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24 de jul. de 2022

ESTADOS UNIDOS E EUROPA COM SEUS INCÊNDIOS! E NÓS, COM OS NOSSOS!!!

Reproduzido de: https://ecoa.org.br/incendios-estao-aproximando-pantanal-e-xingu-de-ponto-de-nao-retorno-alerta-estudo/
Por Michael Esquer, O Eco A maior planície alagável do mundo e a primeira grande terra indígena (TI) homologada pelo Governo Federal – também uma das maiores do País – estão se aproximando do ponto de não retorno por conta da ocorrência de incêndios ambientais catastróficos. Nos últimos 20 anos, a probabilidade de ocorrência de grandes incêndios aumentou de 2,2% para 10,7% na TI Parque Indígena do Xingu (número quase 5x maior) e de 1,2% para 11% no Pantanal (número quase 10x maior), e deve continuar aumentando com o agravamento das mudanças climáticas, falta de chuvas e aridez do ar. O cenário, também resultado de altas taxas de desmatamento e avanço da agropecuária, representa uma ameaça para a biodiversidade e povos indígenas que vivem nas duas regiões. O alerta consta em estudo financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e recém-publicado na revista científica Environmental Research Letters. “O que a gente chama de ponto de não retorno é um contexto climático tal em que os incêndios vão sair do controle e a gente não vai conseguir controlar, vai queimar mais do que a natureza consegue se restabelecer. É a combinação entre aridez do ar e disponibilidade de água de chuva. Esse ponto vai ser atingido antes para o Pantanal e depois para o Xingu”, explicou a ((o))eco Ludmila Rattis, pesquisadora no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e no Woodwell Climate Research Center, nos Estados Unidos. Rattis participou da pesquisa junto com outros sete cientistas do Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental (UFZ), na Alemanha, Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETHZ) e Universidade de Bern, na Suíça, e Universidade da Califórnia (UCI), nos Estados Unidos. De acordo com a investigação, a possibilidade de aumento de 3ºC da temperatura da atmosfera projeta para os próximos anos um aumento de 26% no risco de incêndios no Pantanal. No Xingu, enquanto isso, a escalada deve ser de 24,7%. “A combinação de extremos de seca e aridez estão tornando os incêndios nas regiões do Xingu e do Pantanal cada vez maiores”, explicou a pesquisadora no ETHZ Andreia Ribeiro, que coordenou a pesquisa. Mudanças climáticas e ação humana O estudo avaliou o ponto de não retorno utilizando mais de uma variável de uma só vez. Foram testadas, entre outros fatores, a umidade do solo, evapotranspiração, temperatura, aridez do ar e o déficit de chuva para responder a pergunta: o que explica a ocorrência de incêndios catastróficos no Pantanal e na TI Parque Indígena do Xingu. O resultado encontrado foi que a maior planície alagável do planeta é muito mais vulnerável a incêndios do que o Xingu. As duas regiões, porém, estão muito próximas desse ponto de virada, onde podem perder suas características originais por conta do fogo. “O Pantanal está mais próximo desse ponto de não retorno, porque ele é muito mais sensível do que o parque indígena do Xingu”, comentou Ludmila. A pesquisadora explicou que são vários os fatores de degradação que possibilitam a vulnerabilidade e a consequente suscetibilidade ao fogo dos dois ecossistemas. Entre eles, estão os três principais: o desmatamento, mudanças climáticas e a fonte de ignição (fonte do fogo). [Acesse o "link", no topo desta postagem, para ler o texto completo]

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