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30 de nov. de 2014
BIODIVERSIDADE EM UCs: PUBLICAÇÃO DA WWF BRASIL, DISPONÍVEL EM pdf
WWF lança livro sobre a Biodiversidade em unidades de conservação
29 de nov. de 2014
NOSSO OBSTÁCULO MAIOR NA PRÁTICA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: "DESONESTIDADE"
PF investiga esquema bilionário de fraudes com terras públicas
28 de novembro de 2014 | - Reproduzido de www.amazonia.org.br |
[Obs., deste blog: vivenciamos um período em que a Polícia Federal, mais cedo ou mais tarde, descobre esse tipo de fraude (esta aqui com a sugestiva denominação de "Terra Prometida") e outros mais; se esses meliantes engravatados continuam perpetrando-os, é porque sabem que a penalidade compensa os riscos ou que "após a tempestade vem a bonança"; e assim, "tudo continua como dantes no quartel de Abrantes"!!!]
A Polícia Federal (PF) deflagrou ontem (27) uma megaoperação para desarticular um esquema de fraudes na concessão de lotes de terras públicas destinadas à reforma agrária. O prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 1 bilhão. De acordo com a PF, a operação foi possível graças à participação de servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e funcionários municipais, além de representantes de entidades de classe.
Entre os investigados estão Odair e Milton Geller, irmãos do ministro da Agricultura, Neri Geller, cuja assessoria informou que, além de o ministro não ser citado no inquérito policial, não mantém qualquer sociedade empresarial ou negócio com os irmãos. Policiais estiveram na casa de Odair Geller e apreenderam documentos, mas ainda não localizaram os dois irmãos. Em conversa com o delegado-chefe das investigações, Hércules Ferreira Sodré, o advogado de Odair e de Milton garantiu que ambos irão se apresentar espontaneamente.
Duzentos e vinte e dois mandados judiciais são cumpridos em Mato Grosso, no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. São 52 mandados de prisão preventiva, 146 de busca e apreensão e 29 de medidas coercitivas. Cerca de 350 policiais federais participam da chamada Operação Terra Prometida – nome alusivo à passagem bíblica em que Deus promete terras a seu povo.
Embora sem revelar detalhes como nomes e cargos, a PF adiantou que, entre os investigados, há oito servidores públicos e que 80 fazendeiros podem estar envolvidos com o esquema. Durante a investigação, os policiais federais concluíram que fazendeiros e empresários adquiriam irregularmente ou simplesmente invadiam terras da União destinadas à reforma agrária, chegando a coagir e ameaçar os reais beneficiários para que vendessem ou abandonassem suas áreas.
As irregularidades eram acobertadas com a obtenção de documentos falsificados e vistorias fraudadas. Além disso, com a participação de alguns servidores do Incra, o grupo conseguia inserir informações falsas no Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária (Sipra) – o que permitia a grandes latifundiários e grupos de agronegócio, inclusive empresas multinacionais, ocupar terras da União.
Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, por crimes de invasão de terras da União, contra o meio ambiente, falsidade documental, estelionato e corrupção ativa e passiva. As penas podem chegar a até 12 anos de reclusão.
Procurado, o Incra informou que divulgará nota sobre o assunto nas próximas horas. O Ministério da Agricultura vai publicar um informe com detalhes sobre o caso, durante esta tarde. Os delegados federais responsáveis pela operação vão conceder entrevista coletiva as 16 horas.
Por: Alex Rodrigues
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Beto Coura
28 de nov. de 2014
"RIOS VOADORES". ESTE TEMA DEVE CONTINUAR SEMPRE EM EVIDÊNCIA
Rios Voadores - Correntes de ar que carregam umidade
27 de nov. de 2014
PARA O GOVERNO, O DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA, BREVEMENTE, VAI ZERAR!!!
Analistas criticam falta de transparência em dados sobre desmatamento na Amazônia
Last updated 26/11/2014 22:16 BRT
Mariana Della Barba e Rafael Barifouse
da BBC Brasil em São Paulo
Especialistas ouvidos pela BBC Brasil avaliaram como positiva a queda da taxa de desmatamento na Amazônia, mas acusaram o governo de agir com pouca transparência na divulgação dos dados oficiais.
Nesta quarta-feira, o governo anunciou uma redução de 18% nas taxas de desmatamento na chamada Amazônia Legal entre agosto de 2013 e julho deste ano.
A Amazônia Legal é uma área que engloba nove Estados brasileiros pertencentes à Bacia amazônica.
O anúncio coube à ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, que comemorou o fato de o índice ser o segundo menor desde 1988, quando começou a ser realizado o levantamento com dados do sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal).
Na avaliação de especialistas ouvidos pela BBC Brasil, embora positivos, os dados não devem ser amplamente comemorados.
"É uma boa notícia, especialmente diante dos dados de 2013", disse Paulo Adário, estrategista sênior de florestas do Greenpeace, em referência ao índice do Prodes divulgado no ano passado, quando houve um aumento de 29% em relação a 2012.
"Mas não comemoramos desmatamento. É preciso ter em mente que foram desmatados 4.848 km² (mais de três vezes o tamanho da cidade de São Paulo), são milhões de árvores".
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, no mesmo período de 2013, foram desmatados 5.981 km² da Amazônia Legal – daí a queda de 18%.
Para Beto Veríssimo, pesquisador sênior do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que também monitora o desmatamento, "a estimativa do Prodes é relativamente positiva, mas é bom lembrar que a taxa deste ano é do que a de 2012, quando foram desmatados cerca de 4,5 mil km² da floresta."
[Leia mais: Brasil não assina acordo mundial para reduzir desmatamento]
Transparência
Mas a principal crítica, segundo os especialistas, é a "pouca transparência" na divulgação mais recente dos dados gerais sobre desmatamento.
Isso porque, em junho deste ano, o governo decidiu parar de divulgar mensalmente os índices monitorados por outro sistema do Inpe, o Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real).
"A decisão do governo de segurar os dados de Deter prejudica a divulgação de informações para a sociedade", disse Gustavo Faleiros, idealizador do site InfoAmazonia, que reúne informações e mapas interativos sobre a floresta Amazônica em nove países.
Para Veríssimo, do Imazon, a divulgação frequente desses dados de "é fundamental para informar a sociedade e orientar os esforços de combate (ao desmatamento)"
"Essa estratégia de transparência foi um dos trunfos que o Brasil passou a adotar com a criação do Deter. Infelizmente, essa abordagem foi interrompida recentemente no período que coincidiu com as eleições."
Adário, do Greenpeace, diz a mudança na divulgação dos dados não significa que o governo estejam escondendo fatos. "Hoje, com a tecnologia disponível, isso fica mais difícil. Mas seria ótimo se tudo estivesse no Google Earth, acessível online para qualquer um."
"Na gestão Marina, algumas ONGs, como o Greenpeace, e alguns institutos de pesquisa recebiam os dados de satélite das áreas desmatadas pelo menos quatro dias antes da divulgação, para que pudéssemos analisar e ajudar o governo a entender o que estava acontecendo. (Mas) este governo é auto-suficiente e se basta a si próprio."
O levantamento divulgado nesta quarta-feira é realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e analisa por meio de imagens de satélite a retirada completa da vegetação deste bioma, formado por toda a Região Norte, além do Mato Grosso e parte do Maranhão.
Os dados são preliminares e serão consolidados no primeiro semestre de 2015, mas Teixeira disse não acreditar em uma variação grande no índice. "Pode ser alterado em 1% a 3%, como já ocorreu antes. Mas isso não muda o fato de que é a segunda menor taxa histórica."
Leia mais: Mapa interativo online mostra evolução de desmatamento no mundo
TransparênciaRegeneração
Teixeira também ressaltou durante o anúncio que da área total já desmatada na Amazônia, 23% está em regeneração.
"Esta área representa duas vezes e meia a área desmatada entre 2008 e 2012", afirmou.
Teixeira atribuiu estes resultados a uma mudança na forma de fiscalização da Amazônia Legal, com a formação de uma parceria entre o Ibama, a Polícia Federal e o Ministério de Ciência e Tecnologia. "Tem uma ação articulada e um trabalho de inteligência acontecendo."
Para Adário, do Greenpeace, esse foi outro dado positivo divulgado nesta quarta-feira que o Brasil vai poder apresentar em Lima para ter mais poder de negociação para a COP 20 - a próxima Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas acontece em dezembro em Lima, no Peru.
"A redução do desmatamento no Pará, em Rondônia e no Mato Grosso., onde há muita plantação de soja, prova que é possível, sim , aumentar a produção agropecuária sem aumentar o desmatamento."
O levantamento do Prodes analisa por meio de imagens de satélite a retirada completa da vegetação deste bioma, formado por toda a Região Norte, além do Mato Grosso e parte do Maranhão.
Segundo a ministra, com exceção do Acre e de Roraima, o desmatamento foi reduzido em todos os outros estados. Mas a ministra não informou o motivo do aumento do índice nestes dois Estados.
"Não sabemos o que ocorreu no Acre e em Roraima. Temos que sentar e analisar para entender", afirmou Teixeira. Em números absolutos, o maior desmatamento foi encontrado no Pará, onde foram retirados 1.829 km² de vegetação. Em segundo lugar, está o Mato Grosso, com 1.048 km² desmatados.
25 de nov. de 2014
MORATÓRIA DA SOJA: CONFIAR EM "BOAS INTENÇÕES" RESULTA EM DECEPÇÕES ANTI-CONSERVACIONISTAS
Reproduzido de duas postagens, de hoje (25/11/2014)
1) Apesar da moratória da soja, desmatamento aumentou
http://www.oeco.org.br/noticias/28791-apesar-da-moratoria-da-soja-desmatamento-aumentou
O governo federal e representantes do setor privado e de organizações da sociedade civil renovaram hoje (25/11/2014) até 31 de maio de 2016, a moratória da soja. Trata-se de pacto para que indústria e exportadores não comprem soja de áreas desflorestadas no bioma Amazônia.
A referência para interdição à compra, que eram as áreas desflorestadas depois de julho de 2006, passou a ser as áreas desflorestadas após julho de 2008, seguindo o marco estabelecido pelo novo Código Florestal.
O Ministério do Meio Ambiente, que representa o governo na moratória, divulgou dados sobre o monitoramento de áreas durante a vigência do acordo, anteriormente previsto para expirar em 31 de dezembro deste ano. No período de 2007 a 2013, em 73 municípios de Mato Grosso, do Pará e de Rondônia que respondem por 98% da soja plantada no bioma da Amazônia, foram identificados 47.028 hectares do cereal em áreas desflorestadas após o início do pacto, e, portanto, em desacordo com a moratória.
O plantio em áreas não permitidas cresceu 17.733 hectares, equivalentes a uma alta de 61% entre as safras de 2012/2013 e 2013/2014. De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, houve pressão econômica em razão da alta do preço da soja. “Alguns produtores resolveram apostar em descumprir a lei”, disse ela. A ministra observou, no entanto, que o total plantado irregularmente nos anos de vigência é pouco representativo no universo de produção da soja nacional e local.
[...]
24 de nov. de 2014
KÁTIA ABREU. SERÁ QUE ELA OCUPARÁ O MINISTÉRIO DA AGRICULTURA!?
MST ocupa fazenda em protesto contra possível ida de Kátia Abreu para a Agricultura
Postagens neste blog sobre esta "agronegociante exclusiva":
19/07/2013 "OLHOS BEM MAIORES DO QUE O CÉREBRO"
12/09/2013 A "COMANDANTE DA BANCADA RURALISTA" NÃO DESCANSA ENQUANTO NÃO TIVER TODAS AS TERRAS COBERTAS POR PLANTAÇÕES E PASTAGENS!!!
27/10/2011 NO BRASIL MAIS VALEM OS DESEJOS DOS CONGRESSISTAS DO QUE OS RESULTADOS DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
06/09/2013 A RAINHA DO AGRONEGÓCIO E SUAS "GENIALIDADES"
20 de nov. de 2014
TODO O GADO DA AMAZÔNIA PODERIA SER MANTIDO EM UM TERÇO DA ÁREA HOJE COM REBANHO
30/06/2012 SISTEMA INTENSIVO E PECUÁRIA SUSTENTÁVEL = GADO + LAVOURA + FLORESTA
26/05/2013 AMAZÔNIA: "NÃO É PRECISO AVANÇAR SOBRE A FLORESTA" - AFIRMAÇÃO DE UM PECUARISTA
09/11/2014 DESENVOLVIMENTO REALMENTE SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA: INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA
E agora, acesse http://amazonia.org.br/wp-content/uploads/2014/11/relatorio-viabilidade-pecuaria.pdf e obtenha o relatório mostrado na figura abaixo19 de nov. de 2014
RODOVIA QUE CORTA RESERVA...ENCURTA CAMINHO E VIDA DE ANIMAIS
BR-101, uma ameaça ao refúgio dos animais da mata
Desde a década de 40, muitos anos antes da BR-101 ser implantada, a área foi destinada à conservação da biodiversidade, com a criação das duas Unidades de Conservação mais antigas do Espírito Santo e do Brasil: a Reserva Florestal Estadual de Barra Seca e o Parque de Refúgio de Animais Silvestres Sooretama. Em 1981, as duas unidades foram unidas na Reserva Biológica de Sooretama. Outras reservas importantes também foram estabelecidas na área, como a Reserva Natural Vale, a RPPN Mutum-Preto e a RPPN Recanto das Antas.
Hoje, a área possui aproximadamente 50 mil hectares de floresta protegida, entretanto, cortada por um intruso trecho de 25 km da BR-101, que diariamente mata dezenas de animais por atropelamento e fragmenta as populações silvestres. A presença da BR-101 em um dos últimos remanescentes de Floresta Atlântica de Tabuleiros, legalmente protegido, é um grave conflito na conservação da biodiversidade. Esta situação será agravada devido ao processo de ampliação e duplicação desse trecho, dentro do contrato de concessão da rodovia para a administração privada, até 2025. No momento, a ampliação está em fase de estudo de impacto ambiental.
O complexo florestal de Sooretama é uma área de extrema prioridade para a conservação da Mata Atlântica, tombada como patrimônio natural da humanidade pela UNESCO e é o último refúgio, no Estado, para a onça-pintada e também para o tatu-canastra. A anta, o maior mamífero terrestre brasileiro, também encontra na região um de seus últimos refúgios.
[Texto completo no link mostrado no início desta postagem]
18 de nov. de 2014
ACRE: TORAS DE MADEIRA ESTRADAS À FORA!!!...
Toras gigantes em rota de desmatamento no interior do Acre
17 de nov. de 2014
16 de nov. de 2014
AS PESSOAS SÓ ENXERGAM O QUE ELAS QUEREM ENXERGAR!!!
15 de nov. de 2014
DUAS NOTÍCIAS SOBRE REDUÇÃO, DESAFETAÇÃO E RECATEGORIZAÇÃO: UMA...DO MUNDO E OUTRA...DO BRASIL
Obs.: discussão esclarecedora sobre os termos objeto desta matéria pode ser ser vista em: http://www.livrosgratis.com.br/download_livro_131867/os_e034espacos_de_incertezae034_a_e034desterritorializacao_subjetivae034_e_o_e034pacto_da_conservacaoe034-_perspectivas_de_uma_geografia_socioambiental_das_areas_naturais_protegidas
Primeira notícia (http://www.oeco.org.br/convidados/27935-cade-o-parque-que-estava-aqui):
Cadê o Parque que estava aqui?
*Mariana Napolitano Ferreira
Um artigo publicado na revista Biological Conservation por um grupo de pesquisadores e ambientalistas norte-americanos faz um balanço das iniciativas de redução, desafetação (ou descriação) e recategorização (RDR) de áreas protegidas na África, Ásia, América Latina e Caribe entre 1900 e 2010. O estudo identificou 543 iniciativas desse tipo em 375 áreas protegidas distribuídas em 57 países, afetando uma área total de mais de 500 mil km2, equivalente ao tamanho da Espanha ou um pouco menor que o estado da Bahia.
Ajustes nos limites de áreas protegidas, especialmente daquelas estabelecidas antes da existência de bases de dados espacializados e da realização de consultas a sociedade, podem ser importantes para reparar injustiças históricas, resolver conflitos locais e garantir a conservação de áreas com alto valor de biodiversidade. No entanto, os dados do estudo sugerem que apenas uma pequena fração das iniciativas de RDR foram propostas com esse fim. As principais causas que motivaram essas iniciativas estão associadas à ocupação do espaço e ao uso dos recursos naturais originalmente protegidos, para o desenvolvimento de atividades de escala industrial, tais como mineração, óleo e gás, agricultura e a construção de infraestruturas.
Segunda notícia (http://www.wwf.org.br/?42224):
Desmatamento em áreas que perderam a proteção cresce na Amazônia
Dentre as principais causas estão o desenvolvimento de atividades de escala industrial, tais como mineração, óleo e gás, agricultura e a construção de obras de infraestrutura, como hidrelétricas. “Como impacto principal dessas atividades está o crescimento exponencial das taxas de desmatamento em áreas que sofreram RDR. Entre os anos de 2000 e 2012, essas áreas registraram taxas de desmatamento 18 vezes maiores que as áreas protegidas em geral, e 2,65 vezes maiores do que regiões que nunca foram protegidas”, explica Jean François Timmers, superintendente de Políticas Públicas do WWF-Brasil.
A importância do assunto levou o Brasil a ser um dos estudos de caso em uma mesa redonda, no dia 14 de novembro, no Congresso Mundial de Parques, em Sidney, Austrália. O evento vai abrir a série de palestras da organização no Congresso, sob o tema “Parques, pessoas e planeta: inspirando soluções”, que acontece de 12 a 19 de novembro. “Será uma oportunidade de apresentar para especialistas de todo o mundo os dados do Brasil, que reforçam uma tendência global de retrocesso e da flexibilização indiscriminada do status de conservação garantido a áreas consideradas únicas, com alto valor de biodiversidade, serviços ecossistêmicos e beleza cênica”, reforça Timmers.
Ao que tudo indica, o acirramento das pressões em UCs na Amazônia tende a aumentar. Dentre os exemplos de ameaças mais recentes estão as discussões sobre a PEC 215/2000 no Congresso Nacional, que propõe retirar do Executivo o poder de criar terras indígenas e unidades de conservação; e o PL 3.682/2012, que pretende liberar 10% das unidades de conservação de proteção integral para atividades de mineração.
Coalizão Pró-UCs
Preocupados com a atual situação das unidades de conservação no Brasil, um coletivo de organizações, incluindo o WWF-Brasil, criou a Coalizão Pró-UCs que tem como principal objetivo agir para a defesa e o fortalecimento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
Recentemente, o grupo divulgou uma lista de propostas aos presidenciáveis. Sobre a conservação de áreas protegidas foi sugerido: “Estabelecer e orientar um processo de análise técnica, transparente e a realização de consulta pública para avaliar a real relevância de redução, recategorização e desafetação de unidades de conservação. Nos casos extremos em que as alterações são inevitáveis, deve-se estabelecer um processo de compensação das perdas a partir da ampliação das UCs ou criação de novas, garantindo a representatividade do sistema e proteção de áreas com biodiversidade equivalente”.
“Queremos chamar atenção para a importância das UCs do País e atuar em prol do seu fortalecimento como forma mais elementar de contribuir positivamente para o desenvolvimento da nação e da sociedade brasileira”, explica Mariana Napolitano, especialista de Políticas Públicas do WWF-Brasil e representante da organização na Coalizão.
Sobre o Congresso
O Congresso Mundial de Parques, organizado pela IUCN, ocorre a cada dez anos, reunindo especialistas de todo o mundo para discutir a situação das áreas protegidas existentes ao redor do planeta.
Pela primeira vez, o Congresso vai reunir e comunicar as soluções mais atraentes e inspiradoras para os desafios globais das áreas protegidas. Isto ajudará a criar novos compromissos em todos os setores da conservação, desenvolvimento e negócios.
O WWF-Brasil estará presente durante todo o Congresso, compartilhando sua experiência e aprendizados a partir da atuação de mais de 30 anos nas unidades de conservação no Brasil.
Acompanhe a programação e notícias sobre os eventos aqui.
13 de nov. de 2014
DIA DO PANTANAL: SUA PRESERVAÇÃO SE INICIA ONDE SUAS ÁGUAS SE ORIGINAM
Reproduzido de http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?42122
Dia do Pantanal: WWF-Brasil alerta para a importância da conservação das cabeceiras do Pantanal
O trecho acima é parte da reportagem “Pantanal: Ativistas lutam para preservar intactas as planícies alagadas do Brasil”, produzida pelo jornal britânico The Telegraph e que o WWF-Brasil disponibiliza em português no link acima, para marcar o Dia Nacional do Pantanal, comemorado hoje, 12 de novembro. Resultado de expedição organizada em parceria com o WWF-Reino Unido e o Programa HSBC pela Água, a matéria foi publicada no dia 11 de setembro e destaca a viagem pela qual o jornalista inglês Mick Brown e a fotógrafa Anastasia Taylor-Lind percorreram 1.400 quilômetros no estado Mato Grosso, no período de 26 a 31 de maio.
“Expedições como essa são parte do esforço do WWF-Brasil em alertar sobre as ameaças e desafios que rondam o Pantanal. Manter a sociedade informada é uma forma de angariar apoio para que os setores públicos e privados tomem medidas efetivas para a conservação do bioma”, afirma o coordenador do Programa Água para a Vida do WWF-Brasil, Glauco Kimura de Freitas, que também participou da viagem e é um dos entrevistados da reportagem.
Maior área úmida continental do planeta, o Pantanal ocupa parte dos estados brasileiros do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e estende-se pela Bolívia e Paraguai. A região abriga uma impressionante diversidade de flora e fauna, com pelos menos 4.700 espécies catalogadas, sendo 3.500 plantas, 565 aves, 325 peixes, 159 mamíferos, 98 répteis e 53 anfíbios.
Além do encantamento pela região, a reportagem também retrata as ameaças que colocam em risco a conservação ambiental do Pantanal e a manutenção do estilo de vida pantaneiro. “Agricultura intensiva, desmatamento, poluição industrial e a demanda de uma população em crescimento por água e energia estão colocando em perigo as águas que formam o Pantanal: nascentes, afluentes e rios que lhe dão vida”, escreveu Brown.
Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal - Com depoimentos de diversos atores locais, de prefeitos a vaqueiros, a matéria constata o impacto do desenvolvimento não-sustentável na área. “Eu tenho 57 anos e me considero velho. Mas estou preocupado com os jovens que não vão ter como sobreviver nessa região e vão ter de ir embora. Rio acima, as pessoas não se importam com o rio, e aqui a gente paga o preço”, afirma João, pescador citado na reportagem que vive nos arredores de Poconé e tira seu sustento do rio Cuiabá.
O “rio acima” apresenta o maior risco ecológico na região. É no planalto mato-grossense que estão as cabeceiras do Pantanal. “Trata-se de um conjunto de nascentes e afluentes que são responsáveis pela função hidrológica de todo o sistema das áreas úmidas. A região funciona como uma caixa-d’água que abastece diretamente a parte baixa”, explica Glauco de Freitas.
Reverter a degradação da região de planalto é o foco do trabalho do Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal. Um projeto do WWF-Brasil, apoiado pelo Programa HSBC pela Água, que busca melhorar o gerenciamento de recursos hídricos e proteger quatro grandes afluentes da região - os rios Alto-Paraguai, Sepotuba, Jauru e Cabaçal, que são responsáveis por até 30% do fluxo de água que desce ao Pantanal.
O objetivo do projeto, também destacado na reportagem do The Telegraph, é que até 2017 pelo menos 25 municípios da bacia, produtores, empresas e entidades locais assinem o Pacto e se comprometam com práticas sustentáveis em diferentes setores. Em nove meses de trabalho, 72 instituições, incluindo grupos de pescadores, produtores locais, frigoríficos, entre outros, já assinaram cartas de intenção de apoio ao Pacto.
“Água é tudo para o Pantanal. Nós precisamos do engajamento de todos os setores da sociedade fazendo-os compreender que cuidar do seu recurso hídrico não beneficia apenas suas atividades cotidianas, mas também provê uma base para uma indústria saudável no longo prazo”, citou Freitas na reportagem.
Durante a expedição, o grupo visitou o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, os campos agrícolas da estrada entre a Chapada e Campo Verde, Poconé, Cáceres, Reserva do Cabaçal, São José dos Quatro Marcos, Barra do Bugres, Tangará da Serra e Cuiabá, todas as localidades no estado de Mato Grosso, e boa parte delas na região abrangida pelo Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal.
WWF-Brasil no Pantanal
O WWF-Brasil apoia projetos de conservação na região há 16 anos. O trabalho consiste na realização de estudos de impacto sobre o uso do solo e mudanças climáticas, além do cálculo da Pegada Ecológica e monitoramento da cobertura vegetal. a organização também ajuda a conservar as nascentes, a recuperar áreas degradadas e a estimular a produção sustentável de carne com a promoção de boas práticas para o fortalecimento da pecuária orgânica certificada, entre diversos outros projetos.
O trabalho do WWF-Brasil, na região, é realizado por meio de dois Programas: Cerrado Pantanal e Água para Vida. No bioma, a estratégia de conservação é, ainda, compartilhada com o WWF-Bolívia e o WWF-Paraguai. O trabalho desenvolvido tem promovido ações mais efetivas na conservação do bioma que buscam envolver a conservação e a proteção dos ecossistemas aquáticos, o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, o planejamento sistemático do território e o desenvolvimento de hábitos responsáveis de consumo.
Dia do Pantanal – Criado em 2008, o Dia Nacional do Pantanal tem como objetivo incentivar a conservação da biodiversidade pantaneira e valorizar a sua importância para o meio ambiente, ao mesmo tempo que alerta para o grau de vulnerabilidade do bioma e envolve toda a sociedade em sua defesa.
Iniciativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com o apoio do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e do movimento ambientalista, o dia 12 de novembro foi escolhido para homenagear o ambientalista e jornalista Francisco Ancelmo de Barros, conhecido como Francelmo, que durante 25 anos dedicou-se à luta pela preservação do Pantanal. No dia 12 de novembro de 2007, durante uma manifestação no centro de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, Francelmo ateou fogo no próprio corpo para protestar contra a instalação de usinas de álcool no Pantanal.
12 de nov. de 2014
RESULTADO DA CONVERSA ENTRE OBAMA E XI JINPING: ESPERANÇAS... PARA A PRÓXIMA CONVERSA
11 de nov. de 2014
O BRASIL NÃO TEM POLÍTICA ENERGÉTICA. MAS O GOVERNO TEM PODER: "NÃO ABRIREMOS MÃO DE CONSTRUIR TAPAJÓS"!!!
‘Não abriremos mão de construir Tapajós’, diz Gilberto Carvalho'
“O governo da presidenta Dilma deixou de fazer da maneira tão intensa, como era feito no tempo do (ex-presidente) Lula, esse diálogo de chamar os atores antes de tomar decisões. De ouvir com cuidado e ouvir muitos diferentes, para produzir sínteses que contemplassem os interesses diversos”, afirma Carvalho.
“faltou competência e clareza” ao governo para avançar na questão indígena, e em alguns episódios a gestão deu “tiros no pé”.
Ele defendeu, no entanto, o envio da Força Nacional de Segurança para reprimir protestos de indígenas contra a construção da usina de Belo Monte e disse que, se necessário, a mesma postura será adotada no rio Tapajós, no Pará, onde há planos de erguer mais hidrelétricas nos próximos anos.
Portanto, concluo eu: "os contínuos desencontros de uma política ambiental pouco consistente, ou melhor, inexistente, vão ainda gerar muitos conflitos socioambientais". "Os sucessivos transtornos oriundos dos problemas gerados pelas hidroelétricas, parecem não servir de lição para começarmos a pensar em estudar as outras alternativas de geração de energia".
[Toda a entrevista: acesse o link acima]
10 de nov. de 2014
NO JOGO POLÍTICO, COMPROMETE-SE ATÉ O MAIOR PATRIMÔNIO NATURAL DO BRASIL
Ao contrário do afirmado por Dilma, desmatamento aumentou
((o))eco - 10/11/14
Sob suspeita de represamento de dados, o Ibama divulgou na sexta-feira (07) os dados de alerta de desmatamento referentes aos meses de agosto e setembro: houve aumento significativo nos dois meses. Em agosto houve 890,2 km² de alerta de desmatamento, um salto de 208% em relação a agosto de 2013. Já em setembro aumentou o ritmo de alertas em 66%: 736 km² contra 442.85 km² registrados em setembro de 2013. De acordo com a Folha de S. Paulo, os dados estavam prontos desde o dia 14 de outubro, mas só foram divulgados agora.
No dia 19 de outubro a então candidata à reeleição, presidente Dilma Rousseff, usou o perfil oficial no Twitter para deixar claro que os números do desmatamento na Amazônia só sairiam em novembro, após as eleições, mas adiantava uma queda.
[...]
9 de nov. de 2014
DESENVOLVIMENTO REALMENTE SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA: INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA
08/06/2013 GRANDE CONQUISTA À VISTA, EM PROL DO DESENVOLVIMENTO REALMENTE SUSTENTÁVEL
Política de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta entrará em vigor em seis meses
Projeto combina pecuária moderna e preservação da Floresta Amazônica
O projeto combina pecuária moderna e preservação da Floresta Amazônica. Com orientação de cientistas renomados, ele consegue aumentar a produtividade de fazendas de gado e, ao mesmo tempo, proteger ou até recuperar áreas de floresta.
Paragominas é um dos principais pólos da pecuária na Amazônia. Situado no nordeste do Pará, o município tem fazendas grandes, rebanhos imensos e, durante muito tempo, esteve entre os campeões do desmatamento no Brasil.
A ocupação de um pedaço do Pará ganhou força nos anos 60 e 70, quando a região atraiu pecuaristas e madeireiros, que chegavam principalmente do Sul e do Sudeste do país. Chegando pela rodovia Belém-Brasília, os novos habitantes buscavam terra barata e contavam com crédito público para instalar as novas fazendas, com milhares de cabeças de gado.
O aumento dos rebanhos e das pastagens também chegou acompanhado de problemas para a natureza. Como em grande parte da Amazônia, em Paragominas muitas fazendas fizeram as derrubadas de maneira descontrolada e sem respeito às regras do Código Florestal.
Nas décadas de 80 e 90, Paragominas perdia milhares de hectares de florestas por ano. Na época, muitos dos criadores tocavam o negócio com áreas grandes, pouca tecnologia e uma lucratividade medíocre por hectare. “Era tirar a madeira e abrir tudo na beira da água para o boi chegar lá. A região de Paragominas sempre teve essa cultura de desmatar, desmatar, desmatar e ir botar a pecuária”, relata Vinicius Scaramussa, que é de uma família de pecuaristas.
Em 2008, esse avanço descontrolado foi barrado na força. Foi quando Paragominas entrou para a lista dos municípios que mais destroem a Floresta Amazônica, a chamada lista negra do desmatamento, do Ministério do Meio Ambiente. A fiscalização apertou, serrarias foram fechadas e fazendas de gado multadas.
De acordo com Mauro Lúcio Costa, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, o momento era de tensão: “O município estar na lista era como uma pessoa estar no SPC, então o primeiro sinal foi tirar crédito dos produtores. Empresas instaladas no município começaram a ter barreiras para vender os seus produtos. Isso foi a gota d’água, aí a coisa ficou muito complicada”.
Para sair da crise, os criadores assinaram um pacto com o Ministério Público para reduzir derrubadas e fazer o cadastramento ambiental das propriedades. Com apoio da Prefeitura e entidades não governamentais, as medidas foram adotadas e, em 2010, Paragominas foi o primeiro município a ser retirado da lista negra do desmatamento.
“Hoje eu agradeço pela pressão que nós sofremos, porque quando você sofre pressão você vai atrás de solução. Essa pressão foi uma grande oportunidade pra gente melhorar na nossa atividade”, relata Mauro.
Fora da lista negra, o desafio era encontrar uma maneira mais racional e sustentável de criar gado na região. Para isso, Paragominas resolveu pedir socorro para alguns dos maiores especialistas do Brasil em gado e em floresta. O primeiro a chegar foi o biólogo Ricardo Rodrigues, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo.
Com apoio do Sindicato dos Produtores Rurais, Ricardo montou uma equipe de cientistas que elaborou um plano ambicioso: recuperar as áreas de floresta e, ao mesmo tempo, melhorar o desempenho dos rebanhos. Era o início do projeto Pecuária Verde. “Hoje eu não falo mais de adequação ambiental puramente, mas também de adequação agrícola. A gente olha a propriedade como um todo. É uma experiência nova inclusive pra gente”, explica o especialista.
Com essa proposta, o projeto começou a funcionar em 2011, financiado por criadores e empresas privadas. A meta era implementar as novas tecnologias em seis fazendas da região, que serviriam de modelo.
Primeiro, os técnicos elaboram um mapa de cada propriedade, trabalho minucioso, feito em parceria como a ONG The Nature Conservancy (TNC). Baseado em imagens de satélite e dados coletados no campo, o levantamento indica as áreas que estão dentro da lei ambiental e os lugares onde a mata precisa ser recuperada.
“O interessante são todas essas linhas, que são rios da propriedade. A legislação define que você precisa ter uma faixa de floresta nativa no entorno desses rios, que nós chamamos de APP, as Áreas de Preservação Permante, a mata ciliar. São as áreas em vermelho que ele vai ter que recuperar”, afirma Ricardo.
Na sequência, a equipe do Pecuária Verde visita cada fazenda para discutir com proprietários e funcionários qual a melhor maneira de recuperar as áreas com desmatamento ilegal.
Lourival Del Pupo é o dono da fazenda Santa Maria, que tem 3,2 mil hectares. Ele explica que para se adequar ao Código Florestal, a propriedade está recuperando algumas faixas de preservação permanente em volta de rios e lagoas, áreas que deveriam estar cobertas por mata ciliar.
Antes de entrar no projeto, Lourival achava que as áreas com derrubada irregular somavam cerca de 15% ou 20% da superfície da fazenda, mas o mapeamento mostrou que apenas 1,8% estavam prejudicados.
Para acelerar o reflorestamento, em alguns lugares, Ricardo recomenda o plantio de mudas de árvores nativas, mas muitas vezes o serviço é bem mais simples, afinal, no ambiente da Amazônia, com muito calor e chuva, sementes e pássaros, a regeneração natural é muito vigorosa.