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7 de jul. de 2024

INACREDITÁVEL!!! BORBOLETAS EM VIAGEM TRANSOCEÂNICA (?!)

REPRODUZIDO DE https://veja.abril.com.br/ciencia/o-que-explica-o-voo-sem-escalas-de-um-grupo-de-borboletas-pelo-atlantico DESTAQUES 1) Na biologia, é sabido ser difícil que insetos sobrevoem grandes extensões marítimas sem ilhas no trajeto para dar aquela pousada. Pois um esquadrão de borboletas subverteu a lógica de forma extraordinária. Após percorrer mais de 4 000 quilômetros entre a costa africana e a Guiana Francesa, na América do Sul, um grupo da espécie "Vanessa cardui" conseguiu cruzar o Oceano Atlântico, sem escalas. Um feito inédito, protagonizado por criaturas aparentemente frágeis, que deram aos cientistas uma prova de sua capacidade migratória e resiliência. 2) Era uma proeza tão inimaginável para um inseto que compreendê-la consumiu uma década de trabalho meticuloso. A história começou durante uma expedição do biólogo evolucionista Gerald Talavera, do Instituto Botânico de Barcelona, em uma praia da Guiana Francesa. Ali, ele observou um fenômeno do qual já se tinha notícia: a presença das borboletas Vanessa cardui, que não são naturais das Américas, mas oriundas do oeste da África. A questão que atiçava a curiosidade dos cientistas é: como teriam conseguido alcançar aquelas bandas tão longínquas de casa, se vindas da América do Norte ou da África? Um fato tornava o problema ainda mais instigante: a viagem, claramente, não havia sido fruto de uma mãozinha humana. Eram elas, as borboletas, as protagonistas absolutas do périplo. 3) O veredicto sobre a misteriosa viagem foi recém-divulgado no periódico Nature Communications, uma das mais relevantes publicações científicas do mundo. “Este foi um voo sem parada sobre o Atlântico, resultado da combinação de momentos de esforço máximo e mínimo, como se elas pairassem no ar”, explicou Talavera a VEJA. Isso porque as borboletas souberam aproveitar correntes de vento sobre o mar. 4) Ao longo do voo, um exemplar da espécie pode atingir a velocidade de 16 quilômetros por hora. Quando sopram correntes favoráveis, porém, dá para cravar impressionantes 40 quilômetros por hora. 5) À metade desse ritmo, a estrutura corporal do animal sugere que ele suporte quarenta horas de voo ininterrupto, sem se alimentar — um surreal espetáculo da natureza. 6) Esses animais não se destacam apenas como exímios viajantes. Eles são tão importantes na polinização das plantas quanto as abelhas e povoam a base da cadeia alimentar de seres de pequeno porte, como formigas e aves. Seu papel no ecossistema interessa diretamente à espécie humana, que utiliza a presença de borboletas como pista do bem-estar ambiental.

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