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6 de mar. de 2014

MUITO CHURRASCO? DEMÊNCIA À VISTA!!!

[Reproduzido de www.diariodasaude.com.br]

AGE - Produtos de Glicação Avançada

O cozimento de carne no forno, na grelha ou em frigideira libera substâncias químicas que podem aumentar o risco de desenvolver demência.

Já se sabia que as carnes bem-passadas trazem riscos à saúde.

Essa preocupação aumentou recentemente com a descoberta de compostos químicos centenas de vezes mais mutagênicos que surgem na preparação do churrasco e em outros tipos de queima.

Os chamados Produtos de Glicação Avançada (AGE, da sigla inglesa Advanced Glycation Endproducts) também têm sido associados a doenças como a diabetes tipo 2.

Agora, um novo estudo realizado com cobaias e pessoas mostrou um acúmulo de proteínas perigosas no cérebro e uma consequente degradação da função cognitiva.

A dieta rica em AGEs dada aos animais de laboratório afetou a química do cérebro, levando a um acúmulo de proteínas beta-amiloide defeituosas - uma característica também presente na doença de Alzheimer.

Os animais que ingeriram uma dieta com baixo nível de AGEs foram capazes de impedir a produção da proteína.

Demência e alimentos

A seguir, os pesquisadores estudaram os efeitos de uma dieta rica em AGEs em pessoas com mais de 60 anos.

Embora tenha sido um estudo de curto prazo, os resultados indicam uma ligação entre altos níveis de AGEs no sangue e o declínio cognitivo.

"Relatamos que a demência relacionada à idade pode ser causalmente associada a altos níveis de alimentos com Produtos de Glicação Avançada. O mais importante, a redução da AGEs derivados de alimentos é viável e pode ser uma estratégia de tratamento eficaz," escreveram os pesquisadores no artigo publicado na revista científica Pnas.

"Como a cura para a doença de Alzheimer continua a ser uma esperança distante, os esforços para evitá-la são extremamente importantes, e este estudo deve ser visto como incentivador à continuidade dos trabalhos de pesquisa, mesmo sem fornecer respostas definitivas," comentou o Dr. Derek Hill, da Universidade College de Londres, que não participou do estudo.

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