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30 de set. de 2025
MOSTRE-ME UM LUGAR NO PLANETA TERRA E TE DIREI EM QUAL ANIMAL ENCONTRARÁS MICROPLÁSTICOS!
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DESTAQUES:
1) Pesquisadores descobriram resíduos de microplástico no estômago de macacos em uma das regiões mais bem preservadas da Amazônia brasileira. É a primeira vez que este tipo de registro é feito em um primata arborícola, ou seja, que passa sua vida na copa das árvores. A descoberta soou o alarme – mais um – sobre a necessidade urgente de conter a poluição plástica no planeta.
As vítimas do plástico foram dois guaribas-vermelhos (Aloautta juara), também chamados de bugio, nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá e Amanã, ambas no Amazonas. O achado foi feito ao acaso durante uma pesquisa liderada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá que buscava estudar a dieta dos macacos e a presença de parasitas.
2) O alerta foi feito em uma nota científica publicada no periódico EcoHealth no dia 22 de setembro, assinado por sete pesquisadores.
A pesquisa foi feita em parceria com caçadores locais – atividade permitida para a subsistência das comunidades que vivem nas duas RDS – que, entre 2002 e 2017, doaram ao Instituto as vísceras dos animais abatidos e que seriam normalmente descartadas. Os estômagos foram então analisados em laboratório. Ao todo foram examinados os conteúdos estomacais de 47 guaribas.
3) Em dois deles, caçados durante a cheia nas florestas alagadas, foram encontrados microplásticos – resíduos menores, de 1 a 5 milímetros. A ingestão de plástico por um animal que passou sua vida inteira em cima das árvores, comendo folhas e frutos, causou surpresa nos pesquisadores.
“Termos encontrado essas partículas plásticas no estômago de guaribas é preocupante. Nós já sabemos que a poluição plástica é algo muito difícil de controlar e encontrá-la na fauna silvestre, em um ambiente conservado, como o das reservas, acaba sendo mais um alerta. Especialmente quando a gente encontra essas partículas num animal arborícola, que não vai ter tantas oportunidades de contato com qualquer resíduo que possa ficar no solo da floresta”, comenta a pesquisadora do Instituto Mamirauá, Anamélia Jesus, que liderou o estudo.
4) Historicamente, os animais aquáticos – como peixes, aves marinhas e tartarugas – são as vítimas mais comuns da ingestão de plástico. Os pesquisadores acreditam que o regime de cheia e vazante dos rios amazônicos, que variam em média 10,6 metros na região, pode ter sido o caminho pelo qual o plástico chegou aos macacos.
“Toda essa dinâmica da água pode movimentar esses resíduos que podem ter sido jogados na própria água ou se acumulado na beira de rios, e com o nível da água subindo, isso pode chegar em animais que nem imaginávamos que poderiam ser afetados pelo plástico”, aponta Anamélia.
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