SAMBAQUIS. NOSSAS "PIRÂMIDES" INDÍGENAS

DIVULGAÇÃO DE: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxegxkr04jvo ARTIGO ORIGINAL EM: https://www.nature.com/articles/s41559-023-02114-9 OBS.: no "link" acima há acesso em português. DESTAQUES 1) As sociedades de sambaqui (conchas) estão entre os fenômenos arqueológicos mais intrigantes da América do Sul pré-colonial, estendendo-se de aproximadamente 8.000 a 1.000 anos antes do presente (ano BP ) ao longo de 3.000 km na costa atlântica. No entanto, pouco se sabe sobre a sua ligação aos primeiros caçadores-coletores do Holoceno, como isso pode ter contribuído para diferentes caminhos históricos e os processos através dos quais os ceramistas do Holoceno tardio passaram a governar a costa pouco antes do contacto europeu. 2) Para contribuir para a nossa compreensão da história populacional das sociedades indígenas na costa leste da América do Sul, produzimos dados do genoma de 34 indivíduos antigos com cerca de 10.000 anos de idade .provenientes de quatro regiões diferentes do Brasil. Descobriu-se que os primeiros caçadores-coletores do Holoceno não tinham deriva genética compartilhada entre si e com populações posteriores do leste da América do Sul, sugerindo que derivavam de uma radiação comum e não contribuíram substancialmente para grupos costeiros posteriores. 3) Ao longo de aproximadamente 3.000 km da costa do Brasil, populações semi-sedentárias, com demografia aparentemente grande, produziram milhares de sambaquis e sambaquis, localmente conhecidos como sambaquis (montes de conchas, na língua tupi), por mais de 7.000 anos.