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15 de jun. de 2013

REMOVER RODOVIAS URBANAS: UMA TENDÊNCIA ECOLÓGICA MUNDIAL

[Reproduzido de http://www.oeco.org.br/datacidades/27270-remocao-de-rodovias-urbanas-e-tendencia-ecologica-mundial]

Eis uma mudança que enfrentará muitas dificuldades para ser implantada nas grandes cidades brasileiras. Com relação ao tema "mudanças no sistema de transporte urbano", recomendo a leitura de matéria divulgada pelo GreenPeace:
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Pelo-direito-a-manifestacao-nao-violenta/?utm_source=06-14&utm_medium=email&utm_source=SilverpopMailing&utm_medium=email&utm_campaign=Liga_total_20130614_TT%20(1)&utm_content=
Em todo o planeta, rodovias de alta velocidade em regiões centrais das cidades têm sido gradualmente desativadas e substituídas por alternativas não só mais eficientes, mas também mais ecológicas. É o que aponta o estudo "Vida & Morte das Rodovias Urbanas", cuja versão em português foi apresentada na semana passada pelo Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (ITDP Brasil) e a EMBARQ Brasil. O documento, publicado originalmente em inglês em 2012, aponta a tendência mundial de remoção de vias expressas em centros urbanos. Conforme o estudo, a desativação de pistas de alta velocidade e tráfego intenso de automóveis no centro de cidades acontece:

  • Pelo alto custo para manutenção, reconstrução e reparo;
  • Devido à degradação das áreas no entorno, isolamento e desvalorização de imóveis;
  • Para abrir espaço para o desenvolmento urbano de áreas degradadas;
  • Para garantir acessibilidade às margens de cursos d’água urbanos;
  • Por eficiência (rodovias funcionam bem para tráfego a longas distâncias e alta velocidade, mas são menos eficientes para transporte urbano que outros modais, como corredores de ônibus, por exemplo).

No lugar da expansão e alargamento de avenidas para carros e abertura de túneis, viadutos e elevados, prefeitos têm apostado cada vez mais em investimento em transporte coletivo como solução para congestionamentos. O relatório aponta que o pensamento predominante no urbanismo durante o século passado de que, para melhorar o trânsito basta ampliar a infraestrutura viária, foi superado em boa parte do planeta. Segundo o estudo, é melhor ampliar e subsidiar sistemas de transporte coletivo do que abrir mais espaço para circulação de veículos de transporte individual. Apesar da tendência, em algumas metrópoles a construção de rodovias urbanas e expansão de avenidas ainda é tida como solução principal para o trânsito - no Brasil, inclusive. 

Entre os principais impactos ambientais das rodovias urbanas estão desde a concentração de poluição, que afeta a saúde da população em geral, até a formação de ilhas de calor. Segundo os organizadores, "o objetivo do estudo é questionar o uso do automóvel como principal ator de mobilidade nas cidades e mostrar que, ao priorizar as pessoas, as cidades se tornam mais vivas, ativas e saudáveis". As informações do estudo foram organizadas pelo Data Cidades em um mapa. Clique em cada um dos cinco exemplos abaixo para saber mais e use o zoom para ver imagens de satélite de cada uma das regiões citadas no estudo.  



Fonte das informações:
O relatório está disponível em português e em inglês. Além dos exemplos principais disponibilizados no mapa produzido com base nas informações do estudo, o documento apresenta também para processos semelhantes em outras cidades: BerlimBostonLouisvilleMilwaukee,New HavenNew OrleansNew York 1 e 2Oklahoma CityParis 12 e 3PortlandSão Francisco 1 e 2SeattleSeoul 1 e 2Syracuse e Toronto.

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