Contribuindo para entendermos a Natureza, respeitá-la e continuarmos vivendo!
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30 de jun. de 2024
MUITO ENTUSIASMO COM EXPLORAÇÕES CÓSMICAS E REDUZIDOS CUIDADOS COM O PLANETA QUE REALMENTE SABEMOS TER VIDA
REPRODUZIDO DE:
https://www.bbc.com/future/article/20240627-the-environmental-cost-of-rocket-launches
Os lançamentos espaciais estão aumentando e os foguetes estão ficando maiores. Qual é o impacto ambiental nas áreas circundantes, especialmente quando as coisas correm mal?
DESTAQUES:
1) Quando a nave estelar da SpaceX saiu lentamente da plataforma de lançamento e subiu aos céus do Texas em 20 de abril de 2023, poucas pessoas esperavam que o voo inaugural do foguete mais poderoso do mundo durasse tanto.
Aplausos irromperam entre a multidão nas estradas próximas enquanto a Starship passava pela torre e seus 33 motores a lançavam em um céu sem nuvens. Então – três minutos e 57 segundos após o início do voo planejado de 90 minutos – a espaçonave explodiu, mergulhando de volta no mar em uma chuva de destroços. Os engenheiros da SpaceX descreveram a explosão como “uma desmontagem rápida e não programada”; O proprietário da SpaceX, Elon Musk, disse que era “emocionante”. A missão foi declarada um sucesso.
2) Foi certamente emocionante e, do ponto de vista da engenharia, definitivamente um sucesso. A Starship ultrapassa os limites da tecnologia de foguetes e, após seu último voo em junho de 2024, a espaçonave é considerada por alguns como estando a caminho de se tornar um meio viável de enviar satélites, e um dia pessoas, para a órbita e além, para a Lua. Mas assim que terminou a cobertura ao vivo do primeiro voo, os engenheiros fizeram uma descoberta chocante: o lançamento não só destruiu o lançador, mas também a própria plataforma de lançamento.
3) O local de lançamento da SpaceX em Boca Chica fica na fronteira sul dos Estados Unidos, com vista para o Golfo do México. A empresa lança para o leste para obter o benefício da rotação da Terra, com a vantagem adicional de que quaisquer destroços de foguetes caiam no oceano (embora o efeito que esses acidentes de foguetes têm no ambiente marinho seja em grande parte desconhecido). A área é cercada por parques estaduais e refúgios nacionais de vida selvagem – uma área importante para plantas protegidas e aves migratórias.
4) A Nasa monitora os impactos dos lançamentos na área há mais de 40 anos, começando com os primeiros voos do ônibus espacial. Num comunicado, a Nasa disse à BBC que após 135 lançamentos ao longo de um período de 30 anos, os principais impactos foram “a acumulação de partículas de alumínio, danos à vegetação e redução temporária do pH nas águas adjacentes”.
DENTRE TANTOS OUTROS ASPECTOS ENVOLVIDOS, FICA MAIS UMA PERGUNTA: O QUE DIZER DE TODOS OS LANÇAMENTOS EXPERIMENTAIS DE FOGUETES CONDUZINDO MÍSSEIS BALÍSTICOS?!
28 de jun. de 2024
CERRADO ENFRENTA SECA QUE AINDA PODE PIORAR
REPRODUZIDO DE:
https://olhardigital.com.br/2024/06/28/ciencia-e-espaco/regiao-brasileira-enfrenta-pior-seca-em-700-anos/
DESTAQUE
O Cerrado brasileiro está em seu pior momento em sete séculos, mostrou estudo publicado na Nature Communications [ Nat Commun 15, 1728 (2024 - DOI
https://doi.org/10.1038/s41467-024-45469-8]. O aquecimento global é tão intenso na região central do Brasil que, quando a chuva cai, a água evapora sem sequer se infiltrar no terreno. E a temperatura ainda não atingiu seu máximo. O trabalho foi conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).
O aquecimento global na região é ainda mais intenso, o que agrava a situação do solo. Segundo a Agência FAPESP, isso gerou distúrbio hidrológico em que a temperatura do solo é tão quente que, quando a chuva cai, a água evapora antes de se infiltrar.
27 de jun. de 2024
INCÊNDIOS E QUEIMADAS NO PANTANAL
VALE A PENA ACOMPANHAR ESTA ENTREVISTA COM PESQUISADOR DA EMBRAPA, EVARISTO DE MIRANDA:
https://youtu.be/7RQV8wigAPc?si=N0dUS8fUmmUzUeTt
26 de jun. de 2024
AUTO-MEDICAÇÃO POR CHIMPANZÉS. É CLARO! SÃO NOSSOS PARENTES MUITO PRÓXIMOS!!!
OBSERVAÇÃO INICIAL:
Humanos e chimpanzés compartilham surpreendentes 98,8% de seu DNA. Como podemos ser tão semelhantes – e ainda assim tão diferentes?
O DNA humano e do chimpanzé é muito semelhante porque as duas espécies estão intimamente relacionadas. Humanos, chimpanzés e bonobos descendem de uma única espécie ancestral que viveu há seis ou sete milhões de anos. À medida que os humanos e os chimpanzés evoluíram gradualmente a partir de um ancestral comum, o seu DNA, transmitido de geração em geração, também mudou. Na verdade, muitas dessas alterações no DNA levaram a diferenças entre a aparência e o comportamento dos humanos e dos chimpanzés.
REPRODUZIDO E TRADUZIDO DE:
https://www.bbc.com/news/articles/ce994dv9q4eo
Foto acima: Os pesquisadores observaram os chimpanzés para ver o que eles procuravam para comer.
DESTAQUES
1) Os chimpanzés selvagens comem plantas que têm propriedades analgésicas e antibacterianas para se curarem, segundo os cientistas.
Eles descreveram o seu “trabalho de detetive” nas florestas de Uganda – observando animais que pareciam feridos ou doentes para descobrir se estavam se automedicando com plantas.
Quando um animal ferido procurava algo específico na floresta para comer, os pesquisadores coletavam amostras dessa planta e a analisavam. A maioria das plantas testadas revelou ter propriedades antibacterianas.
Foto acima: Chimpanzés que apresentavam sinais de lesão ou doença foram foco do estudo.
2) "Não podemos testar todas as propriedades medicinais dessas florestas, disse a pesquisadora-chefe, Dra. Elodie Freymann, da Universidade de Oxford. “Então, por que não testar as plantas sobre as quais temos essas informações? Plantas que os chimpanzés estão procurando?”
Nos últimos quatro anos, o Dr. Freymann passou meses seguindo e observando cuidadosamente duas comunidades de chimpanzés selvagens na Reserva Florestal Central de Budongo.
Além de procurar sinais de dor – um animal mancando ou segurando o corpo de maneira incomum – ela e seus colegas coletaram amostras de fezes e urina para verificar se havia doenças e infecções.
3) Eles prestaram atenção especial quando um chimpanzé ferido ou doente procurava algo que normalmente não comia, como casca de árvore ou casca de fruta.
“Estávamos procurando pistas comportamentais de que as plantas poderiam ser medicinais”, explicou o Dr. Freymann.
Ela descreveu um chimpanzé em particular — um macho — que tinha a mão gravemente ferida.
24 de jun. de 2024
MEIO AMBIENTE. BREVE REFLEXÃO
Aos 80, sem pretensões filosóficas, apenas relatando algumas experiências, faço breves observações sobre convivência humana. Afinal, meio ambiente é um todo formado por partes que se interrelacionam e se interdependem: os meios físico, químico, biológico, social.
Desde meu tempo em salas de aulas, com alunos, de jovens a adultos profissionais "já tarimbados", que eu cheguei à conclusão de que não conseguiria jamais... mudar a cabeça de ninguém!!! Nem com as melhores boas intenções do mundo! E nem teria tal pretensão!
Para os filhos, sermões são desnecessários! Segui o que aprendi do filósofo, teólogo e médico austríaco, Albert Schweitzer: "Dar o bom exemplo não é a melhor maneira de educar! É a única"!!!
Em muitas aulas tive que dizer para meus alunos: "Estou aqui para apresentar e discutir fatos até então revelados pela ciência! não tenho a pretensão de convencer ninguém de absolutamente nada! Apenas dou elementos para vocês raciocinarem sobre a problemática; vão ampliar seus conhecimentos...e façam seus julgamentos"! Em ciência, até paradigmas clássicos foram rompidos. E um dramaturgo alemão, Bertolt Brecht, foi quem abriu a mente de cientistas de sua época (início do séc. XX) quando disse: "o verdadeiro papel da ciência não é o de abrir portas para a sabedoria infinita! mas sim, o de evitar erro infinito".
Imagino nós seres humanos com estrutura psicossomática ainda em evolução (é o que muitos cientistas concordam!) tendo que enfrentar o mundo atual, que se modifica em altas velocidade e intensidade, no meio de sociedades que só cobram e não se apiedam de ninguém!
"Só se colhe o que se planta" é o velho ditado válido para tudo que fazemos. Ou o que muitos dos pais (mais “antigos”) diziam: “se você não quiser aprender o que ensinamos aqui em casa, o mundo lá fora vai te ensinar”!
Diante da expressão que hoje muitas pessoas acreditam que deva prevalecer…
"Homens e mulheres são mais lugares sociais que fatos biológicos"!
Faço a seguir, algumas observações.
Preocupam-me os exageros: para um lado (social) e para o outro (biológico).
Na minha área, de formação básica, biologia e ecologia, lidei com esses "choques": como conciliar as consequências da estrutura básica, biológica, com as necessidades humanas sociais. E sócio-econômicas! (no campo da ecologia e hoje também, da economia ambiental). E num mundo onde a tecnologia e a biotecnologia vêm imprimindo transformações numa intensidade, amplitude e velocidade assustadoras! O ser humano vem "abalando o planeta"! Nem sabemos ainda com precisão, as consequências, provavelmente nefastas, do uso irresponsável de agrotóxicos! E nem ouso comentar sobre drogas; ou até mesmo remédios (confundidos tradicionalmente com medicamentos). Nem sobre consequências de pandemia, como a recente virose “covidiana”!
Eu só me recuso a aceitar como é que muitos dos "agentes transformadores do pensamento humano" insistem em negligenciar que há diferenças significativas decorrentes da criação da Natureza, desde o momento da evolução em que surgiram os cromossomos XX e XY; e suas consequências estruturais, hormonais e peculiaridades diversas. E me assustam as manifestações de transformadores do pensamento humano quando imprimem às discussões, conotações de cunho essencialmente político! E saber lidar com isso é preciso amplo conhecimento científico e muita habilidade para evitar tais "choques" que mencionei acima!
Não me arrisco a opinar sobre como levar nossa sociedade a realizar transformações que equalizem comportamentos, principalmente na sociedade brasileira; onde até atitudes simples de bons relacionamentos entre pessoas, vêm se perdendo devido à nossa precaríssima educação, formal e consequentemente também doméstica.
Deixo isso para os eminentes sociólogos, antropólogos, psicólogos...
Paro aqui. "Minha área é meio ambiente"!
Concluindo, com mais uma observação do renomado antropólogo e cientista inglês (1904-1980)
23 de jun. de 2024
PANTANAL: MESMO COM TANTOS INCÊNDIOS (?!)...
REPRODUZIDO DE:
https://umsoplaneta.globo.com/biodiversidade/noticia/2024/06/22/onca-pintada-e-foco-do-primeiro-credito-de-biodiversidade-do-pantanal.ghtml
DESTAQUES
1)Onça-pintada é foco do primeiro crédito de biodiversidade do Pantanal.
O Instituto Homem Pantaneiro e ERA lançaram os títulos para conservar a região. Área coberta pela iniciativa equivale a 50 mil campos de futebol e impacta 57 famílias ribeirinhas
2) Estudo realizado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade) e publicado em 2023 mostra que o Pantanal é o bioma brasileiro com maior índice de espécies preservadas. De todas as que integram a fauna pantaneira, 93,7% são consideradas “menos preocupantes” de sofrerem processo de extinção. Mas isso não significa que não há perigo. Pelo contrário. A frequência maior de incêndios, a seca nas cabeceiras dos rios que cruzam a maior planície alagável do mundo, a caça e pesca ilegais e confronto de animais com as pessoas, entre outros fatores, também trazem fragilidade para o bioma.
3) Pensando em como levantar recursos que garantam as ações de conservação da flora e fauna desse Patrimônio Natural da Humanidade da Unesco e de espécies-chave do ecossistema, como a onça-pintada, o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e a empresa de soluções socioambientais Ecosystem Regeneration Associates (ERA) desenvolveram o primeiro crédito brasileiro de biodiversidade.
4) A área do projeto de créditos de biodiversidade tem aproximadamente 50 mil hectares (equivalente a 50 mil campos de futebol), distribuídos em três Reservas Privadas de Proteção Nacional (RPPNs) localizadas na Serra do Amolar, a oeste do Pantanal de Mato Grosso do Sul.
5) As ações incluem:
• Monitoramento de 5 indivíduos (onças) com colares de telemetria GPS para investigar padrões de movimentação e uso do habitat;
• Monitoramento de populações através de 55 armadilhas fotográficas;
• Estudos detalhados para entender interações, comportamentos, dieta, genética da população e necessidades ecológicas;
• Segurança da área com a presença de equipes de fiscalização e prevenção contra caça ilegal.
6) Na região do projeto, ao se proteger a onça-pintada, segundo o IHP, existe um impacto direto também em mais de 10 espécies de mamíferos ameaçados em território nacional, dentre eles o tamanduá-bandeira, a anta, o queixada e o tatu-canastra; e mais três espécies de aves, dentre elas o mutum e a tiriba-da-cara-suja, um pequeno periquito de distribuição restrita à borda oeste do Pantanal.
22 de jun. de 2024
CONVIVER COM A SECA NO NORDESTE É POSSÍVEL...
...COM CONHECIMENTOS E ESFORÇOS BEM ORGANIZADOS E COORDENADOS!
REPRODUZIDO DE:
https://marcozero.org/o-nordeste-se-reinventa-para-enfrentar-o-aquecimento-global/
DESTAQUES
1) Por séculos, as únicas tragédias provocada pelo clima no Brasil eram as “secas do Nordeste”, como diziam as manchetes dos jornais e os noticiários da televisão. As imagens de crianças famintas, migração em massa e gado morto construíram o estereótipo da região como um peso para o resto do país. As elites locais reforçavam esse estigma com seus líderes políticos sempre exigindo mais verbas do Governo Federal.
2) Por isso, soou assustadora a projeção de que o Nordeste brasileiro será uma das três regiões do planeta que mais irá sofrer com secas prolongadas e aumento do calor provocado pelo aquecimento global – as outras duas são o sul da Europa e da Austrália.
3) Para conviver com o semiárido é preciso entender que as secas são eventos naturais, cíclicos, portanto não é possível “combatê-las”. A partir disso, se constrói uma nova relação do sertanejo com o ambiente natural, reduzindo a degradação e devastação da Caatinga, como explica o site da Associação Caatinga, uma organização não governamental que administra uma reserva natural no sertão do Ceará.
4) O meteorologista Humberto Barbosa, do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas, publicou artigo científico no Journal of Arid Environments com dados que alterariam o mapa do semiárido brasileiro. De acordo com Barbosa, 725 mil km2do semiárido brasileiro passaram da condição subúmida seca ou úmida para semiárido no intervalo de apenas três décadas, de 1990 a 2022: “isso significa que 55% da região agreste se tornou semiárida, com estiagens de cinco a seis meses por ano”.
5) Para o meteorologista da UFAL, “282 mil km2do semiárido brasileiro já se tornaram áridos. Isso corresponde a mais de 8% das terras da região que já enfrentam pelo menos 10 meses de estiagem”.
6)
18 de jun. de 2024
POR QUÊ SE QUEIMA TANTO EM BIOMAS BRASILEIROS???
MUITAS RESPOSTAS, ALÉM DAS QUE SE SEGUEM, PODERIAM SER DADAS! PORQUE: 1) Não há
maior rigor na legislação no que diz respeito às queimadas ilegais e
consequentes puniçōes rigorosas aos transgressores. 2) Não há campanhas
eficientes para prevenção. 3) Devido às dimensões do nosso país e precariedades
das vias terrestres de comunicação as ações de combate no início dos incêndios
são lentas. 4) O sistema educacional é muito precário; sendo a zona rural
desprezada nas ações educadoras. 5) Investimentos insuficientes nos equipamentos
de combate e formação de boas equipes de combate a incêndios florestais e nas
práticas agrícolas. REPRODUZIDO DE:
https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2024/06/6879156-tres-estados-concentram-quase-metade-da-area-queimada-no-brasil.html
DESTAQUES
1) Entre 1985 e 2023, 199,1milhões de hectares foram queimados pelo menos uma vez no Brasil, o que representa quase um quarto (23%) do território nacional. Mais de dois terços da área afetada por fogo (68,4%) foi de vegetação nativa e quase metade (46%) da área queimada está concentrada em três estados: Mato Grosso, Pará e Maranhão. Os dados são da Coleção do MapBiomas Fogo e foram divulgados nesta terça-feira (18/6).
2) Além disso, o mapeamento revela que a cada ano uma média de 18,3 milhões de hectares, ou 2,2% do país, são afetados pelo fogo. A estação seca, entre julho e outubro, concentra 79% das ocorrências de área queimada no Brasil, sendo que setembro responde por um terço do total (33%).
3) Segundo o MapBiomas, embora o Cerrado e a Amazônia tenham números absolutos semelhantes de área queimada, esses biomas têm tamanhos diferentes. Por isso, no caso do Cerrado, a área queimada equivale a 44% de seu território; na Amazônia, esse percentual foi de 19,6%, ou seja, um quinto da extensão do bioma.
17 de jun. de 2024
CAATINGAS COM PROJETOS PARA MAIOR PROTEÇÃO
REPRODUZIDO DE
https://www.poder360.com.br/meio-ambiente/governo-vai-criar-12-unidades-de-conservacao-na-caatinga/
DESTAQUES:
1) Encontram-se em andamento as ampliações do Parque Nacional da Serra das Confusões, no Piauí; da Floresta Nacional de Açu, no Rio Grande do Norte; e do Refúgio da Vida Silvestre do Soldadinho-do-Arararipe, no Ceará.
2) Localizada integralmente no semiárido, a Caatinga só existe no Brasil e abriga uma biodiversidade única, com grande número de espécies endêmicas, que só ocorrem no bioma. Essas características – somadas ao fato de ter 60% de seu território ocupado por populações – fazem com que a vegetação nativa dessa região seja a mais suscetível às mudanças climáticas, segundo indicou o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas).
3) Desde 2015, o Brasil tem uma Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, criada pela lei nº13.153, mas nos últimos anos o desmatamento da Caatinga avançou, segundo aponta o Relatório Anual do Desmatamento da Mapbiomas. Em 2023, por exemplo, mais de 1/5 dos alertas de desmatamento em todo o Brasil foram no bioma. Ao todo, foram desmatados 201.687 hectares de Caatinga, com um aumento de 43,3% em relação a 2022. Os estados da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte lideraram o crescimento dos alertas de desmatamento na região, mas 87% dos municípios no bioma registraram pelo menos um evento.
15 de jun. de 2024
DESERTIFICAÇÃO: POUCOS GOVERNOS LEVAM TAL PROBLEMÁTICA A SÉRIO!
REPRODUZIDO DE:
https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2024/06/o-que-e-desertificacao-o-fenomeno-avanca-em-ritmo-alarmante-e-a-america-latina
DESTAQUES:
1) "O fenômeno da desertificação é um dos maiores desafios ambientais do nosso tempo", como destaca a Organização das Nações Unidas (ONU) em seu site oficial. Ele também avança “lenta, mas inexoravelmente pelo planeta”, destaca um artigo sobre o tema da National Geographic Espanha, portanto, é preciso tomar ações para reduzir seu impacto.
Para aumentar a conscientização sobre o problema, promover soluções e inspirar mudanças concretas acerca desta questão ambiental, o 17 de junho foi eleito o Dia Anual de Combate à Desertificação e à Seca, como explica a ONU.
2) O que é desertificação e quais são suas consequências?
Embora inclua a invasão da terra por dunas de areia, o termo não se refere ao avanço dos desertos. Especificamente, a ONU define a desertificação como a "degradação contínua dos ecossistemas de terras secas devido às atividades humanas (como a superexploração da terra, a mineração, o sobrepastoreio e a extração indiscriminada de madeira) e às mudanças climáticas".
A agência internacional acrescenta que fatores como o vento e as inundações podem agravar a situação da desertificação, lavando a camada fértil do solo.
Trata-se, portanto, de um problema global com graves consequências para a biodiversidade, a segurança dos ecossistemas, a erradicação da pobreza, a estabilidade socioeconômica e o desenvolvimento sustentável. A ONU alerta, inclusive, que a degradação das terras áridas pode levar ao deslocamento de milhares de pessoas.
3) Em que parte do mundo está ocorrendo a desertificação?
"A cada segundo, uma área de terra saudável equivalente a quatro campos de futebol é degradada, totalizando 100 milhões de hectares ao ano (o que equivale a uma área do tamanho do Egito)", alerta a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação. E a taxa de degradação está aumentando: dados oficiais mostram que cresce de 30 a 35 vezes a taxa histórica.
CHINA: CONCILIANDO COMBATE À DESERTIFICAÇÁO, PRODUÇÃO DE ALIMENTOS, MELHORIA DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS...
https://youtu.be/2mSipLpeHaw?si=RExAyROUe28eRQbZ
14 de jun. de 2024
"PERMAFROST" EM DERRETIMENTO ABRINDO "PORTAL PARA O SUBMUNDO" ...
...ALARMISTA (OU NÃO) REQUER ANÁLISE RIGOROSA!
REPRODUZIDO DE:
https://www.tempo.com/noticias/ciencia/preocupacao-global-com-o-rapido-crescimento-do-portal-para-o-submundo-na-siberia.html
DESTAQUES
1) O aquecimento global causado pelo homem é a origem da atual mudança no clima terrestre. Embora muitas vezes sejam mencionados como sinônimos, não o são, pois um é causa e o outro consequência.
2) Os riscos gerados por esta mudança climática antropogênica, assim chamada para diferenciá-la de qualquer outra mudança no clima que ocorreu naturalmente nos 4,5 bilhões de anos do nosso planeta, são variados e muitas vezes estão ligados direta ou indiretamente a muitos “efeitos secundários” não tão conhecidos pela maioria das pessoas.
3) Os dados de temperatura registrados nas últimas décadas confirmam que o Ártico está aquecendo a um ritmo muito maior do que se pensava anteriormente, em comparação com o resto do planeta. Até quatro vezes mais rápido, segundo pesquisadores do Instituto Meteorológico Finlandês.
4) Aquecimento acelerado do Ártico. Este processo de aquecimento faz parte de um ciclo de feedback que significa que à medida que o gelo marinho derrete (que reflete a energia do Sol), expõe águas mais escuras (que absorvem mais energia do Sol), o que acelera ainda mais o degelo.
5) E isso não é tudo. O aumento das temperaturas na região está descongelando o solo congelado conhecido como permafrost. Isso desencadeia outros efeitos colaterais: à medida que o permafrost derrete, ele perde consistência e entra em colapso, arrastando qualquer infraestrutura sobre ele; cresce a vegetação que impede a penetração do frio no solo e aumenta o aquecimento.
Mas o principal dano colateral deste aquecimento, que pode afetar todo o planeta, é que sob o permafrost do Ártico existe um mar de metano, um gás de efeito estufa 30 vezes mais poderoso que o dióxido de carbono (CO2). Sim… uma bomba-relógio!
6) Portal para o submundo.
Um estudo recente realizado por uma equipe internacional de pesquisadores, liderada por cientistas da Universidade Estatal de Moscovo e do Instituto Alfred Wegener, forneceu dados conclusivos sobre o crescimento constante da megadepressão de Batagay, uma cratera gigantesca localizada no norte de Yakutia, na Rússia, na região oriental da Sibéria.
7) Esta cratera de 990 metros de largura, localizada no permafrost russo e conhecida como “porta de entrada para o submundo”, está crescendo ativamente a uma taxa de cerca de um milhão de metros cúbicos por ano; mais um indicador de que o derretimento dos solos congelados continua se intensificando e acelerando.
13 de jun. de 2024
“LASER” SUBSTITUINDO AGROTÓXICOS…
...E TOMARA QUE DÊ CERTO E SÓ ELIMINE ERVAS DANINHAS!
REPRODUZIDO DE
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/ha-anos-que-ouvimos-que-pesticidas-sao-um-problema-o-que-nao-sabiamos-e-que-iriamos-controlar-pragas-com-lasers,5750d7957574078ce7379e79ee5a9ba1ggmwur3s.html
DESTAQUES
1) A empresa Carbon Robotics, sediada em Seattle, decidiu usar inteligência artificial e a visão computacional para encontrar novas maneiras de combater pragas em plantações sem o uso de agrotóxicos. O Laser Welder, como é chamada a criação, identifica ervas daninhas no solo em tempo real e as elimina com lasers de alta potência.
Trata-se de um reboque automotivo, de cerca de quatro toneladas, que é ancorado na traseira de um trator, que realiza rondas pelas plantações. Segundo dados da Carbon Robotics, a máquina conta com 30 lasers, um sistema que pode identificar até 2.300 espécies nocivas e eliminar 5 mil ervas daninhas por minuto. A invenção está programada para não atacar insetos que não oferecem riscos às plantações, como abelhas e outros polinizadores.
2) Atualmente, outra forma de lidar com a contaminação do solo por pesticidas é realizando plantações em estufas, onde é permitido controlar o ecossistema. Também já é possível identificar pragas, ervas daninhas e outras doenças utilizando apenas as informações extraídas de satélites com dados agronométricos. O próximo passo é articular ferramentas de IA para intervir fisicamente nestes campos.
Na realidade, a intenção das grandes empresas agrícolas é "fazer a transição de um modelo de negócio baseado fundamentalmente em produtos para um modelo baseado em serviços e formação".
12 de jun. de 2024
LIXÕES AINDA EXISTEM!!!
REPRODUZIDO DE:
https://sagresonline.com.br/brasil-tem-seis-meses-para-acabar-com-2500-lixoes-e-estabelecer-nova-cultura-no-pais/
DESTAQUES:
1) A Lei 12.305/2010 determinava que em 2014 o país sepultaria o uso de lixões. A complexidade fez com que os gestores públicos ganhassem mais dez anos para concluir a tarefa. Em agosto 2024, o Brasil precisa encerrar todos os seus lixões e os municípios precisam informar as novas estratégias de destinação aos resíduos sólidos produzidos por eles.
2) A geração de resíduos sólidos é um complexo desafio das grandes, médias e pequenas cidades em todo o país. Goiânia e Belém são exemplos de cidades que experimentaram crises nesta temática nos últimos meses. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos, publicado em 2020, estabelece uma série de diretrizes e orientações para que o país faça uma melhor gestão dos resíduos sólidos a partir da logística reversa, da economia circular e de valores sustentáveis.
3) Até agosto deste ano [2024], 2 500 lixões precisam ser encerrados. A quantidade de lixo lançada a céu aberto, por ano, no Brasil, equivale a mais de 700 estádios do Maracanã cheios de resíduos – cerca de 29,7 milhões de toneladas.
4) O Brasil é o quarto país no mundo que mais produz lixo. Apenas 1,28% são submetidos a reciclagem. O país está atrás dos Estados Unidos (1º lugar), da China (2º) e da Índia (3º).
11 de jun. de 2024
COM OS OLHOS VOLTADOS PARA A AMAZÔNIA, O CERRADO VAI SENDO ESQUECIDO
REPRODUZIDO DE:
https://jornal.unesp.br/2023/10/26/o-cerrado-em-seu-momento-mais-dificil/
DESTAQUES
1) Em 2023, o Cerrado ganhou manchetes de veículos de comunicação do Brasil e de fora com o epíteto de bioma mais devastado do país. O noticiário fazia um contraponto a uma significativa melhora do desmatamento na Amazônia, traduzido em uma queda de mais de 60% nos alertas de desmatamento da floresta em julho, na comparação com o mesmo mês em 2022. Já o Cerrado apresentou um crescimento de 16% no mesmo período. Só este ano, entre janeiro e maio, foram desmatados 3.320 km2.
2)Só na região do chamado Matopiba , que compreende partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a elevada produção agrícola resultou no desmatamento de 494 mil hectares nos primeiros cinco meses deste ano.
3)Por trás da pecha de “celeiro do mundo” que alguns atribuem às vastas áreas no interior do Brasil de onde sai boa parte da alimentação consumida no globo, há também uma história quase sem paralelo de dano ao meio ambiente, com reflexos importantes sobre a fauna da região, e também sobre as águas que abastecem boa parte do Brasil, e até sobre o clima.
4) "Em grande parte, o conflito direto por área entre o setor produtivo e as iniciativas conservacionistas do Cerrado pode ser evitado”, afirma o ecólogo Paulo De Marco Júnior, pesquisador da Universidade Federal de Goiás (UFG). De acordo com o cientista, autor de um estudo sobre o tema publicado em abril na revista Science, existem grandes áreas degradadas que não são usadas para produção. “A recuperação desses terrenos para a atividade produtiva, principalmente das pastagens degradadas, poderia reduzir a pressão que existe sobre as áreas naturais”, explica De Marco.
5) Números divulgados pelo projeto MapBiomas sobre a perda de vegetação no Brasil em 2022 deixa clara a urgência de uma atuação firme, e coletiva, de proteção ao Cerrado. Até porque o bioma também funciona como uma grande caixa d’água para o Brasil: nada menos do que 8 das 12 nascentes das principais bacias hidrográficas nacionais estão na região.
10 de jun. de 2024
DE BOM ALIMENTO PARA “”GULOSEIMA NADA SAUDÁVEL”” CHOCOLATES COM GORDURAS SATURADAS
REPRODUZIDO DE
https://chocolatrasonline.com.br/selos-de-alto-teor-de-gordura-saturada-e-acucar-adicionado/
DESTAQUES:
1) Entrou em vigor uma nova regra de rotulagem que obriga a padronização das informações nutricionais e o uso dos avisos de alto teor de gordura saturada, açúcar adicionado e sódio (só esse último não se aplica aos chocolates). Acima de 6 gramas de gordura saturada e/ou 15 gramas de açúcar adicionado em 100 gramas de produto é necessário colocar os respectivos avisos na frente da embalagem.
2) O selo é obrigatório acima de 6% de gordura saturada e 15% de açúcar adicionado.
Verdade nua e crua: Não existe chocolate sem gordura. E parte dela é saturada, independente da qualidade ou do tipo do chocolate.
3) Existem chocolates com manteiga de cacau e sem gorduras substitutas (que são os melhores) e existem chocolates com gorduras vegetais e até gorduras hidrogenadas (as “chocarias”, chocolates porcaria). Em termos de qualidade são diferentes.
4) Todo chocolate, independente da qualidade, tem mais de 6% de gordura saturada, que é o limite da nova regra. Em geral, eles tem cerca de 20% ou mais de gordura saturada.
5) Chocolate deve ser consumido com moderação, você já ouviu isso de profissionais da saúde. Isso não significa que você deva exclui-lo da sua vida, de jeito nenhum. Dá perfeitamente para comer chocolate numa dieta saudável, é só não exagerar na quantidade e fazer escolhas que tenham ingredientes mais naturais. Aliás, quando você experimenta um chocolate prestando atenção nele, você aproveita mais, conecta seus sentidos e se satisfaz tranquilamente, sem necessidade de devorar tudo. Isso é degustação.
9 de jun. de 2024
PAUSA PARA UMA CURTA VISTA AÉREA DE JOÃO PESSOA...
...CIDADE NATAL DO AUTOR DESTE "BLOG"
https://youtu.be/nXrgVax3YI8?si=mUWo59glnW1-xTrL
DESTAQUES:
1) Vista da restinga, remanescente, no Pontal do Cabo Branco.
2) No sopé da falésia que caracteriza a Ponta do Cabo Branco, algumas rochas foram ali colocadas para protegê-la do mar durante a maré cheia.
8 de jun. de 2024
RELEMBRANDO CONCEITOS EM ECOLOGIA. ÁGUA: UM DOS MAIS SIMPLES E VITAL COMPOSTO DA NATUREZA
ÁGUA NA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA
Segundo dados da UNESCO − United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization,
a agricultura mundial consome 70% da água doce disponível; e segundo dados da FAO – Food and
Agricultural Organization, 17% dos cultivos do mundo são irrigados, responsabilizando-se por 40% da produção mundial (ambas as fontes de informação citadas em PIMENTEL & PIMENTEL, 2008). É
importante lembrar que irrigação demanda consumo de energia e que o método utilizado pode gerar
problemas ambientais, como por exemplo a irrigação por inundação e por aspersão (desperdício de água, lixiviação ou erosão, salinização do solo...) ou pode ser menos impactante e mais eficiente como o gotejamento.
São reproduzidos a seguir, dados estimados de quantidade de água que alguns cultivos e criação
de animais requerem (segundo PIMENTEL & PIMENTEL, 2008).
MAIS CEREAIS E MENOS CARNES. A Natureza, no processo evolutivo, estruturou sua permanência viva, num sistema conhecido cientificamente como cadeia alimentar, em ambos os grandes ecossistemas terrestre e aquático. Em resumo: os vegetais produzem e os animais consomem. O homem é um dos importantes consumidores no topo dessa cadeia. Os herbívoros, comedores de vegetais, são devorados pelos carnívoros. Se estes não existissem, em princípio, os herbívoros dizimariam os vegetais da face do planeta! Esse é o chamado "equilíbrio dinâmico" da Natureza.
Depois que o homem começou a dominar a Natureza, introduzindo o cultivo de plantas e domesticando animais para sua alimentação, há uns 10 mil anos, deu-se início a mudanças na estruturaçào e funcionamento dos componentes da Natureza. Os recursos não vivos ou abióticos da biosfera terrestre, passaram a sofrer pressões; e tais recursos, antes aparentemente inesgotáveis, como a ÁGUA, começam agora a escassear, com agravantes que comprometem sua disponibilidade, como a poluição e o mau uso ou desperdício. E com respeito a esse domínio da Natureza, eis a mensagem que nos deixou Albert Schweitzer, filósofo, teólogo e médico alemão:
"Vivemos em uma época perigosa. O homem domina a Natureza antes que tenha aprendido a dominar a si mesmo".
7 de jun. de 2024
DEMANDA BIOLÓGICA DE OXIGÊNIO. RELEMBRANDO CONCEITOS EM ECOLOGIA
DBO − DEMANDA BIOLÓGICA DE OXIGÊNIO
É o mesmo que Demanda Bioquímica de Oxigênio. É um índice biológico usado para monitorar
poluição aquática e que é obtido geralmente pelo seguinte procedimento: uma amostra de água é colocada em frasco especial (capaz de excluir todo o ar da amostra) e deixada em incubação a 20°C durante 5 dias; a quantidade de O2 consumida (pelos micro-organismos existentes na amostra, que oxidam a matéria orgânica) é estimada a partir da medição da quantidade do oxigênio residual (por comparação com amostracontrole).
Quando o valor de DBO é alto, isto significa que os micro-organismos existentes estão em
quantidade elevada, consumindo (demandando) muito oxigênio, competindo pelo O2 com os organismos
maiores (peixes, por exemplo).
Costuma-se estimar também a DQO − Demanda Química de Oxigênio, que indica o carbono
orgânico total da amostra de água, medindo-se com dicromato ou permanganato, a quantidade do reagente consumido durante a oxidação da matéria orgânica.
A figura abaixo ilustra a curva de oxigênio dissolvido (linha contínua, cheia) e a curva de demanda biológica de oxigênio ou DBO (linha pontilhada), ao longo de um rio e considerando um determinado ponto onde ocorre despejo proveniente de certa atividade humana (fundamentada em
MILLER, G.T., JR. (1990) Living in the environment. 6th ed. Belmont, California, Wadsworth Publishing Co., 620p).
6 de jun. de 2024
ESTABILIDADE, RESILIÊNCIA E RESISTÊNCIA. RELEMBRANDO CONCEITOS EM ECOLOGIA
ESTABILIDADE
Segundo alguns autores refere-se este termo à capacidade de um sistema ecológico em manter-se
em condições relativamente constantes em termos de sua composição, sua biomassa e produtividade, com pequenas flutuações em torno de uma média, e que seja capaz de retornar a esta situação a cada vez que sofrer perturbações. Neste último aspecto, fala-se também em “resistência” de um ecossistema, que por sua vez, dependerá da “elasticidade” (resiliência) ou taxa com que o ecossistema se recuperará dos distúrbios que lhes são causados (naturais ou antrópicos).
Na estabilidade devem-se considerar dois aspectos de interesse ecológico: a) é importante
conhecê-la porque ela representa, em termos práticos, a sensibilidade de uma comunidade a distúrbios; b)talvez de cunho mais fundamental, porém um tanto quanto teórico, a estabilidade representa o grau de persistência da comunidade e suas chances de atingir o seu clímax e aí se manter. Neste último aspecto consideram-se a estabilidade local, que é a tendência da comunidade retornar ao seu estado original após pequena perturbação e estabilidade global, a mesma tendência sob efeito de grande perturbação. Alguns autores mencionam ainda os termos dinamicamente frágil, quando a comunidade é estável dentro de uma faixa muito restrita de condições ambientais e dinâmicamente robusta, quando tal faixa é ampla.
RESILIÊNCIA
Refere-se à elasticidade. É a velocidade ou o tempo necessário para que uma comunidade retorne
ao seu estado inicial após uma perturbação, ou seja, após sofrer um deslocamento desse estado ou condição.
O gráfico que se segue, reproduzido, com modificações, de ODUM & BARRETT (2005), mostra as
características de resistência e resiliência de uma comunidade diante de uma perturbação.
RESISTÊNCIA
É a habilidade ou capacidade de uma comunidade em resistir à perturbação, e, portanto, de evitar
modificação de seu estado inicial (ver gráfico acima, em RESILIÊNCIA).
Fala-se em resistência (simples ou múltipla) a antibióticos ou a pesticidas, quando um organismo
apresenta mecanismos de reação aos efeitos desses biocidas. No caso particular dos pesticidas, utiliza-se o
termo resistência cruzada quando uma determinada espécie (ou sua população) tende a resistir a um
pesticida e aos demais a este relacionado (um inseto resistente ao paration tolera o malation).
2 de jun. de 2024
HEGEMONIA FUNDAMENTADA EM "COMMODITY" (RECURSO NÃO RENOVÁVEL) VAI ATÉ...
REPRODUZIDO DE:
https://clickpetroleoegas.com.br/revolucao-na-mineracao-o-maior-produtor-de-terras-raras-do-planeta-deseja-controlar-o-mundo-usando-sua-reserva-de-minerais-estrategicos-para-chantagear-o-mercado-os-estados-unidos-e-outros-paises/
DESTAQUE
Terras raras, minerais estratégicos para a indústria global, podem ser usadas como um trunfo diplomático pela China para controlar acordos de mercado.
Revolução na mineração: A China reestruturará três produtores de terras raras para criar uma empresa estatal, com o objetivo de estender o controle da produção de toda a cadeia de abastecimento do mundo, incluindo as exportações. A nova companhia terá uma participação de quase 70%, da cota de produção nacional, para os metais essenciais para a fabricação de produtos de alta tecnologia.
NOTÍCIAS DO MME-MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA:
Brasil pode se tornar um dos cinco maiores produtores de terras raras do mundo nos próximos anos. A projeção do Ministério de Minas e Energia tem como base o avanço de diversos projetos no país voltados para extração responsável de minérios importantes para o desenvolvimento de indústrias estratégicas, como as de eletrônica, de energia limpa e de medicina. O MME tem trabalhado na elaboração de projetos e ações que visem o melhor aproveitamento dos chamados minerais críticos, que também serão fundamentais na transição energética.
O Brasil tem a terceira maior reserva de terras raras de todo o mundo, com 21 milhões de toneladas, ao lado da Rússia. Os maiores depósitos se concentram na China (44 milhões de toneladas) e no Vietnã (22 milhões de toneladas). Apesar do tamanho das reservas, a extração realizada no país é pequena e a partir das reservas remanescentes da produção de monazita em uma unidade desativada em Buena, no Rio de Janeiro.
A nova política desenvolvida pelo MME visa conhecer o potencial produtivo e as peculiaridades das características socioeconômicas e ambientais dos projetos de mineração, garantindo que a atividade seja segura, sustentável e que traga desenvolvimento social com geração de empregos, impulsionando a competitividade do Brasil.
Atualmente, existem estudos de viabilidade de mineração em execução em Araxá-MG, Morro do Ferro-MG, Serra Verde-GO, Pitinga-AM, Foxfire-BA e Energy Fuels-BA. Já o projeto em Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, está em fase avançada e entrará em operação em 2026.
1 de jun. de 2024
JAVALI E JAVA-PORCO: MAIS UMA TENTATIVA PARA MAIS ALIMENTO E QUE SÓ GEROU PROBLEMAS
REPRODUZIDO DE:
https://apps.apple.com/app/id535886823?pt=9008&ct=iosChromeShare&mt=8
DESTAQUES
1) Histórico
O javali é uma espécie de porco europeu que teve seu primeiro registro na América do Sul datado por volta de 1904 na Argentina. Acredita-se que a invasão do javali asselvajado tenha ocorrido pela fronteira sudoeste do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Na década de 90 também ocorreram importações de javalis puros destinados a criadouros dos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul para comercialização da carne (IBAMA, 2020).
2) O escape de animais de criadouros contribuiu para a dispersão desses animais em território brasileiro. Essa introdução em ambientes naturais provoca impactos ambientais como: a diminuição e morte de diversas espécies nativas da flora e risco à fauna, pois o javali é predador de ovos e filhotes de outras espécies; transmissão de doenças para os animais nativos; aceleração do processo de erosão e o aumento do assoreamento dos rios (IBAMA, 2020).
3) Sua facilidade de adaptação e a ausência de predadores naturais colocam o javali na lista das cem piores espécies exóticas invasoras do mundo. Diante do impacto dessa espécie, foi elaborado em 28 de junho de 2017, o Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Javali no Brasil coordenado pelo IBAMA (Portaria Interministerial MMA/MAPA).
4) Como identificar um javali ou javaporco.
Para a região do Distrito Federal ocorrem duas espécies de porco nativo, ambos de menor porte que o javali, que não podem ser confundidas com a espécie de porco exótico, que são o caititu (Pecari tajacu) que tem como marca registrada uma faixa de pelos brancos em formato de colar em seu pescoço e a queixada (Tayassu pecari) que apresenta pelos brancos no queixo entre outras características. Outra diferença marcante são os caninos que nos javalis crescem encurvados para fora do focinho, enquanto que nas espécies nativas brasileiras eles crescem retos. As duas espécies de porcos nativos devem ser preservadas.
5) O javaporco é um híbrido do porco doméstico (Sus scrofa domesticus) e do javali (Sus scrofa). A sua hibridação foi realizada de forma intencional em alguns criadores para consumo da carne. Contudo, espécies do javali que escaparam dos criadouros se adaptaram ao ambiente natural, eventualmente cruzando com o porco doméstico. Essa espécie assume diferentes formas: nativa, doméstica, asselvajada e miscigenada.
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