste modo que muitas vezes ele percorre os céus. Isso faz com que ele gaste menos energia que num vôo ativo, em que necessita bater as asas.
Possui excelente visão, possuindo a capacidade de localizar a presa a quilômetros de distância. Alimenta-se de carniça e ataca qualquer animal fraco ou doente. No litoral, come cadáveres de grandes mamíferos marinhos lançados à praia pelas ondas. É comum brigarem entre si, a fim de decidir quem primeiro deve fazer sua “refeição”.
A fêmea do condor procura fazer seu ninho no local mais alto das montanhas. Neste local ela põe um ovo por ano, dificilmente dois, que é incubado por 58 dias. O filhote nasce com penugem branca. Caso haja dois filhotes, estes lutam até que um caia do ninho; a mãe não interfere nessa luta.
Ele é o símbolo nacional da Colômbia, Equador, Bolívia e Chile, integrando os brasões oficiais desses países. Possuem também um papel de destaque nos mitos e folclore das regiões andinas da América do Sul. São considerados ameaçados de extinção, sendo, por esse motivo, criados programas de reprodução em cativeiro dessa espécie.
Existe uma espécie considerada “prima” do condor-dos-andes, que é o condor-da-califórnia.
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