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25 de dez. de 2023
FRIGORÍFICOS E DESMATAMENTOS NA AMAZÔNIA. É POSSÍVEL CONTROLAR?! TECNOLOGIA? EXISTE! FALTAM ATITUDES!!!
REPRODUZIDO DE:
https://imazon.org.br/imprensa/sem-rastreabilidade-pecuaria-na-amazonia-pode-levar-ao-desmatamento-de-3-milhoes-de-hectares-ate-2025/
DESTAQUES
1) Apesar de já ocupar mais de 80% das áreas desmatadas na Amazônia com uma produtividade baixíssima, a pecuária ainda pode levar à derrubada de mais 3 milhões de hectares entre 2023 e 2025 caso não sejam adotadas medidas mais efetivas de fiscalização, como a rastreabilidade de todos os animais desde o nascimento. Isso equivaleria à devastação de um território maior do que o estado de Alagoas ou 20 vezes a cidade de São Paulo. A projeção faz parte de uma pesquisa que calculou pela primeira vez a ameaça de destruição da floresta dentro das zonas potenciais de compra dos frigoríficos ativos na região, publicada pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
2) Essa estimativa é um dos três indicadores que o estudo usa para mostrar o quanto essas empresas estão expostas aos riscos de desmatamento da Amazônia. Os outros dois são a derrubada ocorrida e o quanto foi embargado pela devastação ilegal, ambas análises referentes ao que ocorreu dentro das áreas de provável aquisição de animais no período de 2008 a 2021.
3) A partir dessas informações, o trabalho apontou que a exposição dos frigoríficos à destruição da floresta passou de 6,8 milhões de hectares em 2016 (quando foi feito o primeiro levantamento das áreas de aquisição de animais), para 14,2 milhões de hectares em 2022. Um crescimento de 108% em seis anos, mesmo sob forte pressão para o setor desvincular-se desse crime ambiental.
4) JBS é a empresa mais exposta aos riscos de devastação.
O estudo também ranqueou os frigoríficos em relação à exposição deles às ameaças de destruição da floresta. A empresa mais crítica é a JBS, com quase 10 milhões de hectares desmatados, embargados ou sob risco de derrubada em suas zonas de compras. Em seguida está a Vale Grande, com pouco mais de 4 milhões de hectares. Masterboi, Minerva e Mercúrio completam o top 5, todas com mais de 2 milhões de hectares.
5) Em relação ao número de plantas frigoríficas ativas, a pesquisa mostrou que passaram de 127 em 2016 para 145 em 2022, uma alta de 14%. Essas unidades pertenciam a 108 empresas diferentes no ano passado, 10% a mais do que no estudo anterior, quando foram mapeadas 98. Já a capacidade de abate ativa passou de 62 mil para 65 mil animais por dia no período, um crescimento de 5%.
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