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5 de ago. de 2013

PRÉ-SAL: RESULTADOS JÁ OBTIDOS, MAS AINDA MUITAS PERGUNTAS

https://www.youtube.com/watch?v=woIJntq8aI0&feature=youtube_gdata_player

O vídeo acima mostra a tecnologia brasileira de exploração do pré-sal. E abaixo, trechos extraídos de diversos noticiários sobre este assunto. No julgamento quanto aos resultados, me parece, que nenhum especialista se arrisca a dar parecer seguro, definitivo. É compreensível. O acidente no Golfo do México assustou a todos. Lá, a exploração de petróleo é a 5 mil metros de profundidade e a 60 km da costa americana; no pré-sal brasileiro é a 7 mil metros de profundidade e a 300 km da costa.

Origem [Reproduzido de  http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Camada_pr%C3%A9-sal]

Processo de separação da América do Sul e África e surgimento do Atlântico Sul, entre 140 e 60 milhões de anos atrás, quando se formou o petróleo do pré-sal

Pré-sal é o nome dado às reservas de hidrocarbonetos em rochas calcárias que se localizam abaixo de camadas de sal. É o óleo (petróleo) descoberto em camadas de 5 a 7 mil metros de profundidade abaixo do nível do mar. É uma camada de aproximadamente 800 quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura, que vai do litoral de Santa Catarina ao litoral do Espírito Santo.

A discussão sobre a existência de uma reserva petrolífera na camada pré-sal ocorre desde a década de 1970, quando geólogos da Petrobras acreditavam nesse fato, porém, não possuíam tecnologia suficiente para a realização de pesquisas mais avançadas.

No vídeo são apontados aspectos importantes a serem considerados, além dos riscos, como por exemplo, o que fazer com o gás carbônico que acompanha o petróleo extraído.

Vejamos algumas notícias:

Em dezembro de 2010, com a publicação da Lei nº 12.351, a Petrobras tornou-se protagonista na exploração do petróleo situado na camada do pré-sal. Aquela Lei, além de instituir o regime de partilha, conferiu várias prerrogativas para a empresa, onde se pode destacar ter-se tornado operadora única de todos os campos licitados, com participação mínima de 30% nos consórcios, e a possibilidade de receber o direito de exploração de áreas sem necessitar passar por processos de licitação.


Não se sabe ao certo o tamanho do pré-sal. As reservas provadas já atingem 15 bilhões de boe, mas as estimativas mais pessimistas apontam para um mínimo de 30 bilhões de boe, e as mais otimistas dizem que pode chegar a 100 bilhões de boe [= barril de óleo equivalente]. Em qualquer cenário, trata-se de uma imensa riqueza, que, para ser explorada, exige muito investimento.
A Petrobras, operadora única de todo o pré-sal, terá fôlego para tanto? É difícil responder a essa pergunta, mas, mantido o quadro atual, o mais provável é que não.
Alguns indicadores de rentabilidade da Petrobras mostram uma deterioração de sua situação financeira. A margem operacional, medida pela relação entre o resultado operacional (que desconsidera o resultado financeiro e o pagamento de imposto de renda) e a receita líquida, era de 29,6% no início de 2006. Depois caiu para 21,3% no final de 2007, recuperou-se para 24,9% no final de 2009 e, a partir daí, vem caindo continuamente, chegando a 10,3% no 1° trimestre deste ano.
  
Brasília, 2 ago/2013.- A presidente Dilma Rousseff assinou nesta sexta-feira um decreto com o qual criou uma nova empresa pública dedicada à administração das grandes jazidas de petróleo do pré-sal.

A nova firma, com sede em Brasília e dependente do Ministério de Minas e Energia, se chama Pré-Sal Petróleo (PPSA) e tem um capital inicial de R$ 50 milhões, segundo o decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU).

A PPSA tem por objetivo a gestão dos contratos de produção e comercialização de hidrocarbonetos procedentes do pré-sal, representar ao Governo e, além disso, avaliar técnica e economicamente os planos de desenvolvimento e produção de petróleo nessa região.
[Notícia acima, de http://economia.uol.com.br/noticias/efe/2013/08/02/brasil-cria-empresa-para-administrar-jazidas-do-pre-sal.htm]
[Mais um órgão gestor, com diretoria, coordenadores etc]


SERGIO TORRES / RIO - O Estado de S.Paulo
A Petrobrás planeja investir US$ 69,6 bilhões nos próximos quatro anos no desenvolvimento da produção e na exploração de óleo e gás da camada pré-sal. A estimativa do governo federal é de que, no período, sejam investidos no pré-sal US$ 93 bilhões, com empresas privadas bancando a diferença entre esse total e os gastos da estatal brasileira de petróleo.
Os investimentos necessários à exploração do pré-sal, a se confirmar a estimativa de 100 bilhões de barris de reserva, exigirão o gasto de US$ 1,2 trilhão, conforme cálculo recente dos economistas Walter de Vitto e Richard Lee Hochstetler. O que representa US$ 30 bilhões por ano até a metade do século.

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