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19 de jul. de 2022
LEGALIZAR! MESMO POLUINDO E GERANDO RISCOS À SAÚDE?!
Manaus (AM) – Ribeirinhos dos municípios de Autazes e Nova Olinda do Norte, no estado Amazonas, estão presenciando desde o final de junho o retorno ao rio Madeira das balsas com dragas de garimpos. Há menos de um ano mais de 130 equipamentos foram destruídos com fogo pela Polícia Federal por crime ambiental.
Os garimpeiros que exploram ilegalmente ouro na região receberam um forte apoio político da Assembleia Legislativa do Amazonas. Na sessão desta quinta-feira (14), o presidente da Casa, deputado estadual Roberto Cidade, do partido União Brasil, da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), questionou a ação da polícia e disparou: “Sou a favor da legalização”.
Cidade afirmou que precisa ser realizada uma audiência pública “para não acontecer o que aconteceu meses atrás, a Polícia Federal foi lá explodiu tudo, as pessoas perderam sua balsa, pessoas de bem que estavam lá. Sou a favor da legalização”, disse no plenário, contrariando a decisão da Justiça Federal, que determinou a destruição dos equipamentos de garimpo em operações da PF.
O deputado Cabo Maciel (PL) foi à tribuna da Casa para também apoiar o garimpo no Madeira e dizer que a extração de ouro no sul do Amazonas corresponde a 30% da economia das famílias dos municípios da região, incluindo ainda Borba e Humaitá. Ele, que citou também o município de Novo Aripuanã, pediu a realização de uma audiência pública para discutir o tema “e tomar a frente disso e buscar soluções”. “Ali atende milhares de famílias, esse é um fato, a extração de forma artesanal, é a que tem que trabalhar para se legalizar, colocando normas e fiscalização”.
DESTAQUE:
Na sessão, outro parlamentar pró-garimpo, o deputado estadual Fausto Júnior, também do União Brasil – partido do governador do Amazonas, Wilson Lima – , disse que a atividade pode ser de forma sustentável, mas não explicou como isso é possível. O problema é que o maquinário usado no garimpo fluvial retira areia no fundo do manancial e utiliza mercúrio, provocando dano ambiental e contaminação da fauna aquática, além de prejudicar a saúde da população ribeirinha dessa parte da Amazônia Ocidental. A atividade também é proibida pela Justiça Federal desde 2017 (Leia mais abaixo).
Toda a teportagem pode ser vista em:
https://amazoniareal.com.br/balsas-de-garimpo-voltam-ao-madeira-com-aval-de-politicos-do-amazonas/
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