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19 de set. de 2025
ABELHAS "COMPARTILHANDO" GENES COM SERES HUMANOS (?!)
REPRODUZIDO DE:
https://umsoplaneta.globo.com/google/amp/biodiversidade/noticia/2025/09/17/genes-compartilhados-entre-abelhas-e-humanos-podem-revelar-origens-antigas-do-comportamento-social.ghtml
DESTAQUES:
1) Um estudo recente publicado na revista PLOS Biology revelou que alguns mecanismos genéticos que influenciam o comportamento social em abelhas também podem estar presentes em humanos. Pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, identificaram variantes genéticas em abelhas-melíferas que se associam à interação social, localizadas em genes previamente ligados a condições como o autismo em humanos.
2) A pesquisa combinou sequenciamento genético, análise de expressão gênica cerebral e observação comportamental para compreender a variação na sociabilidade das abelhas (Apis mellifera). As cientistas estudaram três colônias e marcaram os insetos com minúsculos códigos de barras, permitindo rastrear automaticamente suas interações dentro de colmeias de vidro. O sequenciamento completo do genoma de 357 abelhas identificou 18 variantes genéticas relacionadas à troca de alimentos entre os indivíduos, comportamento conhecido como “trophallaxis”.
Dentre essas variantes, destacam-se os genes neuroligin-2 e nmdar2, que compartilham sequências semelhantes a genes humanos associados ao autismo. A análise do transcriptoma cerebral revelou mais de 900 genes cuja expressão aumentava proporcionalmente à frequência das interações sociais das abelhas, reforçando a ligação entre genética e sociabilidade.
3) Os resultados sugerem que, mesmo com uma divergência evolutiva de mais de 600 milhões de anos entre humanos e abelhas, existem fundamentos moleculares antigos do comportamento social que foram conservados ao longo da evolução. "Característica central de todas as sociedades é que os membros do grupo frequentemente interagem entre si, mas variam em sua tendência a fazê-lo. Identificamos raízes moleculares da sociabilidade conservadas evolutivamente, compartilhadas entre espécies filogeneticamente distintas, incluindo humanos", destacam os autores do estudo.
4) Para Ian Traniello, líder da pesquisa, as abelhas oferecem um modelo ideal para rastrear o comportamento de toda a colônia ao longo da vida dos indivíduos. "Conseguimos monitorar o que cada abelha faz, como interage via troca de alimentos e onde passa seu tempo. Combinando isso com sequenciamento de DNA e análise de expressão cerebral, podemos investigar os fundamentos moleculares da organização social e testar se alguns desses elementos são conservados entre espécies", explica Traniello.
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