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22 de set. de 2015

ECOLOGIA DA RESTAURAÇÃO: UM BOM EXEMPLO DE PROJETO NO PANTANAL

RESTAURAÇÃO 
 Corresponde ao termo “restoration”, em inglês, introduzido por A.D.Bradshaw, significando a 
restauração de um ambiente natural, por comunidade semelhante à que existia anteriormente nesse local, objetivando uma reconstituição do ecossistema; dando-se assim ao ambiente, a possibilidade de uma regeneração. A atividade de restauração gerou uma nova disciplina: a ecologia da restauração. Alguns autores admitem neste caso, conseguir-se obter uma nova condição “desejável” (do ponto de vista do ser humano). Importante obra sobre Ecologia da Restauração, em regiões áridas e desertos, é a de BAINBRIDGE (2007). [BAINBRIDGE, D. (2007) A guide for desert and dryland restoration. New hope for arid lands. Washington,  Society for Ecological Restoration International & Island Press, 391p.]
As fotos que se seguem, divulgadas no site da SER ─ Society for Ecological Restoration 
International, http://www.ser.org/, mostra restauração efetuada em ecossistema em Seropédica, Rio de Janeiro. 

A definição acima foi extraída do GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA , de Breno Grisi. Para obtê-lo, acessar este link:

A figura abaixo ilustra processos de restauração de vegetação ripariana ou ribeirinha:


Segue abaixo, reportagem sobre projeto do WWF:

Restauração ecológica também é um bom negócio

21 Setembro 2015  |  
A restauração de rios e nascentes também é um bom negócio. Além dos benefícios ambientais, como a melhoria da qualidade e quantidade da água e a conservação da biodiversidade, ela permite a geração de emprego e renda para empresas e comunidades locais.

Um estudo encomendado pelo WWF-Brasil e executado pelo Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan) revela que são necessárias 11 milhões de mudas de árvores de espécies nativas para recuperar a mata ciliar dos rios Jaurú, Cabaçal, Sepotuba e Paraguai e de mais 50 nascentes, em Mato Grosso, totalizando 23 mil hectares de área onde será possível fazer a restauração florestal.

Para atender a demanda, a previsão é de que sejam criados mais de mil empregos numa região que abrange 25 pequenos municípios, além de novas empresas e negócios, como de produção de insumos, de execução de serviços e de qualificação profissional.

Serão necessários mais de 15 viveiros de mudas para fazer o replantio. "Abrem-se oportunidades de venda de sementes, ferramentas, mão-de-obra para o reflorestamento, retirada de entulho e instalação de cercas para a proteção das nascentes. Ou seja, toda uma cadeia produtiva será gerada e incentivada por meio da conservação ambiental”, diz o analista de conservação do WWF-Brasil, Ângelo Lima.

O estudo também detalha como devem ser todas as etapas de recuperação de cada parte dos 23 mil hectares de mata ciliar a serem recuperados. "Conseguimos saber se para começar a recuperação bastar a cercar a área, caso a área esteja perto de fragmentos florestais, se a área precisa de outra forma de recuperação além da cerca, se é necessária limpeza do local, por exemplo", completa Lima. 

A restauração em números
* São 23 mil hectares de área onde será recuperada a mata ciliar de quatro rios: Jaurú, Cabaçal, Sepotuba e Paraguai;
* Nessa área existem 50 nascentes que devem ser recuperadas;
* O estudo apontou a necessidade de 11 milhões de mudas de espécies nativas para a restauração;
* A previsão é a de que a restauração gere uma cadeia na qual serão criados pelo menos 600 empregos, além de novas empresas e negócios vinculados à produção de insumos, execução de serviços e de mão-de-obra;

O Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal
O estudo mapeou mais de 1.500 quilômetros dos quatro rios - Jaurú, Cabaçal, Sepotuba e Paraguai – que compõem as Cabeceiras do Pantanal, região de Mato Grosso onde nascem 30% das águas responsáveis pela biodiversidade e abastecimento da maior área úmida do planeta. Essa região abrange 25 municípios e é alvo de uma iniciativa de conservação conhecida como Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal, da qual o WWF-Brasil e mais de 30 parceiros do setor público, privado e sociedade civil fazem parte.

A ideia do Pacto surgiu em 2012, quando um estudo - realizado pelo WWF-Brasil, em parceria com o HSBC, a organização não-governamental The Nature Conservancy (TNC), o Centro de Pesquisas do Pantanal, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e a Carterpillar - mostrou que a área onde nascem 30% das águas que alimentam a planície pantaneira e garantem o abastecimento de municípios onde vivem e trabalham pelo menos três milhões de pessoas estava em alto risco ecológico.  

Saiba mais: o que é restauração ecológica [Ver conceito dado no início desta postagem]
A Restauraçāo ecológica é um processo de alteração de um habitat pelo homem para que ele volte a ter a mesma estrutura, função, diversidade e dinâmica do ecossistema original. Esse sistema deve ser autossustentável não somente em termos ecológicos, mas também sociais, pois pode constituir uma fonte de recursos econômicos para as comunidades vizinhas.



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