Total de visualizações de página

24 de jun. de 2024

MEIO AMBIENTE. BREVE REFLEXÃO

Aos 80, sem pretensões filosóficas, apenas relatando algumas experiências, faço breves observações sobre convivência humana. Afinal, meio ambiente é um todo formado por partes que se interrelacionam e se interdependem: os meios físico, químico, biológico, social. Desde meu tempo em salas de aulas, com alunos, de jovens a adultos profissionais "já tarimbados", que eu cheguei à conclusão de que não conseguiria jamais... mudar a cabeça de ninguém!!! Nem com as melhores boas intenções do mundo! E nem teria tal pretensão! Para os filhos, sermões são desnecessários! Segui o que aprendi do filósofo, teólogo e médico austríaco, Albert Schweitzer: "Dar o bom exemplo não é a melhor maneira de educar! É a única"!!! Em muitas aulas tive que dizer para meus alunos: "Estou aqui para apresentar e discutir fatos até então revelados pela ciência! não tenho a pretensão de convencer ninguém de absolutamente nada! Apenas dou elementos para vocês raciocinarem sobre a problemática; vão ampliar seus conhecimentos...e façam seus julgamentos"! Em ciência, até paradigmas clássicos foram rompidos. E um dramaturgo alemão, Bertolt Brecht, foi quem abriu a mente de cientistas de sua época (início do séc. XX) quando disse: "o verdadeiro papel da ciência não é o de abrir portas para a sabedoria infinita! mas sim, o de evitar erro infinito". Imagino nós seres humanos com estrutura psicossomática ainda em evolução (é o que muitos cientistas concordam!) tendo que enfrentar o mundo atual, que se modifica em altas velocidade e intensidade, no meio de sociedades que só cobram e não se apiedam de ninguém! "Só se colhe o que se planta" é o velho ditado válido para tudo que fazemos. Ou o que muitos dos pais (mais “antigos”) diziam: “se você não quiser aprender o que ensinamos aqui em casa, o mundo lá fora vai te ensinar”! Diante da expressão que hoje muitas pessoas acreditam que deva prevalecer… "Homens e mulheres são mais lugares sociais que fatos biológicos"! Faço a seguir, algumas observações. Preocupam-me os exageros: para um lado (social) e para o outro (biológico). Na minha área, de formação básica, biologia e ecologia, lidei com esses "choques": como conciliar as consequências da estrutura básica, biológica, com as necessidades humanas sociais. E sócio-econômicas! (no campo da ecologia e hoje também, da economia ambiental). E num mundo onde a tecnologia e a biotecnologia vêm imprimindo transformações numa intensidade, amplitude e velocidade assustadoras! O ser humano vem "abalando o planeta"! Nem sabemos ainda com precisão, as consequências, provavelmente nefastas, do uso irresponsável de agrotóxicos! E nem ouso comentar sobre drogas; ou até mesmo remédios (confundidos tradicionalmente com medicamentos). Nem sobre consequências de pandemia, como a recente virose “covidiana”! Eu só me recuso a aceitar como é que muitos dos "agentes transformadores do pensamento humano" insistem em negligenciar que há diferenças significativas decorrentes da criação da Natureza, desde o momento da evolução em que surgiram os cromossomos XX e XY; e suas consequências estruturais, hormonais e peculiaridades diversas. E me assustam as manifestações de transformadores do pensamento humano quando imprimem às discussões, conotações de cunho essencialmente político! E saber lidar com isso é preciso amplo conhecimento científico e muita habilidade para evitar tais "choques" que mencionei acima! Não me arrisco a opinar sobre como levar nossa sociedade a realizar transformações que equalizem comportamentos, principalmente na sociedade brasileira; onde até atitudes simples de bons relacionamentos entre pessoas, vêm se perdendo devido à nossa precaríssima educação, formal e consequentemente também doméstica. Deixo isso para os eminentes sociólogos, antropólogos, psicólogos... Paro aqui. "Minha área é meio ambiente"! Concluindo, com mais uma observação do renomado antropólogo e cientista inglês (1904-1980)

Nenhum comentário: