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14 de abr. de 2023

POR QUÊ URSOS EM HIBERNAÇÃO NÃO SOFREM TROMBOSE?!

DESTAQUE Ursos hibernantes fornecem pistas para prevenir coágulos graves em humanos. Baixos níveis do fator de coagulação HSP47 protegem os gigantes adormecidos de coágulos sanguíneos, e o mesmo pode ser possível para humanos e outros mamíferos. RESUMO A trombose venosa profunda (TVP) é uma característica comum da imobilização de curto prazo, que ocorre, por exemplo, em pacientes com paralisia aguda. No entanto, na imobilização crônica - por exemplo, devido a uma lesão na medula espinhal - a incidência de TVP é igual à da população em geral. Os mecanismos que protegem contra a TVP durante a imobilização crônica em pacientes com lesão na medula, são desconhecidos. Neste artigo, publicado na revista SCIENCE, os autores relatam uma análise da maquinaria tromboinflamatória em ursos pardos em hibernação (Ursus arctos), que raramente sofrem de TVP apesar de 6 meses de imobilização durante a hibernação. Eles descobriram que as plaquetas de ursos em hibernação exibem uma assinatura antitrombótica caracterizada por diminuição da expressão da proteína de choque térmico 47 (HSP47) e biomarcadores gerais reduzidos de tromboinflamação em comparação com os de ursos pardos marrons ativos. Além disso, essa assinatura é conservada em diferentes espécies animais, incluindo camundongos, porcos e humanos, sugerindo que esse poderia ser um alvo terapêutico para reduzir a TVP em pacientes imobilizados. DESTAQUE: PARA QUEM FAZ LONGA VIAGEM AÉREA Há uma razão pela qual longos voos de avião aumentam o risco de condições de coagulação sanguínea, como trombose venosa profunda: a imobilidade faz com que as veias se doem, permitindo que o sangue se acumule e potencialmente se coagule. Mas animais em hibernação, como ursos e esquilos terrestres, não têm esse problema.
COMO OCORRERIA O TROMBO Vários fatores biológicos desempenham um papel na formação de coágulos, incluindo plaquetas, células imunes e colágeno. Mas um passo essencial é a ativação das plaquetas pelo colágeno: as plaquetas se ligam ao colágeno na parede do vaso sanguíneo e começam a se aglomerar. No entanto, as plaquetas dos ursos em hibernação não conseguiram se agregar na presença do colágeno. Além disso, uma análise de espectrometria de massa revelou que, em ursos em hibernação, as plaquetas produziram cerca de 55 vezes menos HSP47 do que suas contrapartes de verão, mais vigorosas. Nas plaquetas, esta proteína está envolvida na sinalização de colágeno ao lado de outros receptores de colágeno envolvidos na trombose. “A proteína é altamente conservada em todo o reino animal”, dizem os pesquisadores. Os pesquisadores também encontraram evidências de tromboinflamação.

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