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7 de nov. de 2023

CONVIVÊNCIA HUMANA: TAMBÉM É MEIO AMBIENTE

Aos 80, sem pretensões filosóficas, apenas relatando algumas experiências, faço breves observações sobre convivência humana. Afinal, meio ambiente é um todo formado por partes que se interrelacionam e se interdependem: os meios físico, químico, biológico, social. Desde meu tempo em salas de aulas, com alunos, de jovens a adultos profissionais "já tarimbados", que eu cheguei à conclusão de que não conseguiria jamais... mudar a cabeça de ninguém!!! Nem com as melhores boas intenções do mundo! E nem teria tal pretensão! Para os filhos, sermões são desnecessários! Segui o que aprendi do filósofo, teólogo e médico austríaco, Albert Schweitzer: "Dar o bom exemplo não é a melhor maneira de educar! É a única"!!! Em muitas aulas tive que dizer para meus alunos: "Estou aqui para apresentar e discutir fatos até então revelados pela ciência! não tenho a pretensão de convencer ninguém de absolutamente nada! Apenas dou elementos para vocês raciocinarem sobre a problemática; vão ampliar seus conhecimentos...e façam seus julgamentos"! Em ciência, até paradigmas clássicos foram rompidos. E um dramaturgo alemão, Bertolt Brecht, foi quem abriu a mente de cientistas de sua época (início do séc. XX) quando disse: "o verdadeiro papel da ciência não é o de abrir portas para a sabedoria infinita! mas sim, o de evitar erro infinito". Imagino nós seres humanos com estrutura psicossomática ainda em evolução (é o que muitos cientistas concordam!) tendo que enfrentar o mundo atual, que se modifica em altas velocidade e intensidade, no meio de sociedades que só cobram e não se apiedam de ninguém! "Só se colhe o que se planta" é o velho ditado válido para tudo que fazemos. Ou o que muitos dos pais (mais “antigos”) diziam: “se você não quiser aprender o que ensinamos aqui em casa, o mundo lá fora vai te ensinar”! Diante da expressão que hoje muitas pessoas acreditam que deva prevalecer… "Homens e mulheres são mais lugares sociais que fatos biológicos"! Faço a seguir, algumas observações. Preocupam-me os exageros: para um lado (social) e para o outro (biológico). Na minha área, de formação básica, biologia e ecologia, lidei com esses "choques": como conciliar as consequências da estrutura básica, biológica, com as necessidades humanas sociais. E sócio-econômicas! (no campo da ecologia e hoje também, da economia ambiental). E num mundo onde a tecnologia e a biotecnologia vêm imprimindo transformações numa intensidade, amplitude e velocidade assustadoras! O ser humano vem "abalando o planeta"! Nem sabemos ainda com precisão, as consequências, provavelmente nefastas, do uso irresponsável de agrotóxicos! E nem ouso comentar sobre drogas; ou até mesmo remédios (confundidos tradicionalmente com medicamentos). Nem sobre consequências de pandemia, como a recente virose “covidiana”! Eu só me recuso a aceitar como é que muitos dos "agentes transformadores do pensamento humano" insistem em negligenciar que há diferenças significativas decorrentes da criação da Natureza, desde o momento da evolução em que surgiram os cromossomos XX e XY; e suas consequências estruturais, hormonais e peculiaridades diversas. E me assusta as manifestações de transformadores do pensamento humano quando imprimem às discussões, conotações de cunho essencialmente político! E saber lidar com isso é preciso amplo conhecimento científico e muita habilidade para evitar tais "choques" que mencionei acima! Não me arrisco a opinar sobre como levar nossa sociedade a realizar transformações que equalizem comportamentos, principalmente na sociedade brasileira; onde até atitudes simples de bons relacionamentos entre pessoas, vêm se perdendo devido à nossa precaríssima educação, formal e consequentemente também doméstica. Valores tradicionais positivos, incluindo o bom senso para discernir entre o que vale a pena manter em benefício da convivência sadia...vem se esvanecendo! Aqui teríamos que entrar no tema da paz entre nossos semelhantes. Vale a pena esta observação: o ser humano é um animal que trucida seu semelhante pela ganância de posses! e pela gula! Deixo isso para os eminentes sociólogos, antropólogos, psicólogos... Paro aqui.Penetrar no recôndito do cérebro humano...extrapola o objetivo principal dos temas abordados neste "blog".

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