Destaco, inicialmente, esta opinião de palestrante em simpósio sobre negócios em áreas protegidas
ICM BIO - INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
Natal (24/09/2012) – As unidades de conservação (UCs) de uso sustentável precisam gerar renda para que os seus usuários possam sobreviver de forma digna e proteger a natureza. O alerta foi feito por Mauro Armelin, representante do WWF Brasil, na tarde desta segunda-feira (24), no simpósio Negócios e Áreas Protegidas do VII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), que se realiza em Natal (RN).
Mauro falou sobre cadeias produtivas em unidades de conservação de uso sustentável. Ele enfocou as experiências de exploração de copaíba, na Reserva Extrativista (Resex) Cazumbá-Iracema, e de borracha, na Resex Chico Mendes, ambas no Acre. As unidades são geridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Os dois projetos têm o apoio do governo acreano.
Segundo Mauro, a experiência piloto com óleo de copaíba em Cazumbá-Iracema mostrou que a produção por morador é de 45 kg/ano, o que rende cerca de R$ 300/ano para cada um. Já na Resex Chico Mendes, que faz a exploração da seringa há bem mais tempo, a média de produção da borracha é de 500 kg/ano, o que dá cerca de R$ 4.500 por pessoa/ano. “Isso é muito pouco, tanto para um caso como para o outro”, afirmou.
Para aumentar a produção, e consequentemente o rendimento das famílias, ele defendeu melhorias nas cadeias produtivas do extrativismo e arranjos institucionais que levem em conta o manejo, com técnicas mais modernas e eficientes, e a comercialização, baseada, entre outras coisas, em contratos diferenciados de compra e venda e parcerias com empresas voltadas para o mercado exterior.
Nesse sentido, reforçou Mauro, os maiores desafios dos órgãos que administram as UCs de uso sustentável são desonerar as cadeias produtivas, dar apoio técnico e, principalmente, organizar a produção. “Esse processo tem que ser atraente para o morador, para o extrativista. É preciso olhar de forma conjunta, organizar a produção. Se a comunidade sentir que é viável explorar os produtos, não vai destruir a floresta”, concluiu ele.
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